sábado, 10 de dezembro de 2016

Tempo de eu e de nós

Avaliação é isso, um momento para revisitar o passado, recapitular algumas lições e tomar medidas no sentido de modificar o presente com vistas ao melhoramento futuro; tempo de observar o comportamento individual para melhor cooperar com o coletivo, uma vez atuando em grupo. Tempo, enfim, de consolidar a aprendizado a fim de melhor participar na formação de uma sociedade mais responsável e comprometida com os valores imperecíveis do Bem e da Verdade, conforme a proposta do Grupo Jesus de Nazaré em seu propósito de facilitar a compreensão e prática do Evangelho de Jesus pela vivência dos postulados da Doutrina Espírita.
Foi com esse propósito que o Grupo realizou sua última reunião deste ano, antes do encontro festivo programado para o dia 18 deste mês, na Mansão Mascarenhas, com a participação de Jaciara, Lígia, Carminha, Marilene, Railza, Regina, Cláudia, Iva, Fernando, Cristiano, Luiza, Eliene, Cristiane, Magali, Waldelice, Marilda e Beatriz, que nos visitava a convite da Coordenação.
A avaliação consistiu em cada um dos presentes analisar a própria participação nos trabalhos, as atividades realizadas ao longo do ano e a proposta apresentada no segundo semestre, de anotarmos os pontos positivos no caderninho distribuído numa pastinha; além disso, pediu-se que, nessa avaliação, ninguém fizesse críticas acerbas, evitando réplicas e respeitando o tempo e a fala dos demais; e a Coordenação também solicitou que se fizessem sugestões para incrementar as ações do Grupo no próximo ano.
Fernando foi o primeiro a tomar a palavra, argumentando que este foi um dos anos em que mais se encontrou no "Jesus de Nazaré"; recordou ser um dos fundadores do Grupo, tendo vivenciado várias situações, de modo que pode atestar ter sido 2016 um ano dos mais proveitosos, proporcionando ganho intelectual e releitura de assuntos que já conhecia, melhorando o entendimento sobre eles. Em seguida, Eliene considerou que embora tivesse faltado dois meses inteiros, o que observou foi de grande proveito; ela salientou que a característica do Grupo, antes entendida como indisciplina, é em verdade dinamismo e destacou pronunciamentos ouvidos de Fernando e Egnaldo como os que mais lhe tocaram: "O Jesus de Nazaré consegue me educar e equilibrar", disse, ressaltando que no Grupo vive momentos importantes, além de ter a companhia dos amigos.
Depois de fazer uma breve digressão, Marilene declarou que o Grupo permitiu-lhe, neste ano, fazer contato mais profundo com sua história de vida; segundo ela, "precisamos sentir que o outro é sensível" e aduziu: "É este Grupo que me sustenta, aqui tenho a oportunidade de de trabalhar"; a companheira também disse que "o passado não nos dá sabedoria, ensina a termos responsabilidade no presente em razão do futuro; espero ser responsável hoje para ser feliz amanhã", afirmou, acrescentando que o Grupo lhe dá sustentação para viver em meio à turbulência que o País e o mundo enfrentam neste momento.
Quanto a Regina, o ano se caracterizou pela turbulência no aspecto pessoal, o que prejudicou sua frequência ao Grupo, chegando até mesmo a anunciar seu afastamento das atividades, "mas uma força maior me disse que não"; para ela, o "Jesus de Nazaré" é sua fonte de água viva, da qual bebe para enfrentar as situações aflitivas: "Se não fosse isso, eu poderia cair agindo de forma negativa", disse, salientando que, agora, pode refletir melhor antes de tomar decisões; assim ela afirmou chegar ao fim do ano com tranquilidade, "porque estou em paz", a despeito dos testes na família: "O mais interessante é que o aprendizado com os parentes é como na fábula dos porcos-espinhos", observou, comentando não ter sido boa aluna no tocante à disciplina: "Mas o trabalho com Tomé me tocou bastante", completou, afirmando fazer parte da Família Jesus de Nazaré.
Cristiano confessou ter sido tocado pelas falas dos companheiros antecessores, observando ser interessante o fato de algumas pessoas do Grupo se despojarem durante seus depoimentos; para ele, vale exercitar a escuta, porque "lá fora isso é difícil", de modo que o "Jesus de Nazaré" revela-se enriquecedor, sendo, portanto, "gratificante participar daqui". Por sua vez, Railza, informando estar no Grupo desde sua segunda turma, considerou se ainda a mesma: "Mas este ano foi especial, dado o conflito de 2015", disse, salientando a partida de Roberto Miguel - "um baque" que, em Cuba, fê-la refletir acerca do aprendizado com os companheiros; depois, novo baque, com a repentina viuvez de Carminha; no entanto, o que mais a marcou no período, conforme ressaltou, foi um depoimento de Marilda sobre a família, indicativo da importância desses laços em nossa vida, marcando assim a validade dos encontros do Grupo; segundo ela, a partir de então passou a se policiar mais quanto à implicância com certos companheiros, o que "ajuda a me transformar"; disse ainda que a repetição das lições fez com que trabalhasse a tolerância; no entanto, afirmou que, embora tivesse se superado neste ano, "continuarei a mesma sempre".
Luiza começou relembrando seu histórico de 43 anos na Casa, afirmando que demorou para ela chegar ao "Jesus de Nazaré", no qual vê "um suporte": "Você fala e ninguém lhe critica, é uma família", disse, acrescentando que neste ano pode refletir bastante, considerando que ainda "há pontos difíceis em nossa vida". Na vez de Iva, esta companheira justificou sua longa ausência dos trabalhos por conta a enfermidade que a acometeu, "mas procurei me manter por dentro dos assuntos, vibrando todo sábado, sabendo que também recebia as vibrações do Grupo"; segundo ela, seu retorno foi com mais consciência da própria condição espiritual: "Na família, passei a ter mais paciência com meu filho e realizar o trabalho com Boa Nova foi estimulante".
Para Carminha, no entanto, foi um ano difícil, conforme disse, principalmente em razão de sua repentina viuvez, "mas de muito crescimento"; ela destacou o apoio dos companheiros nesse momento de infortúnio, durante e após o qual não se revoltou, embora manifestasse um sentimento de culpa, por não estar junto do marido em seus últimos instantes no mundo físico; conforme disse, o "Jesus de Nazaré" a mantém segura, sentindo-se equilibrada para que possa transmitir equilíbrio aos filhos: "Os companheiros e a Doutrina dão-me o apoio necessário", afirmou; quanto às atividades do Grupo neste ano, ela considerou "maravilhosos" os trabalhos apresentados, tanto que a ajudaram na preparação de palestras; ela salientou ainda que, agora, tem aceitado todo convite que promova crescimento, como é a tarefa com o Cristo; mas esclareceu que "ainda vivo o luto, pela convivência de 40 anos", e sugeriu que em 2017 o Grupo realiza mais atividades vivenciais, porque "crescemos muito quando produzimos; precisamos nos disponibilizar para esses trabalhos", concluiu.
"Foi um ano de muitas perdas, pessoais e no Grupo", frisou Jaciara, ressaltando que tal fato "nos fortaleceu como grupo", sendo essa vibração transmitida para as famílias de Caminha e Roberto; disse ela ter dado, este ano, muito menos do que recebeu, "pela impossibilidade de conciliar diferentes atividades", afirmando que "sempre que eu faltava ao "Jesus de Nazaré", parava para pensar no Grupo, como se viesse mesmo aqui"; ela também referiu a dificuldade de trazer a pastinha com frequência para anotação dos aspectos positivos dos trabalhos apresentados e lembrou-se da boa discussão sobre a "parábola da rede"; como sugestão para o próximo ano, a companheira fez coro com Carminha, sobre mais trabalhos vivenciais: "Aprendemos mais assim do que somente lendo".
Marilda foi a última a falar e declarou ter aprendido muito com os integrantes do Grupo, "porque não adianta só ouvir, é preciso pôr em prática (as lições), principalmente na família"; ela afirmou que "o que se fala aqui eu acolho, sem julgamento; aprendo a aceitar e tolerar os outros; aceito os trabalhos como forma de diminuir o orgulho e o egoísmo em mim".

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Tempo de avaliação

Neste sábado, dia 10 de dezembro, o Grupo Jesus de Nazaré realiza sua última reunião ordinária deste ano de 2016. Só é a última porque no dia 17 a Cobem realizará novo Encontro dos Trabalhadores, para o qual pede que os participantes levam uma garrafa de água mineral. Para o trabalho que a Coordenação pretende levar a efeito, será importante que os companheiros levem a pasta com a caderneta onde desde julho estamos anotando os aspectos mais relevantes observados nos trabalhos apresentados ao longo desse período. A intenção é procedermos a uma (auto)avaliação, através da qual poderemos também colher sugestões para melhorar nossos encontros no ano que se aproxima, tornando o "Jesus de Nazaré" mais produtivo para a Cobem e mais eficaz na consolidação das propostas voltadas para o aperfeiçoamento moral e intelectual de seus integrantes, conforme as luzes do Evangelho pela interpretação de nossa amada Doutrina Espírita.
Até lá, portanto.


sábado, 3 de dezembro de 2016

Intervalo

Mais uma folga forçada e o Grupo Jesus de Nazaré não se reuniu neste sábado, dia 3 de dezembro, por conta de dois acontecimentos simultâneos. O primeiro deles foi a realização de mais um Feirão da Cobem, quando são oferecidos artigos para aquisição por parte de frequentadores da Casa, que nessas ocasiões acorrem em massa, em virtude dos preços módicos. O outro evento foi a reunião conjunta dos departamentos de Atendimento Fraterno (DAF) e Mediúnico (DAM), com o intuito de colher sugestões para o Regimento Interno da Cobem, ora em análise para posterior aprovação, ante as modificações estatutárias contemplando os novos serviços e setores da Instituição.
Nosso próximo encontro, portanto, será no dia 10, com grande probabilidade de ser o último neste ano de 2016 - antes da confraternização marcada para o dia 18, na Mansão Mascarenhas -, porque no dia 17 haverá novo Encontro dos Trabalhadores da Cobem.


domingo, 27 de novembro de 2016

Considerações

Antes de dar a palavra a Iva, para o início da atividade do sábado, 26 de novembro, este Coordenador fez uma observação, recordando o fato de estarmos, outra vez, abordando os sinais do Céu pedidos a Jesus pelos fariseus, com o reforço do apóstolo Tomé, conforme o texto de Humberto de Campos, Espírito, em Boa Nova, por Chico Xavier. Segundo o Coordenador, esses sinais estão à disposição de todo aquele que tem "olhos de ver e ouvidos de ouvir", como disse o Cristo, e citou estes versos de uma composição de Arnaud Rodrigues e Chico Anísio: "Não há considerações gerais a fazer / tá tudo aí / tá tudo aí para quem quiser ver...".
Agora, vamos ao que aconteceu nesse sábado, com a participação de Carminha, Waldelice, Valquíria, Eliene, Fernando, Quito, Marilene, Railza, Marilda, Lígia, Cláudia e Magali. Desta vez, não foi necessário fazer a leitura, porquanto Iva decidiu dar mais tempo para as reflexões acerca das três consignas, com a distribuição de uma para cada subgrupo formado: 1 - Que tipo de sinal eu manifesto para corresponder ao convite do Cristo para o trabalho?; 2 - Que tenho de mim mesmo para sacrificar?; e 3 - Como vivo a lição de estar no mundo sem ser do mundo? Essas consignas faziam alusão àqueles três sinais apontados no texto de Humberto de Campos, conforme este Espírito fizera Jesus informar a Tomé: caridade para com o próximo, sacrifício de si mesmo e adequação à realidade espiritual.
Aberta a partilha, Waldelice considerou, em referência à primeira questão,ter na boa vontade seguida do compromisso e da assiduidade esse sinal aventado. Para Valquíria, sua senha é a paciência, que tem exercitado muito, segundo declarou, "principalmente agora, na velhice"; de acordo com a companheira, "quando minha parte animal aflora, paro e clamo por paciência; tomo um banho e me afasto da energia violenta - esse é o trabalho que faço comigo mesma". Por sua vez, Fernando reparou que, hoje, seu sinal de cristão são a obediência e a aceitação.
Para responder à segunda consigna, primeiro falou Eliene, salientando não ter nada de si para sacrificar, mas para transformar. Marilene apontou o orgulho a ser crucificado, porque ocasiona atitudes contrárias à proposta do Evangelho; ela disse não precisar viver mais esse sentimento destrutivo, devendo agora renunciar a essa postura. Já Lígia observou ser difícil, no decorrer da caminhada evolutiva começar a desapegar-se de certos comportamentos, embora reconheça ser imperioso transformar-se. E Magali destacou o orgulho e a vaidade, pelo fato "de acharmos que estamos certos" - "são chagas que precisamos extirpar", disse ela, acrescentando que sacrifício é uma palavra dura, "talvez para vermos que o trabalho é árduo".
Quito iniciou os comentários sobre a terceira questão, declarando que "vigiando e orando a gente tem que fechar a guarda, e não ficar passivo". Para Cláudia, a questão é equilibrar o ter e o ser, "não deixando que as coisas materiais sejam mais importantes que o fator espiritual". Também Marilda opinou, ressaltando que "quando se vive a vida interna com bem-estar, você está bem em qualquer lugar". De acordo com Railza, é muito difícil se comportar como não sendo do mundo, mas "não posso me deixar arrastar pelas coisas do mundo, mas não sou um ET".
No encerramento do trabalho, Iva sugeriu que a turma se questionasse sobre "quem sou eu?" e tentou responder as consignas a partir da última, dizendo-se Espírito encarnado que supera o ser de carne, que tem vida momentânea; para ela, o sacrifício a ser feito é o das coisas importantes da vida material, em prol do que é mais importante ainda na esfera espiritual - esse é o sentido do estágio evolutivo, salientou.

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

De novo Tomé

O testemunho de Tomé voltará à baila neste sábado, dia 26, com a finalização do trabalho de Iva sobre os três sinais que a Coordenação observou no texto de Humberto de Campos, Espírito, no texto de Boa Nova (psicografia de Chico Xavier). Não estava nos planos esse desdobramento, mas Iva refletiu melhor e se dispôs e a levar ao Grupo sua percepção acerca desses pontos. Será, de qualquer forma, mais uma oportunidade para aprofundarmos nossos conhecimentos acerca das lições de Jesus, predispondo-nos a mais nos comprometermos no trabalho fraterno, ampliando nossa capacidade de auxiliar, compreender e realizar.
Vamos lá?

 

Três sinais

Coube a Iva apresentar o trabalho do sábado 19 de novembro, sobre "O testemunho de Tomé", um dos capítulos do livro Boa Nova, no qual o Espírito Humberto de Campos explora, pela mediunidade de Chico Xavier, a "mania" dos fariseus de pedirem "um sinal dos Céus" ao Cristo, tencionando obter provas cabais de que Jesus era mesmo o Filho de Deus. Nessa lição, Tomé aparece como "advogado" da causa dos fariseus e quer porque quer que o Mestre se levar por essa "onda". Mas Jesus nem "tchum" (quantas aspas!).
Bem, em seu trabalho Iva propôs uma atividade vivencial, colocando três consignas, uma cada subgrupo formado para a abordagem da questão relativa à nossa presença perante o Cristo. Dessa atividade participaram este Coordenador/escriba, Egnaldo, embora não até o fim, Marilene, Cláudia, Carminha, Nilza, Lígia, Luiza, Waldelice, Magali, Fernando, Augusta, Marilda, Cristiane, Cristiano, Eliene e Bonfim, em visita.
Uma vez feita a leitura do texto e a formação dos subgrupos, Iva distribuiu estas consignas: 1 - Que "sinal do Céu" me fez seguidor fiel do Cristo?; 2 - O que fundamenta minha crença como espírita?; e 3 - A realidade material em mim aceita o "sobrenatural"?. Procedidas as reflexões compartilhadas, ouvimos então os comentários dos participantes.
Para Fernando, todos ainda temos Tomé na alma e o sinal que o tornou um fiel seguidor do Nazareno, no caso pessoal desse companheiro, "foi e é a dor, mas, graças a Deus, ela está hoje mesclada com a alegria proporcionada pelo conhecimento da Doutrina Espírita". Segundo Augusta, "é preciso saber viver, senão a gente acaba maluca"; esse saber viver, disse ela, é apegar-se à lei de Causa e Efeito para manifestar algum equilíbrio.
Por sua vez, Eliene, respondendo à segunda consigna, apontou a imortalidade da alma como o ponto fundamental para sua adesão ao Espiritismo, acrescentando que desse modo vê a diferença entre a fé e a crença: "Acredito que o Espiritismo transforma o ser humano", disse. Já Bonfim foi um pouco mais além declarando que não só a imortalidade o convenceu, mas também o intercâmbio mediúnico, a noção de crescimento espiritual e o ato de servir (caridade) foram importantes para seu despertamento.
Também abordando a essa consigna, Marilda considerou ter nas bem-aventuranças o fator principal de sua crença como espírita, salientando o quanto foi tocada pelas palavras de Jesus: "Muito do que hoje vejo não acredito, mas o que não vejo, mas sinto, é muito mais forte", disse ela, acrescentando que, "mesmo sendo rebelde", se lê essas lições reconhece a validade delas: "Minha postura é a de não julgar os outros, embora possa", concluiu.
Do subgrupo que abordou a terceira consigna, Waldelice foi a primeira a falar. Segundo ela, é desnecessário "aceitar" o sobrenatural porque este é natural, conforme assim o conceitua o Espiritismo. Em seguida, Carminha observou que ainda hoje se valoriza a riqueza e o poder nas hostes religiosas; para ela, o Espiritismo explica o sobrenatural mostrando que ele faz parte da Natureza. Luiza também negou existir o sobrenatural e citou os benfeitores espirituais: "Há pessoas do outro lado que nos ajudam bastante e isso é muito natural".
No encerramento da atividade, Iva externou seu sentimento de felicidade por compreender o Evangelho ao estudar a Doutrina Espírita, cujos ensinamentos possibilitam a transformação íntima. Ela também referiu os três sinais apontados pelo Espírito Humberto de Campos em seu texto - caridade para com o próximo, sacrifício de si mesmo e reconhecimento da realidade espiritual -, conforme lhe revelou a Coordenação.

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Ceticismo e algo mais

Neste sábado, 19 de novembro, se o Universo conspirar favoravelmente, apreciaremos o trabalho que Iva deverá apresentar sobre as contradições de Tomé, o apóstolo incrédulo, cético e "cientista" perante o Ressuscitado. Trata-se de mais uma abordagem de um dos capítulos de Boa Nova, que tanto tem servido como reflexão para nossas vivências evangélico-espíritas. O "se" colocado lá na frente é porque nessa data o Departamento de Infância e Juventude da Cobem (DIJ) estará realizando seu seminário, no mesmo horário das reuniões do "Jesus de Nazaré".
Mas vamos em frente.


domingo, 13 de novembro de 2016

Visões espirituais e um engano

O engano deveu-se à preguiça deste escriba, que anunciou uma abordagem sobre outro roteiro do EADE, mas o equívoco pôde ser corrigido e tudo resultou favoravelmente na atividade realizada neste sábado, 12 de novembro, data do aniversário de fundação da Cada de Oração Bezerra de Menezes, que completa seus 48 anos de bons serviços prestados à comunidade de Salvador. Ao trabalho compareceram, além dos coordenadores - Isabel e Francisco - também Cristiano, Railza, Marilene, Cristiane, Lígia, Magali, Waldelice, Iva, Carminha, Quito, Maria Augusta, Fernando, Marilda, Cláudia e Regina.
A leitura do texto certo - "Interpretação do Novo Testamento" - iniciou a atividade, com os participantes sendo convidados a emitir opinião a partir de breve comentário introdutório por parte da Coordenação. Quito iniciou a partilha, argumentando que não se vive o Espiritismo somente na Casa Espírita, mas no dia a dia: "Aqui não é nosso único educandário, que prossegue pela vida a fora, em todas as nossas atividades, que devem ser marcadas pela vivência do Evangelho"; para ele, "devemos buscar a excelência do Evangelho pela interpretação espírita, apesar de nossa imperfeição".
Em seguida, Waldelice comentou ser importante lermos os livros e participarmos de encontros como os congressos espíritas, "mas saibamos interpretar e viver as lições recebidas"; segundo a companheira, "algo que me incomoda é algumas pessoas, espíritas, exigirem bom comportamento dos outros, em vez de manifestarem um pouco de compaixão". Por sua vez, Railza preferiu relatar a visão espiritual que teve naquela manhã sobre a Cobem do futuro, algo auspicioso em razão do transcurso do 48º. aniversário da Casa.
Já Marilene declarou que costuma mais reagir que agir no bem, especialmente em casa, apesar das preces e do conhecimento espírita e evangélico: "Mas tenho certeza de que a Terra é o campo de trabalho do Cristo e minha dificuldade é cooperar com Ele". Tomando a palavra, Regina também relatou uma visão espiritual envolvendo a Cobem, só que em sonho; sobre o estudo do dia, ela destacou um trecho e afirmou estar tentando mergulhar nas mensagens purificadoras de Jesus, "pois só agora consigo entender a leveza do jugo e a suavidade do fardo".
"A mensagem do Cristo é muito valiosa por enfocar o amor e a necessidade de trabalharmos nossos sentimentos para atuarmos no bem", disse Iva, acrescentando ver-se questionadora, mas não rebelde, e que o altar de suas orações "é qualquer lugar onde eu chegue". Para Carminha, o trabalho reeducador baseado no Evangelho significa mudança de comportamento; ela disse não ter ainda apreendido o que já conquistou pelo intelecto e por isso não se sente liberta dos atavismos que condicionam nossa presente existência.
De acordo com Fernando, "ninguém melhor que Chico Xavier para sentir as lições do Evangelho, que não é só um tratado filosófico, acima de tudo, é a terapia maior e melhor, tanto preventiva quanto curadora para todos os males que afligem o homem"; para este companheiro, "não posso ter folga (na prática das lições), é castigo ficar sem as reuniões do Grupo e a mediúnica; não há saída a não ser viver o Evangelho", disse. Por fim, Isabel salientou ser necessário correspondermos ao que recitamos na oração do Pai Nosso...

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

De volta à teoria

Finda a última e derradeira folga do ano (será?), eis que retornaremos, neste sábado, dia 12 de novembro, às abordagens teóricas, enfocando, desta vez, o segundo tópico do Roteiro 5 do módulo II do Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita (EADE), produzido pela Federação Espírita Brasileira (FEB). E isto porque ninguém do Grupo se apresentou para continuar os trabalhos em torno das belas narrativas do Espírito Humberto de Campos enfeixadas no livro Boa Nova, ditado à mediunidade psicográfica de Chico Xavier. O texto do EADE, a propósito, continua enfocando a interpretação do texto evangélico, levando-nos a refletir, desta vez, acerca da condição de gentios e judeus sobre a importância de vivermos as lições do Novo Testamento.
Dito isto, vamos à tarefa.


quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Folga importante

O Grupo de Estudo Jesus de Nazaré dá mais uma parada em suas atividades, neste sábado, dia 5 de novembro, em função de um evento importante para toda a comunidade espírita baiana, o XVIII Encontro Estadual de Espiritismo, que se realizará desde esta sexta-feira, dia 4, até o domingo, dia 6. No vídeo abaixo, o diretor-presidente da Federação Espírita do Estado da Bahia, André Luiz Peixinho, dá detalhes do encontro, ao tempo em que reforça o convite aos integrantes do movimento espírita baiano.


segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Ressurretos?

"De que modo você se prepara para testemunhar e viver sua própria ressurreição?"
Essa consigna marcou a apresentação da segunda e última parte do trabalho de Marilda, sobre o capítulo 22 de Boa Nova (Humberto de Campos/Chico Xavier), intitulado "A mulher e a ressurreição". A questão foi formulada previamente tendo por base a afirmação do Espírito Emmanuel que, numa de suas mensagens ditadas a Chico Xavier, a ressurreição, segundo a interpretação espírita, consiste na imediata adaptação do Espírito ao Plano Espiritual.
A atividade teve a participação de Cláudia, Carminha, Jaciara, Luiza, Fernando, Quito, Egnaldo, Iva, Marilene, Magali, Waldelice, Railza, Regina, Isabel, Lígia e Valquíria, mais este escriba, dublê de Coordenador, e Graça, que nos visitava na manhã daquele sábado, 29 de outubro.
Como Isabel fizesse rapidamente a troca dos coraçõezinhos de papel com as virtudes, sem pedir a prestação de contas, a palavra ficou com Marilda, que começou lendo o texto de Humberto de Campos, explicando o conceito de ressurreição a partir do significado em grego e em hebraico, além da interpretação de Allan Kardec contida em A Gênese ("Aparições de Jesus após sua morte"), enfatizando, antes da partilha grupal, o item 63 desse livro, sobre "O maior milagre de Jesus".
As reflexões iniciais foram feitas em trios e coube a Egnaldo iniciar a partilha e ele afirmou já ter-se feito esse questionamento, concluindo por estar "muito mal preparado" e por isso "não teria condições de ressurgir". Iva declarou acreditar, desde há muito tempo, "na presença de Deus em mim", acrescentando que assim se prepara, toda noite, para dormir; quanto à ressurreição, ela disse que, para tanto, tem que lutar muito. Segundo Quito, "vamos com a mala pronta para essa ressurreição e peço que a primeira coisa que me aconteça (após desencarnação) seja entender o que houve e me comportar de acordo com esse encontro, para que minha recepção seja a melhor possível".
Para Waldelice, ao pensar no retorno ao plano espiritual ele quis barganhar com Deus, pedindo para voltar somente com os compromissos quitados, para não não deixá-los como herança às filhas: "Procuro me melhorar, me esclarecer, entender o outro, saindo da crítica - tudo isso é preparação", revelou. Graça também pediu para colaborar e salientou ter feito link com o ressurgimento comportamental, ressaltando que, a respeito, deve mudar atitudes e pensamentos. "Sou um ser ressurreto", afirmou Railza, salientando, porém, que se prepara atribuindo significado a todas as experiências vividas, sejam positivas ou negativas: "Acolho todas as vivências com o outro, tirando o que há de bom para me transformar, não sendo indiferente a nada nem a ninguém".
Carminha relatou um episódio sobre alguém de suas relações que desistiu de suicidar porque lembrou-se dela e argumentou que essa tal preparação para a ressurreição é cotidiana: "É sair de você para chegar ao outro", disse, acrescentando que, para isso, segue ajudando o máximo que puder. Para Fernando, preparar-se para a ressurreição é adotar a atitude de Maria de Magdala, que em vez de lamentar a morte de Jesus, como os demais discípulos, manifestou um sentimento mais elevado e realista e foi ao túmulo procurar o Cristo; ele viu nesse episódio algo semelhante à visita do Mestre às irmãs Marta e Maria.
Segundo Valquíria, tudo está em nossa consciência: "Não ajudaremos ao outro se não tivermos ultrapassado nossas limitações", esclareceu, salientando que "não podemos ensinar o que não sabemos"; ela também afirmou ser a preparação uma atitude diária, exigindo sacrifício permanente. Então Marilda procedeu ao encerramento da tarefa afirmando preparar-se para a ressurreição desde que reencarnou e faz isso cotidianamente mesmo, reinventando-se a cada situação vivenciada, por mais difícil que seja. Depois ela leu o texto do Espírito Amélia Rodrigues intitulado "Redenção" (íntegra abaixo), psicografado por Divaldo Franco e constante do livro Primícias do Reino, pondo fim ao trabalho.

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Redenção

O mergulho de Jesus nos fluidos grosseiros do orbe terráqueo é a história da redenção da própria humanidade, que sai das furnas do “eu” para os altos píncaros da liberdade.
Vivendo nos reinados de Augusto e Tibério, cujas vidas assinalaram com vigor inusitado a História, o Seu berço e o Seu túmulo marcaram indelevelmente os tempos, constituindo sinal divisório da Civilização, acontecimento predominante nos fastos da vida humana.
Aceitando como berço o reduto humílimo de uma estrebaria, no momento significativo de um censo, elaborou, desde o primeiro momento, a profunda lição da humildade para inaugurar um reinado diferente entre as criaturas, no justo momento em que a supremacia da força entronizava o gládio e a púrpura atapetava o solo, alcatifando o piso por onde passavam os triunfadores.
E não se afastou, jamais, da diretriz inicial assumida: o de servo de todos.
Acompanhando a marcha tresloucada do espírito humano que se encontra atado aos sucessivos ciclos dos renascimentos inferiores, na roda das paixões escravizantes, fez que pioneiros e embaixadores da Sua Morada O precedessem cantando as glórias superiores da vida e do belo, para propiciar os sonhos de elevação e as ânsias sublimantes...
Alexandre Magno conquistou o Mundo sem conseguir, no entanto, intimidar os filósofos que habitavam as margens do Indo. Apaixonado por Homero, dizia encontrar na Ilíada inspiração ao amor e à guerra que lhe dava glórias... Logo passou, e aos 33 anos sucumbiu, depois de ter vivido o correspondente a várias vidas...
Os direitos dos povos pertenciam aos dominadores e o homem não passava de animal de carga, nas garras da força.
Depois dEle, Marco Aurélio registra os pensamentos que fluem da mente privilegiada, sob elevada inspiração de Emissários Sábios enquanto peleja nos campos juncados de cadáveres...; as hostes selvagens, em nome da hegemonia política de vândalos elevados ao poder, irrompem voluptuosas, quais labaredas humanas crepitantes e carbonizantes, e atrás de suas legiões ficam os destroços, as cinzas, as dores agudíssimas das cidades vencidas e enlutadas.
Os triunfadores de um dia erigem monumentos à própria insânia, que a soberba qualifica de glória, mas que ruem quando os construtores se consomem...
... Tudo passa! A Grande Esfinge tudo devora...
Tronos refulgentes, sólios esplêndidos, coortes brilhantes ao Sol, conquistas grandiosas, civilizações douradas e impiedosas, os tempos vencem...
Ele chega silencioso, pulcro, e fica.
Reúne a malta dos aflitos e os agasalha ao próprio peito.
Nada solicita, coisa alguma exige.
Libertador por excelência, canta o hino da verdadeira liberdade, ensinando a destruição dos elos da inferioridade que junge o homem às mais cruéis cadeias...
Embosca-se na carne, mas é Sol de incomparável luz, clareando o fulcro dos milênios.
Ao suave balido da Sua mansa voz, acordam as esperanças e se levantam os ideais esquecidos.
Ao forte clamor do seu verbo, erguem-se os dias, e as horas do futuro vibram, aprofundando no cerne do mundo os alicerces da Humanidade Feliz do porvir.
Admoesta e ajuda.
Verbera, rigoroso, e socorre.
Aceita a oferenda do amor mas não enclausura a verdade nas paredes do suborno.
Rei Celeste, comparte das necessidades dos pecadores e vive entre eles.
Permuta o contato dos anjos pela comunhão do populacho da verdejante e calma Cafarnaum, trocando os esplendores da Via-Láctea pelas madrugadas rubras do lago piscoso.
Prefere os entardeceres ardentes de Jericó à epopéia célica dos astros em infinito meio-dia.
Aceita o pó das estradas ermas e calcinadas de Caná, Magdala, Dalmanuta, e as suas fronteiras que se perdem no Sistema Solar, Ele as estreita entre o Mar e o Hebron, entre a Síria e o país de Moab...
Deixa a gleba paradisíaca para tomar de um grão de mostarda e elaborar com ele uma cantata, sofrendo calor asfixiante; esfaimado, pede a uma figueira frutos que, fora de época, não os pode dar...
Senhor do Mundo, Causa anterior existente, deixa-se confundir na turba, na multidão esfarrapada, que em fúria busca o amor sem saber identificá-lo; na multidão, sim, na qual, sofrendo, encontra a razão do Seu glorioso martírio.
Entre os sofredores, canta as mais eloqüentes expressões que o homem jamais ouviu.
As Suas Boas Novas são orquestradas pela musicalidade espontânea da Natureza, no cenário das primaveras e dos verões, entre as aldeias e o lago, no coração exuberante da Terra em crescimento...
E traído, magoado, encarcerado, vencido numa Cruz, elege uma tranqüila e luminosa manhã para ressurgir, buscando uma antiga obsediada para dizer-lhe que a vida não cessa, e que o Reino de Deus está dentro do coração, reafirmando, insofismável, ficar “conosco todos os dias até o fim do Mundo”, retornando, assim, ao Pai, onde nos espera vencidas as refregas libertadoras da ascese em que hoje nos empenhamos com sofreguidão.



quinta-feira, 27 de outubro de 2016

O grupo

Falta alguém?

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

De volta à Boa Nova

Neste sábado, dia 29 de outubro, retomaremos nossas atividades rotineiras, com a apresentação da segunda parte do trabalho de Marilda sobre o capítulo "A mulher e a ressurreição", do livro Boa Nova (Humberto de Campos, Espírito/Chico Xavier, médium). Desta vez, deixaremos de parte a condição da mulher - em termos - para abordar um assunto dos mais pertinentes ao entendimento da missão de Jesus, do papel dos espíritos na Terra e no espaço e do próprio edifício doutrinário do Cristianismo. Como é praxe, essa atividade terá característica vivencial e convidará os participantes a um exame aprofundado quanto a sua posição perante o Cristo.
Todos lá, portanto!


domingo, 23 de outubro de 2016

Trabalhador atua comprometido

No futuro
Emmanuel / Francisco Cândido Xavier

Quando o homem gravar na própria alma
Os parágrafos luminosos da Divina Lei,
O companheiro não repreenderá o companheiro,
O irmão não denunciará outro irmão.
O cárcere cerrará suas portas,
Os tribunais quedarão em silêncio.
Canhões serão convertidos em arados,
Homens de armas volverão à sementeira do solo.
O ódio será expulso do mundo,
As baionetas repousarão,
As máquinas não vomitarão chamas para o incêndio e para a morte,
Mas cuidarão pacificamente do progresso planetário.
A justiça será ultrapassada pelo amor.
Os filhos da fé não somente serão justos,
Mas bons, profundamente bons.
A prece constituir-se-á de alegria e louvor
E as casas de oração estarão consagradas ao trabalho sublime da fraternidade suprema.
A pregação da Lei
Viverá nos atos e pensamentos de todos,
Porque o Cordeiro de Deus
Terá transformado o coração de cada homem
Em tabernáculo de luz eterna,
Em que o seu Reino Divino
Resplandecerá para sempre.


(Do livro "Pão Nosso", cap. 41, edição FEB)

***


A leitura da mensagem acima abriu o encontro de qualificação dos trabalhadores da Cobem, realizado nos ábado, 22 de outubro, em torno do tema "Por que escolhi ser um trabalhador espírita?", sob a condução de Adilton Pugliese - cuja exposição acompanhamos e aqui resumimos - e Marinalva Pereira. Adilton iniciou fazendo-nos ouvir o "Hino ao amor" imortalizado por Edith Piaf (vídeo abaixo) e em seguida apresentou o ideal de Peter Drucker, que ele considera "o papa da administração", motivador de um dos muitos livros desse autor de origem austríaca: "Pelo que você desejaria ser lembrado?". Depois, o expositor citou os seis passos que Allan Kardec estabeleceu para a boa atuação do trabalhador espírita: 1 - qualificação; 2 - informação; 3 - observação; 4 - envolvimento; 5 - comprometimento; e 6 - realização da missão.


Adilton é, declaradamente, um apaixonado pela vida e pela obra do Codificador da Doutrina Espírita, em quem observa três perfis de lideranças e respectivas finalidades, conforme o próprio Kardec relata em Obras Póstumas, ao referir o que seus guias espirituais  - principalmente o Espírito de Verdade - lhe disseram ao informá-lo da missão que o aguardava: 1 - para agradar a Deus: humildade, modéstia e desinteresse; 2 - para lutar contra os homens: coragem, perseverança e firmeza; e 3 - para o êxito da missão: prudência e tato, devotamento, abnegação e disposição a todos os sacrifícios. Segundo Pugliese, esses pontos cabem também aos seguidores de Kardec, que somos todos nós na atualidade.


A missão do Centro Espírita foi igualmente abordada pelo expositor, afirmando que essas instituições devem se transformar, como propõe o médium Divaldo Franco, na célula viva da comunidade onde se encontram, para a criação de uma mentalidade fraternal e espiritual das mais relevantes, porque será escola e santuário, hospital e lar, onde as almas encontrarão diretrizes para uma vida feliz e sobreviver aos choques do mundo. Assim, por extensão, a missão dos espíritas, chamados a levar a palavra divina aos grandes e eruditos - que a desprezarão - e aos pequenos e simples, que a ouvirão de bom grado, de acordo com a mensagem do Espírito Erasto em O Evangelho Segundo o Espiritismo.


Adilton também tratou do "produto" das sociedades sem fins lucrativos, quais os centros espíritas, tema que interessou a Peter Drucker, para quem esse produto é um homem mudado, uma vida transformada: "Seu produto é uma criança que aprende, um jovem que se transforma num adulto com respeito próprio". Daí se infere a importância do papel social do Centro Espírita, que vem a ser a unidade fundamental do movimento espírita, forjadora de homens e mulheres de bem e idealistas; um foco do ideal de renovação, núcleo de vivência fraterna, uma universidade de almas.


Entretanto, o Centro Espírita também é passível de conhecer fatores de desequilíbrio, disse Pugliese, apontando, nesse caso, a hostilidade dos sentimentos, a perversão do senso moral e a turbação da harmonia. Para ele, dos espíritas é esperado o comprometimento, junto com o envolvimento mental e emocional, além da motivação para contribuir com a causa espírita com aceitação da responsabilidade. Nesse sentido, importa observar os pilares desse comprometimento: amor ao próximo; respeito humano; fidelidade aos princípios espíritas; convivência fraterna e companheirismo; amor ao trabalho; e presença. 




quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Mais outra folga

O programa deste sábado, 22 de outubro, é o trabalho que Adilton Pugliese realizará junto com Marinalva Pereira - ambos destacados servidores da causa do Cristo - em proveito dos trabalhadores da Casa de Oração Bezerra de Menezes. Por conta desse evento, o Grupo Jesus de Nazaré experimentará mais uma interrupção de suas atividades ordinárias, devendo seus integrantes participarem do encontro maior, no Salão Doutrinário.
Vamos lá!

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sábado, 15 de outubro de 2016

Exaltação da mulher

A realização do bom trabalho apresentado por Marilda neste sábado, 15 de outubro, infelizmente não teve a participação que merecia, pois boa parte dos companheiros faltou à atividade. Presentes estávamos Fernando, Luiza, Valquíria, Nilza, Cláudia, Lígia, Magali, Waldelice, Augusta e Marilene, além deste coordenado-escriba e a já citada Marilda. Egnaldo também compareceu, mas saiu antes do trabalho começar, pretextando uma atividade com o público infantil em outro local.
Antes de iniciar a atividade propriamente, Marilda solicitou ao pessoal que cada um emitisse sua opinião acerca de Maria de Magdala, levando Marilene a considerar que o mais marcante na figura de Madalena é sua transformação a partir da convivência com Jesus. Fernando lembrou que a única apóstola do Cristo reencarnara no século XX como a religiosa Madre Tereza de Calcutá, enquanto este narrador referiu o ciúme de Pedro em relação a Madalena e que Jesus dissera profeticamente "se eu quiser, farei dela um homem".
Então se fez a leitura da primeira parte do capítulo 22 do livro Boa Nova ("A mulher e a ressurreição") e Marilda distribuiu a consigna do trabalho  "De que maneira você compreende os papéis do homem e da mulher na vida de relação, principalmente na vivência dos postulados evangélico-espíritas?" - para breve meditação e discussão em duplas, antes da partilha grupal. Segundo Luiza, "sempre me senti mulher; tenho esse compromisso como mãe, esposa e professora".
Para Waldelice, o casal espírita não cobra um do outro o comportamento em relação à vivência doutrinária. Já Fernando declarou que essas desavenças vão existir por mais algum tempo ainda, porque, disse, fazem parte do processo de convivência.
Cristiane observou o compromisso espiritual de se nascer homem ou mulher, uma vez que o Espírito não tem sexo; segundo ela, sentimentalmente a mulher, demonstrando maior sensibilidade que o homem, está mais ligada à prática das lições do Evangelho, sabendo renunciar, por amor, a várias coisas e situações da vida, sendo, portanto, a tolerância manifestada pela mulher uma das principais razões pra manter a longevidade das uniões na Terra, salientando, porém, que homens e mulheres realizam experiências distintas.
Por sua vez, Valquíria ressaltou que, neste momento de transição planetária, "essa relação também experimenta mudança, para compreensão do masculino e do feminino no âmbito do Espírito"; segundo ela, estamos próximos desse entendimento, embora culturalmente fiquemos presos aos valores do passado. Já Lígia considerou que "observamos mudanças de papéis ao longo da história: o homem cuida da casa enquanto a mulher ocupa posições na sociedade, ao passo que se discute a questão sexual como parte da autonomia feminina".
Também Magali ofereceu sua contribuição, afirmando que a mulher em certos aspectos é vitimizada ante a condição física do homem em sua figura de machão; para ela, as mães muitas vezes ajudam a perpetuar a cultura de submissão da mulher junto aos filhos. De acordo com Marilene, as transformações vistas hoje fazem parte do processo de evolução do planeta e que "precisamos aprender a conviver com as duas polaridades". Augusta fez coro: "Somos espíritos; vamos aprender a ser irmãos!"
No final, Marilda leu pequeno trecho do livro Caminho, Verdade e Vida (Emmanuel/Chico Xavier) no qual o autor espiritual exalta a condição de Maria Madalena, e pôs a tocar a música "Super-homem, a canção", de Gilberto Gil, de onde retiramos estes versos:

"Quem sabe, o super-homem venha nos restituir a glória
mudando, como um deus, o curso da história
por causa da mulher..."

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Mulheres em pauta, de novo!

"Um dia, vivi a ilusão de que ser homem bastaria
que o mundo masculino tudo me daria do que eu pudesse ter
que nada, minha porção mulher que até então se resguardara
é a porção melhor que trago em mim agora..."

Esses versos, de "Super-homem, a canção", composição inspiradíssima do cantor e cantor baiano Gilberto Gil, vai dar o mote do trabalho que nossa companheira Marilda realizará no Grupo Jesus de Nazaré, abordando o capítulo 22 do livro Boa Nova ("A mulher e a ressurreição"). Em seu texto psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier, o Espírito Humberto de Campos trata tanto da valorização da mulher por Jesus quanto da resistência do homem em admitir a importância feminina em sua própria vida, principalmente quando da vivência religiosa, ou melhor, na companhia do Cristo, como no início dos tempos evangélicos. Nesse capítulo, Humberto de Campos narra as dificuldades de Simão Pedro em relação a Maria Madalena e como Jesus, com muita paciência, esclarece esse seu apóstolo acerca da posição da mulher no Reino dos Céus. Será, portanto mais uma oportunidade valiosa para refletirmos sobre nosso comportamento, além de repetirmos tópicos do aprendizado espírita, para melhor e vivência do Evangelho.
Vamos lá?

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domingo, 9 de outubro de 2016

Não nego, meu nego!

Neste sábado, 8 de outubro, a turma reuniu-se disposta a continuar o trabalho desenvolvido por Carminha desde a semana anterior, enfocando o capítulo 12 do livro Boa Nova ("Amor e renúncia"), desta vez enfatizando a segunda parte, que trata especificamente do ensinamento de Jesus sobre a renúncia segundo o olhar percuciente do Espírito Humberto de Campos. Além de Carminha e dos coordenadores - Isabel e Francisco -, fizeram-se presentes Cristiano, Marilene, Luiza, Railza, Quito, Iva, Egnaldo, Fernando, Waldelice, Magali, Marilda, Nilza, Valquíria e Cláudia. Houve outra presença, só detectada mediunicamente, pela vidência de Railza, que identificou entre nós o saudoso Roberto Miguel, desencarnado no início deste ano.
A atividade começou quando, após a prece, Carminha solicitou a formação de duplas e a cada par distribuiu uma passagem do Evangelho de Marcos (8:34), na qual Jesus ensina os critérios para quem deseja segui-lo: "Negue-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me", apresentando, em seguida, esta consigna: "Que tenho em mim para sacrificar?". Compreensivelmente, algumas pessoas entenderam o verbo sacrificar por seu sentido pejorativo, mas a maioria deu conta do recado, conforme a partilha após as reflexões em dupla.
Assim, Egnaldo revelou que há "muita coisa" a que necessita renunciar, como o orgulho e a impaciência, para ser mais gentil com os outros e corrigir seu olhar. Waldelice, por sua vez, declarou não ver sacrifício na própria vida: "Tudo que faço é espontâneo, por amor"; mas depois que a Coordenação explicou o sentido do sacrifício, esta companheira referiu o orgulho e a vaidade como algo que necessita de fato sacrificar.
Para Marilene, o que tem para sacrificar é a ignorância: "Por mais que busco fazer contato com a Revelação divina, ainda conservo a ignorância do passado e peço sabedoria para sair desse patamar, entendendo melhor o convite do Cristo, a quem não posso seguir com ambição e egoísmo; tenho de largar esses fardos, priorizando o ser em vez do ter, vendo o divino em mim e no outro". Fernando disse que, antes de conhecer a proposta de Jesus, "eu era um fariseu intolerante; depois, ensaiei o ressurgimento, mas não fui adiante; agora é que estou lutando para tomar a cruz e atender ao chamado, sacrificando minha negligência e a intolerância, em todas as áreas de atividade".
Magali considerou que, além do orgulho, tem sua vontade para sacrificar, a fim que, como é dito no Pai Nosso, seja feita a vontade de Deus - contou um pouco da história de Santa Irene como exemplo. Railza também referiu a intolerância como algo passível de ser sacrificado em sua personalidade; ressaltou, contudo, estar longe da autonegação - "Jesus que tenha paciência comigo!" -, acrescentando ser, para os outros, exemplo dos erros que não se devem cometer, nada mais.
Quito apontou os vícios morais, como a intolerância, a incompreensão, a vaidade, o egoísmo, a presunção...: "Tudo isso temos de sacrificar de imediato e é difícil", disse. A seu turno, Iva salientou negar-se a si mesmo pela "dieta do momento agressivo", preferindo silenciar para preservar a boa convivência com aqueles que não nos entendem ainda; e ela frisou: "Isso não é sacrifício para mim!" Luiza também destacou a necessidade de diminuir a intensidade da intolerância e da impaciência presentes em seu ser, observando que "é sacrifício lidar com certas pessoas". Por fim, Isabel igualmente salientou achar não ter que negar-se, "mas sinto necessidade de fazer mudanças íntimas", procurando equacionar o ser e o ter.

***

Encerrada a partilha, Carminha procedeu à leitura da segunda parte do capítulo 12 de Boa Nova, enfatizando a proposta de Jesus de renunciarmos às coisas do mundo para a construção do Reino dos Céus em nós mesmos. Ela citou trecho do livro Plenitude (Joanna de Ângelis/Divaldo Franco) e também a explicação esotérica de Carlos Torres Pastorino sobre "odiar pai e mãe", falando dos veículos da personalidade humana, cujo império (domínio do ego) contraria o Cristo interno.
Carminha também especificou a luta íntima do Espírito encarnado em função de sua dualidade na carne: corpo e alma; segundo a companheira, o que nos deve importar é a natureza do Espírito em sua construção, 'saindo da zona de conforto para ir até o outro", a fim de servir com prazer, conforme as recomendações de Jesus. O trabalho foi encerrado com a leitura de mensagem do livro O Chamado, de autoria do Espírito Irmã Rafaela e publicado por Francisco Muniz (leiam abaixo).

***

O chamado

Que tenho eu de mim para ofertar, Senhor? Por que recorres a mim? Como Pedro, não tenho ouro nem prata. Ao contrário de Paulo, não tenho o amor que supre a falta de virtudes; como Tomé, minha fé é ainda vacilante; como muitos que passaram pelo sacrifício, ainda temo...
Que tenho, Senhor, para te dar? Por que confias em mim? Eu ando por caminhos escusos, ando mesmo em trevas, mas me acenas com tua luz. Ainda trilho os caminhos da indiferença, alheio aos irmãos caídos, mas me apontas a oportunidade do serviço; ainda me vejo desatento quanto à realidade divina, mas me mostras a razão do compromisso...
Por que a mim, Senhor? Por que eu? Que tenho eu para te dar? Ao contrário de Pedro, não tenho talento para a pesca; oposto de João, a vida mística não me atrai; assim como Judas, eu também te trairia... por que me chamas, Senhor, que tenho eu para te dar?
E no entanto me chamas, Senhor, parece que confias em mim - e isto me confunde. Que vês em mim que não percebo? Será que meus erros, minha imperícia e minha incúria não te incomodam? Meu egoísmo e meu orgulho, tão grandes, não te assustam? Não sou dos teus, Senhor, e me queres mesmo assim? Por que me chamas?
Oh, compreendo! Agora compreendo...

Sim, minhas feridas, minha dor, tu as queres curar! Senhor, isto muito me comove, mas não sou digno de teu apreço... Sim, isto não te importa, pois o médico não quer saber quem é o doente, só quer ajudá-lo. Oh, Senhor, cura-me então! Eu te peço - e te dou minha enfermidade, minha alma enferma para que a cures!...



quarta-feira, 5 de outubro de 2016

O velho "papo" da renúncia

Que haverá em comum entre Abraão levar seu filho Isaque à ara do sacrifício solicitado por Deus e o Espírito Irmã Rafaela repetir o convite do Cristo em seu livro O Chamado? Isto saberemos neste sábado, dia 8 de outubro, durante a realização da última etapa do trabalho de Carminha sobre o texto "Amor e renúncia", 12.º capítulo de Boa Nova (ditado pelo Espírito Humberto de Campos à mediunidade psicográfica do Chico Xavier). Será mais uma oportunidade para considerarmos a importância da recomendação de Jesus a todos quantos almejem segui-Lo: "Renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me".
Todos lá, porque vai ser bom.


sábado, 1 de outubro de 2016

"Amigo é coisa..."

"- Meu amigo não voltou do campo de batalha, senhor. Solicito permissão para ir buscá-lo - disse um soldado ao seu tenente.
- Permissão negada - replicou o oficial. - Não quero que arrisque a sua vida por um homem que provavelmente está morto.
O soldado, ignorando a proibição, saiu e uma hora mais tarde regressou, mortalmente ferido, transportando o cadáver de seu amigo.
O oficial estava furioso:
- Já tinha lhe dito que ele estava morto! Agora eu perdi dois homens. Diga-me: valeu a pena trazer um cadáver?
E o soldado, moribundo, respondeu:
- Claro que sim, senhor! Quando o encontrei, ele ainda estava vivo e pôde me dizer: "Tinha certeza de que você viria!"

Moral da história: amigo é aquele que chega quando todo mundo já foi."


***

Essa história forneceu subsídio para o trabalho que Carminha realizou neste sábado junto ao Grupo Jesus de Nazaré, abordando a primeira parte do capítulo 12 do livro Boa Nova (Humberto de Campos, Espírito/Francisco C. Xavier), intitulado "Amor e renúncia". Dos companheiros matriculados no Grupo, somente Regina e Railza não compareceram à atividade, estando presentes, portanto, além da supracitada e dos coordenadores - Isabel e Francisco -, Egnaldo, Quito, Fernando, Cristiano, Cláudia (visitante/aluna ouvinte), Waldelice, Marilda, Jaciara, Cristiane, Lígia, Valquíria, Luiza, Marilene, Eliene, Magali, Iva e Maria Augusta. O encontro também incluiu, no final, a comemoração em lembrança dos aniversariantes do mês, como Magali e Eliene.
Para a execução de seu trabalho, Carminha dividiu a turma em duplas e distribuiu a cada uma delas cópias da história acima, para reflexão acerca do valor da amizade a partir desta consigna: "Qual sua atitude na relação com o outro?" Finda essa etapa, foi aberta a partilha e Waldelice fez o primeiro depoimento. Segundo ela, "valorizo muito o amigo, que é como um irmão consanguíneo, e ajo do mesmo modo com relação a todos que precisam de mim". Por sua vez, Egnaldo comentou que sua relação com o outro é procurar observar "para ver se sou entendido", dispondo-se a tratar bem a todos e aprender alguma coisa. Em seguida, Luiza considerou que "ser amigo é respeitar a pessoa e procurar ajudar".
Jaciara foi taxativa: "Não quero ter um milhão de amigos, como Roberto Carlos", disse, acrescentando que a ela bastam dois ou três amigos fiéis, junto aos quais se esmera com naturalidade e intensidade, "porque amigo é algo que transcende, vem de outras encarnações", não importando, portanto, o fato de estarem distanciados: "Minha relação não é de ligar e procurar todo dia, toda hora, mas mesmo com a distância lembramos um do outro", pois "o verdadeiro amigo não faz cobranças". E antes que saísse da reunião por conta de um outro compromisso, Quito revelou daria a mão não só ao amigo, mas a outros, "em certas circunstâncias"; com os amigos, disse ele, "temos de ser gentis e cordiais, mas com os outros devo agir no bem, sem me importar de não ser amado".
Para Eliene, "há o amigo e há a pessoa por quem temos muita gratidão", salientando não guardar rancor em seus relacionamentos, frisando ser esse o primeiro passo para a construção de uma grande amizade. Já Valquíria ressaltou ter amigos e com eles, mesmo que os não veja, diz que todos sabem do sentimento recíproco da amizade, embora haja aqueles que questionem o distanciamento: "Faço um esforço imenso para entender aqueles que estranham", mas o Evangelho nos ensina as lições do perdão e da caridade, para superarmos as energias negativas nas relações". Na opinião de Fernando, "amigo é Sheila Almeida (a segunda presidente da Cobem), que me deu a lição de não ser soberbo"; depois de contar a história que motivou essa observação, o companheiro revelou que, com Sheila, aprendeu a trabalhar seu orgulho.
"Estou buscando viver a forma verdadeira de ser amigo, sem passar a mão pela cabeça do outro", disse Marilene, antes de Carminha fechar essa etapa e passar para o segundo momento, quando leu o texto de Humberto de Campos e propôs esta reflexão: "Como você se comporta com o outro, perante as ponderações de Jesus?". Então Iva comentou que procura se comportar como amiga e que Jesus é o único que não nos abandona no meio do caminho; segundo ela, tudo é conduzido pela Espiritualidade maior, mas individualmente "eu me esforço para agradar, isso é  meu". Waldelice confessou ter uma dificuldade na relação com os amigos, salientando que se dá por inteiro mas "quando sou tratada com maledicência, não sei o que me dá, mas algo se quebra dentro de mim, como se me jogassem um balde de água fria..."
Eliene fez eco à fala de Fernando e declarou ter também dificuldade de pedir ajuda: "Acho que posso me suprir sozinha", disse, acrescentando que nós nos acostumamos a esconder nossas fraquezas. E Valquíria, por fim, salientou que amigo não é o que pede, nem o que dá, mas o que sente: "Tenho dificuldade de ser a santa; tem hora que a gente sofre, tolera, mesmo com o amigo distante, mas a gente sente que somos amigos", declarou, acrescentando que essa dificuldade é sentida no lar, na Casa Espírita, em toda parte, "mas estamos aqui para aprender a viver bem".
 

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Amor primeiro

Em O Evangelho Segundo o Espiritismo (Allan Kardec), o capítulo VI traz mensagens de O Espírito de Verdade e numa delas este, identificado como o Cristo, dá dois mandamentos aos espíritas: "Amai-vos, eis o primeiro ensinamento; instruí-vos, eis o segundo". O amor, portanto, vem em primeiro lugar e frisamos este aspecto de nossos estudos no âmbito da Doutrina Espírita em razão do trabalho que nossa companheira Carminha pretende apresentar neste sábado, 1 de outubro, sobre o teor do capítulo 12 do livro Boa Nova (Humberto de Campos, Espírito/Francisco Cândido Xavier), intitulado "Amor e renúncia". A atividade de Carminha deverá ser realizada em duas aulas e a primeira contemplará as manifestações de afeto que devemos uns aos outros, no exercício da amorosidade, tornando-nos cada vez mais amigos. Assim seguramente teremos dois momentos bastante enriquecedores de nossas relações interpessoais.
Até lá e todos lá!



quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Interpretações

O trabalho realizado no sábado 24 de setembro serviu para mostrar o quanto precisamos, no âmbito do Grupo Jesus de Nazaré, nos esforçar um pouco mais a fim de correspondermos à necessidade de habilitarmo-nos suficientemente para a boa interpretação das lições de Jesus, manifestando a condição de espíritas estudiosos. A essa atividade juntaram-se aos coordenadores - Isabel e Francisco - os companheiros Carminha, Egnaldo, Valquíria, Cristiane, Cláudia, Waldelice, Magali, Jaciara, Iva, Quito. Fernando, Luiza, Marilda, Eliene, Regina, Augusta, Railza e Lígia. Desta vez, tivemos o momento das virtudes, sob a condução de Isabel, que apenas promoveu a troca dos corações e distribuiu frases reflexivas do autor Lourival Lopes para uma breve meditação.
Então procedemos à leitura da lição do EADE - o primeiro tópico do Roteiro 5, sobre localizar no texto bíblico as passagens evangélicas que se deseja estudar - e em seguida dividimos a turma em três subgrupos, a cada qual entregando um exemplar da Bíblia Sagrada, do Novo Testamento traduzido por Haroldo Dultra Dias, e da Bíblia de Jerusalém. Junto com tais livros, juntamos as consignas do trabalho: 1 - Identifique no Evangelho de Mateus, fornecendo capítulo e versículos, o trecho em que o rei Herodes confundo Jesus com João Batista e aponte as dificuldades encontradas na realização desta tarefa; 2 - Do que trata o versículo 9 do Cap. 3 de Atos dos Apóstolos e qual a relação entre esse capítulo e um dos princípios básicos do Espiritismo?; e 3 - Em que parte do Evangelho de Lucas este afirma que Jesus é sinal de contradição e como Kardec aproveitou essas palavras numa de suas obras?
A primeira questão ficou a cargo do subgrupo formado por Marilda, Quito, Railza, Fernando e Egnaldo - mais tarde, Regina seria aí incluída; a segunda coube a Lígia, Luiza, Iva, Cláudia e Cristiane, que receberia a colaboração de Magali; e a última seria discutida por Carminha, Augusta, Eliene, Jaciara e Valquíria, mais Waldelice, que chegou depois de iniciada a tarefa. Findo o período da atividade prática, passamos então às considerações relativas a cada consigna. Em nome do primeiro subgrupo, Railza explicou que não houve dificuldade em cumprir a proposta da Coordenação, mas em entendê-la, uma vez que o assunto já fora estudado "há milhões de anos". Depois, Quito salientou ter revivido, nesse trabalho, o "trauma" de seu tempo de coroinha.
De acordo com o pessoal do segundo subgrupo, o relato do evangelista Lucas, autor também do livro Atos dos Apóstolos, trata, no trecho citado na consigna, dos princípios básicos do Espiritismo referentes à existência de Deus e da alma, mais a comunicabilidade dos Espíritos; segundo Iva, fui um pouco difícil realizar a atividade "por não estudar desse modo frequentemente". E Carminha, representando o terceiro subgrupo, declarou que, "por não sermos pastores evangélicos", observaram alguma dificuldade na resolução do problema elaborado pela Coordenação. Essa dificuldade ficou patente após Jaciara, munida de um smartphone, consultar na Internet uma página que oferecesse O Evangelho Segundo o Espiritismo (ESE) e encontrou, como correspondência do texto de Lucas (12:47), o capítulo 14 da obra de Allan Kardec. Isso provocou uma breve mas interessante celeuma, porquanto o Cap. 14 do ESE é intitulado "Honrar pai e mãe", ao passo que os ensinos aparentemente contraditórios de Jesus o Codificador os enfeixou no Cap. 23, sob o título de "Moral estranha".
Como o horário já não permitisse mais considerações, a prece feita por Fernando encerrou o trabalho.

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Estudo bíblico

"Saber localizar o texto no livro bíblico" é o título do primeiro tópico do Roteiro 5 do EADE, que introduz a interpretação de textos evangélicos. É com esse material que o Grupo Jesus de Nazaré trabalhará neste sábado, dia 24 de setembro, com a proposta de realizar exercícios de interpretação de relatos do Evangelho à luz do entendimento espírita. Tal exercício será útil para orientar os companheiros que ainda não sabem utilizar a Bíblia para o estudo, bem como para reforçar a boa disposição de quem já consegue proceder desse modo com aquela finalidade. No que nos concerne, esse trabalho ajudará a observarmos os entraves e os aspectos facilitadores da pesquisa na e com a Bíblia.
Isto posto, vamos ao trabalho.

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domingo, 18 de setembro de 2016

Três questões

1 - Por que a Boa Nova representa para a Humanidade a "festa de noivado" referida por Jesus?
2 - Para extrair o espírito da letra, como entender o poema de Horácio a respeito de Roma?
3 - Procurando interpretar o sentido das expressões, por que Humberto de Campos fala de "chuva de bênçãos" ao citar a chegada do Sublime Emissário à Terra?

***

Tais as consignas estabelecidas para o trabalho do sábado, 17 de setembro, no âmbito do "Jesus de Nazaré", ante a presença de Iva, Cristiane, Marilene, Fernando, Valquíria, Luiza, Carminha, Cláudia (outra vez nos visitando), Regina, Magali, Waldelice, Quito, Marilda, Egnaldo, Cristiano, Eliene e este escriba dublê de coordenador. O tema do encontro foi o primeiro capítulo de Boa Nova (Humberto de Campos/Chico Xavier), que tem o mesmo título do livro e fala do século do imperador Caio Júlio César Otávio, filho adotivo de Júlio César e cognominado de Augusto, no qual a Espiritualidade preparou o planeta para a vinda do Cristo. Finda leitura, a turma foi dividida em três subgrupos, inicialmente com quatro participantes, enquanto os demais não haviam ainda chegado; em seguida, as consignas foram dadas a conhecer e todos passaram às discussões antes da partilha grupal.
A primeira pergunta coube ao grupo formado por Cristiane, Cláudia, Quito e Fernando, completo depois com a chegada de Regina e Magali. Para essa companheira, identificando a "noiva" como a própria Humanidade, sendo Jesus o "noivo", o Evangelho, que vem a ser a Boa Nova apresentada pelo Cristo, promove a união do mundo espiritual com os homens pela prática das lições do Mestre, pela adoção consciente das boas atitudes, para que nós, uma vez reformados, recebamos mais dos ensinamentos; segundo Cristiane, a Boa Nova é de alcance universal, "mas temos de nos esforçar para compreender e viver essas lições". Também por esse grupo, Fernando observou que "se todos introjetarmos como verdadeiro que o Evangelho é o livro mais vivaz que há no mundo..." e repetiu os conceitos do Espírito Humberto de Campos, justificando sua assertiva.
Pelo grupo 2 falou Cristiano (junto com ele formaram Iva, Waldelice e Marilda), salientando que, no poema destacado no texto, "Horácio orgulha-se de ser romano mas teve a percepção de algo maio que ele e Roma", ainda que peça à capital do império o privilégio dos deuses. Interferindo, Valquíria considerou que "Horácio vê mas não enxerga, só induz que o Sol é maior do que Roma". Igualmente, Marilda deu sua opinião; para ela, o poema fala o esplendor retratado por Horácio é a percepção do poeta quanto à vinda do Cristo. Já Iva ressaltou que o anúncio da chegada de Jesus foi feito por uma estrela: "O Sol é uma estrela de quinta grandeza, e brilha incessantemente".
Carminha iniciou os comentários pelo terceiro subgrupo recordando as circunstâncias do nascimento de Jesus, no atual Oriente Médio, na Palestina dominada pelos romanos, um povo bélico que imprimou outro tipo de energia à região; segundo ela, o imperador Augusto era sensível à mudança energética observada em sua época, dada a proximidade da vinda do Cristo, embora não fosse uma percepção consciente, de modo que a "chuva de bênçãos" relatada por Humberto de Campos sinalizava a presença dos emissários espirituais que vinham cooperar com Jesus e assim modificava-se a psicosfera planetária: "Todos conseguimos perceber essa mudança e são tocados por essa energia, mesmo que às vezes coloquemos uma barreira entre ela e nós", ressaltou.


sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Prática da teoria

Depois de fazermos exaustivamente o exercício de compreensão dos meios facilitadores da interpretação das lições evangélicas (e isto ainda não terminou), neste sábado, 17 de setembro, procederemos a uma atividade prática com a finalidade de averiguarmos nossa capacidade interpretativa. Para tanto, vamos dar uma folga ao tomo II do EADE e retornar ao livro Boa Nova (Humberto de Campos, Espírito/Chico Xavier, médium). Dessa obra do autor espiritual trabalharemos o primeiro capítulo, que leva o mesmo título do livro, procurando seu entendimento a partir dos pressupostos observados no Roteiro 4 do EADE, Naturalmente, haveremos de nos conduzir pelas consignas propostas pela Coordenação.
Até lá.


domingo, 11 de setembro de 2016

Algumas palavras

Nesse 10 de setembro tivemos a participação de Cristiane, Waldelice, Valquíria, Egnaldo, Fernando, Marilene, Lígia, Luiza, Jaciara, Magali e Maria Augusta, além dos coordenadores - Isabel e Francisco - e de Eliene, que retornava ao Grupo após longo período de ausência durante o qual nasceu-lhe a segunda netinha. A atividade do dia versou sobre o sentido das palavras, tema do último item do terceiro tópico do Roteiro 4 do EADE, que trata dos meios de interpretação do Evangelho. Para a abordagem dese item, a Coordenação propôs a seguinte consigna motivadora das reflexões posteriores à leitura do texto: "Quando lanço minha rede estou realmente consciente das recomendações de Jesus?".
E como dessa vez não realizamos o momento das virtudes, passamos direto ao trabalho, procedendo à leitura e, depois de expor a consigna, às reflexões feitas em duplas, após o que houve a partilha grupal. Mas antes de tudo isso, Fernando pediu um minuto para falar sobre a atividade da semana passada, que ele considerou muito importante para esclarecê-lo acerca de uma decisão a ser tomada, aproveitando para contar um pouco de sua história escolar e das dificuldades com matérias e livros, o que só melhorou após conhecer o Espiritismo, o qual, disse, transformou sua preguiça em disposição para o trabalho intelectual.
Augusta foi, então, a primeira a falar sobre a consigna, dizendo que isso depende do momento, de modo que só às vezes está consciente dos mandamentos: "Jesus dá as coordenadas quanto ao espiritual", explicou, acrescentando que "no entanto, a sobrevivência fala mais alto"; para ela, estar na Casa Espírita facilita a elevação espiritual, "mas por vezes escorregamos; é difícil dizer que seguimos o Cristo e assim perdemos a oportunidade do crescimento", completou. Já Egnaldo revelou que "intimamente estou sempre lançando a rede"; para ele, "você escolhe seu plantio - seja espinho ou caco de vidro - o que queira", mas declarou ter dificuldades "em vista dos desafios da vida".
"Às vezes, sim, às vezes, não", observou Eliene, por sua vez, esclarecendo que há dias em que a maré não está pra peixe, ainda que as palavras de Jesus nos sacudam, tirando-nos do imobilismo. De modo parecido pensa Jaciara, para quem "há momentos em que eu quero uma rede para me deitar, que estou muito cansada"; afirmou, contudo, que está na caminhada e por isso "há momentos em que me vejo consciente das palavras de Jesus. Em seguida, Magali considerou que, como na lição do Evangelho, "os pescadores não jogam a rede em qualquer lugar: eles sabem onde lançá-la".
"Busquei o Espiritismo para saber a razão de minha existência", ponderou Valquíria, salientando que deu sorte, ao observar entre os profitentes da Doutrina o respeito às diferenças no convívio com os outros: "Essa é a lição da rede, da busca do entendimento das palavras de Jesus", disse, considerando ser assim que faz o lançamento de seu instrumento de pesca: "Devemos sentir o outro não como queremos, mas pelo processo dele", completou. Por fim, Marilene, fazendo eco às considerações sobre a criação de filhos suscitadas desde a fala de Egnaldo, salientou que, "como mãe, devo ensinar os filhos a lançar cada um sua rede", para não ficarem na eterna dependência dos pais.

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Artes de pescador

Eis que neste sábado, dia 10 de setembro, concluiremos a abordagem do Roteiro 4 do EADE, enfocando o tema "O sentido das palavras", correspondente ao item 3.5, que finaliza o esquema de estudo e interpretação do Evangelho proposto por essa obra da Federação Espírita Brasileira. Nesse tópico, os autores do trabalho continuam a utilizar alguns termos do episódio evangélico da pesca milagrosa narrado por Lucas (5:3-6), destacando o verbo "lançar". Com isso teremos mais um estímulo para refletir acerca de nossa condição de novos discípulos do Senhor e aprendermos de fato a fazer a boa conjugação verbal, valorizando nossa presença no mundo, atento às recomendações daquele sobre quem o evangelista João disse ser o Verbo que se fez carne.
Até lá.


sábado, 3 de setembro de 2016

Expressões sentidas

A atividade realizada neste sábado, dia 3 de setembro, contou com a participação de uma visitante, Cláudia, que foi conhecer o funcionamento de nosso grupo de estudo. Além dela e deste Coordenador/escriba, estiveram presentes também Valquíria, Marilene, Egnaldo, Carminha, Luiza, Fernando, Quito, Cristiano, Isabel (igualmente Coordenadora), Waldelice, Marilda, Regina, Maria Augusta, Magali, Jaciara, Cristiane e Lígia. O trabalho começou, como já é praxe, com a narrativa sobre o exercício semanal de virtudes, durante o qual Quito questionou a validade desse momento, ponderando que se perde um tempo que poderia ser aproveitado na atividade ordinária. A Coordenação ficou de analisar essa petição do companheiro.
Mas Carminha, que se exercitou com a harmonia, declarou que "precisamos nos harmonizar conosco mesmos, caso contrários não passaremos nada (aos outros), só desequilíbrio". Valquíria achou "esquisita" a virtude trabalhada (amor a Deus), "porque esse amor é intrínseco, a não ser que seja o amor universal". Já Lígia, que havia escolhido o carinho depois de algumas semanas lidando com a paciência, salientou que voltará a se exercitar com esta última. Por sua vez, Luiza observou que sua virtude, o amor a si próprio, surgiu na hora certa, revelando estar atravessando um momento difícil em viu-se perdendo o controle devido às cobranças externas: "Eu estava esquecendo de mim mesma", frisou.
Então foi lido o texto do EADE, no item 3.4 do Roteiro 4, sob o título "O sentido das expressões", no qual os autores tratam da importância do distanciamento do leitor/aprendiz quanto ao objeto em estudo para sua mais eficiente interpretação, fazendo, para tanto, referência a trecho do Evangelho de Lucas (Lc 5:3-6), no qual Jesus pede a Pedro que em seu barco O afaste um pouco da praia. Após a leitura, a turma foi dividida em subgrupos para a abordagem da questão, baseada também na proposição já citada do filósofo italiano Giordano Bruno, com a seguinte consigna: "O que penso? Por que penso? Como penso? Para que penso?". Para facilitar um pouco mais, a Coordenação explicou a diferença entre ler e interpretar: ler é decifrar o código escrito, enquanto interpretar é ler nas entrelinhas...
Aberta a partilha, Cristiane foi a primeira a falar, salientando sempre ter de aprender, tanto quanto qualquer dos companheiros no Grupo antes dela, vivenciando as experiências da troca de informações; segundo ela, tudo é relativo, cada um tem suas crenças e por isso "minha verdade não é absoluta". Carminha, em seguida, declarou que o pensamento depende da situação que se vivencia: "Como ainda não nos livramos do instinto animal, depende da circunstâncias", disse, acrescentando que o modo como pensamos está ligado ao momento emocional: "O que penso é conforme as dificuldades enfrentadas", ocasião em que, para a companheira, "podemos até matar"; sobre para que pensa, ela afirmou que é para atingir o outro, acrescentando que esse é um caminho que leva ao arrependimento, ao pranto, "mas até aí vivenciamos muitas coisas entre o animal e a divindade".
Segundo Egnaldo, agir racionalmente é uma necessidade, porque o afastamento da praia não pode ser demasiado (como reza o texto do EADE); desse modo, temos de ser realistas, disse ele, salientando que devemos agir no mundo sabendo que não somos do mundo: "É um compromisso comigo mesmo viver em harmonia entre o corpo e a alma, (porque) o animal em nós é racional". Por sua vez, Marilene observou que aquilo de que precisamos a Doutrina Espírita nos ensina, e assim pensamos e chegamos ao sentimento para daí passarmos à ação; para ela, o pensamento de Giordano Bruno, dado a conhecer nesse dia, é fiel às palavras do Cristo sobre o nosso falar ser "sim, sim, não, não", de modo que, para ela, é um dever afastar-se da praia, mas não em demasia.
A prece feita por Fernando encerrou a atividade, com votos de muita paz a todos.

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Segunda tentativa com Bruno

Neste sábado, dia 3 de setembro, deveremos proceder ao trabalho idealizado para a semana anterior, abordando o item 3.4 do Roteiro 4 do EADE a partir tanto das proposições evangélicas do texto, convidando-nos à obtenção de recursos facilitadores da interpretação das lições de Jesus, quanto da frase do filósofo "herege" Giordano Bruno, queimado pela Inquisição católica ao apagar das luzes do século XVI. Essa frase, sobre a qual discutimos brevemente no encontro do dia 27 de agosto, fala-nos da necessidade de examinarmos livremente os fatos e pensamentos próprios e alheios para deles tirarmos as mais proveitosas conclusões, se verdadeiramente queremos realizar um bom exercício filosófico. E, é bom frisar, o Espiritismo nos convida a isso, reafirmando a proposta do Cristo: "Conhecereis a verdade e a verdade vos tornara livres".
Até lá.

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domingo, 28 de agosto de 2016

Interregno filosófico

Não fosse o momento das virtudes, quando os integrantes do "Jesus de Nazaré" relatam as circunstâncias do exercício semanal de vivência de uma das muitas qualidades da alma, e pouco teríamos a relatar, em razão do restrito comparecimento à reunião do sábado, dia 27 de agosto. Presentes, além dos coordenadores - Isabel e este escriba -, estavam Egnaldo, Valquíria, Jaciara, Waldelice, Railza, Fernando, Marilene e Nilza. Um dos motivos para a ausência dos demais companheiros talvez fosse a realização da 2ª. Feira da Cobem, que ocupou tanto o Salão de Eventos quanto as duas salas contíguas, uma das quais o Grupo utiliza para suas atividades rotineiras, fazendo-nos "mudar de endereço" momentaneamente, ocupando a sala do Memorial.
Assim, sob a arguição de Isabel, Jaciara pediu a palavra para comentar que, na semana anterior, atravessara um período de irritação provocada por um acontecimento familiar, mas foi o suficiente para prestar atenção na virtude escolhida, o amor ao próximo, observando melhor quem está perto de si. Railza, que trabalhou mais uma vez a benevolência (segundo ela, há um mês vem fazendo isso), frisou que se lembra dessa virtude toda vez que comete atitudes impensadas, movida principalmente pelas circunstâncias familiares. Já Egnaldo, que vivenciou a paciência, relatou estar refletindo sobre sua postura como cidadão e pai de família. E Marilene, a quem coube a coragem, declarou querer ter coragem para trabalhar a benevolência. Por fim, Waldelice, que trabalhara a honestidade, salientou que essa virtude é importante na hora de dizer a verdade aos outros.
Mas para não ficarmos somente avaliando nossas (poucas) qualidades, e para introduzirmos o assunto que nos reuniu e só será explorado mesmo no próximo sábado, dia 3 de setembro, a Coordenação distribuiu cópias de uma frase de Giordano Bruno (abaixo), provocando alguns comentários, especialmente em relação da premonição desse filósofo no século XVI quanto à revelação espírita, que se faria aos homens somente cerca de 300 anos depois. Eis a frase:

"Aquele que deseja filosofar deve, antes de tudo, duvidar de todas as coisas. Não deve adotar posição num debate antes de ouvir as várias opiniões e considerar e comparar as razões pró e contra. Jamais deve julgar ou adotar posição com base no que ouviu, na opinião da maioria, na idade, nos méritos ou no prestígio do orador em questão, mas deve proceder segundo a persuasão de uma doutrina orgânica que seja fiel às coisas reais e a uma verdade que possa ser entendida à luz da razão."

(Giordano Bruno - 1548-1600 -, sacerdote cristão e filósofo queimado vivo pela Inquisição sob a acusação de heresia.)

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Giordano Bruno entra em cena

Mas o que Giordano Bruno tem a ver com nossas tentativas de interpretação do Evangelho pela Doutrina Espírita? Quem é esse tal de Giordano Bruno? Ah, foi aquele herege queimado nas fogueiras da Inquisição na Idade Média, né? Tá, mas terá ele alguma ligação com o Espiritismo e com nossos recentes estudos? É o que veremos neste sábado, dia 27 de agosto, quando continuaremos abordando o terceiro tópico do Roteiro 4 do EADE, agora no item 3.4, que nos fala sobre "O sentido das expressões". Na ocasião, teremos a oportunidade de refletir mais uma vez a cerca de importante passagem evangélica e assim poderemos entender a relação com o filósofo cristão sacrificado pelo Santo Ofício pela prática de heresia.
Vamos lá?


segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Das circunstâncias da vida

"Temos aprendido a lançar a rede, conforme a ponderação de Jesus, para valorizar/aproveitar as circunstâncias de nossa vida?". Essa foi a consigna do trabalho realizado no sábado, dia 20 de agosto, sobre o item 3.3 ("Circunstâncias e fatos: sentido geral e específico") do Roteiro 4 do EADE, mobilizando grande parte dos integrantes do "Jesus de Nazaré". Estávamos presentes Jaciara, Isabel, Carminha, Valquíria, Waldelice, Quito, Fernando, Luiza, Marilda, Nilza, Cristiane, Regina, Lígia, Maria Augusta, Cristiano, Marilene e este Coordenador/escriba.
Antes de tudo, procedemos à apuração dos exercício das virtudes ao longo da semana e assim Valquíria revelou ter perdido o coraçãozinho de cartolina com a indicação da paciência e Quito, que trabalhou a compaixão, ressaltou a necessidade de se ajudar os enfermos que persistem cometendo equívocos;  Jaciara apenas informou estar trabalhando a tolerância e Marilda referiu a prudência, a qual alia à compaixão, "para não agir sem pensar".
Finda essa etapa, fizemos a leitura do texto e depois dividimos a turma em trios para as reflexões a partir da consigna, elaborada de modo a fazer referência às duas passagens evangélicas anotadas no item citado do EADE: a multiplicação dos pães e a pesca milagrosa. Aberta a partilha, Regina comentou que, ao longo de sua vida, cada situação mereceu saber o porquê, mas ela fugia sempre, apesar de vivenciar essas circunstâncias com sofrimento; só depois viria a entender, chegando à conclusão de tudo é aprendizado.
Em seguida, Fernando declarou lembrar-se dos primórdios da construção da Cobem, quando não havia recursos, só dificuldades, numa época de constantes crises: "Mas Noélia confiava, sem se manter indiferente, e as atividades continuaram, sem solução de continuidade, apesar das circunstâncias adversas". Já Augusta considerou a "limitação da carne" como impeditivo para seu avanço na solução dos problemas vividos no âmbito familiar, embora já compreenda a razão das barreiras encontradas: "Na próxima encarnação, voltarei com mais conhecimentos para evitar ações prejudiciais" - disse.
Para Waldelice, temos lançado a rede, sim, e com confiança, como o apóstolo Pedro, "pois fazemos isso muitas vezes, embora queiramos soluções imediatas". Carminha, por sua vez, observou que "ficamos tão presos às dificuldades e Jesus só apresenta solução (razão pela qual) pouco colaboramos para resolver os problemas; precisamos nos dar conta de nossa pequenez e começar a ter confiança na Espiritualidade, que nos dá força para a resolução de nossas questões, com lucidez".
Marilda recordou a importância e a dificuldade de se perguntar o que Jesus faria? na hora de resolver um problema: "Fico desconfortável (ante essa proposta), pois somos limitados pela pouca evolução e quando pensamos estar certos de algo, dentro de nós (uma voz silenciosa) diz que não acertamos. É preciso fazer (as coisas) com sentimento e verdade, dentro das próprias limitações", afirmou, acrescentando que são essas limitações que nos impedem de enxergar a verdade das lições do Cristo.

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Circunstancialmente

A abordagem do item 3.3 do Roteiro 4 do EADE, sobre "Circunstâncias e fatos: sentido geral e específico", será a tônica do trabalho a ser realizado neste sábado, 20 de agosto, no âmbito do Grupo de Estudo Jesus de Nazaré. A temática, que propõe instrumentalizarmo-nos para a correta interpretação do Evangelho, remete ao entendimento das ocorrências de nossa vida, que encontram paralelo nas diversas passagens evangélicas, desde que compreendamos seu sentido simbólico.
Todos lá!



domingo, 14 de agosto de 2016

Respostas

O encontro deste sábado resultou assaz satisfatório para os integrantes do "Jesus de Nazaré" que se fizeram presentes: além deste Coordenador (Isabel precisou faltar), compareceram Railza, Egnaldo, Valquíria, Waldelice, Marilene, Maria Augusta, Marilda, Fernando, Luiza, Cristiane e Lígia. Mas antes de realizarmos a atividade ordinária, procedemos à avaliação sobre o exercício semanal das virtudes escolhidas no(s) sábado(s) anterior(es) e assim ouvimos Railza comentar sobre como trabalhou a benevolência, "principalmente com os algozes"; de nossa parte, referimos o saber ouvir, salientando um ganho no mesmo sábado em que Jaciara nos presenteou; quanto à paciência, Valquíria salientou precisar muito, ainda, dessa virtude, embora a "acusem" de ser paciente; Marilda referiu a prudência, que, para ela, vem para auxiliá-la no exercício da compaixão, ressaltando que essa prática é infinita; Waldelice teceu comentários sobre a calma, que já trabalha há duas semanas, e Maria Augusta observou que, desenvolvendo a indulgência, é preciso recordar a proposta de Jesus aos que queriam lapidar a mulher adúltera: os que não têm pecado atirem a primeira pedra; Luiza revelou haver perdido o coraçãozinho vermelho com o "perdão" e levou a tolerância para exercitar-se na próxima semana e Marilene salientou ter "tirado" a virtude do sorriso e estranhou, porque "às vezes rio até demais".
Chegada a hora de nos debruçarmos sobre a tarefa ordinárias, a Coordenação repetiu a leitura do tópico 3.2 ("Cargos, funções e ocupações") do Roteiro 4 do EADE e recordou a consigna motivacional da conversa tida no sábado anterior: "Qual minha principal ocupação na vida, considerando a realidade espiritual?". Primeiro a falar, Fernando começou lembrando da parábola do bom samaritano e perguntou: "O que posso fazer por meu semelhante?"; segundo este companheiro, ele não pode ser, ainda, como o samaritano, "mas estar na Cobem e num grupo como este já nos ocupa, não pensando só nos familiares, mas por quem não tem como nos recompensar", disse, referindo-se especialmente aos desencarnados que atende nas reuniões mediúnicas: "Estamos numa célula de luz onde as coisas começam a acontecer", finalizou.
Para Valquíria, existe uma fuga muito grande quando negligenciamos os cuidados com a família e começamos a trabalhar fora da realidade espiritual, fingindo que não vemos nossa proposta reencarnatória, porquanto é no ambiente familiar que as máscaras caem e então começamos a meditar nossa condição espiritual: "O próximo mais próximo precisa de nossa energia renovada aqui", disse ela, referindo-se à Casa Espírita. Augusta, por sua vez, também referiu a questão familiar, revelando a condição adversa da relação consanguínea, felizmente superando a inimizade graças ao esclarecimento espírita. E Waldelice declarou que, na Casa, vem fazer sua parte, nas várias funções que realiza, mas observou que sua principal ocupação é ter compaixão dos companheiros, mormente "dos que me perseguem com suas atitudes, porque não faço isso e estranho que se queixem de mim a outras pessoas"; para ela, tudo evolui e melhora, "mas essas pessoas ainda se prendem ao passado, por isso as brigas, os desentendimentos, e eu fico triste".
Em seguida, Marilda comentou que tinha de ser professora, mesmo forçadamente, porque "meu centro é a educação, que vejo como autoeducação: o que preciso trabalhar em mim é o que observo nas pessoas, nos alunos"; segundo a companheira, sua condição de educadora ajuda no trabalho cotidiano junto aos familiares, mediando conflitos, embora às vezes se deixe entrar no jogo... "Somos todos dignos de que Jesus entre em nossa casa", proclamou Cristiane, referindo-se à passagem evangélica em que um centurião apela ao Cristo em favor de um servo; ela salientou que nossa ocupação é de trabalhadores cristãos: "Aqui (no Grupo e na Casa) vivemos o trabalho no modo reflexivo, para aprendermos a manifestar as várias competências se transformarão em habilidades, a fim de darmos o exemplo em casa, no modo comportamental"; somente assim, completou, a prática do bem não será mais hipocrisia.
Segundo Marilene, "ocupo-me usando as ferramentas à disposição: a família, a Cobem..., para minha transformação", salientando que a realidade observada na Casa Espírita, convivendo com pessoas bastante carentes, não é fuga das responsabilidades familiares. Luiza fez coro à companheira, ressaltando que "nossas atividades na Casa tocam a alguém". Depois, Railza, também ressaltando sua formação de educadora, frisou que não se prepara uma professora numa encarnação só e declarou que, assim como Jesus e Kardec, igualmente aceita ser "sacrificada" no exercício de sua ocupação, por acreditar no que faz: "Tenho responsabilidade nessa função", disse, acrescentando que, desse modo, marca as pessoas com quem convive com sinais positivos: "Com minha loucura, levo as pessoas para a lucidez com o que falo e faço, com os exemplos". Por fim, Egnaldo considerou ser um "estagiário", embora reconhecendo que todos têm uma função básica na vida: "Tento aprender com os companheiros", frisou, ressaltando que é preciso manifestar coragem confiança e esperança nesse tentame.