segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Encontro festivo e o futuro do planeta

Quase todo o contingente do Grupo de Estudo Jesus de Nazaré esteve presente ao encontro confraternativo realizado na residência do casal Fernando e Maria Luiza, nossa já conhecida "Mansão Mascarenhas". Além deste Coordenador-escriba e sua cara metade, Beatriz, marcaram presença as duas Carminhas - a Sampaio e a Brandão -, o casal Egnaldo e Valquíria - que levaram o filho Júnior e o neto Guilherme -, Regina, Cláudia, Cristiane, Iva, Waldelice, Eliete, Railza, Marilda, Lígia, Jaciara - acompanhada da filha e dos dois netos - Isabel e Magali. Foram momentos de descontração, mas de gratidão pelo ano de aprendizado, de conquistas, de grandes desafios para muitos de nós.
Mas foi também uma oportunidade de se ampliar as reflexões acerca do momento delicado que a Humanidade e o planeta atravessam. Nesse sentido, ganhou destaque, durante o encontro, a leitura realizada por Fernando de significativo trecho do sétimo capítulo do livro mediúnico Futuro Espiritual da Terra, ditado pelo Espírito André Luiz ao médium Samuel Gomes. De acordo com o autor, "as necessidades, as estruturas perispirituais e neuropsíquicas, o trabalho, o tempo, as características sociais e os próprios recursos de natureza material se tornarão bem mais sutis. O que chamamos de regeneração é exatamente essa mutação de realidades dos mundos que saem de protótipos materiais para os de condições espirituais". E, segundo Fernando, o teor da obra coaduna com as recentes proclamações feitas pelo Benfeitor Bezerra de Menezes através da psicofonia do médium e tribuno baiano Divaldo Pereira Franco.

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quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Visita

Neste sábado, dia 16 de dezembro, o "Jesus de Nazaré" fará uma visita fraterna ao assistidos do Naspec, localizado no fim de linha do Engelho Velho de Brotas. Naspec é a sigla para o Núcleo de Assistência às Pessoas com Câncer, entidade criada pela administradora Romilza Medrado para abrigar os portadores dessa enfermidade que vêm do interior do Estado para fazer tratamento em Salvador. A foto abaixo registra uma das últimas visitas que o Grupo realizou àquela instituição, ocasião em que interagimos com os pacientes presentes - a maioria aproveita o fim de semana para voltar a seus lugares de origem -, partilhando com eles parte do aprendizado com o Evangelho de Jesus, especialmente no que diz respeito a "fazer ao próximo o que desejaríamos que o próximo nos fizesse".

domingo, 10 de dezembro de 2017

Ano passado a limpo

Por sugestão de Isabel, que não pode comparecer ao trabalho deste sábado, 9 de dezembro, a avaliação com que encerramos o ano letivo constou de quatro momentos distintos e complementares. O primeiro foi o conhecimento das duas consignas norteadoras da atividade - 1. O que mais me deixou satisfeito no aprendizado com o "Jesus de Nazaré" em 2017? e 2. O que eu acho que não deve se repetir ou precisa ser modificado? Já o segundo momento consistiu em cada participante trocar impressões com outro companheiro, formando duplas (houve um trio), abrindo-se em seguida a partilha grupal (terceiro momento). Desse trabalho participaram, além deste Coordenador, Carminha Sampaio, Cláudia, Eliete, Fernando, Egnaldo, Luiza, Railza, Iva, Marilene, Nilza, Carminha Brandão, Augusta, Valquíria, Magali, Waldelice, Cristiane e Regina, que retornava ao convívio do Grupo.
Aberta a partilha, Egnaldo, pedindo a palavra, considerou que (1) a convivência e a solidariedade ofereceram "excelsa oportunidade que me deixou feliz, como sempre"; para ele, (2) não foi muito bom o "excesso de confiança": "Não é bom agir assim", disse, acrescentando que, nisso, devemos melhorar. Falando em seguida, Eliete explicou sua ausência do grupo "por muitos anos", devido à doença que a combaliu, e revelou que o aprendizado recebido "é em todos os sentidos da Doutrina"; segundo ela, a convivência com os companheiros é o diferencial: "Porque vivo muito isolada, então faça desta Casa a minha casa; aqui só tive aprendizado".

Carminha Sampaio, por sua vez, destacou os trabalhos apresentados ao longo do ano e o aprendizado advindo de cada um deles - "muito bons", disse ela, considerando a convivência como fator primordial: "O Jesus de Nazaré é algo intenso em minha vida, é minha família", salientou, acrescentando que o grupo é o local onde se abre e lava a alma; a companheira viu na pouca motivação de alguns companheiros o ponto destoante neste ano, além do pouco compromisso com o horário das atividades; além de mais, ela acredita que "devemos enfatizar mais a parte social", referindo-se às visitas fraternas.
A interação do grupo e a vivência da noção de família - "com tapas e beijos, mas com muito amor" - foram observadas por Marilene, também destacando as reflexões motivadas pelo trabalhos realizados; o ponto negativo, segundo ela, continua sendo "nossa indisciplina, que deve ser trabalhada". Para Railza, a virtude do "Jesus de Nazaré" é "a liberdade de dizer nossas verdades - [aqui] digo todas as loucuras do mundo, o que não faço em outros lugares; aqui tiramos as máscaras, dando o que a gente sente"; ela contestou o fato de sermos um grupo carente de disciplina: "Não somos indisciplinados", disse, "somos pueris, e nossa criança interna é pulsante"; esta companheira recordou que no início do ano uma colega, ausente, havia desrespeitado um dos integrantes mais antigos do grupo, afirmando não ter gostado dessa atitude.

Em seguida, Iva ressaltou "o sucesso de minha apresentação" [sobre a família Zebedeu], acrescentando ter aprendido muito nas aulas sobre os ensinos de Jesus, assim como com as falas íntimas dos demais companheiros; para ela, o desequilíbrio em forma de indisciplina deu o tom negativo do grupo, acrescentando ainda "os maus pensamentos, a falta de respeito aos colegas e a si mesmo", atitudes que, disse ela, precisam ser modificadas. Por fim, Cláudia afirmou ver todos os acontecimentos no âmbito do "Jesus de Nazaré" como "uma terapia", retirando aprendizado de cada lição, encontrando "coisas em que jamais havia pensado"; ela é de opinião que as diferenças pessoais devem ser superadas: "Aqui, só o que se relaciona ao grupo".
Depois dos comentários, a Coordenação distribuiu mais papel e pediu a todos que escrevessem mensagens de estímulo assinadas mas sem indicar o destinatário. Reunidas, essas mensagens foram oferecidas aos participantes, que retiraram uma cada um, para em seguida lerem o que se escreveu, passando a agradecer ao autor, num momento de congraçamento. Nesse clima, a atividade foi encerrada. No próximo sábado, dia 16, o grupo voltará a se reunir, desta vez para uma visita fraterna ao Núcleo de Assistência à Pessoa com Câncer (Naspec), retomando uma prática interrompida nos últimos anos.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Seus feitos

"Então é Natal - e o que você fez?"

Esse trecho da música "Happy Xmas", de John Lennon, cuja versão em português, na voz da cantora baiana Simone, costuma penetrar em nossos ouvidos a cada fim de ano, parece dar o mote para a atividade do "Jesus de Nazaré" neste sábado, dia 9 de dezembro, quando a Coordenação procederá a uma avaliação das atividades realizadas ao longo deste ano letivo. Será um momento para os integrantes do Grupo analisarem sua participação, recordando o contrato há tempos firmado, no sentido de trabalhar, além dos conteúdos do Evangelho Segundo o Espiritismo, também as virtudes elencadas como prioridade no "Jesus de Nazaré", quais sejam o equilíbrio e a disciplina. Sugestões sobre temas do estudo e a metodologia a ser aplicada em 2018 também serão bem vindas.
Até lá!


terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Questão de inteligência

Jaciara teve uma ideia para o trabalho apresentado junto com Marilda no dia 2 deste dezembro e o resultado teve a leveza de uma harmonia musical. O tema era o do tópico 13 do Cap. VII ("Bem-aventurados os pobres de espírito") de O Evangelho Segundo o Espiritismo (ESE), intitulado "Missão do homem inteligente na Terra", mensagem do Espírito protetor Ferdinando. Estávamos lá Eliete, Augusta, Isabel, Carminha Sampaio, Carminha Brandão, Egnaldo, Valquíria, Waldelice, Magali, Iva, Marilene, Cláudia, Cristiano, Lígia, Nilza e este escriba/Coordenador, além das duas condutoras da atividade.
Em primeiro lugar, elas procederam à leitura do texto do ESE e distribuíram, em seguida, cópia da bela lição do sexto capítulo do livro Jesus no Lar, na qual o Espírito Neio Lúcio, que a ditou ao médium Chico Xavier, discorre sobre "os instrumentos da perfeição" (ver abaixo). Depois disso, Marilda e Jaciara entregaram a cada participante um pedaço de papel contendo as três consignas (*) do trabalho, pediram que as respondessem primeiramente em duplas, antes de ser aberta a partilha grupal.
(*) As perguntas consignadas foram estas: 1 - De que maneira tenho aproveitado a minha inteligência aqui na Terra?; 2 - Quais os instrumentos de que me utilizo para o desenvolvimento da minha inteligência na presente encarnação?; e 3 - O que ainda me impede de trabalhar para desenvolver minha inteligência?
Chegada a vez dos comentários, Waldelice pediu a palavra e declarou que (1) o faz com muita dificuldade, mas salientou que (2) a oração e os trabalhos que executa na Casa Espírita suavizam a (3) angústia e tristeza quando lhe dizem coisas que não deveriam (por julgar não merecê-las), ressaltando que "ainda não me desapeguei disso". Objetivo, Egnaldo sentenciou: 1 - "Muito pouco, não sou muito inteligente, tenho limitações"; 2 - "a fala, postura corporal, o trabalho profissional"; e 3 - "a preguiça".
Marilene citou trecho do texto de Neio Lúcio (Espírito) explicando que isso a ajudou a entender um problema vivenciado no dia anterior; em seguida, ela respondeu às consignas: 1 - "conexão com as leis para processar o aprendizado nos relacionamentos"; 2 - "o julgamento, às vezes, com sentença"; e 3 - "disciplina"; por fim, esta companheira aproveitou para louvar a escolha do texto psicografado por Chico Xavier. Por sua vez, Carminha Sampaio, após também citar um episódio de sua vida pessoal, frisou a dificuldade de entendimento e ofereceu as respostas na ordem das perguntas: 1 - "não aproveito, a não ser no trabalho [espiritual]"; 2 - "o estudo e a vivência"; e 3 - "o marasmo; se não fosse o trabalho espiritual [como expositora da Doutrina] seria pior".
"Sou tida como ignorante por não usar a tecnologia", disse Eliete, referindo-se à sua pouca ou nenhuma familiaridade com aparelhos eletrônicos do porte de computadores e telefones celulares: "Me ofereceram cursos, mas eu não quis", ressaltou, afirmando que, vendo a neta gastar um tempo enorme com um celular, "concluo que tenho lucro"; a companheira também salientou mão gostar de certos programas de TV ou filmes: "Meu computador é Jesus, é Deus", salientou, acrescentando que "não falo mal de ninguém e não ouço o que falam de mal".
Valquíria referiu sua atividade profissional como tem aproveitado a própria inteligência, vendo o segundo ponto nas pessoas junto às quais nasceu, "responsáveis por meu aprendizado espiritual, por perceber o outro nessas pessoas e desenvolver meu compromisso com elas"; por fim, ela ressaltou encaixar-se "em tudo quanto tenho pedido em toda a minha vida". Augusta, por sua vez, indicou que "a família, apesar de tudo, é o centro da vida na Terra"; ela destacou trecho da mensagem de Neio Lúcio em que este Espírito fala da ajuda aos irmãos e concluiu que "vivemos para resgatar [os erros do passado] e evoluir".
Também Iva respondeu com objetividade, apontando os ensinos de Jesus no primeiro tópico, que a fazem dar assistência à família, segundo afirmou; o uso das ferramentas tecnológicas, disse, permite comunicar-se com todos e, finalmente, declarou que nada a impede de atuar em prol do desenvolvimento de sua inteligência. No encerramento, as meninas condutoras do trabalho distribuíram a letra da música "O que é, o que é?" (vídeo abaixo), composição de Gonzaguinha, convidando a todos para acompanhar a melodia.

***

Os instrumentos da perfeição

Naquela noite, Simão Pedro trazia à conversação o espírito ralado por extremo desgosto.
Agastara-se com parentes descriteriosos e rudes.
Velho tio acusara-o de dilapidador dos bens da família e um primo ameaçara esbofeteá-lo na via pública.
Guardava, por isso, o semblante carregado e austero.
Quando o Mestre leu algumas frases dos Sagrados Escritos, o pescador desabafou. Descreveu o conflito com a parentela e Jesus o ouviu em silêncio.
Ao término do longo relatório afetivo, indagou o Senhor:
— E que fizeste, Simão, ante as arremetidas dos familiares incompreensivos?
— Sem dúvida, reagi como devia! — respondeu o apóstolo, veemente. — Coloquei cada um no lugar próprio. Anunciei, sem rebuços, as más qualidades de que são portadores. Meu tio é raro exemplar de sovinice e meu primo é mentiroso contumaz. Provei, perante numerosa assistência, que ambos são hipócritas, e não me arrependi do que fiz.
O Mestre refletiu por minutos longos e falou, compassivo:
— Pedro, que faz um carpinteiro na construção de uma casa?
— Naturalmente, trabalha — redarguiu o interpelado, irritadiço.
— Com quê? — tornou o Amigo Celeste, bem-humorado.
— Usando ferramentas.
Após a resposta breve de Simão, o Cristo continuou:
— As pessoas com as quais nascemos e vivemos na Terra são os primeiros e mais importantes instrumentos que recebemos do Pai, para a edificação do Reino do Céu em nós mesmos. Quando falhamos no aproveitamento deles, que constituem elementos de nossa melhoria, é quase impossível triunfar com recursos alheios, porque o Pai nos concede os problemas da vida, de acordo com a nossa capacidade de lhes dar solução. A ave é obrigada a fazer o ninho, mas não se lhe reclama outro serviço. A ovelha dará lã ao pastor; no entanto, ninguém lhe exige o agasalho pronto. Ao homem foram concedidas outras tarefas, quais sejam as do amor e da humildade, na ação inteligente e constante para o bem comum, a fim de que a paz e a felicidade não sejam mitos na Terra. Os parentes próximos, na maioria das vezes, são o martelo ou o serrote que podemos utilizar a benefício da construção do templo vivo e sublime, por intermédio do qual o Céu se manifestará em nossa alma. Enquanto o marceneiro usa as suas ferramentas, por fora, cabe-nos aproveitar as nossas, por dentro. Em todas as ocasiões, o ignorante representa para nós um campo de benemerência espiritual; o mau é desafio que nos põe a bondade à prova; o ingrato é um meio de exercitarmos o perdão; o doente é uma lição à nossa capacidade de socorrer. Aquele que bem se conduz, em nome do Pai, junto de familiares endurecidos ou indiferentes, prepara-se com rapidez para a glória do serviço à Humanidade, porque, se a paciência aprimora a vida, o tempo tudo transforma.
Calou-se Jesus e, talvez porque Pedro tivesse ainda os olhos indagadores, acrescentou serenamente:
— Se não ajudamos ao necessitado de perto, como auxiliaremos os aflitos, de longe? Se não amamos o irmão que respira conosco os mesmos ares, como nos consagraremos ao Pai que se encontra no Céu?
Depois destas perguntas, pairou na modesta sala de Cafarnaum expressivo silêncio que ninguém ousou interromper.



quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Quem é inteligente tem de trabalhar

"Missão do homem inteligente na Terra", do Cap. VII de O Evangelho Segundo o Espiritismo ("Bem-aventurados os pobres de espírito"), é o tema do trabalho que Marilda, junto com Jaciara, vai apresentar neste sábado, 2 de dezembro, encerrando o ciclo de atividades letivas do "Jesus de Nazaré". Nesse tópico, o autor da mensagem - o Espírito Protetor Ferdinando - nos diz que, embora abusemos a inteligência - e a história da Humanidade é pródiga em exemplos nesse sentido -, não faltam lições para advertir-nos "de que uma poderosa mão" pode retirar do Homem "aquilo que ela mesma lhe deu". Por esse breve recordatório já para para percebermos que a atividade será tanto estimulante quanto rica, não é? Assim, compareçamos todos ao encontro.

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quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Fé que eleva e fé que despenca

Solte a corda, confie!
(Autor desconhecido)

Esta é a história de um alpinista que sempre buscava superar mais e mais desafios. Ele resolveu, depois de muitos anos de preparação, escalar o Aconcágua. Mas ele queria a glória somente para ele e decidiu escalar sozinho, sem nenhum companheiro, o que seria natural no caso de uma escalada com tal dificuldade. Ele começou a subir e foi ficando cada vez mais tarde, porém ele não havia se preparado para acampar e assim resolveu seguir a escalada até o topo. Escureceu, e a noite caiu como breu nas alturas da montanha. Não era possível enxergar um palmo à frente do nariz, não se via absolutamente nada. Tudo era escuridão e zero de visibilidade. Não havia luz e as estrelas estavam cobertas pelas nuvens. Subindo por uma "parede" a apenas 100 metros do topo, ele escorregou e caiu, numa velocidade vertiginosa, somente conseguindo ver as manchas que passavam cada vez mais rapidamente na mesma escuridão. E ele sentia a terrível sensação de ser sugado pela força da gravidade.
Ele continuava caindo, e nesses angustiantes momentos passaram por sua mente todos os momentos felizes e tristes que já havia vivido em sua vida. De repente, ele sentiu um puxão forte que quase o partiu ao meio: "shack"! Como todo alpinista experimentado, ele havia cravado estacas de segurança com grampos e uma corda comprida que fixou em sua cintura. Nesses momentos de silêncio, suspenso pelos ares na completa escuridão da noite, não sobrou para ele nada além de gritar:
- Oh, meu Deus, me ajude!
De repente, uma voz grave e profunda vinda do céu respondeu:
- O que você quer de mim, meu filho?
- Salve-me, meu Deus, por favor!
- Você realmente acredita que eu possa lhe salvar?
- Eu tenho certeza, meu Deus!
- Então, corte a corda que lhe mantém pendurado.
Houve um momento de silêncio e reflexão. O homem se agarrou mais ainda à corda e refletiu que se fizesse aquilo morreria.
Conta o pessoal do resgate que no outro dia encontraram um alpinista congelado, morto, agarrado com força, com suas duas mãos, a uma corda, a tão somente dois metros do chão!

***

Foi com essa história, que oferece uma ótima reflexão sobre a fé que manifestamos na Divindade, que Carminha, ao lado de Fernando e Egnaldo, iniciou a atividade deste sábado, 25 de novembro, na segunda parta da abordagem sobre o tema "O mal e o remédio", tirado de O Evangelho Segundo o Espiritismo, em seu capítulo 5. A proposta, após a leitura compartilhada, era fazer uma reflexão individual e logo depois todos comentariam em dupla como agiriam no lugar do malfadado alpinista.
Aberta a partilha grupal, Marilene pediu a palavra e relatou a situação vivida com o marido enfermo, que se revolta por ter de tomar remédios e não obedece às ordens de restrição alimentar; segundo ela, essa é uma boa oportunidade para "cortar a corda", uma vez que o companheiro não aceita suas ponderações: "Vou dormir com a consciência tranquila" - disse. Mas Augusta considerou que "se eu cortar a corda serei considerada suicida" e afirmou querer cumprir seu tempo encarnatório, aproveitando para dar um conselho: "Não peça socorro a Deus, mude!" - e voltou a enfatizar se posicionamento contrário ao autocídio: "Não quero me suicidar, minha corda é essa".
Por sua vez, Eliete foi taxativa: "Apesar a impetuosidade do alpinista, se fosse eu, da forma como chamo por Deus, se apelasse e ouvisse uma resposta, sabendo que não era ilusão, estaria para o que desse e viesse"; segundo afirmou, "a fé dentro de mim me faz transformar, confiando em Jesus como meu Pastor. Deus é Pai, é tudo sobre nós" - concluiu. Valquíria esclareceu que, por meditar muito, certamente corta a corda, reconhecendo que "às vezes, essa atitude possa parecer agressiva a quem está por perto"; ela salientou que ora pedindo orientação a Deus, "que não é vazio"; quanto às pessoas, "acolho, mas não seguro a cruz de ninguém - é problema do outro", disse, acrescentando que, nessa hora"corto a corda", porque "temos de assimilar o que estudamos".
Jaciara aproveitou para manifestar sua surpresa ao constatar que, "tanto tempo depois, minha fé é menor que um grão de mostarda", porque, segundo disse, "conforme a situação, blasfemo, questiono" - a justiça divina - e citou um episódio envolvendo a saúde de um de seus netos revelando que já consegue falar do assunto, por ver-se mais equilibrada, "porque foi um teste muito duro", ressaltou, admitindo que "tem hora que fico agarrada à corda, mesmos em ter dado um passo atrás". Para Railza, "ninguém tem que ficar se culpando de nada", afirmando que "hoje corto a corda", mesmo reconhecendo que "praticar a lição é dureza"; depois de referir um episódio pessoal, essa companheira concluiu ser "alpinista consciente de meu papel".
"Fico feliz comigo porque venço os obstáculos pela fé", disse Iva, ajuntando que "pelo recurso de pedir a Deus é fácil [alcançar o que se deseja], mas é preciso reconhecer que dentro temos todos os recursos". Chegada a vez de Cláudia, esta companheira ponderou: "Corto a corda, mas fico segurando ela" porque, conforme assegurou, "preciso de um tempo para assimilar o que estou passando e só depois é que largo a corda de vez"; segundo ela, "preciso ter consciência de que [a situação difícil] vai passar, mas o medo é maior".
Luiza falou das dificuldades que tem enfrentado ultimamente, a exemplo da desencarnação de uma cunhada e a reação de seu marido a uma cirurgia: "Não largo a corda a não ser pela confiança em Bezerra de Menezes", disse. Por fim, Egnaldo considerou que "largar a corda não é tarefa fácil; a gente fica resistente", frisou, contudo reconhecendo, com uma pontinha de dúvida: "Claro que a fé transporta montanhas, mas..."
No encerramento da atividade, Fernando fez a leitura de um texto em que Carlos Torres Pastorino, autor da monumental Sabedoria do Evangelho, descreve os vários tipos de fé, após o que distribuiu cópia da dissertação (abaixo) do filósofo Huberto Rohden, autor de Sabedoria das Parábolas, sobre o tema. Mas antes que o trabalho fosse definitivamente concluído a Coordenação ofereceu uma interpretação do primeiro texto abordado, referindo que a salvação advinda após o alpinista cortar a corda seria a morte física; no entanto, o Espírito imortal que ainda não se conscientizou dessa condição ainda manifesta apego à realidade material, aí representada pela corda.

***


(Huberto Rohden)

É uma atitude de fidelidade, harmonia, sintonia.
Os discípulos pediram ao Mestre:
- Aumente nossa fé, ou seja, aumente a nossa harmonia com o  mundo espiritual.
Eles sentem que têm uma ligeira fidelidade ao mundo da realidade divina, mas sentem também a fraqueza e pequenez dessa sua fidelidade.
Então o Mestre respondeu:
- Se tiverdes fidelidade genuína e autêntica, mesmo que seja inicialmente pequena como um grão de mostarda, porém genuína e autêntica, então tereis o poder sobre todo o mundo material. O que é importante não é quantidade, mas sim a qualidade da fé.
Os atos desinteressados produzem o clima propício para uma atitude espiritual de fé, ou fidelidade. Quem trabalha para ser recompensado age em nome do ego humano, sempre egoísta, mas quem trabalha sem nenhuma intenção, explícita ou implícita, de ser recompensado, esse cria um ambiente propício para a atitude de fé.
A fé é uma atitude espiritual do Eu, mas qualquer ato interesseiro do ego mercenário enfraquece o ambiente para o nascimento e crescimento da fé. A verdadeira fé ou fidelidade com o Espírito de Deus cresce na razão direta da libertação do homem de qualquer espírito mercenário.

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Tem fé quem acredita nela?

Neste sábado, 25 de novembro, Carminha Sampaio dará continuidade ao trabalho iniciado na semana anterior, sobre o tema "O mal e o remédio", tirado do Cap. V de O Evangelho Segundo o Espiritismo ("Bem-aventurados os aflitos"). Desta vez, o enfoque estará na fé, o sentimento que, conforme a mensagem de Santo Agostinho, é o remédio para todos os males, sendo por Deus, manifestando Sua inesgotável misericórdia, colocado junto à dor. O título desta postagem remete a conhecido rifão segundo o qual "fé tem quem acredita nela", o que parece ser uma redundância, porquanto a fé é o próprio sentimento de crença na existência e na ação da Divindade em prol dos homens, filhos bem-amados do Criador. A fé, conforme nos ensina o Espiritismo, é um dos valores morais ínsito no homem com a finalidade de indicar-lhe o caminho para Deus, necessitando somente que seja desenvolvido pela consciência de que, sozinhos, nada podemos realizar em prol de nosso crescimento espiritual.
Mas vamos aprofundar ainda mais esses conceitos na atividade deste sábado. Todos somos convocados.


quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Males que vêm para o bem

O trabalho do dia 18 de novembro, conduzido por Carminha Sampaio, teve a participação de Isabel, Cláudia, Nilza, Eliete, Cristiane, Iva, Valquíria, Magali, Waldelice, Fernando, Luiza, Marilda, Marilene, Augusta, Cristiano, Carminha Brandão e este escriba, também Coordenador do "Jesus de Nazaré". No começo, a companheira fez a distribuição da consigna - "Que bem experimento com o mal que eu vivencio?" - e pediu à turma que fizesse uma breve reflexão antes de convidar à partilha em duplas. Após isso, abriu-se a partilha grupal e Eliete foi a primeira a falar.
Segundo ela, que se declarou ansiosa, "às vezes há algo de bom na ansiedade", que é a expectativa do resultado, mas "se tudo desmorona, causando tristeza vem algo que nos faz achar que não reconheceríamos como bom antes"; desse modo, disse ela, "agradeço à bondade de Deus"; esta companheira também ressaltou haver coisas "que não vivencio porque não são boas para mim" e assim "não tomo como derrota: fico com Jesus, que me fortalece, e com esta Casa, que me dá o suporte".
Por sua vez, Waldelice recordou ter tido, aquela semana, uma conversa sobre azar com sua neta e declarou que "atualmente trabalho para ser mais tolerante em meio às provas cotidianas". Já Valquíria considerou a pergunta de Carminha "profunda e difícil de vivenciar"; ela citou um episódio doméstico e ressaltou que "paciência, tolerância e respeito são a resposta" em muita ocasiões difíceis; disse também que "a meditação ajuda" a superar as aflições. Luiza falou dos problemas enfrentados com uma de suas filhas adotivas, salientando estar aprendendo a conviver com ela: "É meu carma", disse.
Cristiane, em seguida, revelou que "o que experimento hoje de bom é a certeza de que fui perdoada, pela remissão da conduta equivocada do passado"; segundo ela, "tido o bem da graça do perdão com o mal que vivencio hoje"; ela reconhece, porém que isso "não é fácil": "Antes eu reagia, contrariada; hoje tenho um novo olhar sobre o mal, refletindo que algo fiz para merecer aquilo"; é, completou, "o esforço de cada dia que me dá outra consciência".
Para Cláudia, o desafio "é o de me conscientizar quanto à necessidade de transformação"; esta companheira afirmou que "tudo é teste para minha fé; penso que, se não merecesse, não passaria por essas provas, então paro e analiso as possibilidades de resolução"; e a dificuldade nesse processo, conforme apontou, se dá "por mexer com o lado emocional, principalmente na família"; de bom, mesmo, ressaltou, "é que já superei o vitimismo". Chegada a vez de Iva, esta repetiu texto da lição de O Evangelho Segundo o Espiritismo sob análise e narrou a dificuldade encontrada para a realização de seu trabalho no "Jesus de Nazaré" na semana anterior, ressaltando ser necessário insistir: "Tem que ter fé", disse.
No encerramento da atividade, Fernando, que colaborava com Carminha, leu mensagens sob o mote "pedra que rola não cria limo", de autoria dos Espíritos Meimei e Joanna de Ângeles, e a própria Carminha fez a leitura de trecho da mensagem de Santo Agostinho que cita a fé como o remédio aos males experimentados na existência física. Também se decidiu, em acordo com a Coordenação do Grupo, que o fechamento dessa abordagem se dará no próximo sábado, dia 25 de novembro, enfocando exatamente a importância da fé no enfrentamento de nossas provações.

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

O que não tem remédio...

O quinto capítulo de O Evangelho Segundo o Espiritismo - "Bem-aventurados os aflitos" - apresenta uma bela síntese de Allan Kardec sobre as causas de nossos padecimentos na Terra, falando do antes e do agora, como prenúncio de um depois consequencial que cabe a cada um abrandar o quanto possível. Após tecer seus mui ajuizados comentários, o Codificador cede a vez às Entidades Venerandas e assim as Instruções dos Espíritos nos esclarecem mais ainda no tocante às próprias responsabilidades, como a dizer que sofremos porque queremos. E o item 19 dessas Instruções vem tratar do tema "O mal e o remédio", assunto do trabalho que Carminha vai apresentar neste sábado, 18 de novembro, convidando-nos a reconhecer que, se nada é por acaso, Deus sempre deixa a indicação do lenitivo junto a cada manifestação de dor que experimentemos. Basta, para tanto, fazermos o que nos pede o Cristo: "Quem tem olhos de ver, veja".
Vamos ver?


segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Zebedeu chorou...

Sob a batuta de Iva, o trabalho realizado no sábado, 11 de novembro, contou com a participação de Carminha, Valquíria, Luiza, Fernando, Cristiano, Eliete, Augusta, Cristiane, Lígia, Waldelice (que não ficou até o final), Egnaldo, Marilene, Jaciara, Marilda e Isabel e este escriba, dublê de Coordenador. Utilizando o texto de Boa Nova (Humberto de Campos/Chico Xavier), a companheira convidou a turma a se debruçar também sobre os conceitos exarados pela Benfeitora Joanna de Ângelis em seu livro Constelação Familiar (psicografia de Divaldo Franco). Depois de procedida a leitura sobre "A família Zebedeu" (cap. 4), relato em que Humberto de Campos, Espírito, aborda as implicações do pedido feito pela mãe dos apóstolos João e Tiago a Jesus, Iva solicitou a Fernando que fizesse uma breve interpretação.
Fernando, que se emocionou durante a leitura, salientando a "fala" de Jesus, para quem devemos acreditar que, no sofrimento, isso é o melhor para nós; segundo o companheiro, que ressaltou experiências pessoais recentes, "semelhantes às lições dadas a Zebedeu", muitos de nós, a exemplo de Salomé, mulher de Zebedeu, almejamos o melhor para nossos filhos valendo-nos de "pistolões" que garantam privilégios e vantagens transitórias; "O temos não nos faz amar a Deus, por isso nossa fé ainda é diminuta", disse ele, fechando seu comentário relatando um episódio protagonizado por sua neta, Júlia: recuperando-se de recente cirurgia em casa, Fernando amargava suas dores físicas e morais e chorava sobre o leito; mas lembrou-se das bênçãos recebidas e quis justificar-se perante a neta e exclamou:
- Júlia, eu estou chorando, mas é de alegria!
A menina pode ter entendido a expressão do avô, mas indagou, para uma gargalhada que Fernando teve de sufocar, por conta dos pontos ainda não cicatrizados:
- Ô, e velho chora sem lágrimas?

Em seguida, Iva fez breve preleção sobre a importância do instituto familiar para o Espírito, que tem o direito de escolher com quem experimentar a encarnação, enfatizando que a noção de família abrange toda a Humanidade, porquanto somos todos filhos de Deus. Depois Luiza distribuiu envelopes com trechos da lição de Joanna de Ângelis, para leitura individual, e Cristiano, também cooperando com Iva, entregou a cada um cartões com a consigna do trabalho: "Que desejos ou sonhos maternais eu tenho em relação à minha família? Serão viáveis?" Depois de um instante de reflexão, foi aberta a partilha grupal e Marilene iniciou os comentários dizendo desejar que suas filhas sejam felizes, "mas isso depende da escolha de cada uma delas", frisou. Por sua vez, Egnaldo declarou que seu sonho se realiza através dos netos "e, se Deus quiser, dos bisnetos". Luiza aproveitou para agradecer à colaboração das três famílias - a sua, a do marido e a Cobem - "que nos apoiam nos momentos de necessidade".
Eliete disse rogar ao Cristo pela felicidade dos filhos e netos e comentou, contente, que seu filho, que professa uma religião diferente da sua, agradeceu-lhe por ter sido evangelizado na Cobem. "A semente do Evangelho ficou em meus filhos", afirmou Valquíria, salientando desejar que eles façam-na frutificar. Para Cristiano, o desejado é que os filhos se aperfeiçoem e contribuam para a sociedade. Por seu turno, Carminha declarou que seus desejos nada têm de material e por isso são viáveis. De acordo com Isabel, é desejável que seus três filhos e a neta se conscientizem quanto à questão espiritual "e sejam homens de bem". Augusta foi taxativa: "Não tenho filhos, mas Espíritos que trouxe ao mundo, e cada um faz sua caminhada".


sexta-feira, 10 de novembro de 2017

A família de Zebedeu

Com esse tema, Iva se escalou para apresentar o trabalho deste sábado, procurando dar continuidade às últimas abordagens no âmbito de nosso Grupo. A Coordenação convoca os demais integrantes com o objetivo de não apenas colaborar com o esforço da companheira, mas, principalmente, para analisarmos a performance dela, a fim de oferecermos contributo para seu reequilíbrio.
Vamos lá.

   

sábado, 28 de outubro de 2017

Lavando a túnica nupcial

Pense numa coisa atípica! Foi este sábado, 28 de outubro, no âmbito do Jesus de Nazaré, quando nem o plano B - dada a impossibilidade do trabalho inicialmente previsto - foi aplicado, porquanto o Grupo, estimulado por dois acontecimentos que envolveram certos integrantes. Foi um momento, portanto, para se "lavar roupa suja". Estávamos quase todos presentes, exceto Isabel, presa no trabalho, Iva, internada para curar dua tromboses, Quito, e Carminha Sampaio. Além deste escriba/Coordenador, compareceram Waldelice, Magali, Fernando, devidamente recuperado da cirurgia, Luiza, Eliene, Eliete, Marilene, Cláudia, Railza, Egnaldo, Valquíria, Lígia, Carminha Brandão, Augusta, Marilda, Jaciara e Graça, que nos visitava.
destacamos, principalmente, a analogia feita por Marilene, que, segundo nos pareceu, resume completa e admiravelmente toda aquela conversa. De acordo com essa companheira, que recordou um aspecto de sua infância e juventude, antigamente lavava-se roupa com sabão massa e melão-de-são-caetano; hoje em dia, contudo, o conforto material nos permite usar máquina de lavar, mais sabão em pó e amaciante, representando a facilidade no aproveitamento dos recursos que a bondade divina e o desenvolvimento da inteligência nos permitem. "Mas agora", frisou Marilene, "é preciso usar também o vanish do Evangelho que nossas roupas estejam sempre limpas", disse ela, referindo-se à condição da alma, que anseia pela purificação dos corações.

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

O futuro da humanidade e o meu

Escatologia e, por não?, exercícios de futurologia à parte, o Espiritismo é a corrente de pensamento que melhor - segundo nos parece - desenvolve as noções concernentes à vida futura, graças à lições do Mestre Jesus e às orientações trazidas por seus emissários e compiladas por Allan Kardec. Assim é que, diz-nos o mestre lionês, tornam-se inteligíveis certas passagens evangélicas, como aquela em que Pilatos inquire o Senhor sobre se Ele é o rei dos judeus. Essa passagem abre o capítulo II ("Meu reino não é deste mundo") de O Evangelho Segundo o Espiritismo, tema do trabalho que a Coordenação apresentará neste sábado, dia 28 de outubro, enfocando os itens 1 a 3.
Vamos ao estudo?


domingo, 22 de outubro de 2017

Com muita honra!

Railza e Eliene conduziram o trabalho que encerrou a abordagem do tópico "Piedade filial", referente ao capítulo 14 de O Evangelho Segundo o Espiritismo - Honrar pai e mãe -, para o qual compareceram, além desde escriba/Coordenador, Valquíria, Lígia, Eliete, Carminha Brandão, Iva, Carminha Sampaio, Jaciara, Egnaldo, Quito, Cristiano, Magali, Waldelice (que precisou sair antes do final da atividade), Cristiane, Augusta, Marilda, Cláudia e Marilene. Para começo, Railza distribuiu com a turma uma folha de papel com uma imagem humana impressa e solicitou seis atitudes de cada participante:
1 - escrever o que gostaria de dizer aos pais;
2 - registrar o que gostaria de ter ouvido do pai;
3 - idem da mãe;
4 - registrar gratidão ao pai e à mãe;
5 - recordar uma atitude do pai e da mãe que tenha provocado mágoa; e
6 - dar o perdão ao pai e à mãe por isso.
Em seguida, ela pediu que os presentes de juntassem em duplas para comentarem suas impressões iniciais e depois de alguns minutos distribuiu um texto intitulado "Deveres dos filhos" junto com esta consigna: "Como tenho honrado meu pai e minha mãe?", pedindo uma breve reflexão pessoal antes da partilha grupal.
Eliete iniciou os comentários, declarando que os métodos utilizados em sua educação de menina foram válidos, apesar de recursos como a palmatória; ela pediu perdão ao pai por ter sido mãe solteira e disse sentir que não tem confiança de sua mãe, "mas isso não me machuca". Para Quito, "sou um projeto vivo de meu pai e minha mãe", afirmando a influência dos genitores "em toda a minha formação na vida"; ele salientou que a vida profissional de seu pai é exemplo para sua atividade laboral, ao passo que a sensibilidade materna ajustou toda sua educação, porquanto ela "não invadia minha privacidade"; e mais: "Ela tinha muito carinho por mim e me chamava de Jesus Cristo!", razão pela qual "procuro honrá-los me apropriando do ensinamento que me deram".
Falando em seguida, Augusta ressaltou que seus pais foram sempre amorosos com ela: "Onde quer que estejam, eu agradeço a eles e os amo até hoje". Railza recordou de seu pai que vendo-a fazer arte chamava-a de "nega Railza", enquanto a mãe a batizou de "sopeira",s em que ela entendesse na ocasião; revelou que não gostava dos trabalhos domésticos, só queria ler, e era por isso muito castigada - "mas não ficaram traumas", disse, acrescentando que depois viria a entender que aquele era o modelo de educação da época: "Honro-os até hoje", completou.
Quem também relatou vivência com o pai foi Eliene, para quem nutre um amor incondicional por sua figura paterna: "De vez em quando sonho com ele", explicou, ressaltando que numa missa celebrada em sua memória ela encerrou o compromisso de pai e filha; quanto à mãe, que escolheu viver num asilo e junta dinheiro para custear a cremação do corpo, quando desencarnar, revelou não conseguir ainda trabalhar a ideia do abandono sofrido no passado, de modo que luta para honrar sua figura materna.
Para Cláudia, "as noções de repeito, responsabilidade e cuidar do outro, isso meu pai me deu bem mais do que recebeu"; ela afirmou que o amparo paterno ia além do suporte financeiro; sua dificuldade, conforme relatou, é com sua mãe, que "não sabe demonstrar carinho através de beijos e abraços"; de acordo com esta companheira, "tenho necessidade de dizer a ela que a amo; hoje é muito mais minha filha e tento dar o de que sinto falta" - e completou: "Sou cem por cento grata, apesar das palmadas".
A gratidão de Magali a seu pai deve-se, conforme ela declarou, à fecundação do óvulo de sua mãe que a gerou, porquanto ele não marcou presença em sua vida; assim, seus cuidados voltam-se para a mãe, embora reconheça a insuficiência de seus gestos: "Digo que ela devia ter uma filha melhor"; a companheira afirmou ainda não nutrir raiva pelo pai, que era alcoólatra "e esqueceu minha mãe"; ante essa situação, sua avó é que tomou as rédeas da família; ela afirmou que hoje observa a mãe preocupar-se excessivamente com as filhas e a neta (filha da primogênita), mas salientou que esse cuidado é em relação a todo mundo.
Chegada a vez de Marilda, ouvimos dela que seu pai "morreu quando eu tinha nove anos" e que era um homem bom; acrescentou não ter gostado quando sua mãe, viúva, encheu a casa de gente - crianças da família que ela ajudou a criar - porque isso, segundo lhe parecia, "tirava o conforto dos filhos"; a companheira salientou ter apego à mãe, que desencarnou após um AVC; antes da partida, Marilda teve, em sonho, uma visão premonitória sobre o desenlace e pediu a Deus que não a levasse: "Ele disse que não havia nada a fazer"; esse processo durou dois anos e assim nossa companheira viu-se, aos 27 anos, tomando conta de todos que sua mãe havia recolhido em casa: "A mágoa foi escolha minha", disse ela, acrescentando que não responsabiliza ninguém, "nem me arrependo de nada".
Carminha Brandão ressaltou seu sentimento de culpa em relação à mãe: "Busquei a constelação", disse, salientando que sua genitora sofreu por falta de carinho, por isso "sei que tenho de ser mais paciente com ela". Encerrando o trabalho, Eliene agradeceu por ter sido sorteada, no início do ano, para trabalhar esse tema e Railza ressaltou sua participação comentando como se efetuou o processo de construção do trabalho.

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Sobre honrar pai e mãe

Neste sábado, 21 de outubro, Eliene deverá finalizar seu trabalho sobre o primeiro tópico ("Piedade filial") do Cap. 14 de O Evangelho Segundo o Espiritismo, no qual Allan KArdec nos informe sobre quarto mandamento da Lei de Deus: "Honra a teu pai e a tua mãe, a fim de teres uma dilatada vida na Terra que o Senhor teu Deus te dará". Nessa atividade, da qual todos somos convidados a participar, a companheira contará com a colaboração de Railza, o que representará, no mínimo, uma oportunidade de melhor refletirmos acerca das graves questões que as pessoas enfrentam no círculo familiar. Nosso encontro, como de praxe, está marcado para as 8 horas, no local habitual.
Vamos lá.


domingo, 15 de outubro de 2017

Minha mãezinha querida

A visita de Norma, antiga integrante que hoje mora no interior do Estado, foi a novidade no trabalho apresentado no sábado, 14 de outubro, quando Eliene deu prosseguimento à abordagem do primeiro item ("Piedade filial") do capítulo 14 de O Evangelho Segundo o Espiritismo (Honrar pai e mãe) falando da figura materna, desta vez com a participação de Waldelice. Além de Norma e deste escriba, dublê de Coordenador, também estavam presentes Cristiane, Lígia, Eliete, Egnaldo, Valquíria, Carminha, Carminha Brandão, Magali, Cláudia e Augusta.
Primeiramente, Eliene recordou as impressões sentimentais manifestados no final do primeiro trabalho e devidamente anotados numa cartaz de cartolina e em seguida Waldelice leu todo o texto da "Piedade filial" do ESE. Depois disso, foi passada a consigna da atividade: "Como tenho cuidado de minha representação materna?", com a explicação de que essa representação é observada tanto na relação com a figura materna quanto na condição de mãe ou filha, ou mesmo na de pai. Eliene pediu que se fizesse primeiro uma reflexão individual e depois liberou a conversa em duplas, antes da partilha grupal.
Eliete iniciou os comentários, afirmando ter lembranças "maravilhosas" de sua mãe e das irmãs: "Eu não gostava de estudar e perdi pontos com ela", disse, salientando ter começado sua vida profissional logo depois que seu pai desencarnou; a companheira também citou que sua mãe ajudou a criar sua filha sem pai, à qual se esforça para dar amor, como dá aos outros filhos e netos; revelou ainda que a mãe, hoje com 93 anos, foi quem a iniciou na vivência espírita ao conduzi-la à Cobem: "Só tenho a agradecer a Deus por todo o amor que recebo", completou.
"Hoje sou mãe de minha mãe", disse Cláudia, referindo a enfermidade da genitora; "Para mim", salientou, "não existe falar em mãe sem pai", afirmando que um era o complemento da outra em sua vida, sendo que sua mãe "sempre foi muito preocupada quanto à própria responsabilidade para com os filhos, principalmente no sentido de não se exceder: "Sinto falta, às vezes, das cobranças dela", acrescentou, observando que, agora, como cuidadora, é sua vez de se preocupar com as necessidades maternas: "Faço que minha mãe me fazia quando eu era criança".
Em seguida, Norma observou que cuida dessa representação materna sendo mãe de seus filhos, o que, para ela, "é algo divino"; também disse que seu marido é, às vezes, como mãe e ela não sabe dizer o que é melhor: "ser mãe ou filha?"; contou que voltou para o interior baiano para cuidar da mãe enferma, que desencarnou há três anos com demência senil: "Nesse momento, todos os filhos estavam viajando", disse, ressaltando que, antes, não aceitava a doença que acometeu sua genitora, mas que hoje vê como bênção, "pela brabeza de minha mãe", cujas atitudes ao longo da vida a companheira afirmou hoje compreender.
Valquíria, por sua vez, revelou que sua mãe "era uma pessoa muito difícil - era uma médium desequilibrada e eu tinha muito medo", disse, referindo-se às ocasiões em que aconteciam as manifestações espirituais em casa, durante sua infância, momentos esses em que seu pai agia positivamente; com o tempo, afirmou, "parece que a mediunidade foi cassada" e sua mãe passou a se comportar de modo "mais responsável, ajudando a quem precisava"; segundo a companheira, foi difícil demonstrar amor pela genitora: "Era mais dedicação de mim para ela e eu a vejo em mim quando sou dura [com os filhos, principalmente]"; ela se recorda de que seu envolvimento com o Espiritismo foi motivo de brigas com a mãe: "Vencemos pela tolerância, pois gostávamos uma da outra".
Carminha Brandão, que também relatou sua experiência como cuidadora da própria mãe na velhice desta, revelou não ter paciência com a genitora, acrescentando que a recíproca é verdadeira; ela disse ter preparado um quarto em sua casa para abrigar a mãe e, devido à impaciência, sente-se culpada e com remorso: "Não faço o que ela quer", afirmou, apontando ainda a dificuldade com as irmãs, que não a ajudam nesse processo.
Egnaldo ressaltou cuidar "muito bem" de sua representação materna, "apesar de órfão desde os cinco anos de idade"; ele disse acreditar ter sido um bom filho, "ao ponto de continuar criança aos 77 anos"; segundo o companheiro, "tive a sorte de ser carente, porque aceitei o amor de minha irmã e ainda tive a mãezona que veio a mim", disse, referindo-se à sogra, que no fim da existência física voi viver com ele e a filha: "Quando a mãe de Valquíria foi morar conosco, ganhei uma mãe só para mim", completou.
É sendo mãe que Carminha Sampaio disse cuidar dessa representação: "Idealizei meus filhos e, à medida em que ia convivendo com eles, via que um correspondia à minha expectativa e o outro não", afirmou, salientando que coube a uma psicóloga apontar-lhe a causa do "problema": "Eu é que tinha de me resolver em relação ao filho rebelde"; de espírito livre, esse filho "passou a ser meu professor", disse ela, acrescentando que ele "me ensinou que a vida era outra coisa; e agora é minha neta Sofia [filha desse seu filho] quem me oferece novas lições".
"A figura do pai é mais importante que a materna", começou assim Eliene a fazer o fechamento de sua atividade naquele dia, expondo sua opinião frisadamente pessoal, "por ser forte e dar o equilíbrio familiar, mesmo longe ou ausente, sendo o referencial da segurança". Augusta interrompeu esse raciocínio para declarar que tem uma filha para a qual ela é "chata", "mas minha mãe era toda amor para mim, ao contrário de meu pai, autoritário". Por fim, Eliene voltou a falar sobre o envelhecimento, processo durante o qual os pais precisam do amparo de seus filhos, completando com a observação de que "a gente não se dá conta da velhice" a não ser quando esta se instala.

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

A vez da figura materna

Neste sábado, dia 14 de outubro, mesmo em meio a um feriadão Eliene dará continuidade a seu trabalho sobre o tema "Piedade filial", constante do capítulo 14 (Honrar pai e mãe) de O Evangelho Segundo o Espiritismo. Será importante que todos participemos, a fim de aprendermos mais um pouco quanto aos cuidados que devemos ter para com aqueles que proporcionaram nossa volta e readaptação a este mundo. Há duas semanas, a atividade vivencial tratou das lembranças que a figura paterna se nos impregnou e a emoção tomou conta de todos. Será que recordar as experiências com as respectivas genitoras será diferente? Só saberemos se participarmos de mais este encontro paraninfado por aquele que é o caminho, a verdade e a vida.
Vamos lá?


sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Mais uma folga

Neste sábado, 7 de outubro, o encontro do "Jesus de Nazaré" será suspenso em virtude da realização do seminário que o Departamento Administrativo realizará, do qual deverão participar todos os coordenadores de atividades da Cobem. Esse seminário será conduzido pelo confrade Adilton Pugliese, trabalhador da Mansão do Caminho que tem colaborado ultimamente no aperfeiçoamento das relações interpessoais no âmbito da Casa de Oração Bezerra de Menezes quanto na otimização dos recursos doutrinários, de modo a fazer com que a Instituição, em vias de completar seu 49.º aniversário de fundação, possa oferecer cada vez melhores serviços a seus usuários, sejam eles frequentadores ou trabalhadores.
Todos lá!


sábado, 30 de setembro de 2017

Catarse


Eliene fez muita gente chorar com o trabalho que realizou neste sábado, 30 de setembro, enfocando o primeiro tópico do cap. 14 de O Evangelho Segundo o Espiritismo - Piedade filial -, para o que utilizou a música do cantor e compositor argentino Piero, autor de "Mi viejo", ou "Meu velho", que ouvimos na voz do brasileiro Altemar Dutra. Estávamos presentes Isabel, Carminha, Valquíria, Eliete, Iva, Egnaldo, Fernando, Quito, Augusta, Magali, Waldelice, Marilene, Luiza, Cristiane, Cláudia, a própria Eliene e seu auxiliar, Mateus, em visita técnica, além deste escriba dublê de Coordenador.
O trabalho constou de duas partes e no início, antes mesmo que ouvíssemos a canção, que provocou manifestações emocionadas, Eliene fez a leitura de um texto sobre a arte de envelhecer e depois colocou esta consigna: "Qual trecho da música me remete a uma experiência vivida com minha figura paterna?" Ela pediu que os participantes fizessem breve reflexão individual e em seguida abriu espaço para a partilha, iniciada por Iva.
"Somos filhos de Deus, o Criador, o primeiro Pai", começou ela, acrescentando que "depois, nasci, com a  ajuda da mãe e do pai"; este, segundo disse, era "exigente, queria que não perdêssemos o fio da meada do respeito, da honestidade e do bem"; ainda assim, afirmou ter lembranças tristes de seu pai, que "morreu aos 33 anos, não envelheceu, como eu"; no entanto, "hoje reconheço sentir falta dele".
Marilene começou dizendo que a música a emocionara, fazendo-a viajar com a lembrança do pai, que no início era marcada pelo silêncio do afastamento, mas depois "ele foi constante comigo", disse, reconhecendo que "não tive o tempo dele", por ter sido criada longe e só passou a vê-lo com mais frequência quando atingiu a adolescência; "eu tinha verdadeira adoração por ele", frisou, sendo grata a seu pai por lhe ter proporcionado o corpo para esta existência.
Em sua vez de falar, Carminha o fez em prantos, esclarecendo que a música sempre a emociona por lembrar do marido, desencarnado, o qual, por seu turno, recordava do próprio pai ao escutar a canção na voz de Altemar Dutra, porquanto, conforme diz a letra, esse "querido velho" também tinha o "andar lento": "Aurélio não teve essa oportunidade", lamentou a companheira que, recobrando o equilíbrio relatou que seu pai "foi maravilhoso e me dava carinho, era rígido mas carinhoso"; disse que quando viajou ao Rio de Janeiro para fazer o vestibular, "ele me mandou uma carta pedindo que honrasse a família e fosse honesta, principal traço do caráter dele".
Valquíria revelou que seu pai não teve tempo de envelhecer, de modo que "nada na música me lembrou dele"; mas, segundo disse, "ele esteve sempre presente em minha vida, era o equilíbrio da casa e foi para o Plano Espiritual como viveu"; uma boa lembrança que guarda de seu pai é o respeito que ele devotava à condição de sua mãe, "médium destrambelhada", porque era esoterista e tinha algum conhecimento acerca da mediunidade; "ele nunca se exaltava, nunca perdia o equilíbrio", assegurou a companheira frisando que a principal característica de seu pai também era a honestidade.
"Meu pai era pai e mãe", disse Egnaldo, acrescentando que "tudo na música me fez pensar no que vivi com ele"; este companheiro enumerou alguns episódios da infância e depois declarou ser "tudo um aprendizado". Por sua vez, Quito observou ter convivido pouco com seu pai, que desencarnou quando nosso companheiro contava apenas 13 anos de idade; esse pai era um engenheiro da Petrobrás e como tal viajava muito; Quito recorda-se de sua liberalidade e competência, sendo muito querido por todos; uma de suas frases que o filho jamais esqueceu: "Não se educa a alma castigando o corpo"; o companheiro também esclareceu ter estado junto ao pai no momento da desencarnação, por isso as lembranças são ainda doloridas.
Pedindo a palavra, Cláudia relatou nada na letra da música recordava seu pai, já desencarnado, a não ser que ele também era "um bom tipo"; para ela, seu pai era "genioso (sou igual, disse), tinha a língua afiada um coração de manteiga"; no entanto, "a lei da casa era ele", informou a companheira, salientando não o ter visto "caminhar lento", devido à desencanação precoce, "ainda cheio de energia"; segundo Cláudia, "brigávamos muito, mas ele me deu muito mais do que recebeu, porque foi de coração".
Por último, Luiza ponderou: "Meu pai não chegou a ficar velho, como diz a música", mas, afirmou, "sempre foi um pai excelente, bem família, a quem devo tudo de melhor, porque ele não se metia nas escolhas dos filhos quanto à profissão e casamento, dizendo assim: quem pegou seu carvão molhado que abane".
Finda essa etapa do trabalho, Eliene exibiu um vídeo sobre a importância da figura materna, tema da próxima atividade, prevista para o dia 15 de outubro, e pediu que os participantes dissessem em uma palavra o que os faziam recordar de sua mãe. Então Mateus, o visitante, citou o cheiro e a voz; Quito, proteção e religiosidade; Cláudia, a preocupação; Magali, segurança; Iva, os cuidados; Marilene, o dinamismo e a proteção; Eliete recordou o aconchego e a proteção; Waldelice, a proteção e a segurança; Valquíria, o medo; Egnaldo, aconchego e acolhimento; Cristiane, o trabalho; Luiza apontou a docilidade e a acomodação; Carminha, o carinho e a preocupação; Augusta referiu o amor e a preocupação; este escriba citou o jeito de cuidar dos outros; já Isabel lembrou do dengo e amorosidade, enquanto Fernando frisou a ingenuidade e a suavidade; por fim Eliene disse recordar-se do cheiro do leite materno.

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Eliene na área

Neste sábado, dia 30 de setembro, a companheira Eliene estará à frente do trabalho que vai explorar mais um tema de O Evangelho Segundo o Espiritismo. Essa abordagem, que terá a participação de dois outros integrantes do "Jesus de Nazaré", vai prosseguir no sábado seguinte, 7 de outubro. Será, certamente, mais uma oportunidade para aprofundarmos nossos conhecimentos acerca das lições do Cristo pela interpretação da Doutrina Espírita.
Vamos lá.


segunda-feira, 25 de setembro de 2017

O tamanho de cada um

Com a participação de Nilza, Railza, Waldelice, Iva, Cristiane, Augusta, Carminha, Cristiano, Fernando, Eliete, Eliete, Maria do Carmo Brandão, Jaciara, Isabel, Valquíria, Luiza e Cláudia, além deste escriba também Coordenador, o trabalho realizado no sábado 23 de setembro abordou, conforme anunciado, o item 10 do Cap. 1 de O Evangelho Segundo o Espiritismo ("Não vim destruir a lei"), referente ao tópico "A Era Nova", constante das Instruções dos Espíritos. Essa mensagem do Espírito Fénelon, surpreendentemente atual, trata da necessidade de nos prepararmos para os acontecimentos a que o planeta e a Humanidade estão submetidos presentemente, no processo de transição para mundo de regeneração.
Assim, procedemos à leitura da mensagem e após uma breve explanação do Coordenador, a turma foi convidada a se dividir em duplas para as abordagens a partir desta consigna: "Qual o meu tamanho na revolução moral que se opera no mundo em transição?", porquanto Fénelon sinaliza que "estas palavras: 'nós somos pequenos', não tenha mais sentido para vós. A cada um sua missão, a cada um seu trabalho". Aberta a partilha, colhemos os seguintes depoimentos:
Eliene declarou ser "extra-G": "Deus disse que somos criados à sua imagem e semelhança, então sou grande", disse, acrescentando que, no contexto das transformações planetárias "sou enorme", porque "sou cocriadora", razão pela qual revelou não se sentir pequena. Em seguida, Eliete observou sentir-se "caminhante", salientando aprender com a Doutrina Espírita para entender o que acontece no mundo, principalmente no tocante aos relacionamentos: "Não sinto dificuldade em perdoar, ninguém me ofende", disse ela, salientando que sempre pede misericórdia para os ofensores: "Tenho o aprendizado àquele que não tem o mesmo conhecimento devo perdoar", frisou, afirmando que "sempre fui assim, sou pessoa de muita paz".
Valquíria, por sua vez, observou que já "passou" por duas grandes guerras, no século XX, mas hoje, com o conhecimento referente à Nova Era, disse ficar mais confiante, porque "tudo é para o nosso melhoramento, tudo que acontece é [devido a um] planejamento da Divindade"; desse modo,e sta companheira informou que "não jogo energia negativa", embora reconheça haver pessoas que assim procedem, brincando de fazer guerra; para ela, aqui [na Terra], temos de desenvolver o senso de moral, "porque nosso problema é a moral". Luiza recordou conhecida mensagem do Espírito André Luiz, dada através do médium Chico Xavier, segundo a qual ninguém nasceu na família nem no lugar errados.
Augusta considerou ser a família o ponto crucial dos acontecimentos e explicou que isso envolve todo o planeta. Por seu turno, Iva comentou que Jesus iniciou essa revolução moral "e sabemos ter de nos reformar, não há mais tempo para esperar"; segundo disse, seu "tamanho" no processo é "médio, apesar de me sentir pequena; mas amo muito e abro o coração para ajudar os necessitados", completou. Por fim, Railza admitiu ser "de vários tamanhos", uma vez que "apoio o irmão que quer ser ajudado"; ela especificou esses vários tamanhos afirmando que "no cotidiano sou "M", fazendo o que devo fazer; às vezes, sou "P", quando me disponho a revidar o que me fazem; oscilo, eu sei, e espero que meu retorno [ao mundo espiritual] não seja num momento "P", pois faço esforço para ser "GG"".
  

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

A Era nova

"Um dia, Deus, na sua caridade inesgotável, permitiu ao homem ver a verdade dissipar as trevas; esse dia foi o advento do Cristo. Depois da luz viva, as trevas voltaram; o mundo, depois das alternativas de verdade e de obscuridade, perdeu-se de novo. Então, à semelhança dos profetas do Antigo Testamento, os Espíritos se põem a falar e a advertir-vos: o mundo foi abalado em suas bases; o raio estourará; sede firmes!"
Esse texto constitui o parágrafo inicial do item 10 das Instruções dos Espíritos ("A Era Nova") referentes ao primeiro capítulo de O Evangelho Segundo o Espiritismo ("Não vim destruir a lei"), no qual a mensagem do Espírito Fenélon profetiza os tempos que estamos vivendo na atualidade. É, portanto, o mote para o trabalho que a Coordenação realizará neste sábado, 23 de setembro, marcado pela chegada da Primavera.
Vamos estudar e aprender um pouquinho mais?
Até lá.


quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Folga

Por conta da realização do seminário de lançamento do Projeto Semeamar, foi cancelado o encontro do "Jesus de Nazaré" neste sábado, dia 16 de setembro. Ficaremos uma semana (com sabor de quinzena) aguardando o trabalho que Eliene está para apresentar, sobre um tema de O Evangelho Segundo o Espiritismo. Aguardemos e, enquanto isso, participemos desse seminário, a fim de aprendermos mais um pouco e sabermos a que se destina mais esse projeto da Casa de Oração Bezerra de Menezes.
Até lá.


domingo, 10 de setembro de 2017

Era nova, novos seres?


Após a leitura de todo o item 9 ("A Era Nova") do cap. I ("Não vim destruir a lei") de O Evangelho Segundo o Espiritismo (ESE), e de uma brevíssima explicação do Coordenador acerca do trabalho, a turma - Waldelice, Magali, Fernando, Valquíria, Marilda, Luiza, Quito, Cristiane, Iva, Cristiano, Eliete, Lígia, Egnaldo, Nilza, Isabel e Augusta - foi convidada a comentar em duplas o entendimento da consigna: "Qual é o meu papel nesse movimento, como espírita e cristão?". Aberta a partilha, Egnaldo, mais uma vez, foi o primeiro a falar, declarando que "tento ser uma formiga no processo de somar para a dissipação das trevas, com meu trabalho, que espero ser produtivo, apesar das dificuldades"; e ele encerrou suas palavras recordando este axioma: "não diga a Deus que tem um grande problema, mas diga ao problema que tem um grande Deus".


Depois foi a vez de Luiza, que iniciou contando sobre recente visita, com uma sobrinha, à Igreja do Bonfim, onde ficou encantada ao perceber que a linguagem da missa e o comportamento do padre já se assemelham às pregações na Casa Espírita: "O cristianismo é um só", disse ela. Para Valquíria, a lição do ESE aponta para a evolução de cada um em casa, assim como se mostra na Casa Espírita: "O que é insuperável é o amor, é o perdão", salientou, acrescentando que "não adianta estar aqui [na Cobem, no grupo de estudo] se não houve(r) reforma íntima" - e ela referiu a Parábola dos Trabalhadores da Última Hora, ressaltando que "a época é de [exercitarmos a] paciência, amorosidade e compreensão do outro"; no entanto, a companheira completou, "nós queremos mudar o outro, [esquecendo que] o esforço é individual".

Fernando, por sua vez, após dar um depoimento acerca da intolerância religiosa, declarou respeitar a fé de cada um, embora, "como espírita, não posso permitir manifestações de outros credos na Casa Espírita". Já Iva assegurou ser de solidariedade seu papel nesta nova era da Humanidade. Em seguida, Augusta garantiu que sua função é aprender: "Reunir forças e lembrar, quando posso, do Sermão da Montanha"; segundo ela, "Jesus não pediu nada e deu tudo ao planeta"; a companheira também ressaltou as dificuldades de seu caminho, afirmando que "às vezes, não consigo [fazer o bem a si e aos outros], rodo a baiana", reconhecendo, contudo, que "a reforma íntima só depende de mim".
O papel de Isabel, conforme ela mesma declarou, é "fazer a reforma, me conhecer, ficando de bem comigo para ficar bem com os outros"; para ela, a mudança "tem que ser dentro de mim; tenho buscado isso, para ficar consciente de como me encontro"; esta companheira, que é também a vice-coordenadora do "Jesus de Nazaré", salientou ser esse um processo doloroso, "mas é assim que deixo aflorarem as virtudes, para ajudar nesse esforço de regeneração do planeta".


Quito começou sua fala citando um ensinamento do Espírito Joanna de Ângelis, para quem "precipitado, o homem tomba nas próprias armadilhas; paciente, resolve todos os problemas"; para ele, "estamos vivendo para aprender, somos agentes multiplicadores nas atitudes e verbalização", de modo que "devemos refletir muito sobre orar e vigiar e evocar ao pensamento os ensinos que nem sempre são constantes no dia a dia"; ainda de acordo com este companheiro, "desejamos a perfeição, mas ainda somos grãos de areia nisso tudo".


Coube a Marilda encerrar os comentários e ela declarou que "somos figuras vivas para pontuar, nesta nova era, em casa, no trabalho, na rua..."; afirmou também que "através do comportamento mostramos que somos espíritas-cristãos: nosso modelo é Jesus e imitando-o podemos trazer mais pessoas para o Centro"; ela também aproveitou para fazer um questionamento voltado para as ações solidárias: "Como resolvemos questões pessoais na Casa Espírita - conseguimos? E quanto às pessoas que vêm em busca de esclarecimento?"; segundo a companheira, "temos de ser testemunhos vivos dessa transformação; tudo parte de nós".


E a prece feita por Luiza encerrou os trabalhos desse dia.


quinta-feira, 7 de setembro de 2017

A Era Nova

As Instruções dos Espíritos do primeiro capítulo de O Evangelho Segundo o Espiritismo (Allan Kardec) tratam da Era Nova e coube a "Um Espírito Israelita" abri-las, no item 9 do citado capítulo, reafirmando a unicidade de Deus e a condição messiânica de Moisés e Jesus, além de frisar a importância do Espiritismo na tarefa de renovação moral da Humanidade. Diz ele, textualmente: "São chegados os tempos em que as ideias morais devem se desenvolver para cumprir os progressos que estão nos desígnios de Deus; elas devem seguir o mesmo caminho que as ideias de liberdade percorreram e que delas eram precursoras. Mas não é preciso crer que esse desenvolvimento se fará sem lutas; não, elas têm necessidade, para atingir a maturidade, de abalos e de discussões, a fim de que atraiam a atenção das massas; uma vez fixada a atenção, a beleza e a santidade da moral impressionarão os espíritos, e eles se interessarão por uma ciência que lhes dá a chave da vida futura e lhes abre as portas da felicidade eterna. Foi Moisés quem abriu o caminho. Jesus continuou a obra, e o Espiritismo a arrematará".
Tal é o fulcro do trabalho que a Coordenação desenvolverá neste sábado, mercê da misericórdia divina, pela ação benemérita dos instrutores espirituais.
Vamos lá?



domingo, 3 de setembro de 2017

Confissão e interesses colaborativos


"Com que interesse você recolhe a colaboração de seus irmãos de caminhada?" 
Essa consigna marcou o trabalho realizado neste sábado, 2 de setembro, sobre a terceira e última parte do Cap. 5 de Boa Nova, intitulado "Os discípulos", na qual o autor espiritual, Humberto de Campos, relata, pela pena do médium Francisco (Chico) Xavier, a disposição de Judas em amealhar dinheiro sob a justificativa de que seria isso necessário à instalação do Reino dos Céus na Terra. À atividade compareceram, além dos coordenadores, Francisco e Isabel, os companheiros Eliete, Fernando, Valquíria, Magali, Marilene, Jaciara, Cláudia, Quito, Egnaldo, Lígia, Cristiane, Augusta e Carminha Brandão. Waldelice também apareceu, mas saiu antes do início dos trabalhos para atender a um outro compromisso.


Porém, antes de tudo procedemos aos comentários alusivos ao encontro do sábado anterior, quando perguntamos de que maneira confessamos Jesus diante dos homens. Assim, Valquíria salientou que "tentamos praticar as lições de Jesus", sendo "a que mais me toca é a do amor, do perdão: quando faço uma reflexão e busco Jesus, a lição do perdão é a que tenho mais exercitado". Por sua vez, Egnaldo declarou que confessar Jesus "é prática da vida"; segundo ele, "posso viver de forma diferenciada, mas minha liberdade relativa para na liberdade do próximo", o companheiro afirmou também que, para viver o Cristo, é preciso salvaguardar a paz. A última fala desse momento coube a Eliete, para quem "a prova é na convivência familiar", passando a relatar um episódio de sua vida pessoal, salientando que nesses testes, com Jesus, caminha bem: "Tenho o dever de melhorar porque faço o aprendizado e o outro não", disse, acrescentando pedir ao Cristo "por essas ovelhas que estão comigo".


Então demos início à atividade do dia e assim procedemos à leitura do texto de Boa Nova, após o que demos a conhecer a nova consigna - "Com que interesse você recolhe a colaboração de seus irmãos de caminhada?" - e convidamos os participantes à discussão desse tema, em duplas, antes da partilha grupal, aberta por Egnaldo. Para ele, "a vida é uma obrigação". Também Augusta, falando em seguida, teve semelhante entendimento, observando que "aqui, temos obrigações e deveres; viemos para resgatar e aprender"; segundo esta companheira, ninguém crer-se perfeito: "Não somos santinhos", disse, ressaltando que "somos rebeldes", razão pela qual "na Terra, é o trabalho em primeiro lugar".


Em sua vez de falar, Marilene reportou-se a seu trabalho na Cobem, onde atua inclusive na Diretoria; segundo afirmou, é preciso "honrar vários compromissos - e precisamos de dinheiro para isso"; essa companheira explicou que "vivemos de doações e precisamos valorizar o que nos dão", acrescentando que a Casa oferece, em contrapartida, "o acolhimento aos necessitados e o esclarecimento quanto ao Espiritismo". Por fim, Magali preferiu salientar trecho da narrativa de Humberto de Campos, o parágrafo em que Jesus, dialogando com Judas - que ponderou a necessidade do dinheiro para a concretização dos planos do Messias -, dirige-lhe as seguintes palavras:


"No entanto, Judas, embora eu não tenha qualquer moeda do mundo, não posso desprezar o primeiro alvitre dos que contribuirão comigo para a edificação do reino de meu Pai no espírito das criaturas. Põe em prática a tua lembrança, mas tem cuidado com a tentação das posses materiais. Organiza a tua bolsa de cooperação e guarda-a contigo; nunca , porém, procures o que ultrapasse o necessário." 




quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Discípulos (III) - a missão continua

O estimado cronista do Além que é Humberto de Campos deixa-nos entender que o comerciante de peixes e miudezas de Cafarnaum chamado Judas, natural de Iscariotes, era por demais apegado ao dinheiro e narra, na última parte do capítulo"Os discípulos", o quinto do livro Boa Nova (psicografia de Chico Xavier), interessante diálogo ente o apóstolo equivocado e o Cristo. Nessa conversa, cujo sentido abordaremos no trabalho deste sábado, dia 2 de setembro, no âmbito do Grupo Jesus de Nazaré, o Mestre faz-no importante recomendação que remete à filosofia univérsica de Huberto Rohden, para quem é possuído pela riqueza quem não a sabe possuir. Judas reconhece a justeza dos planos do Divino Emissário ao determinar as tarefas que competiam a seus discípulos, mas seu olhar ainda estava limitado pelos horizontes da vida material e por isso...
Mas vamos conversar melhor durante a atividade, não é?
Até lá.


sábado, 26 de agosto de 2017

Discípulos em silêncio

No trabalho deste sábado, 26 de agosto, descobrimos que somos 23 os integrantes do "Jesus de Nazaré", porquanto faltaram apenas quatro companheiros à reunião que voltou a discutir a questão dos discípulos de Jesus conforme a narrativa de Humberto de Campos, Espírito, no livro Boa Nova (psicografia de Chico Xavier). Nesse encontro, além de Carminha Brandão, em visita, compareceram Waldelice, Valquíria, Railza, Marilene, Marilda, Magali, Luiza, Jaciara, Iva, Isabel, Fernando, Eliete, Eliene, Cristiano, Cristiane, Cláudia, Augusta e este escriba, dublê de Coordenador. Foi um sábado atípico, melhor dizendo, quase semelhante àquele em que não tivemos a partilha final, realizada somente na semana posterior.
É que após termos feito a leitura do texto e dado uma explicação acerca das recomendações do Cristo a seus discípulos, quando a Coordenação introduziu a consigna do trabalho: "De que maneira você confessa o Cristo diante dos homens?", e a turma terminou de conversar, a palavra ficou com Eliene. Esta companheira justificou sua prolongada ausência explicando encontrar-se fragilizada em razão dos problemas vivenciados em família e assim não houve tempo hábil para os comentários, como de praxe. Em clima de solidariedade, os demais participantes ouviram o desabafo e somente Cristiane se manifestou, agradecendo à outra por fazê-la refletir sobre situação parecida que também experimenta.
Depois disso, e do hino "Eu vivo contente" (letra abaixo) entoado por este Coordenador, a prece feita por Cristiano encerrou a atividade.

Eu vivo contente
Feliz a cantar 
Despreocupado é o meu caminhar
Não tenho problemas
Não tenho aflição
Eu tenho Jesus no meu coração!
Eu tenho Jesus no meu coração (bis)
Não tenho problemas
Não tenho aflição
Eu tenho Jesus no meu coração!