quinta-feira, 30 de abril de 2015

Renovação

O trabalho deste sábado, 2 de maio, no "Jesus de Nazaré" será enfocado tanto no terceiro capítulo do livro Momentos de Saúde e de Consciência (Divaldo Franco/Joanna de Ângelis), intitulado "Fenômenos renovadores", quanto no tópico do Cap. V de O Evangelho Segundo o Espiritismo ("Bem-aventurados os aflitos"), sobre as "Causas atuais das aflições". Vê-se então a lógica, a oportunidade e a correlação entre os dois assuntos, indicando a necessidade de renovação dos seres encarnados, principalmente se já têm conhecimento das leis divinas, como forma de superar as condições aflitivas da presente existência, através da compreensão desses fenômenos que chamamos de vicissitudes. Segundo um dos mantras que a Benfeitora Joanna de Ângelis coloca na abertura do citado capítulo de seu livro, "as transformações que a vida opera são fases de desenvolvimento", por isso acreditamos que valerá muito a pena meditarmos em torno desses temas, a fim de aprendermos a dar o "pulo do gato" que nos facultará o acesso a nossos objetivos no campo da evolução espiritual.
Até lá.




sábado, 25 de abril de 2015

Questões femininas mas nem tanto

Por pouco Regina Gomes não conseguiria fazer a apresentação de seu trabalho sobre o tema "A mulher e a ressurreição", constante de Boa Nova, livro ditado pelo Espírito Humberto de Campos à mediunidade de Chico Xavier. O impedimento seria a realização, na manhã deste sábado, da Assembleia convocada para votar alterações no Estatuto da Cobem, ocasião em que alguns companheiros do Grupo, especialmente a coordenadora Creuza Lage, tiveram que optar entre participar de nossas atividades ou do evento proposto pela Diretoria da Casa. Assim, estivemos presentes ao trabalho, além da própria Regina, Iva, Cristiano, Eliene, Roberto, Quito, Egnaldo, Maria Luiza, Fernando, Jaciara, Isabel, Ilca, Regina Mendes e o coordenador Francisco, este que vos fala.
A atividade consistiu em dividir a turma em quatro subgrupos, a cada um dos quais foi entregue cópia do texto em estudo e, depois, trechos da lição com a respectiva consigna. O primeiro subgrupo foi formado por Ilca, Quito e Iva; o segundo, por Luiza, Roberto e Egnaldo - Regina Mendes se juntaria a eles mais tarde; já o terceiro era composto por Eliene, Cristiano e Fernando, enquanto o último teve Isabel, Jaciara e Francisco. Após a leitura e comentários referentes às consignas, foi aberta a partilha, quando os integrantes dos subgrupos se manifestaram.
O primeiro subgrupo se ocupou do trecho que trata da questão do adultério, razão pela qual a consigna pedia se justificasse a afirmação de que a condição da mulher adúltera é, hoje, diferente da dos tempos apostólicos. A esse respeito, Ilca observou que o preconceito ainda existe, apesar das demonstrações de força da mulher moderna perante as condições impostas pelo machismo. Segundo ela, "há coisas piores que o adultério", acrescentando que traições acontecem até pelo pensamento e que a mulher precisa se valorizar. Também a esse respeito, Iva salientou não sermos perfeitos e que o adultério não é só o ato físico, porquanto no pensamento está sua gênese.
Coube ao segundo subgrupo abordar a falsa noção de que a mulher é sofredora enquanto o homem padece de fraqueza moral, ao passo que a lição de Humberto de Campos afirma que tais condições não são prioridade de um sexo ou de outro, de modo que se questionou por que se aceita ainda esse discurso. Segundo Egnaldo, somos todos iguais perante a lei e assim tanto o homem quanto a mulher são responsáveis por seus atos. Já Roberto considerou que a condição espiritual influi no componente sexual, por isso temos de experimentar como homem e como mulher, sofrendo na carne o efeito desse embate. Regina Mendes, por seu turno, voltou à questão do adultério e frisou ser este um problema de foro íntimo: "As leis são cruas, claras e objetivas", observou, reparando que, na prática, todos - homens e mulheres - têm vertentes específicas que os levam a decisões próprias.
Fernando, falando primeiro pelo terceiro subgrupo, revelou qual seu entendimento sobre esta assertiva: "Por isso, as mulheres mais desventuradas ainda possuem no coração o gérmen divino, para a redenção da humanidade inteira". Segundo ele. o que caracteriza a mulher é o sentimento, salientando que a situação, hoje, ainda é a mesma da época de Jesus, no campo moral, em relação à mulher, que se vê desprezada e tenta ser igual ao homem, querendo superá-lo, mas mostra-se fazendo "coisas piores"; o companheiro afirmou também que o adultério foi uma circunstância aproveitada pelo Mestre para dar uma lição aos homens. Eliene, por sua vez, reafirmou a fala de Jesus nesse capítulo de Boa Nova, dizendo que não é a mulher que erra sozinha, mas o homem é que lhe destrói a vida...
Isabel fez o resumo do quarto subgrupo, que abordou a solidão dos homens após o episódio do Calvário, quando "a lembrança do Messias ficava relegada a plano inferior, olvidada sua exemplificação e a grandeza de seus ensinamentos", conforme o texto de Humberto de Campos, para quem somente as mulheres não deixavam soçobrar o barco da fé. Isso deu motivo para se perguntar:  "Onde você busca fé semelhante à daquelas mulheres quando a situação periclita?" A companheira assegurou que em momentos assim perdemos o equilíbrio no primeiro instante, mas depois, lembrados de Deus, manifestamos a fé, recuperando a sensatez, para o que o Espiritismo ajuda muito.
No final da atividade, o coordenador Francisco narrou a explicação que o Espírito Augusto Cezar deu, através do médium Chico Xavier, sobre o feminismo. A história original é repetida a seguir:

Pergunta-me você o que seja feminismo, talvez supervalorizando a minha capacidade de resposta.
O assunto, no entanto, me faz lembrar uma história, aliás, repetida por vários cronistas, interessados nas tradições populares.
Dou-lhe esta explicação para que você não me considere plagiário com adjetivos jocosos e zombeteiros.
Conta-se que Jesus, acompanhado por alguns discípulos, seguia, dos arredores de Jerusalém, demandando a cidade de Jericó. O Mestre alterara o plano de excursão, através de muitas veredas, a fim de visitar necessitados e doentes.
Em dado instante, o grupo não soube acertar com o verdadeiro caminho e apareceu acalorada troca de opiniões.
Nisso, salientou-se, não longe, a figura de um viandante cuja presença pareceu providencial aos companheiros da Boa-Nova. Notando que o desconhecido se abeirava dos circunstantes, Simão pedro barrou-lhe a frente e interpelou-o:
- Amigo, acaso poderá a sua bondade informar-nos quanto ao exato caminho para Jericó?
O desconhecido trancou a face que lhe evidenciava o descontentamento e replicou em seguida:
- Quem lhe falou que sou guia de vagabundos? Tenho mais que fazer. Não me arrisco a contato com malfeitores e ladrões. Sigam para onde quiserem...
Dito isso, afastou-se, estugando o passo, e Pedro, desapontado, dirigiu-se a Jesus, comentando:
- Mestre, viu só que insolência? Não é justo suportar desaforos! Decerto que o Céu castigará esse brutamontes, impondo-lhe a punição que faz por merecer...
O Cristo ouviu, apreensivo, e ponderou:
- Pedro, não julgue sem o conhecimento preciso... Quem será esse homem? Talvez seja um doente ou um desesperado...
A expectativa reapossava-se dos apóstolos, quando surgiu, à frente deles, bela jovem carregando um cântaro de água na cabeça. Simão Pedro adiantou-se, interpelou-a repetindo a petição que fizera ao viandante agressivo e exasperado.
- O melhor caminho para Jericó? - indagou a morra sorrindo. De imediato, depôs no chão o vaso que trazia e passou a explicar com gentileza de que modo atingiriam a cidade sem obstáculos maiores. Além disso, encorajou os apóstolos à caminhada, com expressões de encantador otimismo.
Terminado o diálogo, ei-la retomando o vaso transbordante de água límpida, seguindo estrada afora...
Simão Pedro aconchegou-se a Jesus e lhe falou com intimidade:
- Mestre, notou a diferença? O bruto que nos desconsiderou e essa menina generosa se parecem a um animal e a uma flor...
Ante o Senhor, que se fizera pensativo, Pedro insistiu:
- Senhor, qual será a recompensa que o Céu concederá a essa jovem que nos prestou um serviço tão grande?
Jesus sorriu e falou ao apóstolo em voz alta:
- Sim, Pedro, essa jovem será recompensada; e o prêmio dela será casar-se com o homem brutalizado que passou por aqui, a fim de que consiga educá-lo para Deus e para a vida.
Surpresa geral encerrou o assunto.
É isso aí, meu caro. Se a mulher nos abandonar à própria sorte, negando-se a cumprir a missão que o Céus lhe atribuiu, com certeza, nós todos, os homens vinculados ainda à Terra, estaremos perdidos...

***

(*) Psicografia de Chico Xavier inserida no livro "Fotos da vida" (lição n.° 4), ed. GEEM.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Mulher, mulher...


A atividade deste sábado, dia 25 de abril, estará a cargo de Regina Gomes e versará sobre a lição que nos dá o Espírito Humberto de Campos, em seu precioso livro Boa Nova, sobre a condição feminina observada sob as luzes do Evangelho. Como se sabe, à época do Cristo a mulher era considerada uma simples coisa cujo valor estava abaixo do de um animal de carga, por exemplo, e servia à opressão masculina do regime patriarcal para a procriação e as tarefas rotineiras do lar, quando não eram exploradas a fim de proporcionarem prazer sexual aos homens. No entanto, Jesus resgata, em nome do supremo amor, a condição desses seres, elevando a mulher à posição de eleita de Deus para a perpetuação da vida no elemento material. Por isso o papel feminino no Evangelho ganha destaque a partir da colaboração de figuras como Maria, a mãe do Redentor, as irmãs Marta e Maria, mais outra Maria, a de Magdala, apelidada Madalena, além de outras cujos nomes a História não guardou, como a "adúltera" julgada em praça pública e a "pecadora" que lavou com suas lágrimas os pés do Messias, enxugando-os com os próprios cabelos...



segunda-feira, 20 de abril de 2015

Conversa franca

- Que dia é hoje?
Bastou fazer essa pergunta aos integrantes do Grupo para que o planejamento do trabalho de sábado, 18 de abril, fosse por água abaixo, embora o resultado da atividade quase improvisada fosse bastante enriquecedor. Ao questionamento feito pela Coordenação, após a prece, a resposta que interessava demorou a surgir e quando se informou da importância do 18 de Abril para o movimento espírita todos se recordaram da data inolvidável de 158 anos atrás, em Paris, marcada pelo lançamento de O Livro dos Espíritos: ali nascia, para a redenção do mundo, a Doutrina Espírita, seu codificador, Allan Kardec, e revivia a essência do cristianismo primitivo, cumprindo a promessa de Jesus acerca do novo Consolador.
Desse modo, o plano de nos debruçarmos sobre o segundo tópico do quinto capítulo de O Evangelho Segundo o Espiritismo (a coordenadora Creuza Lage até sugeriu que abordássemos a lição sobre "O homem de bem", constante do capítulo 17) foi esquecido e passamos a conversar, simplesmente. Participaram dessa conversa, além dos coordenadores - Francisco e Creuza -, também os companheiros Roberto, Quito, Fernando, Egnaldo, Cristiano, Eliene, Valquíria, Railza, Marlene, Marilene, Iva, Regina Gomes, Regina Mendes, Jaciara, Waldelice, Magali, Maria Luiza e Marilda.
Dentre vários assuntos relacionados ao tema abordado, Creuza recordou a diretriz dos trabalhos do Grupo, um dos três mantidos pela Cobem que tratam da educação dos sentimentos. Isso quer dizer que as manifestações cordiais devem prevalecer sobre o exercício intelectual, porquanto, pela compreensão do teor da primeira obra da Codificação espírita, evoluímos através dos esforços que levam ao progresso intelecto-moral. Ou seja, é preciso saber, mas só adquirir conhecimentos não basta, é preciso fazer, tanto por si mesmo quanto pelos outros, conforme se depreende do ensinamento do Espírito de Verdade no capítulo sexto do ESE: "Amai-vos e instruí-vos".
Assim, falou-se bastante sobre o saber e o fazer, a filosofia no Espiritismo - doutrina de tríplice aspecto (junto à filosofia aparecem também a ciência e a religião) -, a prática ds lições espíritas e evangélicas e o uso dos recursos que a Providência nos disponibiliza para o aprimoramento moral e espiritual.

quinta-feira, 16 de abril de 2015

As Vozes do Céu

A data deste sábado, dia 18 de abril, marca para nós, espíritas, os 158 anos do lançamento, na Paris de 1857, da primeira edição de O Livro dos Espíritos, obra imortal codificada por Allan Kardec que inaugura a Terceira Revelação da Lei de Deus aos homens, instalando na Terra a Era do Espírito. O Espiritismo, portanto, vem, de acordo com as palavras do Codificador, cumprir as promessas de Jesus acerca do Consolador Prometido: "Se me amais, guardai os meus mandamentos - e eu pedirei a meu Pai e ele vos enviará outro Consolador, a fim de que fique eternamente convosco: - O Espírito de Verdade que o mundo não pode receber, porque não o vê; vós, porém, o conhecereis, porque permanecerá convosco e estará em vós. - Mas o Consolador, que é o Espírito Santo, que meu Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e fará vos lembreis de tudo o que vos tenho dito." (S. João, cap. XIV, vv. 15 a 17 e 26. - O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. VI.).
Será nesse clima que o Grupo de Estudo Jesus de Nazaré se reunirá nesse dia, enfatizando a importância de aprofundarmos os conhecimentos doutrinários a partir da abordagem daquela que é sua vertente mais importante, a religiosa, sem esquecermos as outras duas pontas do triângulo espírita: a filosofia e a ciência. Por isso é que somos chamados a mergulhar fundo no estudo de O Evangelho Segundo o Espiritismo, a fim de evidenciarmos nossa condição de filhos e herdeiros da Divindade, realizando em Jesus nossa disposição de unificarmo-nos o quanto antes à dimensão de Deus.


segunda-feira, 13 de abril de 2015

Liberdade e vida

O tempo não foi bastante (quase nunca é) para desenvolvermos, no trabalho deste sábado, 11 de abril, tudo o que planejamos, de modo que dispensamos o estudo de O Evangelho Segundo o Espiritismo e nos ativemos unicamente à abordagem do segundo capítulo do livro Mensagens de Saúde e de Esperança, no qual o Espírito Joanna de Ângelis nos conclama, pela mediunidade do tribuno Divaldo Franco, a usar com sabedoria e real proveito nossa liberdade de escolha. A coordenadora Creuza Lage não pôde estar presente, assim como outros companheiros, mas lá se encontravam as duas Reginas - a Gomes e a Mendes -, Fernando, Roberto, Quito, este escriba, Railza, Waldelice, Valquíria, Iva, Ilca, Egnaldo, Marlene e Jaciara.  
A princípio, foram lidos os mantras com que a Benfeitora abre cada capítulo, sendo que os observados na atividade de sábado foram estes: "O Pensamento Divino concedeu-me liberdade de poder realizar tudo bem que desejo."; "Ser feliz ou desventurado é-me opção voluntária."; "Sou escravo da Lei, que me enseja progredir sem interrupção no tempo."; "O que eu sou ou o que serei, depende de mim."; "A inspiração superior nunca me falta, porém, sintonizar com ela será aspiração pessoal."; e "Construindo as estruturas existenciais na mente, torná-las-ei realidade no percurso carnal." 
Principalmente por conta desta última, estabeleceu-se uma proveitosa conversação em torno da dicotomia mente-cérebro, especulando-se acerca dos estados enfermiços cerebrais que resultam, ou não, em impedimentos na manifestação do espírito através da mente. Assim, episódios como o Mal de Alzheimer foram lembrados, embora estivesse em tela a condição razoavelmente saudável das faculdades mentais facilitadoras da livre expressão do ser imortal enquanto encarnado mas não suficientemente desperto para a realidade do Espírito, razão pela qual a Coordenação lançou, para reflexão de todos, esta frase: "A tua mente, atualmente, atua ou mente?" 
Então foi lido o texto de Joanna de Ângelis e em seguida ouvimos os comentários, iniciados por Roberto, para quem ao reencarnarmos trazemos certa 'blindagem" referentes a determinadas ocorrências no tocante ao planejamento reencarnatório, para a boa execução de nossas tarefas de crescimento espiritual. Jaciara observou a facilidade em transformar fatos corriqueiros em tragédias, conforme o texto de Joanna, relatando um episódio pessoal e acrescentando que faz isso o tempo todo, mesmo sabendo que esse não é o caminho.
Quito, por sua vez, salientou sermos responsáveis por tudo que nos acontece, embora devamos procurar evitar determinadas ocorrências agindo no bem, vigiando os pensamentos no dia a dia. Valquíria assegurou que tudo depende da evolução espiritual de cada criatura, uma vez que cada pessoal reage de modo diferente ao mesmo estímulo. Regina Mendes também fez um relato pessoal afirmando ter salvado uma samambaia de uma infestação de lagartas. Também Railza e Egnaldo fizeram comentários e no final a Coordenação - enfatizando o trecho do texto lido no qual Joanna de Ângelis diz ser necessário envolver-se no Programa Divino, porquanto quem não se envolve positivamene, jamais se desenvolve - declarou que envolver-se é reconhecer a própria condição de espírito imortal e transcender, aperfeiçoando-a, sua humanidade...

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Lições do Evangelho

A falta que nos faz o Cristo nós costumamos preencher com paliativos... mas no dia em que tivermos a coragem de usar proveitosamente o livre-arbítrio que nos caracteriza como espíritos imortais criados por Deus e destinados à perfeição, saberemos decidir pela renovação de valores, adotando como bússola o Evangelho e como mapa a Doutrina Espírita, transformando-nos enfim nos Homens Novos que precisamos ser, conforme nos conclama Jesus há mais de dois mil anos. É com essa ênfase que a Coordenação do "Jesus de Nazaré" conduzirá o trabalho deste sábado, 11 de abril, abordando o segundo capítulo do livro Mensagens de Saúde e de Consciência (Joanna de Ângelis e Divaldo Franco) e também um tópico do quinto capítulo de O Evangelho Segundo o Espiritismo, ainda enfocando nossas aflições.
Até lá.


segunda-feira, 6 de abril de 2015

Deus é fiel. E você?

"Fidelidade a Deus" foi o tema do trabalho que Waldelice conduziu no sábado, dia 4 de abril, abordando um dos textos do Espírito Humberto de Campos no livro Boa Nova, que ele ditou como Irmão X à psicografia de Chico Xavier, um dos importantes aniversariantes do mês (no dia 2 ele completaria 105 anos). Apesar do feriadão, quando muitos companheiros viajaram, a essa atividade compareceram os coordenadores - Francisco e Creuza -, Carminha, Isabel, Magali, Marilda, Luiza, Cristiano, Fernando, Roberto, Quito, Marilene e Regina Gomes, além da própria Waldelice.
No início, a companheira procedeu à leitura compartilhada do texto em questão e depois ela distribuiu trechos recortados da narrativa do Irmão X a cada par de participantes, pedindo que interpretassem a situação sob estudo, oferecendo em seguida o comentário de Jesus à guisa de esclarecimento a seus discípulos sobre como manifestarmos a fidelidade ao Criador.
Carminha e Iva foram as primeiras a partilhar suas impressões, sobre a observação do apóstolo André, que questionou o Mestre sobre como ser fiel a Deus sentindo-se doente. Segundo Carminha, é nas horas difíceis que a Divindadese torna mais presente junto a nós e por isso ela recordou sua última cirurgia cardíaca, aproveitando esses momentos de reflexão para agradecer a Deus e assim mostrar sua fidelidade. Para ela, o caminho não é de dificuldades - nós é que as criamos ao caminhar: "Se não fosse o Espiritismo", disse, "não sei o que seria de mim". Iva, por sua vez, assegurou que também se mostra agradecida a Deus em razão de suas necessidades espirituais, especialmente no tocante às questões de saúde física - e lembrou-se de um dia em que se viu acometida de um surto alérgico que não conseguia debelar com remédios e sentiu melhorar depois de uma prece...
Em seguida, Magali e Isabel comentaram a dificuldade de Tadeu em compreender de que modo se pode viver como homem e como apóstolo neste mundo... Para Magali, é como Jesus alertou: "Não se pode servir a Deus e a Mamom", de forma que é preciso cuidar tanto do corpo quanto do espírito. Já Isabel, recordando a quantidade de tarefas que desempenha na Cobem, em paralelo com suas atividades laborais, disse não saber o que os Espíritos fazem com ela; esta companheira disse estar meditando muito e entregando sua vida a Deus, "mas não fico sentada esperando, tenho sido fiel às propostas de minha encarnação".
Marilda e Luiza foram instadas a comentar a inquirição de um dos apóstolos ao Cristo, sobre se não seria melhor fugir do mundo para viver na incessante contemplação do reino... De acordo com Marilda, é importante não parar de agir, mesmo em meio às muitas dúvidas que lhe assaltam e dos convites à contemplação, ou seja, ver a vida passar, o que, disse ela, não é fácil. Segundo Luiza, é preciso trabalhar vendo que as dificuldades são necessárias ao crescimento: "Não desespero, oro e Deus me auxilia".
Depois foi a vez de Roberto e Regina abordarem a revelação de Tiago, sobre um certo amigo de Corazim desejoso de seguir Jesus, embora visse que o reino por ele pregado está cheio de obstáculos. Falando primeiro, ela disse que três palavras lhe vieram à mente ao reler o trecho do texto de Humberto de Campos (Espírito): procrastinação, derrota e vitória, acrescentando que, na relação com os filhos, teve de, por eles, abrir mão de muitas coisas; depois de meditar, contudo, concluiu que não adianta impor nada a ninguém, em virtude do livre-arbítrio e do planejamento reencarnatório de cada um. Quanto a Roberto, este declarou ter obstáculos em sua longa jornada para Deus, observando que alguns desses empecilhos nos são impostos e por isso são importantes na travessia evolutiva...
Quito e Cristiano se ocuparam do questionamento de "um dos filhos de Zebedeu", quanto à primeira qualidade a cultivar no coração para enfim nos sentirmos plenamente identificados com a tarefa de construir o reino dos céus no próprio coração. Cristiano escolheu a boa vontade: o desejo de melhorar seria, para ele, essa primeira qualidade para chegar, um dia, a ser plenamente fiel. Por sua vez, Quito declarou que "tudo que fizermos com amor nos dá uma dimensão maior e mais próxima de Deus".
Em seguida, Fernando e Marilene cuidaram das ponderações de Jesus referidas pelo autor espiritual de Boa Nova, afirmando que, "na causa de Deus, a fidelidade deve ser uma das primeiras virtudes". Assim, Marilene, asseverou estar convicta da fidelidade do Pai em relação a nós e "busco ser fiel no possível, me trabalhando, acolhendo o outro e a mim mesma nas dificuldades e aceitando o outro como ele é". Ela também declarou que será fiel quando não fraquejar na hora do testemunho. Fernando observou que ainda não estamos em condições de entender a extensão dessa fidelidade e "só seremos fiéis gradativamente, na medida em que formos compreendendo essas lições", afirmou, acrescentando que cada coisa vem no tempo certo.
A última dupla a participar da partilha foi a dos coordenadores, que abordaram os pareceres de Tiago, filho de Alfeu, relatando a história de um amigo que arruinara a saúde por excesso nos prazeres condenáveis; Tadeu, que citou um conhecido que se tornara mesquinho e avarento após ganhar grande fortuna, sendo depois assassinado por ladrões; e Pedro, que recordou o caso de um colega que sucumbira tragicamente por efeito de sua desmedida ambição. Creuza ponderou que o tema permitia reflexões acerca do materialismo, porquanto ser fiel, disse ela, exige de nós uma certeza íntima do que seja espiritual, tendo-o como verdadeiro. "Mas o mundo é material e vivendo nele somos forçados à observação da matéria", ressaltou. E Francisco, este escriba, salientou a frase de Teilhard de Chardin, para quem não somos seres humanos vivendo experiências espirituais, mas seres espirituais vivenciando experiências homanas momentaneamente, acrescentando que tal conceito tem ligação com a tríade elaborada por Joanna de Ângelis - espiritizar, humanizar e qualificar.
No fechamento da atividade, Waldelice, que afirmou estar procurando ser fiel a Deus, leu o último parágrafo do texto de Irmão X, enfatizando certas passagens: "Jesus continuou a sorrir, como quem sabia a intensidade da luta a ser travada e conhecia a fragilidade das promessas humanas [os apóstolos haviam declarado que seria fiéis...]. Entretanto, do coração dos apóstolos jamais se apagou a lembrança daquela noite luminosa de Cafarnaum, aureolada pelo ensinamento divino. Humilhados e perseguidos, crucificados na dor e esfolados vivos, souberam ser fiéis, através de todas as vicissitudes da Natureza, e, transformando suas angústias e seus trabalhos num cântico de glorificação, sob a eterna inspiração do Mestre, renovaram a face do mundo."