segunda-feira, 30 de julho de 2012

Pedro dá seu recado

O trabalho de sábado, 28 de julho, teve pouca concorrência, mas o número reduzido em relação à semana anterior não impediu que as atividades prosseguissem em termos favoráveis ao aprendizado, na tentativa de identificarmos e compreendermos em nós mesmos algumas das características de Simão que fizeram Jesus rebatizá-lo como Pedro: a impetuosidade, a rudeza de trato, a invigilância, a ansiedade e o imediatismo, dentre outras "qualidades". Para tanto, a Coordenação propôs a seguinte consigna: "Você tem se esforçado pra corresponder, como Pedro, à ação do Cristo e se transformar na rocha firme sobre a qual construirá o Reino dos Céus, no altar do próprio coração?".
Participaram do trabalho os companheiros Fernanda, Fernando, Bia, Lígia, Carminha, Roberto, Railza, Isabel, Valquíria, Jaciara, Waldelice, Marilda e Marilene, os quais, após a preleção inicial da Coordenação acerca da abordagem do tema, compuseram estes subgrupos: 1 - Roberto, Isabel, Jaciara, Railza, Fernanda e Fernando; e 2 - Bia, Carminha, Waldelice, Valquíria, Marilda, Marilene e Lígia.
A preleção da Coordenação, após a leitura do texto do EADE, consistiu no comentário sobre tópico do livro "O Evangelho gnóstico de Tomé" (Hermínio Miranda) e recordação da passagem evangélica em que Jesus pergunta aos discípulos quem diziam os homens que Ele era, merecendo do impulsivo Pedro uma resposta favorável, pelo que o Cristo o louva; no entanto, ao comentar, logo depois, sobre o que os homens lhe fariam ao final de sua missão, Jesus ouve de Pedro palavras desabonadoras, levando-nos a concluir que através de Pedro, médium invigilante, Deus e o Diabo falaram praticamente ao mesmo tempo. Conosco seria diferente, uma vez que oscilamos bastante em nossas tentativas de firmarmos a consciência quanto a nossa condição espiritual?

Eis o resultado das conversas, através de alguns depoimentos individuais:

Fernando, fazendo a defesa de Pedro, ressaltou a dificuldade do velho pescador em compreender o presente revolucionário que Jesus lhe trazia. A isto, a Coordenação observou que, certamente, não foi mesmo fácil para Simão assimilar a dimensão do convite do Cristo, especialmente no episódio em que os fariseus inquirem se Jesus, que não tinha "onde repousar a cabeça", pagava o tributo a Roma e o Mestre, para não escandalizar ninguém, pede a Pedro que vá pescar um peixe e justamente na boca desse peixe o apóstolo encontraria uma moeda com o valor necessário para quitar o imposto, tanto referente ao Cristo quanto o seu próprio, o que deve ter dado um nó na cabeça de Pedro...

Valquíria disse que nos acomodamos muito e vivemos uma fase de desculpismo, justificando a falta de tempo para a realização das tarefas realmente importantes enquanto sobra tempo para vivermos as circunstâncias da vida material - e viver o tempo atual, afirmou, cria o comodismo, "levando à inércia de ação" quanto à vivência da realidade espiritual...

Fernanda comentou o depoimento ouvido de uma psicóloga na TV, sobre o tempo, segundo a qual promove o comportamento ansioso e imediatista nas pessoas; "Hoje eu compreendo, com o estudo da Doutrina Espírita, por me ver ainda imediatista..."

Railza prosseguiu argumentando acerca do tempo, assegurando que precisamos desse tempo para vivermos a própria transformação: "Tenho lutado para ser a rocha firme em que Pedro se transformou, atenta ao tempo e consciente das minhas quedas..."

Roberto, por fim, ressaltou o esforço junto à família, aproveitando a oportunidade de servir: "Não preciso ser um ermitão, porque mesmo assim ainda haveria dentro de mim as mazelas que preciso corrigir..."



quinta-feira, 26 de julho de 2012

O nome de Pedro

No blog Argúcia da Pedra: Pedro (e Laura), o autor - Francisco Muniz, avô de um Pedro - conta por que seu neto é xará do apóstolo:

História de meu nome
Meu avô me disse que Pedro é um nome inventado por Jesus ao batizar um amigo dele assim. Esse amigo se chamava Simão e Jesus o cognominou de Pedro querendo dizer pedra, porque Simão era durão!
Meu avô também disse que Simão, depois, amoleceu o coração e ficou do jeito que Jesus queria, por isso deu novo significado ao nome Pedro: pessoa que denota firmeza de caráter e força moral resoluta, segundo meu avô.
Eu acho que foi por isso que minha mãe escolheu esse nome pra mim. Talvez ela adivinhasse que esse era mesmo o nome que eu queria ter aqui na Terra. Talvez ela tenha recebido a intuição que lhe mandei logo que decidimos minha volta.
E agora estou aqui. Pedro, a argúcia da pedra!

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Pedro: no peito e na raça

No dia em que Simão passou a ser Pedro, a partir de Cefas, que é igual à pedra hebraica, teve reconhecido seu caráter rude, impulsivo, ansioso, invigilante e imediatista. Mas a mudança de nome - mais que apelido, a palavra "Pedro" agora designava a alma, a essência daquele pescador - só acontece por causa de Jesus, mostrando que ninguém é mais o mesmo ao encontrar o Cristo (vide Saulo de Tarso). Mas até deixar de ser  o Pedro/pedra/dureza para ser o Pedro/rocha/firmeza, o apóstolo teve que se deixar cozer no fogo do testemunho...
Esse será o fulcro das considerações na aula deste sábado, 28 de julho, prosseguindo os comentários vivenciais com base nos traços psicológicos e na ação do apóstolo mais velho do Cristo, mas nem por isso tão maduro, como nos mostram os relatos evangélicos. Mas Pedro, com o tempo soube fazer a diferença. E nós? E eu? E você?

segunda-feira, 23 de julho de 2012

O andar de cima

Richard Simonetti

Conta-se que a mãe de São Pedro era extremamente zelosa de seus haveres. Vivia, digamos com o devido respeito, comprometida com a sovinice.
Embora se trate de um pecado capital, desses passíveis de remeter o indigitado para as caldeiras do pedro-botelho, foi piedosamente encaminhada a ameno estágio no purgatório, talvez por deferência ao seu ilustre filho.
Não obstante, o santo sofria com a situação.
Precursor do jeitinho brasileiro, apelou para Jesus, pedindo-lhe que a transferisse para o “andar de cima”. O Mestre dispôs-se a atender, mas era preciso cumprir básico requisito:
Descobrir se alguma vez, ainda que remotamente, ela “emprestara a Deus”. Traduzindo: Exercitara a fraternidade? Doara algo a alguém, ao longo da existência?
O apóstolo deu tratos à bola, na ingrata tarefa de descobrir um gesto de legítimo desprendimento por parte da querida genitora, de índole boa, mas relutante em “abrir a mão”, quando solicitada.
Espremendo os miolos, lembrou-se.
Certa feita, ajudara uma vizinha. Dera-lhe um ramo de salsa.
Era muito pouco, mas, com sua infinita generosidade, Jesus deu-se por satisfeito. Recomendou:
– Estenda-lhe esse raminho. Que ela se agarre nele.
Animado, o apóstolo cumpriu a orientação.
A matrona começou a subir…Ocorre que a planta era frágil.
Já às portas celestes, administradas pelo filho, rompeu-se a salsa, deixando-a nas adjacências.
Diria o poeta:
Livrou-se do purgatório,
Mas o Céu não alcançou,
A flutuar no espaço ficou.

***

A história inspirou um adágio popular.
Quando alguém se sente desarvorado, sem ponto de apoio, sem direção, diz-se:
Está como a mãe de São Pedro.
Pessoas assim, longe de constituir exceção, representam a maioria.
Muitos querem o céu interior – paz, saúde, alegria…Concebem conquistá-lo integrando-se em atividades religiosas, envolvendo ritos e rezas, ofícios e oficiantes.
Ocorre que esses liames com o Céu são frágeis como um ramo de salsa. Não resistem às agruras da Terra, com seu cortejo de dores e problemas.
É preciso usar material mais consistente, a partir da disposição em aderir plenamente aos princípios de sua crença, ultrapassando a débil superficialidade. Participar mais assiduamente, colaborar mais ativamente, trabalhar mais intensamente em favor da própria renovação.
Vacilam, porque isso tudo implicaria na renúncia ao imediatismo terrestre, às tendências egocêntricas, aos prazeres sensoriais, às experiências passionais e, sobretudo, ao comodismo e à indiferença que marcam o comportamento humano.
Por isso, pairam sem rumo e sem estabilidade. Rompendo-se facilmente as frágeis convicções a que se agarram, flutuam na incerteza, perdidos na vacuidade existencial.

***

Para atingir os páramos celestes, recôndita região na intimidade da consciência, onde encontramos as benesses divinas, é preciso muito mais.
Fundamental eleger o espírito de serviço como inspiração de nossas vidas, a partir da regra áurea ensinada por Jesus (Mateus, 7:12):
Tudo o que quiserdes que o próximo vos faça, fazei-o assim também a ele.
Então, sustentados por asas de virtude e merecimento, não haverá problemas.
Atingiremos, facilmente, o “andar de cima”.


Do livro "Para Rir e Refletir"

domingo, 22 de julho de 2012

Almas pescadas

Ainda que a frequência não fosse completa nesse sábado, dia 21, nossa atividade transcorreu com proveito, registrando o retorno de Eliene, que se afastara voluntariamente em razão de uma enfermidade física (no final do trabalho ela daria um depoimento emocionado), da qual está se tratando também espiritualmente. Além dela e dos coordenadores, estavam presentes Roberto, Railza, Fernanda (que recebe os parabéns neste domingo, por seu aniversário), Ione, Iva, Fernando, Carminha, Lígia, Quito, Acely, Valquíria, Egnaldo, Jaciara, Maria da Paixão e Waldelice.
O trabalho começou com uma pequena explicação acerca de como a abordagem sobre o apóstolo Pedro se daria, tendo a Coordenação esquematizado cinco "aulas" nas quais se destacariam as principais características da atuação de Pedro no Colégio Apostolar. Em seguida procedeu-se à leitura do texto do EADE e, antes que os subgrupos fossem formados, conhecemos a consigna, que consistiu na análise reflexiva e partilha em torno desta questão: "Você tem feito uma boa pescaria de almas?".
Dividida a turma, os subgrupos ficaram assim: 1 - Railza, Fernanda, Fernando, Quito, Roberto, Iva, Maria da Paixão e Valquíria; e 2 - Carminha, Acely, Eliene, Ione, Lígia, Egnaldo, Jaciara e Waldelice.

Conclusões:

Após as conversas nos subgrupos, Fernando, tomando a palavra, disse que, de uma forma ou de outra, somos pescadores de almas, mas, ressalvou, fazer uma boa pescaria é que é o "x" do problema. A melhor estratégia, afirmou, é a do bom exemplo - e citou o apóstolo Paulo em sua Epístola aos Coríntios: "Se eu falar a língua dos anjos e não tiver amor e caridade..." - nada feito! Ele também ressaltou o extraordinário exemplo de Chico Xavier na divulgação do Espiritismo, em alcance mundial, "mas nada superou seu exemplo pessoal de coerência, caridade e humildade", apesar das manifestações de incompreensão, acusações e campanhas difamatórias - nada modificou a conduta do médium mineiro. Quanto a Pedro, salientou que o apóstolo só passou a ser esse pescador de almas após a morte de Jesus, especificamente a partir  do começo de sua ação em Roma: receoso quanto à perseguição aos cristãos, Pedro deixa a cidade dos Césares e no caminho alguém que lhe parece muito conhecido cruza seu caminho, na direção oposta; reconhecendo o Cristo, Pedro pergunta-lhe: - "Quo vadis?" (Para onde vais?), ao que Jesus explica-lhe que seu irmãos estão morrendo em Roma e não pode deixá-los a sós. É então que Pedro assume em definitivo sua condição apostolar.
Eliene também citou o exemplo como a melhor "isca" para a pesca de almas; no entanto, frisou que antes dessa ação "devemos pescar a própria alma", no trabalho de autoconhecimento que leva à transformação do ser; segundo ela, vivemos na indecisão motivada pela falta de fé: "Quando nos resgatamos, começamos a nos transformar e partimos para a ação em campo", disse, acrescentando que isso não é fácil, posto que primeiro é preciso pescar na família. Além do mais, considerou, trata-se de uma escolha individual e não se pode obrigar ninguém a ser o que nós (já) somos...
Em seguida falou Egnaldo, observando que nem sempre atuamos como pescadores de almas - e contou um episódio da infância envolvendo seu pai que, como Simão, era também pescador. Tentando ensiná-lo a pescar, seu pai indicava a metodologia: era preciso preparar a rede e, depois de recolhê-la, remendar os buracos deixados pela lontra devoradora de peixes... Ele também salientou as três bandeiras do Espiritismo sob as quais os novos pescadores de almas devem se abrigar: a tríade de Kardec (Trabalho, Solidariedade e Tolerância), a reforma íntima e o lema da Doutrina (Fora da caridade não há salvação).
"Exemplo é trabalho de amor", revelou Acely, salientando que importa tanto a própria postura perante a vida quanto o modo de lidar com o outro: "Ninguém segue ninguém se não gostar desse alguém", disse, completando que a decepção surge muitas vezes por um medo qualquer; assim, manter o exemplo ("consertar a rede") "é atividade diuturna que nem sempre depende da gente", porque a pessoa, como os peixes, estão mergulhadas na vida, de maneira que as influências externas tornam a convivência quase como uma batalha...
Em sua fala, Railza retomou uma expressão utilizada pela Coordenação no início da atividade, segundo a qual Jesus disse que ninguém é profeta em sua casa (episódio narrado no Novo Testamento que será melhor explicitado na quinta e última "aula" sobre o apóstolo Pedro), afirmando que os exemplos de pai e mãe ficam, embora no início nós não demos atenção às orientações recebidas na experiência doméstica.
Por fim, Waldelice relatou um episódio pessoal - a homenagem que recebera dos colegas de trabalho por ocasião de sua aposentadoria - para exemplificar o fato de que a pescaria de almas é espontânea e nem sempre se pode contar com a família. A essa homenagem suas duas filhas, ocupadas com atividades próprias, não puderam comparecer, mas estavam presentes sua mãe e sua neta (três gerações!), que viram a festa, o carinho e a emoção dos colegas de nossa companheira, o que motivou  manifestações de admiração por parte de Bruna, a neta de 20 anos...


quarta-feira, 18 de julho de 2012

Simão vai virar pedra...

A coordenação do Grupo Jesus de Nazaré pretende abordar em cinco aulas os tópicos mais importantes dos dados biográficos do apóstolo Simão, cognominado Pedro, conforme consta do módulo do EADE. A primeira dessas aulas vai tratar da condição de pescador de almas que Jesus estabeleceu para Pedro. É bom frisar que não só Pedro tinha essa incumbência, mas todo o Colégio Apostolar foi orientado pelo Mestre a conquistar simpatizantes para a causa do Cristo, isto é, a construção do Reino dos Céus na Terra a partir do próprio coração.
Como será um trabalho vivencial, vai-se questionar a vocação de cada um dos integrantes do Grupo para também pescar almas, entendendo que não basta chamar ou convidar um outro para caminhar nosso caminho - no caso, o que o Cristo aponta -, é preciso ser o referencial pelo exemplo, pela ação segura, capaz de não só cativar simpatizantes, mas mantê-los firmes na causa, mantendo a conquista.

sábado, 14 de julho de 2012

Lições econômicas de Mateus

Afora a antológica indisciplina desta verdadeira filial da torcida do Corinthians, que se intitula "um bando de loucos", o trabalho do grupo rendeu (!), ao comentarmos nossa relação com o dinheiro, aproveitando o fato de Jesus ter convidado para seu colégio apostólico uma "pessoa de má vida", tal como Mateus, ou Levi, era considerado na comunidade galileia. Para as reflexões deste sábado contamos com a participação de Railza, Lígia, Regina, Iva, Marilda, Bia, Carminha, Waldelice, Fernanda, Magali, Valquíria, Ione, Jaciara, Marilene, Edward, Roberto, Fernando, Quito e Egnaldo, mais os coordenadores Francisco e Maria Luiza.
Após a leitura dos dados biográficos do apóstolo, procedeu-se à formação dos subgrupos, assim constituídos: 1 - Bia, Carminha, Egnaldo, Waldelice, Jaciara, Lígia, Ione, Marilene e Valquíria; e 2 - Fernando, Railza, Quito, Fernanda, Roberto, Edward, Marilda, Iva e Regina. Para as reflexões, propôs-se a seguinte questão: "Até que ponto o dinheiro faz minha cabeça?"; após 20 minutos dessa primeira conversa, a base para novo bate papo foi a mensagem do Espírito Bezerra de Menezes (psicografia de Chico Xavier, inserida na postagem anterior).
Terminada a fase coloquial, fez-se a partilha, quando primeiramente um porta-voz colocou as conclusões de cada subgrupo.
Assim é que Edward argumentou que devemos ter consciência no trato com o dinheiro, caso contrário, perderemos a cabeça por não sabermos utilizá-lo; devemos investi-lo na solução de nossas dificuldades dos parentes e necessitados; uma vez que estamos na carne, precisamos do dinheiro, para a sobrevivência. "Precisamos saber fazer circular o dinheiro", disse, acrescentando que esse aprendizado nos proporcionará diminuir o caos em que o mundo se encontra: "Deus é bom, mas o homem sofre", ressaltou, antes de fazer referência ao drama dos professores públicos baianos que se encontram em greve há aproximadamente três meses...
Falando em nome do segundo subgrupo, Carminha considerou que temos todos dificuldades em lidar com o dinheiro, sejam quem o possua, seja quem dele esteja carente; quem tem mais sente a dificuldade de administrá-lo, quem menos tem sofre por não saber multiplicá-lo; no entanto, a maioria das pessoas gosta do dinheiro, desenvolvendo o apego.
Antes dessa partilha, contudo, observou-se a postura evangélica ante esse problema, com o exemplo de Jesus que, ao ser questionado se era lícito pagar impostos, respondeu que se deve dar a César o que é de César (o mundo material) e a Deus o que seja de Deus (as coisas espirituais); Jesus também não se eximiu de pagar o tributo, embora nada possuísse: pede a Pedro que vá pescar e o peixe encontrado tem na boca uma moeda com o valor justo do imposto devido ("ajuda-te e o céu te ajudará"). Referiu-se também a condição energética do dinheiro: como toda energia, ela é neutra e se modifica de acordo com o modo como lidamos com ela. Assim, o que compromete é o não uso ou o abuso dessa força energética.
Tomando a palavra, Bia recordou uma conhecida publicidade de cartão de crédito para dizer que há coisas que não têm preço e o dinheiro não compra, referindo os valores morais. Egnaldo salientou a importância do controle doméstico das economias, evitando desperdício e valorizando o dinheiro da família. Carminha contou um episódio particular envolvendo o desprendimento de seu marido. Valquíria lembrou-se das frequentes tragédias nas quais muitas pessoas perdem seu bens materiais e, enquanto algumas delas lamentam a perda de coisas, outras agradecem por estarem vivas. É, disse ela, o aprendizado do desapego, numa época em que o consumismo invade a vida das pessoas. Nosso esforço, segundo ela, é no sentido de vencermos o sentimento de posse. Por fim, Marilene apontou para a condição da própria Cobem - a Casa que nos abriga -, revelando que a instituição nunca teve dinheiro sobrando e nem assim as obras assistenciais deixaram de ser feitas - e citou o caso da Creche André Luiz, em favor da qual ela costuma apelar pra os Benfeitores Invisíveis.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Mateus em cena novamente

Sim, é necessário voltemos a Mateus, agora para analisarmos nossa relação com o dinheiro, levando em consideração a condição do apóstolo, que era um galileu cobrador de impostos a serviço do dominador romano, sendo visto, por isso como "pessoa de má vida". Propomos a seguinte reflexão: "Até que ponto o dinheiro 'faz' minha cabeça?" Como subsídio para essa análise, observemos a mensagem abaixo:

O dinheiro não é luz, mas sustenta a lâmpada.
Não é a paz, no entanto, é um companheiro para que se possa obtê-la. 
Não é calor, contudo, adquire o agasalho.
Não é o poder da fé, mas alimenta a esperança.
Não é amor, entretanto, é capaz de erguer-se por valioso ingrediente na proteção afetiva.
Não é tijolo de construção, todavia, assegura as atividades que garantem o progresso.
Não é cultura, mas apoia o livro.
Não é visão, contudo, ampara o encontro de instrumentos que ampliam a capacidade dos olhos.
Não é a base da cura, no entanto, favorece a aquisição do remédio.
Em suma, o dinheiro associado à consciência tranquila, é alavanca do trabalho e fonte da beneficência, apoio da educação e alicerce da alegria, é uma benção do céu que, de modo imediato, nem sempre faz felicidade, mas sempre faz falta.


Bezzerra de Menezes - Espírito
Francisco Cândido Xavier - Médium

domingo, 8 de julho de 2012

Primeiro os teus?

Ficou muito fácil, aparentemente, falar sobre a condição de Mateus, autor do primeiro Evangelho, no colégio apostolar de Jesus, uma vez que algumas de suas características permitem ser tomadas como referência para uma análise pessoal. Esse foi o caminho que trilhamos no sábado, 7 de julho, quando ponderamos acerca das cobranças que fazemos e sofremos, e de nossas reações ante as escolhas dos outros, a partir das questões elaboradas para as conversas nos subgrupos:
1 - Tenho o direito de cobrar algo dos outros? Como lido com as cobranças que me fazem?
2 - Por que me incomodo com as escolhas dos outros - ciúme, inveja...?
Deveríamos, talvez, tratar de nossa relação com o dinheiro, mas então seria ocupar um tempo muito maior do que os 90 minutos disponíveis para atividade...
O trabalho teve a participação de Maria da Paixão, Ione, Iva, Ilca, Fernanda, Fernando, Bia, Carminha, Quito, Roberto, Isabel,  Valquíria, Waldelice, Egnaldo, Regina (que não pode ficar até o final), Jaciara, Magali e Marilene, além, dos coordenadores, Francisco e Maria Luiza. Dividida a turma, os quatro subgrupos formaram assim: 1 - Fernando, Marai da Paixão, Ione e Roberto; 2 - Quito, Isabel, Valquíria e Ilca; 3 - Carminha, Marilene, Bia e Fernanda; e 4 - Egnaldo, Waldelice, Jaciara, Magali, Regina e Iva.
Antes de iniciadas as conversas, a Coordenação propôs uma provocação, recordando que o Espírito André Luiz observa, no livro "Ação e reação", as palavras do Instrutor Druso, segundo as quais "somos espíritos muito endividados com a obrigação de dar tudo para a nossa redenção".

***

Eis as conclusões:

"É próprio do homem cobrar de seu semelhante, por medo, carência, orgulho, apego, falta de aceitação do outro", disse Egnaldo, resumindo o diálogo em seu subgrupo e acrescentando que, em relação às cobranças dos pais para com os filhos, "pé de galinha não mata pinto", embora salientasse que "tudo demais é sobra". Disciplina é importante, afirmou, ressaltando que a cobrança é desnecessária ante a noção de corresponsabilidade. Iva ponderou o uso da culpa e do medo nas cobranças aos outros, evocando uma medida de equilíbrio e bom senso nas relações, conforme expressou Jaciara, para quem só vemos o lado negativo da cobrança, mas é preciso ver quando ela é necessária, desde que equilibrada e sensatamente.
Valquíria é de opinião que cobramos para sentirmos que temos o poder na condição do momento; no entanto, quanto mais cobramos mais temos receio de ser cobrados, pois disto ninguém gosta, afirmou, completando que nem sempre damos o braço a torcer. Ela também fez referência ao preconceito de que o Movimento Espírita baiano dá mostras, a partir de recente reclamação feita pelo médium José Medrado em artigo publicado pelo jornal A Tarde. Fernando, por sua vez, recordou um episódio do Evangelho, no qual Jesus cobra sutilmente da mulher adúltera, pedindo que ela não pecasse mais.
Ilca argumentou que as cobranças aos outros fazemos a nós mesmos, pois há sempre consequências dos atos praticados. Essa opinião também é compartilhada por Roberto, para quem "seremos sobrados até a eternidade, nesse longo caminho para Deus"; segundo ele, estamos sempre escorregando em nossas atitudes e, se há a expiação e a prova, temos de ser muito educados na primeira e tirar dez na outra; "se somos estudantes, temos de fazer a lição", disse.
"Precisamos fazer o caminho de Jesus, cobrando amorosamente, pensando no bem estar do outro", explicou Marilene, ressaltando que para isso é necessário manifestar atitude de compreensão, refletindo acerca do próprio comportamento. A esse respeito, o coordenador Francisco recordou uma frase pronunciada no trabalho do sábado anterior, nestes termos: "Não sou responsável por ninguém, somente pelo que faço ou deixo de fazer por alguém", para justificar a injustificativa das cobranças, porquanto no Evangelho Jesus conta a parábola do "cobrador implacável", revelando que somente o Senhor tem o direito de cobrar de suas criaturas...



quinta-feira, 5 de julho de 2012

O jumento


Um jumentinho, todo alegrinho, voltando para sua casa, contente, fala para sua mãe:

- Fui a uma cidade, e quando lá cheguei, fui aplaudido, a multidão gritava alegre, estendia seus mantos pelo chão... Todos, estavam contentes com minha presença.

Sua mãe questionou se ele estava só... E o burrinho disse:

- Não, estava levando um homem com o nome de Jesus.

Então, sua mãe falou:

- Filho, volte a essa cidade, mas agora sozinho.

Quando retornou a essa cidade sozinho, todos que passavam por ele, fizeram o inverso: maltratavam, xingavam e até mesmo batiam nele. Voltando para sua casa, disse para sua mãe:

- Estou triste, pois nada aconteceu comigo. Nem palmas, nem mantos, nem honra... Só apanhei, fui xingado e maltratado. Eles não me reconheceram, mamãe...

Indignado, o burrinho perguntou a sua mãe:

- Por que isso aconteceu comigo?

Sua mãe respondeu:

- Meu filho querido, você, sem JESUS, é só um jumento.

LEMBRE-SE SEMPRE DISSO!

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Mateus, o cobrador

Chegou a vez de o apóstolo e evangelista Mateus ser submetido a estudo no Grupo Jesus de Nazaré. Há muito a ser explorado da vida desse coletor de imposto, pessoa de "má vida" entre os judeus de sua época, para comparação com nosso comportamento hodierno. Será neste sábado, 7 de julho, na Cobem, a partir das 8h. Até lá.