sábado, 24 de dezembro de 2011

Documentos visuais






Eis um pequeno registro visual de nossa confraternização na "Mansão dos Mascarenhas", no dia 18 de dezembro, contando com a participação dos pequenos apóstolos Júlia Beatriz, Caio, Pedro - que não deixou de reparar em Railza, que usava um vistoso chapéu para proteção contra o sol, comentando com a mãe: "Ela está muito arrumada, não é, mamãe?" -, Laura e Guilherme.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Confraternização

Ontem, domingo, 18 de dezembro, tivemos nossa reunião confraternativa de fim de ano, tradicionalmente na "Mansão dos Mascarenhas", que é como alguns companheiros chamam o lar de Fernando e Maria Luiza. Metade da turma compareceu, enquanto a outra parte justificou a ausência, por motivos que variaram da enfermidade ao cansaço. Em compensação, uma antiga participante, Ana Beatriz, também compareceu, talvez por ser ela a esposa do coordenador Francisco Muniz, incumbido de levar até mesmo os netos, Pedro e Laura, que se divertiram a valer com Caio, neto dos anfitriões, e Guilherme, neto de Egnaldo e Valquíria. Na ocasião, antes do almoço Railza, Carminha, Lígia e Marilda, contando com a colaboração intempestiva de Egnaldo e a participação especialíssima de Guilherme, encenaram um auto de Natal modernoso, arrancando risadas e aplausos.

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No sábado, contudo, encerramos as atividades do Grupo com o trabalho participativo realizado pela coordenadora Creuza Lage, para o qual o coordenador Francisco chegou com atraso. Estavam presentes também Egnaldo, Eliene, Carminha, Valquíria, Waldelice, Regina, Lígia, Jaciara, Marilda, Acely, Quito, Iva, Railza, Roberto, Fernanda e Maria Luiza. Para eles, Creuza exibiu, com auxílio do data-show, trechos do Evangelho de Mateus referente à missão dos apóstolos, destacando tópicos como o mandato, as instruções, os avisos, o encorajamento e as recompensas, propondo que a turma trabalhasse em dupla ou trios.
Chamados à partilha sob o ponto de vista individual, Acely iniciou os comentários afirmando que sua missão, no aspecto do mandato, se dá em três níveis: pessoal, familiar e social; no primeiro, busca seguir a missão vendo no Cristo o modelo - na maioria das vezes acaba não sendo o que deveria, citando o teor do livro "Em seus passos, o que faria Jesus?", que narra as profundas mudanças ocorridas quando um pastor desafia sua comunidade a praticar a fé em Jesus Cristo; quanto ao nível familiar, ela explicou que em meio a uma família tradicionalmente católica viu eclodir sua mediunidade e assim toda a família tornou-se espírita, obtendo outra visão da vida; socialmente, ela diz apresentar mais falhas: embora saiba das necessidades gerais, não empreende ainda o Cristianismo. Fernanda revelou, como nas vezes passadas, que sua missão pessoal é de autoafirmação, mas está em preparação. Por sua vez, Marilda salientou que sua missão maior é com a família, que mora toda no mesmo prédio que ela.
No tocante às instruções, Iva comentou que deve respeitar-se e ser indulgente, colocando em vivência as tais instruções, diante do poder que lhe foi dado, de modo a ver, ouvir e calar - esta é sua meta para 2012, disse. Roberto observou a oportunidade de ir ao encontro de alguém (o outro) e receber quem venha. Como exemplo, relatou uma experiência vivenciada no dia anterior, quando pode ajudar alguém em seu ambiente de trabalho. Já Railza declarou-se quase santa, pois obedece a tudo, conforme disse, faz tudo que lhe é recomendado, sendo, portanto, "uma moça muito direitinha".
A respeito dos avisos, Egnaldo comentou que escuta sempre e que às vezes se faz de surdo. E Quito falou que, para escutar os avisos, é preciso estar na frequência correlata; às vezes não dá para ouvir quando se está na luta do dia-a-dia, sendo necessário vigiar, como ensina Jesus, para ouvir melhor.
Quanto ao encorajamento, Jaciara explicou que isso casa muito bem com seu perfil psicológico, pois se sente movida a desafios, sendo cada dificuldade enfrentada na vida o combustível de sua luta com vistas ao sucesso. Sua missão, assim, é saber que dificuldades não são preocupações e que precisa ter cuidado é com o que mata a alma. Valquíria disse que hoje é discípula e amanhã poderá ser a mestra, o que depende de cada um; "acredito na imortalidade e isso me dá força", salientou, acrescentando que com esse objetivo segue adiante. Eliene, a seu turno, ressaltou a luta contra seus inimigos internos, que atrapalham sua caminhada. Waldelice revelou ter várias cruzes e pede acréscimo de misericórdia para seguir adiante. E Regina frisou que ao longo de sua vida encara dificuldades, até mesmo em relação à mediunidade, que rejeitava; hoje, contudo, está num processo de aceitação, devido a seu amadurecimento.
As recompensas, por fim, trouxeram os comentários de Lígia e Carminha. A primeira disse que espera seu crescimento espiritual (evolução) em meio ao processo reencarnatório. Segundo a última, sempre foi rigorosa com os pedintes até ter a consciência despertada para a necessidade dos mendigos em torno de nós, o que exemplificou contando um episódio pessoal.



quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Pausa

Nesta sábado, 17 de dezembro, coroaremos o ano de atividades com a exposição da coordenadora Creuza Lage sobre (ainda) o mandato que os apóstolos receberam de Jesus. Após isso, o grupo se dará uma pausa até março do próximo ano, tempo em que planejaremos as atividades vindouras. Desde já, desejamos a todos os companheiros felizes férias, lembrando que o Cristo deverá estar sempre presente em nossas tarefas cotidianas, quaisquer que elas sejam, a fim de que obtenhamos o sucesso esperado.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Morrer pela causa?

O trabalho do sábado, 10 de dezembro, terminou com uma pergunta, aquela que o Cristo fez a seus apóstolos e discípulos concernente à missão que lhes dera: "Que fazeis de especial?". É que a tarefa pode ser executada por qualquer um que se comprometa, mas também exige que se vá além da dimensão da própria missão, tornando-a realmente efetiva, caso contrário nada faremos de especial mesmo. Por isso o título desta postagem, que surgiu durante os diálogos estabelecidos num dos subgrupos, durante a atividade, considerando que é preciso morrer pela causa se realmente queremos que nossa tarefa - tanto a pessoal quanto a global - seja mesmo especial.
Mas o que seria morrer pela causa, se o próprio Cristo disse que Deus não quer sacrifício, mas misericórdia? É necessário, pois, compreendermos a que causa nos referimos para então vermos se morremos ou não por ela, assim como é imprescindível analisarmos o que é "morrer". É fato que dificilmente morremos por uma causa alheia a nós mesmos; sendo assim, será possível morrer por uma causa própria e esta, no que nos interessa, não é propriamente o Espiritismo - nem o Cristianismo -, mas nosso autoaperfeiçoamento, que é o que nos interessa mais imediatamente. E esta acepção casa muito bem com a proposta evangélica de fazermos "morrer o homem velho", deixando nascer o homem novo comprometido com os ideais do Cristo, pelo esforço de transformação íntima. E não temos conseguido morrer suficientemente nesse sentido, haja vista nosso histórico reencarnatório/evolutivo, mostrando-nos que ainda nos encontramos na condição de espíritos inferiores, marcados pela imperfeição moral.
O trabalho, desenvolvido nos moldes da postagem anterior, contou com a participação de Acely, Isabel, Egnaldo, Iva, Carminha, Lígia, Eliene, Valquíria, Marilene, Cláudia, Waldelice, Magali, Railza, Roberto e Fernanda, mais o coordenador Francisco - Maria Luiza não compareceu por ter de acompanhar Fernando, seu marido, numa consulta médica.
Durante os comentários (partilha), Eliene revelou que seu apostolado começa em casa, ao contrário da postura farisaica do espírita, que, segundo disse, "é santo na rua e algoz na família". Egnaldo, porém, pontuou que estamos todos no aprendizado, o que se evidencia nas diversas situações da vida, quando reagimos formas distintas. No entanto, Fernanda vê-se ainda uma criança espiritual e que só Deus sabe de seus limites e potencial de realização, ponderando, contudo, estar "no caminho".
Seguindo a linha de raciocínio de Fernanda, Railza salientou que não nos conhecemos, pois cotidianamente nos surpreendemos fazendo coisas de que não sabíamos ser capazes. Segundo ela, precisamos ter a consciência de que somos crianças e precisamos aprender mais. Por outro lado, Valquíria ressaltou obtermos muitos retornos no processo de autoconhecimento, acrescentando que o primeiro passo "deve partir de nós", por termos influência sobre os demais. Essas devoluções, disse, vêm dos filhos, da família... "sei que posso fazer mais e o outro me ajuda ao dizer como se sente ao meu lado".
Iva considerou que representa seus papéis, na sociedade e na família, como mãe, sem pensar que é perfeita, compreendendo que deve aperfeiçoar-se em alguns detalhe de sua personalidade, mas não em tudo, posto que o processo de autotransformação é lento e não se faz numa existência apenas. "Tenho esta consciência agora", revelou, dizendo-se capaz de renunciar em benefício de um irmão, discernindo o que é seu e o que é do outro. Por fim, declarou considerar-se discípulo e apóstolo do Cristo.
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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Eu, apóstolo de Jesus, proclamando o Reino dos Céus


Pela compreensão de que a proclamação do Reino dos Céus é inicialmente uma tarefa pessoal para depois alcançar a dimensão global, envolvendo toda a Humanidade, devemos primeiramente considerar a missão dos apóstolos, em nossos dias, como a recomendação de cada um de nós – os que estamos matriculados na escola do Cristianismo pela interpretação espírita – proceder à própria transformação moral e em seguida auxiliarmos os irmãos de caminhada. Para tanto, ou seja, para estribar tal compromisso em bases sólidas, devemos levar em conta inicialmente a ponderação de Jesus segundo a qual é preciso “buscar primeiramente o Reino de Deus e sua justiça”; de igual modo, em O Evangelho Segundo o Espiritismo lemos que o espírita tem por missão uma série de atitudes: pregar o desinteresse aos avaros, a mansidão aos déspotas e aos tiranos domésticos e a abstinência aos dissolutos (perdulários). Antes, porém, é dever do espírita cristão transformar-se em homem de bem, a fim de que o cumprimento daquelas tarefas resulte eficaz.

É preciso também compreendermos que essa missão implica necessariamente nossa atuação como médiuns no aspecto natural dessa condição, isto é, independentemente da vinculação a um trabalho específico no ambiente de uma sala mediúnica. Ou seja: devemos não somente estar atentos aos espíritos desencarnados que nos sejam “trazidos” à orientação, mas orientar também aqueles que junto aos encarnados necessitam e impõem que estejamos vigilantes quanto a nossos relacionamentos, a fim de promovermos intercâmbios saudáveis, baseados na fraternidade, no respeito e na tolerância, de forma a criarmos uma ambiência feliz, ou felicitante, onde nos encontremos, o que será, em suma, a proclamação do Reino dos Céus indicada pelo Cristo. Vê-se, pois, que o compromisso se reveste de muita responsabilidade, posto que não basta apenas orar e que vigiar tem uma dimensão bem maior do que cuidar unicamente de nós mesmos.

Sendo assim, como penso que o Cristo me vê no cumprimento de minha missão como apóstolo?

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Ponto final

O Grupo Jesus de Nazaré está em contagem para o encerramento das atividades deste ano, abrindo uma longa pausa para a programação dos trabalhos de 2012, ainda continuando, porém, o estudo do módulo do EADE referente aos apóstolos de Jesus. Neste sábado - 10 de dezembro -, portanto, faremos a penúltima análise acerca da missão apostólica, numa forma de avaliação vivencial sobre tema tão palpitante. É que estamos planejando fechar nossas reflexões no sábado seguinte, dia 17, quando a coordenadora Creuza Lage fará uma exposição especial abordando as recomendações e o mandato dos apóstolos recebido do Cristo. Depois, no domingo, dia 18, vamos todos - aqueles que se dispuserem - confraternizar na "mansão dos Mascarenhas", que é como batizamos carinhosamente a casa dos companheiros Fernando e Maria Luiza, onde costumeiramente acontecem as reuniões de fim de ano do "Jesus de Nazaré". Até lá.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Ecos da missão

Iniciamos os trabalhos de sábado, 3 de dezembro, no Grupo Jesus de Nazaré, questionando por qual razão ainda não conseguimos ultrapassar a lição refente à missão dos apóstolos. Durante a atividade, Roberto parece ter intuído a resposta ao dizer que ainda esperamos uma conversão, algo como uma epifania, que tenha o condão de modificar nossas predisposições no tocante ao atendimento às recomendações do Cristo.
Desta vez, tivemos a participação da coordenadora Creuza Lage, para alegria de todo o Grupo. Além dela e dos coordenadores Francisco - que aniversariava e recebeu homenagem da turma - e Maria Luiza, fizeram-se presentes também os companheiros Carminha, Waldelice, Valquíria, Acely, Lígia, Egnaldo, Jaciara, Regina, Fernanda, Fernando, Iva, Ilca, o já citado Roberto, Marilene e Isabel. Edward apareceu para dizer que não poderia ficar, em virtude de uma outra atividade na Casa, tanto quanto Marilda.
Após lermos textos dos capítulos 10 e 28 do Evangelho de Mateus, relativos, respectivamente, à primeira missão e à missão mundial dos apóstolos, passamos a tecer considerações acerca do tema "Eu, apóstolo de Jesus".
Tomando a palavra, Egnaldo, relembrando a leitura evangélica, ressaltou a dificuldade que é "sacudir o pó", aludindo ao problema do apego, fazendo recordar uma lição metafórica ambientada na Índia milenar: um belo  jovem dedicado à vida de contemplação, tencionando tornar-se um buda (iluminado), era cobiçado pelas mocinhas da aldeia perto da qual vivia. Uma delas declarava-se apaixonada por ele e desejava ardentemente unir-se a ele, para sua felicidade, mas o jovem dedicava toda sua atenção à prática meditativa para alcançar o Nirvana. Um dia, uma tropa de soldados ingleses passou por aquela aldeia e um dos soldados apaixonou-se por esta moça, que cedeu aos desejos dele e o resultado foi que ela engravidou. Quando descobriu-se o fato, a tropa já havia partido e os pais da moça quiseram saber quem era o pai da criança. Temerosa e vendo nisso uma oportunidade para realizar seu sonho secreto, a mocinha inculpou o eremita amado. Quando o bebê nasceu, a família foi até o jovem "buda" e entregou-lhe a criança, dizendo ser seu filho e por isso ele o criaria. O jovem disse apenas: "Ah, é? Está bem." Passou-se um ano e eis que a tropa retorna e aquele soldado procura pela moça por quem se afeiçoou e propõe-lhe casamento, perguntando pelo filho que ambos produziram doze meses antes. Vão todos, assim, mais uma vez, até a vivenda do rapaz para lhe reclamar a criança, dizendo-lhe que o filho não era seu. "Ah, não? Está bem", diz o jovem, devolvendo o bebê.
Regina salientou as circunstâncias da vida moderna como impeditivos para a realização ou cumprimento das recomendações cristãs. E Acely fez ver que é preciso usar com responsabilidade os conhecimentos já obtidos, ponderando que nesse sentido somos cobrados principalmente pela consciência. No entanto, disse, ficamos medrosos, atentos mais aos erros que às pequenas vitórias. "Assim, não só não cumprimos nossas tarefas como contribuímos com o mau exemplo." Para aprofundarmos um pouco mais esse entendimento, Carminha trouxe as informações do livro "Sabedoria do Evangelho", de C. T. Pastorino, especificamente com relação ao desapego, até mesmo quanto à importância pessoal da Doutrina, de modo a não fazermos proselitismo.
Observando que as condições de hoje, para a execução das ordenações cristãs, são tecnicamente melhores que as de antigamente, Fernanda colocou que a população da Terra não está tão a fim dessas informações, devido ao alastramento do materialismo. Nesse momento Creuza interfere, dizendo que o apóstolo Paulo, em nossos dias, veria que a situação moral das pessoas permanece a mesma, e indagou: "O que Paulo (apóstolo) possuía e ainda não temos?", respondendo que Paulo, ao contrário de nós, reconhecia a autoridade que Deus concede a seus filhos, embora esse reconhecimento seja correspondente ao padrão evolutivo de cada um.
Pedindo a palavra, Roberto frisou nossa espera pela conversão, que é a mudança pela qual temos de passar, "algo radical acontecendo em nossa vida". É importante, disse ele, nossa ida a Deus para que se possibilite essa conversão e só depois passarmos a falar (pregar) daquilo (as recomendações de Jesus) "e do que espero que aconteça". Já Iva ressaltou nossa condição de desobedientes, quando somos chamados à aceitação.
Ilca, recordando o exemplo de Jerônimo Mendonça, anteriormente citado, declarou ter que pensar mais em si mesma e no que tem a fazer, deixando de se sentir coitadinha. Hoje, conforme disse, já é como os apóstolos de Jesus. Por fim, Luiza observou a necessidade de nos reciclarmos constantemente, para melhor identificarmos nossos pendores, bem como a missão individual de cada um.