Pela compreensão de que a proclamação do Reino dos Céus é inicialmente uma tarefa pessoal para depois alcançar a dimensão global, envolvendo toda a Humanidade, devemos primeiramente considerar a missão dos apóstolos, em nossos dias, como a recomendação de cada um de nós – os que estamos matriculados na escola do Cristianismo pela interpretação espírita – proceder à própria transformação moral e em seguida auxiliarmos os irmãos de caminhada. Para tanto, ou seja, para estribar tal compromisso em bases sólidas, devemos levar em conta inicialmente a ponderação de Jesus segundo a qual é preciso “buscar primeiramente o Reino de Deus e sua justiça”; de igual modo, em O Evangelho Segundo o Espiritismo lemos que o espírita tem por missão uma série de atitudes: pregar o desinteresse aos avaros, a mansidão aos déspotas e aos tiranos domésticos e a abstinência aos dissolutos (perdulários). Antes, porém, é dever do espírita cristão transformar-se em homem de bem, a fim de que o cumprimento daquelas tarefas resulte eficaz.
É preciso também compreendermos que essa missão implica necessariamente nossa atuação como médiuns no aspecto natural dessa condição, isto é, independentemente da vinculação a um trabalho específico no ambiente de uma sala mediúnica. Ou seja: devemos não somente estar atentos aos espíritos desencarnados que nos sejam “trazidos” à orientação, mas orientar também aqueles que junto aos encarnados necessitam e impõem que estejamos vigilantes quanto a nossos relacionamentos, a fim de promovermos intercâmbios saudáveis, baseados na fraternidade, no respeito e na tolerância, de forma a criarmos uma ambiência feliz, ou felicitante, onde nos encontremos, o que será, em suma, a proclamação do Reino dos Céus indicada pelo Cristo. Vê-se, pois, que o compromisso se reveste de muita responsabilidade, posto que não basta apenas orar e que vigiar tem uma dimensão bem maior do que cuidar unicamente de nós mesmos.
Sendo assim, como penso que o Cristo me vê no cumprimento de minha missão como apóstolo?
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