domingo, 30 de abril de 2017

Aprendizes

Para a abordagem do tema "Na escola do Evangelho", título do prefácio que o Espírito Humberto de Campos escreveu, por Chico Xavier, para seu livro Boa Nova, a Coordenação estabeleceu a seguinte consigna: Como aprendiz matriculado na escola do Evangelho, que dificuldades você ainda encontra para corresponder às lições do Mestre? A atividade contou com a participação de Quito, Cristiane, Waldelice, Marilene, Cristiano, Jaciara, Fernando, Iva, Maria Augusta, Railza e Cláudia, além deste escriba, também coordenador do "Jesus de Nazaré".
Uma vez lido o texto, os presentes passaram aos comentários, após a Coordenação haver pedido um instante de reflexão acerca do dia de sábado, por conta do feriadão, recordando o ensinamento do Cristo sobre o sábado ter sido feito para o homem e não o contrário, desse modo reformando as tradições farisaicas. Assim, Cristiane iniciou a partilha revelando sua dificuldade é a mudança de hábitos, pondo em pratica os ensinamentos evangélicos, "porque sei, mas não sinto tudo que penso e por isso não consigo mudar de hábito"; segundo ela, esse é o grande desafio: antes de materializar o sentimento, usar a razão para pôr em prática as lições.
Waldelice observou que sua reside em assimilar os testes do dia a dia: "Já tenho consciência dos erros, tento não errar mais, mas é difícil; o consolo é a vontade de melhorar e aprender" - disse. Por sua vez, Railza afirmou ter "deficiência evangélica" e questionou, fazendo graça: "Esse Jesus não quer demais da gente, não?"; para ela, é ainda difícil compreender e praticar tudo que o Nazareno ensinou e confessou, aludindo ao texto de Humberto de Campos: "Sou um vaso imundo", acrescentando não ser fácil seguir os ensinos, que dirá os exemplos de Jesus; segundo esta companheira, "eu não iria a cruz nenhuma!"; segundo ela, "no espelho da própria alma você se vê pequeno mesmo", completando que "esse professor" - referindo-se a Jesus - "está muito distante da gente".
Falando em seguida. Quito disse ver na dispersão do "orai e vigiai" sua principal dificuldade, por conta do orgulho e vaidade que ainda traz no ser, "fazendo com que eu desobedeça aos ensinamentos (de Jesus); mas todo dia peço para ser instrumento da transmissão do aprendizado dessas lições". Já Fernando relatou serem as dificuldades comuns a todos; mas sobre si mesmo o companheiro ressaltou não ser fácil assimilar praticamente a lição que o intelecto compreendeu, afirmando ficar feliz quando consegue realizar alguma coisa; fora isso, a angústia é grande por perceber que compreender não é fazer.
Chegada a vez de Jaciara, esta companheira frisou que a dificuldade é natural e "decorre da condição de estar encarnada", assegurando encontrar-se em aprendizado e que a escola evangelizadora é comparável à escola convencional do mundo, de modo que tudo é novo para os recém-chegados, tudo é desafio: "Estou na infância do aprendizado", disse, acrescentando ter vontade de aprender as lições; "às vezes tenho penso em desistir, deixar para a próxima encarnação, mas me pergunto se valerá a pena"; para ela, o que provoca atraso é o orgulho: "Não queremos dar o braço a torcer, reconhecendo as próprias falhas, achando que estamos certos; preciso ser mais maleável, impor menos meu ponto de vista sobre os outros", completou.
A seu turno, Marilene declarou que sua principal dificuldade está no enfrentamento dos inimigos internos, salientando não ter conseguido ainda fazer contato com a Sabedoria Divina nesse sentido. E Iva, seguindo esse mesmo pensamento, observou que "algo interno atrapalha a prática dos mandamentos, o que ela identificou como a não aceitação das ofensas, sendo capaz de reagir sempre por impulso, embora lute para se manter em equilíbrio.
A teimosia foi a dificuldade apontada por Cláudia, para quem isso resulta de intolerância, por não ouvir o outro, principalmente durante os testes em casa e no trabalho: "Peço a Deus sabedoria para ficar com a boca calada", disse, salientando que seu orgulho e vaidade ainda são grandes, de forma que "peço ajuda para não deixar a loba em mim atacar, porque depois vem o arrependimento e após rasgar o outro não dá para voltar atrás apenas com um pedido de desculpas", ressaltou. 

quinta-feira, 27 de abril de 2017

Crenças - nova tentativa

"Hoje, não mais cogito de crer, porque sei" - pondera o Espírito Humberto de Campos no prefácio a seu livro Boa Nova (psicografia de Chico Xavier), levando-nos a refletir acerca de nossas crenças, nos conceitos, ideias e pensamentos que ainda abrigamos, a despeito de escolhermos nos esclarecer pelo Espiritismo. Esse texto, que merece ser constantemente meditado, vai subsidiar as atividades deste sábado, dia 29 de abril, no "Jesus de Nazaré", sob a monitoria da Coordenação. Será mais uma oportunidade para revermos nosso posicionamento perante o Cristo, perante Deus, perante a própria consciência. Quem for participará.
Vamos?


segunda-feira, 24 de abril de 2017

Em torno do amor

A pretensão era abordar o prefácio do livro Boa Nova, mas como "a vida é aquilo que acontece enquanto fazemos planos", a atividade do sábado 22 de abril, espremido em mais um feriadão que provocou a ausência de muitos companheiros, a Espiritualidade achou por bem trabalharmos o que é de nossa maior necessidade: o compromisso de amor. O ponto de partida foi dado pela coordenadora Isabel, que na sexta-feira havia assistido a uma palestra sobre os benefícios terapêuticos do amor e propôs ao grupo essa reflexão, falando da produção de ocitocina no cérebro, sendo um neurotransmissor ativado pelas manifestações de carinho, com a capacidade de regular a ansiedade e outros "desvios" comportamentais. Desse trabalho participaram, além dos coordenadores, Cristiane, Lígia, Fernando, Waldelice, Maria Augusta de Iva.
Ainda segundo Isabel, a ocitocina atua positivamente sobre as condições orgânicas dos indivíduos e eleva a auto-estima, promovendo bem estar físico, mental e espiritual. Após as informações, abriu-se espaço para a partilha e então Fernando declarou ter lido recentemente livro do Espírito Ermance Dufaux exaltando o amo e ficou estimulado a compilar vários textos alusivos à Lei de Amor por outros espíritos; ele também ressaltou que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o amor é o maior estimulante da química cerebral.
Waldelice ponderou que existe o falso amor, que resulta em violência, pelo automatismo dos gestos, sem a necessária participação do sentimento purificado. Para Iva, amor puro, aqui na Terra, ainda não se conhece, a não ser o da mãe para o filho, porque o verdadeiro amor é indulgente, tolerante, abnegado, não quer recompensa: "O Cristo fez tudo sem nada esperar de nós", disse ela.
Chegada a vez de Augusta, esta companheira fez um desabafo no qual relatou um amarguroso episódio de sua vida pessoal, consternando a todos.
A Coordenação aproveitou para recordar versos de músicas de Tom Zé - "amar é ceder ao coração a razão" - e Milton Nascimento - "quem sabe isso quer dizer amor/estrada de fazer o sono acontecer", explicando que nosso grande sonho coletivo é o da harmonização geral, estando bem conosco mesmos e com os outros.
Ficando por último, Lígia, na condição de psicóloga, confirmou que o sentimento de afeto pode, sim, interferir no organismo beneficiando até mesmo o sistema imunológico, ressaltando o binômio doença-restabelecimento da saúde, de modo que a atuação dos médicos nas unidades de tratamento intensivo (UTI) já começa a se modificar; segundo esta companheira, é importante que estejamos informados além da teoria, praticando esses ensinamentos, que em verdade são bem antigos. 

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Crenças

"Hoje, não mais cogito de crer, porque sei" - pondera o Espírito Humberto de Campos no prefácio a seu livro Boa Nova (psicografia de Chico Xavier), levando-nos a refletir acerca de nossas crenças, nos conceitos, ideias e pensamentos que ainda abrigamos, a despeito de escolhermos nos esclarecer pelo Espiritismo. Esse texto, que merece ser constantemente meditado, vai subsidiar as atividades deste sábado no "Jesus de Nazaré", sob a monitoria da Coordenação. Será mais uma oportunidade para revermos nosso posicionamento perante o Cristo, perante Deus, perante a própria consciência. Quem for participará.
Vamos?


domingo, 16 de abril de 2017

Pão e papel

Com mais um texto de Boa Nova (Chico Xavier e Humberto de Campos, Espírito) - cap. 25, "A última ceia" -, o "Jesus de Nazaré" realizou sua atividade de páscoa, reunindo os companheiros Valquíria, Waldelice, Cláudia, Fernando, Egnaldo, Jaciara, Lígia e Marilene ao coordenadores, Francisco e Isabel. Após a prece inicial, a Coordenação apresentou aos integrantes do grupo duas tigelinhas contendo uma pedaços de pão e, a outra, pedaços de papel cortados de uma revista. Em seguida, pediu-se que cada um escolhesse do conteúdo de cada tigela. Depois de feita a leitura do texto, os participantes foram convidados a meditar acerca da experiência com base nos ensinamentos de Jesus, antes da abertura da partilha grupal. As consignas propostas para reflexão foram estas:
1 - Por que prefiro o pão do corpo em detrimento do pão do céu? e
2 - Por que quero ser o maior aqui se meu lugar não é aqui?

Chegada essa vez dos comentários, Egnaldo tomou a palavra e observou que essas escolhas são feitas a depender do momento, sendo as ações, às vezes, irrefletidas; explicando ter escolhido o papel em vez do pão, disse que por agora isso lhe é mais viável; quanto ao segundo tópico, esse companheiro revelou ocupar aqui um espaço de convivência, "mas quero continuar sendo eu mesmo", frisou; para ele, temos de conviver com várias realidades: a profissional, a familiar, a espiritual...
Jaciara começou colocando-se sobre os impedimentos para comparecer às reuniões do "Jesus de Nazaré" e declarou que sua escolha - o papel - foi material e não espiritual e por isso ficou frustrada ao ver que não havia qualquer mensagem a ser lida; ela também citou ter começado a leitura do texto de Boa Nova previamente, sem concluí-la, de modo que não observou a referência à segunda consigna, sobre a qual ressaltou fazer muito o papel de boazinha, de humilda: "Sacrifico-me pelos outros" - disse, acrescentando fazer cobranças pela ingratidão - "então não sou humilde!"; segundo afirmou, ela não parou para pensar que seu lugar não é aqui, considerando que a humildade excessiva é uma forma de se querer destacar: "No fundo, quero que digam que sou boazinha, mas estou caminhando para ser mais verdadeira".
Em sua vez, Marilene esclareceu que não escolheu o pão por já ter tomado o café da manhã, mas declarou que precisa do pão do corpo "para me manter consciente na busca do pão do céu"; segundo ela, a primeira escolha não significa que não esteja fazendo o caminho de se alimentar com o pão do céu, "talvez não com tanta intensidade"; sobre o segundo ponto de abordagem, a companheira disse saber que seu lugar não é aqui, "mas aqui construo minha nova morada; preciso dizer para que vim e se isso é querer ser o maior...", ponderou, salientando que "em alguns momentos assumo essa postura"; ela também citou que, ao ler o texto de Boa Nova, "observei os discípulos demarcando território e eu também tenho dificuldade em entender os ensinamentos de Jesus diante dos poderosos", embora afirmasse que "por Jesus eu nego todas as crenças...".
"Vou e volto em meus pensamentos", começou Valquíria, ressaltando ser discípula de Jesus e conceituando a palavra: "Discípulo é o que acredita e segue"; de acordo com ela os apóstolos se comportavam "iguaizinhos a nós, aqui no grupo", o que a levou a este questionamento, referindo-se ao Cristo: "Será que fazemos o que Ele quer?". Em seguida, declarou ter escolhido o pedaço de pão "por interesse próprio", posto que o papel "era só um pedaço de papel", conforme disse, acrescentando que "preciso do pão do corpo e do céu; o primeiro, para ter condições de realizar minha missão"; quanto à segunda etapa do trabalho, a companheira afirmou nunca ter gostado de ser "o maior" em relação aos demais, relatando que começou a refletir sobre isso quando foi chefe pela primeira vez no trabalho profissional: "Quero ser maior do que eu mesma, maior que minhas imperfeições", frisou, salientando que a noção de responsabilidade não depende de cargos, posto que "tudo aqui é passageiro".
Isabel, que foi uma dos que escolheram o pão, por sua vez admitiu que "por mais que a gente esteja trabalhando o lado espiritual ainda pisamos forte no chão"; segundo ela, a experiência foi boa "para ratificar minha caminhada; sobre o segundo ponto abordado, esta coordenadora esclareceu buscar ter presença no plano terrestre, saindo da rejeição para a auto-estima: "Vivo querendo provar minha capacidade o tempo todo", disse, ressaltando não precisar corresponder à expectativa de ninguém, porquanto quer "apenar ser íntegra, me amando, ser melhor comigo mesma e com o outro; não quero ser maior que ninguém".
Afirmando ser "gulosa", Cláudia, que a princípio não queria exercer seu poder de escolha, revelou preferir o pão material em 70% das vezes, "mas sempre me volto para o espiritual, agradecendo a Deus pelo alimento do corpo; quanto à segunda consigna, disse ela nunca ter tido a pretensão de ser maior que os outros, "mas meu orgulho me leva à competição", afirmou, salientando que precisa se sentir segura do que está fazendo, seja o que for: "Quero melhorar muito, nem que seja por vaidade", ressaltou, acrescentando que não estuda como deveria e se cobre muito por conta disso: "E se os discípulos de Jesus agissem da mesma forma?" - questionou.
Depois foi a vez de Waldelice falar e esta companheira declarou necessitar dos dois pães, "para me sentir equilibrada", segundo disse, o papel apresentado pela Coordenação foi, para ela, como o vinho da última ceia; sobre ser "o maior", ela afirmou que talvez expresse por ignorância esse querer, embora seu intento seja o de fazer sempre o bem aos outros: "Queixo-me de que os companheiros não venham ao trabalho na Casa Espírita nos feriados", comentou, afirmando que "tenho de ser responsável dando o exemplo, sem cobrar dos outros".
Finalmente, Lígia, que também deu um depoimento sobre recentes acontecimentos de sua vida particular que impediram sua frequência regular ao Grupo, declarou necessitar alimentar-se do pão do corpo, justamente em razão daqueles fatos, além de fortalecer-se também espiritualmente, reconhecendo que, nisso, o Espiritismo a ajuda bastante; tendo escolhido o papel, em detrimento do pedaço de pão, ela explicou ter optado pela letra, pelo conhecimento, pela busca do crescimento espiritual, embora reconheça que ainda lhe falte a base teórica.


quinta-feira, 13 de abril de 2017

Comei e bebei...

Nesta tradicional e tradicionalista semana, dita santa, como se as outras não o fossem também, teremos, no propalado "sábado de aleluia", dia 15 deste histórico mês de abril, a oportunidade de tratar de um tema recorrente na "sexta-feira da paixão", também envolta no clima da tradição arraigada no cortume dos cristãos ocidentais. Trata-se de "A última ceia", tema do 25º. capítulo de Boa Nova, livro do Espírito Humberto de Campos, que o transmitiu ao mundo espírita pela pena mediúnica de Francisco (Chico) Cândido Xavier. A proposta é avaliarmos a importância de enchermos o estômago físico e o espiritual considerando o simbolismo da lição de Jesus a seus apóstolos apresentando-lhes seu sangue e se corpo. Também abordaremos a tradicionalíssima mania tipicamente humana de querermos preponderar sobre os outros, desconsiderando o milenar aviso do Cristo: "Quem quiser ser o maior seja o servidor de todos" (em algumas traduções do Evangelho, a palavra servidor aparece como escravo).
E aí, vamos arregaçar as mangas e encarar o trabalho?


Perdoar - por que não?

O perdão, segundo a narrativa do Espírito Humberto de Campos, em seu livro Boa Nova (psicografia de Chico Xavier), foi o mote da atividade realizada por Carminha e Nilza no sábado 8 de abril. Além delas duas, e dos coordenadores do Grupo, Isabel e este escriba, compareceram ao trabalho Egnaldo, Valquíria, Cláudia, Eliene, Cristiane, Railza, Marilene, Fernando, Maria Augusta e Iva, mais Vitória, visitante que declarou observar o funcionamento para decidir se se integra ou não ao “Jesus de Nazaré”. Regina chegaria já perto do encerramento e anunciou sua despedida, justificada por razões pessoais que a fazem não estar disponível nas manhãs de sábado para os estudos, transferindo-se portanto para outro grupo.
Nilza fez a leitura do décimo capítulo de Boa Nova, relativamente ao tema sob abordagem, e depois Carminha propôs a formação de duplas (Egnaldo integrou um trio com Eliene e Marilene) e expôs as consignas para a discussão – uma por vez – antes da partilha grupal. As questões foram estas: 1 – Como você se comporta ou reage diante das ofensas?; 2 – Eu ainda tenho o que perdoar em mim e no outro?
Conhecida no grupo por seu temperamento desabrido, Eliene confessou que briga quando ofendida: “Não tem jeito, não dou a outra face”, disse ela, salientando que ainda não aprendeu a se resguardar, embora reconheça estar melhorando “um pouco”, principalmente no trabalho profissional, “onde a gente engole sapo”; quanto à segunda consigna, essa companheira revelou não saber conviver com pessoas “que não se mostram, que vestem capa de boazinhas”, colocando que então manifesta intolerância, “porque fazem a gente de besta”; ela também afirmou não aceitar desculpas de que lhe fez alguma ofensa: “O perdão ainda está distante de mim”.
Marilene considerou depender do momento o comportar-se perante as ofensas, afirmando não se encontrar ainda no patamar de dar a outra face; mas sobre a segunda questão ela explicou ter muito a perdoar em si mesma, como a intolerância: “Busco me aceitar como sou”, disse, acrescentando que perdoar é seu objetivo que são vários os caminhos até chegar ao autoperdão e ao perdão do outro: “Mas não guardo rancor, vejo que os outros também têm seus momentos e procuro aceitar isso”.
Por sua vez, Egnaldo declarou que dificilmente se conhece onde se pisa: “O ideal é se afastar, como Jesus fez” (ele se referiu à atitude do Mestre no texto de Humberto de Campos); esse companheiro também concordou em que tem muito a perdoar, embora afirme que essa é uma estrada de mão dupla.
Assim como Marilene, Vitória igualmente considerou a dependência do momento e da vigilância para o exercício do perdão às ofensas; segundo ela, há pessoas que estão sempre “dando cutucadas”: “Às vezes não faço nada”, disse, acrescentando que “hoje aprendo a não fazer nada sem pensar; se for pelo impulso, reajo mal e me arrependo; procuro refletir para não sofrer como sofria”, observou; quanto à segunda consigna, ela ressaltou ter muito a perdoar a si mesma e aos outros, “por ser às vezes pouco indulgente, intolerante; em minhas preces, peço a Deus para ser melhor que ontem”.
Já Cláudia relatou ter sido “uma fera” até dois anos atrás, hoje domesticada: “Procuro não dar tanta importância ao que fazem e falam de mim”, frisou, salientando que “a depender do que seja, policio-me para não discutir”; ela observou também que costuma perdoar mais ao outro que a si mesma.
Tomando a palavra, Valquíria revelou comportar-se ainda de acordo com o instinto, porque “o outro precisa saber como me sinto; nem sempre controlo minha agressividade”, disse, acrescentando que apoia-se em leituras edificantes e sabe que ninguém está sozinho, de modo que “procuro selecionar as companhias espirituais, para que as reações não me comprometam”; para ela, “se eu não me conhecer não posso me perdoar e a gente se camufla muito”, salientou, frisando que “estamos aqui (na Terra) para estudar e não para brincar, porque a coisa não está fácil em lugar nenhum”.
Em seguida, Iva comentou ter deixado o passado para trás – “vivo o presente”, disse, acrescentando que assim prepara o futuro: “Hoje não deixo passar (a ofensa do outro), tento esclarecer”, salientou; segundo afirmou, “valorizo a mediunidade e procuro educá-la nesse sentido”; ainda de acordo com a companheira, sua condição de relativa imperfeição impede que perdoe a si e aos outros: “Estou no aprendizado, trabalhando as qualidades paulatinamente”, completou.
Depois, foi a vez de Cristiane responder a primeira consigna e ela observou que, nesses momentos, costuma perguntar-se por que se ofendeu, de forma a aproveitar o estudo realizado no Grupo; a companheira citou um episódio que a fez refletir sobre a importância de manter uma amizade, apesar das cicatrizes, devidas à sua momentânea imperfeição: “A parte mais difícil”, disse, “foi colocar em prática o aprendizado, calando ante a agressão”, finalizou.
Para Fernando, vale considerarmos sempre o exemplo de Jesus. Por seu turno, Maria Augusta, manifestando sua dificuldade, declarou não conseguir perdoar a ignorância, como o Cristo fez, frisando que terá ainda muitas encarnações para isso.
O fechamento do trabalho, Carminha apresentou a seguinte conclusão, baseada tanto nas informações de Boa Nova quanto em livros como Sabedoria do Evangelho (Carlos Torres Pastorino) e obras da Benfeitora Joanna de Ângelis: “O ser humano, dominado pelas paixões de que não se deseja libertar, senão pelo sofrimento, cultiva ódios injustificáveis, ressentimentos amargos, anseios de revide perversos que envenenam os equipamentos celulares com suas toxinas e ondas mentais de desequilíbrio. Como conseqüência, temos queda da resistência no sistema imunológico, surgindo as alterações na tensão arterial, as arritmias, os problemas gastrointestinais, as variações de humor sempre para o negativo, e perturbações nervosas. A única alternativa para se marchar em direção à paz e à felicidade é o instrumento do perdão.

“A paz” – continuou a companheira – “é um patrimônio que cada coração está obrigado a defender, para bem trabalhar no serviço divino que lhe foi confiado, e por isso é a atitude mais inteligente que podemos ter no mundo. O “perdão-terapia é, portanto, neste momento, o mais admirável recurso para a saúde e a felicidade do ser, ao lado do amor, do qual é extensão”. Por fim, Carminha recordou um belo ensinamento de Jesus: “Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração”.

quinta-feira, 6 de abril de 2017

Exercício do perdão

"Perdoai, a fim de que sejais perdoados" - diz-nos Jesus nos Evangelhos, apontando roteiro seguro para estarmos bem perante a consciência, onde se encontram as leis de Deus. Mas sei perdoar? Sabemos? Isso é o que veremos neste sábado, dia 8, na atividade que Carminha e Nilza vão conduzir, tendo por base o texto de Humberto de Campos (psicografado por Chico Xavier) no décimo capítulo do livro Boa Nova. Será, como das vezes anteriores, mais um estímulo para apurarmos o aprendizado proposto pelo Mestre de Nazaré, reforçado agora pela Doutrina dos Espíritos, como forma de nos decidirmos logo pela construção do Reino dos Céus no altar do coração e sermos, o mais breve possível, os homens novos que Ele quer que sejamos, em detrimento do homem velho que ainda somos.