segunda-feira, 24 de abril de 2017

Em torno do amor

A pretensão era abordar o prefácio do livro Boa Nova, mas como "a vida é aquilo que acontece enquanto fazemos planos", a atividade do sábado 22 de abril, espremido em mais um feriadão que provocou a ausência de muitos companheiros, a Espiritualidade achou por bem trabalharmos o que é de nossa maior necessidade: o compromisso de amor. O ponto de partida foi dado pela coordenadora Isabel, que na sexta-feira havia assistido a uma palestra sobre os benefícios terapêuticos do amor e propôs ao grupo essa reflexão, falando da produção de ocitocina no cérebro, sendo um neurotransmissor ativado pelas manifestações de carinho, com a capacidade de regular a ansiedade e outros "desvios" comportamentais. Desse trabalho participaram, além dos coordenadores, Cristiane, Lígia, Fernando, Waldelice, Maria Augusta de Iva.
Ainda segundo Isabel, a ocitocina atua positivamente sobre as condições orgânicas dos indivíduos e eleva a auto-estima, promovendo bem estar físico, mental e espiritual. Após as informações, abriu-se espaço para a partilha e então Fernando declarou ter lido recentemente livro do Espírito Ermance Dufaux exaltando o amo e ficou estimulado a compilar vários textos alusivos à Lei de Amor por outros espíritos; ele também ressaltou que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o amor é o maior estimulante da química cerebral.
Waldelice ponderou que existe o falso amor, que resulta em violência, pelo automatismo dos gestos, sem a necessária participação do sentimento purificado. Para Iva, amor puro, aqui na Terra, ainda não se conhece, a não ser o da mãe para o filho, porque o verdadeiro amor é indulgente, tolerante, abnegado, não quer recompensa: "O Cristo fez tudo sem nada esperar de nós", disse ela.
Chegada a vez de Augusta, esta companheira fez um desabafo no qual relatou um amarguroso episódio de sua vida pessoal, consternando a todos.
A Coordenação aproveitou para recordar versos de músicas de Tom Zé - "amar é ceder ao coração a razão" - e Milton Nascimento - "quem sabe isso quer dizer amor/estrada de fazer o sono acontecer", explicando que nosso grande sonho coletivo é o da harmonização geral, estando bem conosco mesmos e com os outros.
Ficando por último, Lígia, na condição de psicóloga, confirmou que o sentimento de afeto pode, sim, interferir no organismo beneficiando até mesmo o sistema imunológico, ressaltando o binômio doença-restabelecimento da saúde, de modo que a atuação dos médicos nas unidades de tratamento intensivo (UTI) já começa a se modificar; segundo esta companheira, é importante que estejamos informados além da teoria, praticando esses ensinamentos, que em verdade são bem antigos. 

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