domingo, 28 de novembro de 2010

Das paixões

O texto abaixo sintetiza a atividade que tivemos no sábado, 27 de novembro, explorando o tema "Terceiro anúncio da paixão" (Mt 20:17-19), oportunidade em que praticamente todo o grupo estava reunido - somente a coordenadora Creuza Lage não pode estar presente. Compareceram Fernando, as duas Marias do Carmo - a Sampaio e a Brandão -, Faraildes, Waldelice, Magali, Edward, Bonfim, Eliene, Iva, Egnaldo, Ormalinda, Valquíria, Simão, Vanesca, Ilca, Fernanda, Francisco Faraday (Quito), Roberto, Regina, Cláudia, Isabel, Marilda, Lígia e Railza, afora os coordenadores Maria Luiza e Francisco Muniz. Ao final chegou Marilene, mas para dar um aviso sobre um evento que a Cobem promove e realizará no próximo domingo, 5 de dezembro.

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O terceiro anúncio da paixão

(Mt 20:17-19)

“Eu vim para por fogo no mundo e tenho pressa que ele se acenda.” (Jesus)[4]

O grande objetivo da vinda do Cristo ao mundo, como deixou explícito na totalidade de seus ensinamentos, especialmente nas parábolas, era mostrar aos homens o caminho mais eficaz para nossa transformação íntima e assim nós mesmos alcançarmos nosso objetivo: a felicidade plena pela comunhão com o Pai, o Criador – Deus. Nisso consistia a paixão de Jesus, conforme se depreende do ensinamento da epígrafe acima.

Era desejo do Cristo fazer com que entendêssemos essa paixão e dela façamos o ideal de nossas vidas, ao nos convidar para a construção do Reino de Deus no próprio coração, através dos esforços conscientes no sentido do auto-aperfeiçoamento, representando o retorno à fonte criadora da qual todos procedemos. “Em realidade, o reino de Deus só pode integrar o coração do discípulo mediante sua transformação mental, se ele vai além da razão (nenhum apelo ao irracional, mas ao ultrarracional). Esta necessidade imperiosa de retorno a Deus integra a essência da parábola do Filho Pródigo: foi a mudança nele operada internamente que o fez retornar à casa de seu pai. Não basta, pois, que o discípulo ouça o chamado do Pai: faz-se necessário dar uma resposta positiva ao chamado." [3]

Para chegar a tal entendimento, contudo, deve o homem vencer sucessivas etapas de aprimoramento, amadurecendo sua alma, de acordo com os impositivos da evolução para só então ele viver sua paixão consoante os apelos do Cristo. É então que ele experimentará três condições distintas em sua jornada de crescimento, pelas sucessivas encarnações: 1 – a de não cumprir a vontade de Deus porque não gosta; 2 – a de cumprir essa vontade, embora não goste; e, por fim, 3 – a de cumpri-la porque gosta. Nesta última fase “desponta a alvorada do espírito, a visão da Realidade total e panorâmica, onde o homem realiza a mais gloriosa síntese das duas antíteses: ama a lei, cumpre a lei de Deus com gosto e delícia, encontra supremo prazer no
cumprimento de seu dever, que é a vontade de Deus”. [2]

É necessário, pois, abraçar o ideal libertador com convicção, convertendo-se ao poder renovador da Verdade integral, abandonando as paixões desagregadoras, porque ligadas ao plano inferior da compreensão humana, e vivendo enfim a Paixão que eleva, educa e transforma. Mas essa paixão elevada também implica em sofrimento, sacrifício, num grau superlativo três vezes superior à capacidade de entendimento do Homem, razão pela qual Jesus exigira de Pedro uma tripla
confirmação de seu amor. No entanto, “quando se sofre livremente, por amor a um grande ideal, o sofrimento perde o seu mais profundo amargor; realmente amargo é somente o sofrimento quando sofrido estupidamente, á toa, sem se saber por que, sem nenhuma finalidade superior. Todo sofrimento, físico ou moral, realizado à luz de uma grande missão, de um ideal sublime, é uma doce amargura, é um jugo suave e um peso leve”. [1]

Até lá, o Homem se rebelará a tais impositivos ou, valendo-se dos artifícios da fé ainda cega, será capaz de utilizar muletas em sua dura caminhada em direção ao Amor libertador do Pai, a única forma de garantir-lhe melhores dias no mundo ou fora dele. Que ele, então, “use suas muletas enquanto lhe forem necessárias nessa longa jornada – mas não se esqueça de que elas são um meio, e não um fim em si mesmas. Bem sei que é melhor andar de muletas do que ficar estendido à beira da estrada. Nada tenho contra essas muletas; tolero-as enquanto necessárias – estou interessado unicamente em ajudá-lo a adquirir saúde perfeita, em encher de vigor espiritual sua alma. No dia e na hora em que meu ignoto amigo tiver adquirido essa saúde e esse vigor, não lhe darei ordem para jogar fora as suas muletas – porque o amigo já as terá abandonado espontaneamente e correrá jubilosamente nos caminhos do reino de Deus”. [2]

Fontes:

1. Rohden, Huberto. Sabedoria das Parábolas. Martin Claret.

2. ____________. Profanos e Iniciados. Ed. Alvorada

3. Souza, Élzio Ferreira de. Pérolas no Fio (pelo espírito Yogashiririshnam). Círculo
Espírita da Oração.

4. A Bíblia de Jerusalém. Ed. Paulinas

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O trabalho começou com a leitura do texto evangélico, na qual se enfatizou a palavra "paixão", após o que cinco pessoas puderam falar do sentimento suscitado no momento em que ouviam/liam as palavras pronunciadas por Jesus: Walquíria experimentou tranquilidade e confiança, compreendendo na lição a certeza da continuidade da vida; Regina observou ansiedade, ante a perspectiva da morte, quando se teria então uma última oportunidade; Isabel referiu-se à coragem e à confiança, em vista de algo bom que aconteceria (a ressurreição); Iva declarou o sentimento de gratidão e louvor a Deus; e Eliene percebeu a renúncia e entrega.

Em seguida, formaram-se os subgrupos para reflexão e comentário em torno desta consigna: "Que é para mim e para Jesus a paixão?", levando os componentes a refletirem acerca das diferenças entre uma condição e outra. Após esse exercício, que durou 15 minutos, distribuiu-se o texto-síntese, pedindo-se que eles identificassem as lições encontradas. As conclusões foram depois partilhadas pelos representantes de cada equipe, antes que a palavra fosse franqueada a quem quisesse comentar.

Fernanda, falando pelo subgrupo 1 (mais Isabel, Cláudia e Vanesca), declarou que "nossa paixão impulsiona o crescimento espiritual rumo ao aprimoramento" proposto por Jesus.

Edward, representante grupo formado com Fernando, Railza, Magali e Quito, lembrou que "nosso amor é condicional, ao passo que o Cristo prega a incondicionalidade do amor ao próximo; ainda padecemos com as perdas, a dor e o sofrimento; o Cristo é referência para o conhecimento da imortalidade da alma".

Roberto (com Ilca, Marilda e Simão), por sua vez, ponderou acerca da "paixão de fazer", concluindo que "falta-nos a capacidade do Cristo", razão pela qual o Homem encontra-se num "nível menor".

Waldelice, porta-voz de Carminha Sampaio, Faraildes, Walquíria e Carminha Brandão, disse que Jesus nos "deixou o fogo de nossa transformação espiritual e estamos nesse caminho, apesar das dificuldades".

Regina (Egnaldo e Lígia) observou que "não temos objetividade ainda, só com o aperfeiçoamento, mais purificados, poderemos deixar as (...) e assim estarmos prontos para entender e alcançar o reino de Deus".

Eliene, integrante do grupo de Bonfim, Iva e Ormalinda, revelou que "nossa paixão é terrena e enquanto a vivermos não nos daremos conta do que seja a verdadeira paixão, daí nossa dificuldade de cumprir as determinações". Segundo observou do texto-síntese, "estamos nos três fases do crescimento evolutivo simultaneamente, fazendo pequenos esforços para crescer", apontando para a "necessidade de discernimento para vivermos a paixão de Jesus, manifestando desprendimento e amor".

Os comentários extras vieram de Railza e Iva. A primeira disse, dentre outras coisas, que a paixão corresponde tanto à entrega quanto ao sofrimento, enquanto Iva esclareceu que Jesus veio resgatar o espírito da matéria: "Estamos aqui para crescer através da matéria, galgar a escala evolutiva - é da lei de Deus. Para tanto, exige-se um esforço de nossa parte, pois não é fácil dobrar o espírito".

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Folga


No próximo sábado, 20 de novembro, o "Jesus de Nazaré" não terá atividades, em razão do Encontro Estadual de Espiritismo, para o qual se pede a participação de todos os integrantes em condições de fazê-lo. Agendamos novo encontro para o dia 27, abordando o "Terceiro anúncio da paixão", conforme consta do Evangelho de Mateus em seu capítulo 20, versículos 17 a 19:

"Quando estavam para subir a Jerusalém, ele tomou os Doze a sós e lhes disse, enquanto caminhavam: 'Eis que estamos subindo a Jerusalém e o Filho do Homem será entregue aos chefes dos sacerdotes e escribas. Eles o condenarão à morte e o entregarão aos gentios para ser escarnecido, açoitado e crucificado. Mas no terceiro dia ressuscitará'".

Quando o trabalhador está pronto...

Com a participação de 14 pessoas (Carminha Sampaio, Carminha Brandão, Simão, Vanesca, Isabel, Faraildes, Ormalinda, Bonfim, Iva, Roberto, Fernando, Marilene, Ilca e Marilda) inicialmente - fora os três coordenadores -, o trabalho começa com a leitura da parábola dos trabalhadores da vinha (Mt 20:1-16), após a prece. Em seguida, os subgrupos se formam para comentar as pesquisas feitas sobre o tema ao longo da semana e interpretar a lição evangélica (chegam Waldelice, Cláudia e, um pouco mais tarde, Edward).
Após esse momento, o grupo é exortado a ponderar sobre os seguintes pontos observados na parábola: a questão da justiça; a dificuldade de viver segundo regras; e a antiguidade como prerrogativa, respondendo também esta indagação: em que momentos sou o último e em quais sou o primeiro?
À hora da partilha, fizeram pronunciamentos Marilene, Roberto, Ormalinda, Isabel, Waldelice, Simão, Carminha Sampaio e Creuza.
Por fim, foi distribuído o texto-síntese da atividade, como segue:

Os últimos serão os primeiros

Os "últimos", a princípio, são aqueles que chegaram depois á realização das tarefas que lhes competiam, enquanto se pensa que os "primeiros" são os que se adiantaram na jornada. No entanto, muitos desses "primeiros" se encontram na contemplação de si mesmos e ocupados com seus interesses imediatistas, ao passo que os "últimos", tendo observado as lições do caminho, agora podem aproveitar o resultado de seu aprendizado.
Esses já não têm o mal no olhar e não se dedicam a comprar-se aos irmãos ainda incompreensivos e voltados às paixões perturbadoras quais o ciúme, a inveja e a usura que os fazem pequenos e desmerecedores das recompensas do trabalho.
Os "últimos", portanto, inquietam-se ante a ociosidade e anseiam por serem contratados para a atividade proveitosa na Vinha. Pois não é dito que quando o trabalhador está pronto o trabalho aparece? Assim será com todo aquele que, chamado à execução de suas atribuições evolutivas, não se descuidar da tarefa e fizer vale a oportunidade recebida.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Hora de trabalhar

Neste sábado, dia 13 de novembro, vamos continuar trabalhando a lição do desprendimento, agora interpretando a "Parábola dos trabalhadores da vinha", conforme o capítulo 20, versículos 1 a 16 do Evangelho de Mateus:

Pois o reino dos céus é semelhante a um homem, Senhor da Vinha, que saiu desde a madrugada para contratar trabalhadores para sua vinha.
E tendo contratado com os trabalhadores um denário por dia, enviou-os para sua vinha.
E tendo saído cerca da hora terceira, viu outros que estavam ociosos em pé na praça,
e disse-lhes: "Ide também vós também para a vinha, e vos darei o que for justo". E eles foram.
Novamente saiu cerca da hora sexta e da nona, e agiu da mesma forma.
E saiu cerca da undécima hora, e achou outros que lá estavam, e disse-lhes: "Por que estacionais aqui desocupados o dia todo?"
Disseram-lhe: "Porque ninguém nos contratou". Disse-lhes : "Ide vós também para a vinha".
Chegando a tarde, disse o dono da vinha a seu capataz: "Chama os trabalhadores e paga-lhes o salário, começa pelos últimos até os primeiros".
E chegando os da undécima hora, receberam um denário cada um.
E vindo os primeiros, julgaram que receberiam mais, mas receberam um denário também eles.
E ao receber, murmuraram contra o Senhor da Vinha, dizendo:
esses, os últimos, trabalharam uma hora e tu os trataste como a nós, sofredores do peso do dia e do calor.
Respondendo, ele disse a um deles: "Companheiro, não te faço injustiça; não contrataste comigo um denário?
Toma o que é teu, e retira-te; eu quero dar a este último tanto quanto a ti;
ou não me é lícito fazer dos meus bens o que quero? Ou teu olho é mau, porque eu sou bom?
Assim os últimos serão primeiros e os primeiros, últimos."



segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Desprendimento

Quando o Cristo declarou que conhecendo a Verdade nos tornaremos livres, certamente quis dizer que precisamos saber que somos espíritos imortais originários de um mundo bem diferente deste que pensamos ser o nosso – o mundo material. “Estais no mundo, mas não pertenceis a ele”, disse Jesus um dia, chamando-nos ao entendimento de que a realidade que devemos ter em consideração precipuamente é a do espírito, posto que essencial. A outra realidade que nos fere os sentidos e por isso nos produz a ilusão de verdade, a física, é apenas circunstancial, isto é, transitória, passageira. Imperioso se faz, portanto, que despertemos o quanto antes para o conhecimento de nós mesmos compreendendo nossa natureza mais íntima e assim nos esforçarmos para vencermos a forte vinculação com o elemento material que nos confunde a percepção.

Não por acaso, Allan Kardec era um educador e imprimiu essa sua condição à doutrina que codificou, por inspiração do Alto, evidentemente, a fim de nós, os profitentes do Espiritismo, termos meios seguros de nos reeducarmos, assegurando as consequências felizes desse trabalho. Como uma dessas "recompensas prometidas" podemos relacionar a liberdade mesma, em lembrança das palavras do Cristo a respeito do conhecimento da Verdade. A prisão da matéria desaparecerá quando vivermos de acordo com nossa condição de "filhos do Universo, irmãos das estrelas e árvores". Desvinculados da ilusão material e reeducados mental e emocionalmente, estaremos livres da tendência aos erros e da própria imperfeição, assumindo de uma vez por todas a túnica de colaboradores de Deus e dos bons Espíritos na Obra da Criação.


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Esse texto sintetizou o trabalho desenvolvido no sábado, dia 6, permitindo profundas reflexões por parte dos integrantes do "Jesus de Nazaré", que foram divididos em dois subgrupos em razão do número reduzido. O primeiro contou com Bonfim, Valquíria, Iva, Faraildes, Carminha, Waldelice e Eliene. O outro, com Isabel, Roberto, Regina, Egnaldo, Fernanda e Marilene. Dentre os coordenadores, somente Creuza não se fez presente.


quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Das recompensas



"Recompensa prometida ao desprendimento" é o tema do trabalho do próximo sábado, dia 6 de novembro, no Grupo Jesus de Nazaré, a partir da narrativa de Mateus 19, 27-30:

Então Pedro, tomando a palavra, disse-lhe: Eis que nós deixamos tudo, e te seguimos; que receberemos?

E Jesus disse-lhes: Em verdade vos digo que vós, que me seguistes, quando, na regeneração, o Filho do homem se assentar no trono da sua glória, também vos assentareis sobre doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel.

E todo aquele que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou terras, por amor de meu nome, receberá cem vezes tanto, e herdará a vida eterna.

Porém, muitos primeiros serão os derradeiros, e muitos derradeiros serão os primeiros.


Como nas vezes anteriores, os participantes do estudo devem pesquisar possibilidades de interpretação na bibliografia sugerida, a fim de subsidiar os comentários que advirão.

Possuir ou ser possuído

Possuir algo sem ter a devida consciência do que isso representa é, na verdade, deixar-se possuir, conforme entendem autores espiritualistas como Huberto Rohden, para quem "não se pode possuir o mundo de Deus sem o Deus do mundo". A história espiritual do Homem é repleta de exemplos e lições nesse sentido e, para preservá-lo desse perigo, diversos emissários do Alto têm vindo à Terra alertar-nos quanto ao apego e ao abuso dos bens materiais, tanto quanto dos espirituais, que nos são concedidos por empréstimo divino com a finalidade de nos utilizarmos deles para o bem-estar coletivo, que resultará em crescimento espiritual para todos, especialmente para o detentor dos recursos da Divindade.
O apego, o mau uso e a indiferença quanto aos meios de elevação que a Providência nos concede são o perigo das riquezas de que fala o evangelista Mateus (Mt 19:23). O Espiritismo vem reforçar os avisos misericordiosos do Alto ao nos relembrar a parábola de Lázaro e o rico. Por possuirmos tantos bens - e não se trata unicamente do dinheiro e outros similares tesouros da Terra - e não atentarmos para as consequências advindas dessa responsabilidade, comportamo-nos como administradores infiéis e por isso seremos cobrados pelas divinas leis, até resgatarmos "até o último ceitil".

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A distribuição do texto-síntese acima finalizou o trabalho realizado no último sábado, 30 de outubro, sobre "O perigo das riquezas", com expressiva participação dos integrantes do JN, apesar do feriadão. Estávamos presentes, além dos coordenadores, Fernando, Railza, Isabel, Regina, Ilca, Marilda, Carminha, Faraildes, Quito, Valquíria, Cláudia, Edward (Jr.), Marilene, Magali, Eliene e Roberto.

A despeito dessa representatividade, foram formados apenas três subgrupos, nos quais os componentes passaram a comparar as pesquisas previamente realizadas e depois, na segunda parte da atividade, tiveram de relacionar, numa folha de papel, as riquezas que cada um conseguiu identificar sob sua posse e indicar o uso feito delas. Em seguida procedeu-se à partilha dos comentários.

Quanto à primeira parte:

Segundo Jr., necessitamos da riqueza para a sobrevivência material: o mau uso está no apego e no mau uso, razão pela qual precisamos trabalhar o desapego e o desprendimento para superarmos esse perigo;

Roberto colocou as questões materiais em contraposição à realidade do espírito;

Valquíria, inspirada em C. T. Pastorino, falou da diferença entre as pobrezas efetiva e afetiva, acrescentando haver muitos pobres apegados às coisas materiais e ricos desprendidos;

Referente à segunda parte:

"Procuro fazer valer as dádivas recebidas, como a família, lutando para vencer as más inclinações", disse Fernando;

Eliene ressaltou o amor por si mesma, o amor à Doutrina, aos filhos, aos amigos e ao trabalho profissional; a este último, porque é onde pode por em prática seu aprendizado espiritual com mais intensidade, conforme explicou;

Faraildes e Marilda também usaram a palavra e enfatizaram a necessidade da fé, tanto em Deus quanto nas pessoas.

Carminha salientou que as imperfeições a impedem de seguir Jesus integralmente, imperfeições essas que Marilene diz trabalhar para viver melhor.

Isabel e Valquíria lembraram do lar e dos amigos, além da capacidade de perdoar.

Antes de se retirar para uma reunião, a coordenadora Creuza Lage propôs uma reflexão, indagando por que só focalizamos o que é negativo. A riqueza, disse ela, é neutra em si mesma, o uso (bom ou mau) ou não uso dela é que faz a riqueza se tornar pobreza para nós. "Precisamos avaliar melhor nossas conquistas", finalizou.

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GRUPO HEI DE VENCER

Edward Junior, Magali, Fernando, Francisco Faraday e Railza.

Mateus (19 v. 24)

E outra vez vos digo que é mais fácil um camelo passar pelo fundo duma agulha, do que entrar um rico no reino de Deus.

Consenso do Grupo

Podemos opinar que quando é difícil um rico entrar nos Reino dos Céus, não se trata do rico propriamente dito, ou seja, o rico com as suas riquezas. Pois não é a riqueza que desviará o homem para o mundo profano; mas sim, a sua falta de consciência quanto às suas riquezas. O homem tendo consciência das suas riqueza materiais, ou seja, ele estando vigilante das suas ações quanto aos seus afazeres aqui na Terra, havendo discernimento no que deve e não deve fazer, ele estando nas referências das Leis Divinas, o homem pode em sua íntegra dirimir o seu conhecimento em ações e práticas das suas riquezas materiais em favor do próximo, dos seus familiares, amigos, ajuda aos infortúnios, atendendo às necessidades da sociedade conforme o seu orçamento. Porém, se o homem, não estando em sua sã consciência, e tendo aquisição de riquezas materiais, ele poderá a empreender o seu dinheiro de forma ilícita, sendo seduzido pelo jogo das paixões terrenas, seduções de todas as vertentes, tentações do seu orgulho e egoísmo e aplicando de forma equivocada os seus bens materiais; podendo, em algumas situações estacionar ou se desgarrar por caminhos tortuosos. Contudo Deus, Grandeza Onisciência, Onipotência e Onipresença é Eterno e Sempre Misericordioso para com o seu filho pródigo. Riquezas materiais: possibilidades do homem íntegro a empreender negócios para a sociedade e a ele mesmo na sua qualidade de vida e, substituindo o seu supérfluo para uma necessidade do nosso próximo.