quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Possuir ou ser possuído

Possuir algo sem ter a devida consciência do que isso representa é, na verdade, deixar-se possuir, conforme entendem autores espiritualistas como Huberto Rohden, para quem "não se pode possuir o mundo de Deus sem o Deus do mundo". A história espiritual do Homem é repleta de exemplos e lições nesse sentido e, para preservá-lo desse perigo, diversos emissários do Alto têm vindo à Terra alertar-nos quanto ao apego e ao abuso dos bens materiais, tanto quanto dos espirituais, que nos são concedidos por empréstimo divino com a finalidade de nos utilizarmos deles para o bem-estar coletivo, que resultará em crescimento espiritual para todos, especialmente para o detentor dos recursos da Divindade.
O apego, o mau uso e a indiferença quanto aos meios de elevação que a Providência nos concede são o perigo das riquezas de que fala o evangelista Mateus (Mt 19:23). O Espiritismo vem reforçar os avisos misericordiosos do Alto ao nos relembrar a parábola de Lázaro e o rico. Por possuirmos tantos bens - e não se trata unicamente do dinheiro e outros similares tesouros da Terra - e não atentarmos para as consequências advindas dessa responsabilidade, comportamo-nos como administradores infiéis e por isso seremos cobrados pelas divinas leis, até resgatarmos "até o último ceitil".

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A distribuição do texto-síntese acima finalizou o trabalho realizado no último sábado, 30 de outubro, sobre "O perigo das riquezas", com expressiva participação dos integrantes do JN, apesar do feriadão. Estávamos presentes, além dos coordenadores, Fernando, Railza, Isabel, Regina, Ilca, Marilda, Carminha, Faraildes, Quito, Valquíria, Cláudia, Edward (Jr.), Marilene, Magali, Eliene e Roberto.

A despeito dessa representatividade, foram formados apenas três subgrupos, nos quais os componentes passaram a comparar as pesquisas previamente realizadas e depois, na segunda parte da atividade, tiveram de relacionar, numa folha de papel, as riquezas que cada um conseguiu identificar sob sua posse e indicar o uso feito delas. Em seguida procedeu-se à partilha dos comentários.

Quanto à primeira parte:

Segundo Jr., necessitamos da riqueza para a sobrevivência material: o mau uso está no apego e no mau uso, razão pela qual precisamos trabalhar o desapego e o desprendimento para superarmos esse perigo;

Roberto colocou as questões materiais em contraposição à realidade do espírito;

Valquíria, inspirada em C. T. Pastorino, falou da diferença entre as pobrezas efetiva e afetiva, acrescentando haver muitos pobres apegados às coisas materiais e ricos desprendidos;

Referente à segunda parte:

"Procuro fazer valer as dádivas recebidas, como a família, lutando para vencer as más inclinações", disse Fernando;

Eliene ressaltou o amor por si mesma, o amor à Doutrina, aos filhos, aos amigos e ao trabalho profissional; a este último, porque é onde pode por em prática seu aprendizado espiritual com mais intensidade, conforme explicou;

Faraildes e Marilda também usaram a palavra e enfatizaram a necessidade da fé, tanto em Deus quanto nas pessoas.

Carminha salientou que as imperfeições a impedem de seguir Jesus integralmente, imperfeições essas que Marilene diz trabalhar para viver melhor.

Isabel e Valquíria lembraram do lar e dos amigos, além da capacidade de perdoar.

Antes de se retirar para uma reunião, a coordenadora Creuza Lage propôs uma reflexão, indagando por que só focalizamos o que é negativo. A riqueza, disse ela, é neutra em si mesma, o uso (bom ou mau) ou não uso dela é que faz a riqueza se tornar pobreza para nós. "Precisamos avaliar melhor nossas conquistas", finalizou.

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GRUPO HEI DE VENCER

Edward Junior, Magali, Fernando, Francisco Faraday e Railza.

Mateus (19 v. 24)

E outra vez vos digo que é mais fácil um camelo passar pelo fundo duma agulha, do que entrar um rico no reino de Deus.

Consenso do Grupo

Podemos opinar que quando é difícil um rico entrar nos Reino dos Céus, não se trata do rico propriamente dito, ou seja, o rico com as suas riquezas. Pois não é a riqueza que desviará o homem para o mundo profano; mas sim, a sua falta de consciência quanto às suas riquezas. O homem tendo consciência das suas riqueza materiais, ou seja, ele estando vigilante das suas ações quanto aos seus afazeres aqui na Terra, havendo discernimento no que deve e não deve fazer, ele estando nas referências das Leis Divinas, o homem pode em sua íntegra dirimir o seu conhecimento em ações e práticas das suas riquezas materiais em favor do próximo, dos seus familiares, amigos, ajuda aos infortúnios, atendendo às necessidades da sociedade conforme o seu orçamento. Porém, se o homem, não estando em sua sã consciência, e tendo aquisição de riquezas materiais, ele poderá a empreender o seu dinheiro de forma ilícita, sendo seduzido pelo jogo das paixões terrenas, seduções de todas as vertentes, tentações do seu orgulho e egoísmo e aplicando de forma equivocada os seus bens materiais; podendo, em algumas situações estacionar ou se desgarrar por caminhos tortuosos. Contudo Deus, Grandeza Onisciência, Onipotência e Onipresença é Eterno e Sempre Misericordioso para com o seu filho pródigo. Riquezas materiais: possibilidades do homem íntegro a empreender negócios para a sociedade e a ele mesmo na sua qualidade de vida e, substituindo o seu supérfluo para uma necessidade do nosso próximo.




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