terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Morrer pela causa?

O trabalho do sábado, 10 de dezembro, terminou com uma pergunta, aquela que o Cristo fez a seus apóstolos e discípulos concernente à missão que lhes dera: "Que fazeis de especial?". É que a tarefa pode ser executada por qualquer um que se comprometa, mas também exige que se vá além da dimensão da própria missão, tornando-a realmente efetiva, caso contrário nada faremos de especial mesmo. Por isso o título desta postagem, que surgiu durante os diálogos estabelecidos num dos subgrupos, durante a atividade, considerando que é preciso morrer pela causa se realmente queremos que nossa tarefa - tanto a pessoal quanto a global - seja mesmo especial.
Mas o que seria morrer pela causa, se o próprio Cristo disse que Deus não quer sacrifício, mas misericórdia? É necessário, pois, compreendermos a que causa nos referimos para então vermos se morremos ou não por ela, assim como é imprescindível analisarmos o que é "morrer". É fato que dificilmente morremos por uma causa alheia a nós mesmos; sendo assim, será possível morrer por uma causa própria e esta, no que nos interessa, não é propriamente o Espiritismo - nem o Cristianismo -, mas nosso autoaperfeiçoamento, que é o que nos interessa mais imediatamente. E esta acepção casa muito bem com a proposta evangélica de fazermos "morrer o homem velho", deixando nascer o homem novo comprometido com os ideais do Cristo, pelo esforço de transformação íntima. E não temos conseguido morrer suficientemente nesse sentido, haja vista nosso histórico reencarnatório/evolutivo, mostrando-nos que ainda nos encontramos na condição de espíritos inferiores, marcados pela imperfeição moral.
O trabalho, desenvolvido nos moldes da postagem anterior, contou com a participação de Acely, Isabel, Egnaldo, Iva, Carminha, Lígia, Eliene, Valquíria, Marilene, Cláudia, Waldelice, Magali, Railza, Roberto e Fernanda, mais o coordenador Francisco - Maria Luiza não compareceu por ter de acompanhar Fernando, seu marido, numa consulta médica.
Durante os comentários (partilha), Eliene revelou que seu apostolado começa em casa, ao contrário da postura farisaica do espírita, que, segundo disse, "é santo na rua e algoz na família". Egnaldo, porém, pontuou que estamos todos no aprendizado, o que se evidencia nas diversas situações da vida, quando reagimos formas distintas. No entanto, Fernanda vê-se ainda uma criança espiritual e que só Deus sabe de seus limites e potencial de realização, ponderando, contudo, estar "no caminho".
Seguindo a linha de raciocínio de Fernanda, Railza salientou que não nos conhecemos, pois cotidianamente nos surpreendemos fazendo coisas de que não sabíamos ser capazes. Segundo ela, precisamos ter a consciência de que somos crianças e precisamos aprender mais. Por outro lado, Valquíria ressaltou obtermos muitos retornos no processo de autoconhecimento, acrescentando que o primeiro passo "deve partir de nós", por termos influência sobre os demais. Essas devoluções, disse, vêm dos filhos, da família... "sei que posso fazer mais e o outro me ajuda ao dizer como se sente ao meu lado".
Iva considerou que representa seus papéis, na sociedade e na família, como mãe, sem pensar que é perfeita, compreendendo que deve aperfeiçoar-se em alguns detalhe de sua personalidade, mas não em tudo, posto que o processo de autotransformação é lento e não se faz numa existência apenas. "Tenho esta consciência agora", revelou, dizendo-se capaz de renunciar em benefício de um irmão, discernindo o que é seu e o que é do outro. Por fim, declarou considerar-se discípulo e apóstolo do Cristo.
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