Iniciamos os trabalhos de sábado, 3 de dezembro, no Grupo Jesus de Nazaré, questionando por qual razão ainda não conseguimos ultrapassar a lição refente à missão dos apóstolos. Durante a atividade, Roberto parece ter intuído a resposta ao dizer que ainda esperamos uma conversão, algo como uma epifania, que tenha o condão de modificar nossas predisposições no tocante ao atendimento às recomendações do Cristo.
Desta vez, tivemos a participação da coordenadora Creuza Lage, para alegria de todo o Grupo. Além dela e dos coordenadores Francisco - que aniversariava e recebeu homenagem da turma - e Maria Luiza, fizeram-se presentes também os companheiros Carminha, Waldelice, Valquíria, Acely, Lígia, Egnaldo, Jaciara, Regina, Fernanda, Fernando, Iva, Ilca, o já citado Roberto, Marilene e Isabel. Edward apareceu para dizer que não poderia ficar, em virtude de uma outra atividade na Casa, tanto quanto Marilda.
Após lermos textos dos capítulos 10 e 28 do Evangelho de Mateus, relativos, respectivamente, à primeira missão e à missão mundial dos apóstolos, passamos a tecer considerações acerca do tema "Eu, apóstolo de Jesus".
Tomando a palavra, Egnaldo, relembrando a leitura evangélica, ressaltou a dificuldade que é "sacudir o pó", aludindo ao problema do apego, fazendo recordar uma lição metafórica ambientada na Índia milenar: um belo jovem dedicado à vida de contemplação, tencionando tornar-se um buda (iluminado), era cobiçado pelas mocinhas da aldeia perto da qual vivia. Uma delas declarava-se apaixonada por ele e desejava ardentemente unir-se a ele, para sua felicidade, mas o jovem dedicava toda sua atenção à prática meditativa para alcançar o Nirvana. Um dia, uma tropa de soldados ingleses passou por aquela aldeia e um dos soldados apaixonou-se por esta moça, que cedeu aos desejos dele e o resultado foi que ela engravidou. Quando descobriu-se o fato, a tropa já havia partido e os pais da moça quiseram saber quem era o pai da criança. Temerosa e vendo nisso uma oportunidade para realizar seu sonho secreto, a mocinha inculpou o eremita amado. Quando o bebê nasceu, a família foi até o jovem "buda" e entregou-lhe a criança, dizendo ser seu filho e por isso ele o criaria. O jovem disse apenas: "Ah, é? Está bem." Passou-se um ano e eis que a tropa retorna e aquele soldado procura pela moça por quem se afeiçoou e propõe-lhe casamento, perguntando pelo filho que ambos produziram doze meses antes. Vão todos, assim, mais uma vez, até a vivenda do rapaz para lhe reclamar a criança, dizendo-lhe que o filho não era seu. "Ah, não? Está bem", diz o jovem, devolvendo o bebê.
Regina salientou as circunstâncias da vida moderna como impeditivos para a realização ou cumprimento das recomendações cristãs. E Acely fez ver que é preciso usar com responsabilidade os conhecimentos já obtidos, ponderando que nesse sentido somos cobrados principalmente pela consciência. No entanto, disse, ficamos medrosos, atentos mais aos erros que às pequenas vitórias. "Assim, não só não cumprimos nossas tarefas como contribuímos com o mau exemplo." Para aprofundarmos um pouco mais esse entendimento, Carminha trouxe as informações do livro "Sabedoria do Evangelho", de C. T. Pastorino, especificamente com relação ao desapego, até mesmo quanto à importância pessoal da Doutrina, de modo a não fazermos proselitismo.
Observando que as condições de hoje, para a execução das ordenações cristãs, são tecnicamente melhores que as de antigamente, Fernanda colocou que a população da Terra não está tão a fim dessas informações, devido ao alastramento do materialismo. Nesse momento Creuza interfere, dizendo que o apóstolo Paulo, em nossos dias, veria que a situação moral das pessoas permanece a mesma, e indagou: "O que Paulo (apóstolo) possuía e ainda não temos?", respondendo que Paulo, ao contrário de nós, reconhecia a autoridade que Deus concede a seus filhos, embora esse reconhecimento seja correspondente ao padrão evolutivo de cada um.
Pedindo a palavra, Roberto frisou nossa espera pela conversão, que é a mudança pela qual temos de passar, "algo radical acontecendo em nossa vida". É importante, disse ele, nossa ida a Deus para que se possibilite essa conversão e só depois passarmos a falar (pregar) daquilo (as recomendações de Jesus) "e do que espero que aconteça". Já Iva ressaltou nossa condição de desobedientes, quando somos chamados à aceitação.
Ilca, recordando o exemplo de Jerônimo Mendonça, anteriormente citado, declarou ter que pensar mais em si mesma e no que tem a fazer, deixando de se sentir coitadinha. Hoje, conforme disse, já é como os apóstolos de Jesus. Por fim, Luiza observou a necessidade de nos reciclarmos constantemente, para melhor identificarmos nossos pendores, bem como a missão individual de cada um.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
E aí, deixe um recadinho!