quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Três sinais

Coube a Iva apresentar o trabalho do sábado 19 de novembro, sobre "O testemunho de Tomé", um dos capítulos do livro Boa Nova, no qual o Espírito Humberto de Campos explora, pela mediunidade de Chico Xavier, a "mania" dos fariseus de pedirem "um sinal dos Céus" ao Cristo, tencionando obter provas cabais de que Jesus era mesmo o Filho de Deus. Nessa lição, Tomé aparece como "advogado" da causa dos fariseus e quer porque quer que o Mestre se levar por essa "onda". Mas Jesus nem "tchum" (quantas aspas!).
Bem, em seu trabalho Iva propôs uma atividade vivencial, colocando três consignas, uma cada subgrupo formado para a abordagem da questão relativa à nossa presença perante o Cristo. Dessa atividade participaram este Coordenador/escriba, Egnaldo, embora não até o fim, Marilene, Cláudia, Carminha, Nilza, Lígia, Luiza, Waldelice, Magali, Fernando, Augusta, Marilda, Cristiane, Cristiano, Eliene e Bonfim, em visita.
Uma vez feita a leitura do texto e a formação dos subgrupos, Iva distribuiu estas consignas: 1 - Que "sinal do Céu" me fez seguidor fiel do Cristo?; 2 - O que fundamenta minha crença como espírita?; e 3 - A realidade material em mim aceita o "sobrenatural"?. Procedidas as reflexões compartilhadas, ouvimos então os comentários dos participantes.
Para Fernando, todos ainda temos Tomé na alma e o sinal que o tornou um fiel seguidor do Nazareno, no caso pessoal desse companheiro, "foi e é a dor, mas, graças a Deus, ela está hoje mesclada com a alegria proporcionada pelo conhecimento da Doutrina Espírita". Segundo Augusta, "é preciso saber viver, senão a gente acaba maluca"; esse saber viver, disse ela, é apegar-se à lei de Causa e Efeito para manifestar algum equilíbrio.
Por sua vez, Eliene, respondendo à segunda consigna, apontou a imortalidade da alma como o ponto fundamental para sua adesão ao Espiritismo, acrescentando que desse modo vê a diferença entre a fé e a crença: "Acredito que o Espiritismo transforma o ser humano", disse. Já Bonfim foi um pouco mais além declarando que não só a imortalidade o convenceu, mas também o intercâmbio mediúnico, a noção de crescimento espiritual e o ato de servir (caridade) foram importantes para seu despertamento.
Também abordando a essa consigna, Marilda considerou ter nas bem-aventuranças o fator principal de sua crença como espírita, salientando o quanto foi tocada pelas palavras de Jesus: "Muito do que hoje vejo não acredito, mas o que não vejo, mas sinto, é muito mais forte", disse ela, acrescentando que, "mesmo sendo rebelde", se lê essas lições reconhece a validade delas: "Minha postura é a de não julgar os outros, embora possa", concluiu.
Do subgrupo que abordou a terceira consigna, Waldelice foi a primeira a falar. Segundo ela, é desnecessário "aceitar" o sobrenatural porque este é natural, conforme assim o conceitua o Espiritismo. Em seguida, Carminha observou que ainda hoje se valoriza a riqueza e o poder nas hostes religiosas; para ela, o Espiritismo explica o sobrenatural mostrando que ele faz parte da Natureza. Luiza também negou existir o sobrenatural e citou os benfeitores espirituais: "Há pessoas do outro lado que nos ajudam bastante e isso é muito natural".
No encerramento da atividade, Iva externou seu sentimento de felicidade por compreender o Evangelho ao estudar a Doutrina Espírita, cujos ensinamentos possibilitam a transformação íntima. Ela também referiu os três sinais apontados pelo Espírito Humberto de Campos em seu texto - caridade para com o próximo, sacrifício de si mesmo e reconhecimento da realidade espiritual -, conforme lhe revelou a Coordenação.

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