Neste sábado, 8 de outubro, a turma reuniu-se disposta a continuar o trabalho desenvolvido por Carminha desde a semana anterior, enfocando o capítulo 12 do livro Boa Nova ("Amor e renúncia"), desta vez enfatizando a segunda parte, que trata especificamente do ensinamento de Jesus sobre a renúncia segundo o olhar percuciente do Espírito Humberto de Campos. Além de Carminha e dos coordenadores - Isabel e Francisco -, fizeram-se presentes Cristiano, Marilene, Luiza, Railza, Quito, Iva, Egnaldo, Fernando, Waldelice, Magali, Marilda, Nilza, Valquíria e Cláudia. Houve outra presença, só detectada mediunicamente, pela vidência de Railza, que identificou entre nós o saudoso Roberto Miguel, desencarnado no início deste ano.
A atividade começou quando, após a prece, Carminha solicitou a formação de duplas e a cada par distribuiu uma passagem do Evangelho de Marcos (8:34), na qual Jesus ensina os critérios para quem deseja segui-lo: "Negue-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me", apresentando, em seguida, esta consigna: "Que tenho em mim para sacrificar?". Compreensivelmente, algumas pessoas entenderam o verbo sacrificar por seu sentido pejorativo, mas a maioria deu conta do recado, conforme a partilha após as reflexões em dupla.
Assim, Egnaldo revelou que há "muita coisa" a que necessita renunciar, como o orgulho e a impaciência, para ser mais gentil com os outros e corrigir seu olhar. Waldelice, por sua vez, declarou não ver sacrifício na própria vida: "Tudo que faço é espontâneo, por amor"; mas depois que a Coordenação explicou o sentido do sacrifício, esta companheira referiu o orgulho e a vaidade como algo que necessita de fato sacrificar.
Para Marilene, o que tem para sacrificar é a ignorância: "Por mais que busco fazer contato com a Revelação divina, ainda conservo a ignorância do passado e peço sabedoria para sair desse patamar, entendendo melhor o convite do Cristo, a quem não posso seguir com ambição e egoísmo; tenho de largar esses fardos, priorizando o ser em vez do ter, vendo o divino em mim e no outro". Fernando disse que, antes de conhecer a proposta de Jesus, "eu era um fariseu intolerante; depois, ensaiei o ressurgimento, mas não fui adiante; agora é que estou lutando para tomar a cruz e atender ao chamado, sacrificando minha negligência e a intolerância, em todas as áreas de atividade".
Já Magali considerou que, além do orgulho, tem sua vontade para sacrificar, a fim que, como é dito no Pai Nosso, seja feita a vontade de Deus - contou um pouco da história de Santa Irene como exemplo. Railza também referiu a intolerância como algo passível de ser sacrificado em sua personalidade; ressaltou, contudo, estar longe da autonegação - "Jesus que tenha paciência comigo!" -, acrescentando ser, para os outros, exemplo dos erros que não se devem cometer, nada mais.
Quito apontou os vícios morais, como a intolerância, a incompreensão, a vaidade, o egoísmo, a presunção...: "Tudo isso temos de sacrificar de imediato e é difícil", disse. A seu turno, Iva salientou negar-se a si mesmo pela "dieta do momento agressivo", preferindo silenciar para preservar a boa convivência com aqueles que não nos entendem ainda; e ela frisou: "Isso não é sacrifício para mim!" Luiza também destacou a necessidade de diminuir a intensidade da intolerância e da impaciência presentes em seu ser, observando que "é sacrifício lidar com certas pessoas". Por fim, Isabel igualmente salientou achar não ter que negar-se, "mas sinto necessidade de fazer mudanças íntimas", procurando equacionar o ser e o ter.
***
Encerrada a partilha, Carminha procedeu à leitura da segunda parte do capítulo 12 de Boa Nova, enfatizando a proposta de Jesus de renunciarmos às coisas do mundo para a construção do Reino dos Céus em nós mesmos. Ela citou trecho do livro Plenitude (Joanna de Ângelis/Divaldo Franco) e também a explicação esotérica de Carlos Torres Pastorino sobre "odiar pai e mãe", falando dos veículos da personalidade humana, cujo império (domínio do ego) contraria o Cristo interno.
Carminha também especificou a luta íntima do Espírito encarnado em função de sua dualidade na carne: corpo e alma; segundo a companheira, o que nos deve importar é a natureza do Espírito em sua construção, 'saindo da zona de conforto para ir até o outro", a fim de servir com prazer, conforme as recomendações de Jesus. O trabalho foi encerrado com a leitura de mensagem do livro O Chamado, de autoria do Espírito Irmã Rafaela e publicado por Francisco Muniz (leiam abaixo).
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O chamado
A atividade começou quando, após a prece, Carminha solicitou a formação de duplas e a cada par distribuiu uma passagem do Evangelho de Marcos (8:34), na qual Jesus ensina os critérios para quem deseja segui-lo: "Negue-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me", apresentando, em seguida, esta consigna: "Que tenho em mim para sacrificar?". Compreensivelmente, algumas pessoas entenderam o verbo sacrificar por seu sentido pejorativo, mas a maioria deu conta do recado, conforme a partilha após as reflexões em dupla.
Assim, Egnaldo revelou que há "muita coisa" a que necessita renunciar, como o orgulho e a impaciência, para ser mais gentil com os outros e corrigir seu olhar. Waldelice, por sua vez, declarou não ver sacrifício na própria vida: "Tudo que faço é espontâneo, por amor"; mas depois que a Coordenação explicou o sentido do sacrifício, esta companheira referiu o orgulho e a vaidade como algo que necessita de fato sacrificar.
Para Marilene, o que tem para sacrificar é a ignorância: "Por mais que busco fazer contato com a Revelação divina, ainda conservo a ignorância do passado e peço sabedoria para sair desse patamar, entendendo melhor o convite do Cristo, a quem não posso seguir com ambição e egoísmo; tenho de largar esses fardos, priorizando o ser em vez do ter, vendo o divino em mim e no outro". Fernando disse que, antes de conhecer a proposta de Jesus, "eu era um fariseu intolerante; depois, ensaiei o ressurgimento, mas não fui adiante; agora é que estou lutando para tomar a cruz e atender ao chamado, sacrificando minha negligência e a intolerância, em todas as áreas de atividade".
Já Magali considerou que, além do orgulho, tem sua vontade para sacrificar, a fim que, como é dito no Pai Nosso, seja feita a vontade de Deus - contou um pouco da história de Santa Irene como exemplo. Railza também referiu a intolerância como algo passível de ser sacrificado em sua personalidade; ressaltou, contudo, estar longe da autonegação - "Jesus que tenha paciência comigo!" -, acrescentando ser, para os outros, exemplo dos erros que não se devem cometer, nada mais.
Quito apontou os vícios morais, como a intolerância, a incompreensão, a vaidade, o egoísmo, a presunção...: "Tudo isso temos de sacrificar de imediato e é difícil", disse. A seu turno, Iva salientou negar-se a si mesmo pela "dieta do momento agressivo", preferindo silenciar para preservar a boa convivência com aqueles que não nos entendem ainda; e ela frisou: "Isso não é sacrifício para mim!" Luiza também destacou a necessidade de diminuir a intensidade da intolerância e da impaciência presentes em seu ser, observando que "é sacrifício lidar com certas pessoas". Por fim, Isabel igualmente salientou achar não ter que negar-se, "mas sinto necessidade de fazer mudanças íntimas", procurando equacionar o ser e o ter.
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Encerrada a partilha, Carminha procedeu à leitura da segunda parte do capítulo 12 de Boa Nova, enfatizando a proposta de Jesus de renunciarmos às coisas do mundo para a construção do Reino dos Céus em nós mesmos. Ela citou trecho do livro Plenitude (Joanna de Ângelis/Divaldo Franco) e também a explicação esotérica de Carlos Torres Pastorino sobre "odiar pai e mãe", falando dos veículos da personalidade humana, cujo império (domínio do ego) contraria o Cristo interno.
Carminha também especificou a luta íntima do Espírito encarnado em função de sua dualidade na carne: corpo e alma; segundo a companheira, o que nos deve importar é a natureza do Espírito em sua construção, 'saindo da zona de conforto para ir até o outro", a fim de servir com prazer, conforme as recomendações de Jesus. O trabalho foi encerrado com a leitura de mensagem do livro O Chamado, de autoria do Espírito Irmã Rafaela e publicado por Francisco Muniz (leiam abaixo).
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O chamado
Que tenho eu de mim para ofertar, Senhor? Por
que recorres a mim? Como Pedro, não tenho ouro nem prata. Ao contrário de
Paulo, não tenho o amor que supre a falta de virtudes; como Tomé, minha fé é
ainda vacilante; como muitos que passaram pelo sacrifício, ainda temo...
Que tenho, Senhor, para te dar? Por que confias
em mim? Eu ando por caminhos escusos, ando mesmo em trevas, mas me acenas com
tua luz. Ainda trilho os caminhos da indiferença, alheio aos irmãos caídos, mas
me apontas a oportunidade do serviço; ainda me vejo desatento quanto à
realidade divina, mas me mostras a razão do compromisso...
Por que a mim, Senhor? Por que eu? Que tenho eu
para te dar? Ao contrário de Pedro, não tenho talento para a pesca; oposto de
João, a vida mística não me atrai; assim como Judas, eu também te trairia...
por que me chamas, Senhor, que tenho eu para te dar?
E no entanto me chamas, Senhor, parece que
confias em mim - e isto me confunde. Que vês em mim que não percebo? Será que
meus erros, minha imperícia e minha incúria não te incomodam? Meu egoísmo e meu
orgulho, tão grandes, não te assustam? Não sou dos teus, Senhor, e me queres
mesmo assim? Por que me chamas?
Oh, compreendo! Agora compreendo...
Sim, minhas feridas, minha dor, tu as queres
curar! Senhor, isto muito me comove, mas não sou digno de teu apreço... Sim,
isto não te importa, pois o médico não quer saber quem é o doente, só quer
ajudá-lo. Oh, Senhor, cura-me então! Eu te peço - e te dou minha enfermidade,
minha alma enferma para que a cures!...
...e eu perdi esse trabalho maravilhoso. Obrigada,Chico, por resenhar aqui. Parabéns, Carminha!
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