sábado, 3 de setembro de 2016

Expressões sentidas

A atividade realizada neste sábado, dia 3 de setembro, contou com a participação de uma visitante, Cláudia, que foi conhecer o funcionamento de nosso grupo de estudo. Além dela e deste Coordenador/escriba, estiveram presentes também Valquíria, Marilene, Egnaldo, Carminha, Luiza, Fernando, Quito, Cristiano, Isabel (igualmente Coordenadora), Waldelice, Marilda, Regina, Maria Augusta, Magali, Jaciara, Cristiane e Lígia. O trabalho começou, como já é praxe, com a narrativa sobre o exercício semanal de virtudes, durante o qual Quito questionou a validade desse momento, ponderando que se perde um tempo que poderia ser aproveitado na atividade ordinária. A Coordenação ficou de analisar essa petição do companheiro.
Mas Carminha, que se exercitou com a harmonia, declarou que "precisamos nos harmonizar conosco mesmos, caso contrários não passaremos nada (aos outros), só desequilíbrio". Valquíria achou "esquisita" a virtude trabalhada (amor a Deus), "porque esse amor é intrínseco, a não ser que seja o amor universal". Já Lígia, que havia escolhido o carinho depois de algumas semanas lidando com a paciência, salientou que voltará a se exercitar com esta última. Por sua vez, Luiza observou que sua virtude, o amor a si próprio, surgiu na hora certa, revelando estar atravessando um momento difícil em viu-se perdendo o controle devido às cobranças externas: "Eu estava esquecendo de mim mesma", frisou.
Então foi lido o texto do EADE, no item 3.4 do Roteiro 4, sob o título "O sentido das expressões", no qual os autores tratam da importância do distanciamento do leitor/aprendiz quanto ao objeto em estudo para sua mais eficiente interpretação, fazendo, para tanto, referência a trecho do Evangelho de Lucas (Lc 5:3-6), no qual Jesus pede a Pedro que em seu barco O afaste um pouco da praia. Após a leitura, a turma foi dividida em subgrupos para a abordagem da questão, baseada também na proposição já citada do filósofo italiano Giordano Bruno, com a seguinte consigna: "O que penso? Por que penso? Como penso? Para que penso?". Para facilitar um pouco mais, a Coordenação explicou a diferença entre ler e interpretar: ler é decifrar o código escrito, enquanto interpretar é ler nas entrelinhas...
Aberta a partilha, Cristiane foi a primeira a falar, salientando sempre ter de aprender, tanto quanto qualquer dos companheiros no Grupo antes dela, vivenciando as experiências da troca de informações; segundo ela, tudo é relativo, cada um tem suas crenças e por isso "minha verdade não é absoluta". Carminha, em seguida, declarou que o pensamento depende da situação que se vivencia: "Como ainda não nos livramos do instinto animal, depende da circunstâncias", disse, acrescentando que o modo como pensamos está ligado ao momento emocional: "O que penso é conforme as dificuldades enfrentadas", ocasião em que, para a companheira, "podemos até matar"; sobre para que pensa, ela afirmou que é para atingir o outro, acrescentando que esse é um caminho que leva ao arrependimento, ao pranto, "mas até aí vivenciamos muitas coisas entre o animal e a divindade".
Segundo Egnaldo, agir racionalmente é uma necessidade, porque o afastamento da praia não pode ser demasiado (como reza o texto do EADE); desse modo, temos de ser realistas, disse ele, salientando que devemos agir no mundo sabendo que não somos do mundo: "É um compromisso comigo mesmo viver em harmonia entre o corpo e a alma, (porque) o animal em nós é racional". Por sua vez, Marilene observou que aquilo de que precisamos a Doutrina Espírita nos ensina, e assim pensamos e chegamos ao sentimento para daí passarmos à ação; para ela, o pensamento de Giordano Bruno, dado a conhecer nesse dia, é fiel às palavras do Cristo sobre o nosso falar ser "sim, sim, não, não", de modo que, para ela, é um dever afastar-se da praia, mas não em demasia.
A prece feita por Fernando encerrou a atividade, com votos de muita paz a todos.

Um comentário:

  1. "seu" Chico, euzinha estava presente, viu? Em carne e não apenas em espírito.

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