segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Avaliação do equilíbrio

No último encontro de 2014, o Grupo teve a felicidade de contar com a participação de Creuza Lage, que ao lado do coordenador Francisco conduziu a atividade de avaliação em torno do compromisso assumido pelos integrantes com o equilíbrio. Presentes estavam também Carminha, Valquíria, Roberto, Marlene, Railza, Marilene, Eliene, Isabel, Carminha, Luiza, Fernanda, Fernando, Egnaldo, Quito, Regina, Marilda, Jaciara, Lígia, Waldelice, Magali e Ilca. Ao contrário do que estabelecia o roteiro, a turma foi convidada a pensar durante breves sessenta segundos sobre se cada um conseguiu, com esforço ou naturalmente, manter o equilíbrio nas várias situações vivenciadas des o início do ano, no Grupo e fora dele. Creuza também propôs que cada integrante se desse uma nota, variando de 1 a 5.
Primeiro a falar, Quito - que se deu nota 3,5 - revelou sua luta incessante, dita árdua mesmo, para chegar ao equilíbrio, considerando não ter chegado aos 100%: "Mas mediante a vigilância cheguei a 60%", disse, acrescentando que tem melhorado muito nesse quesito, crescendo espiritualmente. Procurando ajudar nas reflexões, Creuza salientou que o equilíbrio resulta da vigilância somada à tolerância e à paciência, corrigindo a ansiedade e a impulsividade em nossas ações: "Nesses momentos, a razão, dominada pelas emoções, fica obliterada", ressaltou.
Marilene contou que tem trabalhado tanto o equilíbrio quanto a indulgência, para consigo mesma e com o outro; é, disse ela, um trabalho de renúncia e fé, pela vontade de mudar, principalmente quando descobre que o modo de ser é incompatível com aquilo que mais deseja, que é ser discípulo de Jesus: "A meta é me conhecer, para alavancar minha transformação", frisou, dando-se nota 3. Por sua vez, Railza, que disse merecer 5, observou que este ano tabalhou muito a paciência e a humildade, embora tivesse, no início a vontade de deixa do "Jesus de Nazaré": "Consegui chegar até o final", festejou, acrescentando que o maior teste aconteceu no primeiro dia de atividades do Grupo, ocasião em que não se via em condições para corresponder ao convite para apresentar trabalhos, acreditando ter sido julgada: "Mas superei e continuei vindo".
Ilca afirmou que o trabalho realizado pelo "Jesus de Nazaré" este ano foi "terapêutico", porquanto aconteceram muitas coisas em sua vida de relação e o Grupo atuou como lenitivo, acrescentando não ter tempo para "picuinhas". Por esse seu esforço, ele disse ter conquistado uma nota 5. Já Fernanda contentou-se com um 4 e explicou que este ano teve de tomar decisões buscando o equilíbrio, principalmente o físico, em virtude de um problema crônico que a fez faltar muitas vezes aos encontros do Grupo. Ainda assim, disse, foi um ano bom.
Por seu turno, Isabel, que aplicou-se uma nota 2,5, ressaltou estar de parabéns pela forma como vivenciou os acontecimentos deste ano em sua vida, manifestando atitudes maduras e reflexão sobre as experiências no trabalho cujas implicações afetaram seu organismo físico; também os cuidados com uma tia em estado terminal despertaram-lhe força interior, aliada ao respaldo do Grupo; nesses momentos,s conforme avaliou, ela pôde vivenciar o perdão em família e concluiu afirmando que a nota que se deu serve de estímulo para buscar mais e mais o pretendido equilíbrio.
Marlene disse considerar-se equilibrada e procura manter-se assim, embora veja que há momentos em que precisa extravasar as emoções: "Mas ainda não consigo ser assim", salientou, acrescentando ouvir às vezes que é intransigente, porque insiste em andar "na linha"; ela observou também que aprendeu muito no "Jesus de Nazaré", reconhecendo porém que ainda precisa pôr muitas coisas em prática, para suportar as topadas da vida. Sua nota foi 3. Para Roberto, o equilíbrio é algo difícil e por isso sempre pede, disse, aos protetores espirituais que o ajudem a melhorar seu perfil: "Este no pedi muito por equilíbrio", revelou, dizendo-se preparado para ajudar aos outros, manifestando aceitação em seu ambiente de trabalho. A nota que lhe coube foi 2,5 também.
Magali, que igualmente disse merecer 2,5, considerou que essa nota se deve às situações vivida este ano, provocadas por uma alergia que resultou em comportamentos emocionais inesperados; segundo ela, tudo isso porque não se viu mantendo "a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo", como reza a letra de certa canção popular. De sua parte, Waldelice comparou sua atuação em casa, para a qual deu nota 1, e fora do ambiente doméstico, em que mereceu 3, chegando assim à média 2. Segundo ela, de uns tempos para cá mudou seu comportamento no trânsito, onde costumava criticar os outros motoristas: "Hoje", disse, "chego até a rir de algumas situações. É maravilhoso!"
Chegada a vez de Jaciara, ela declarou ser difícil falar sobre o equilíbrio: "Coisa que não tenho; eu sou controlada e isso me faz mal" - disse, acrescentando que isso se dá por questão de sobrevivência: "Engulo as emoções e porisso as pessoas pensam que sou calma, e não sou, fico um vulcão por dentro ante pessoas arrogantes"; em casa, segundo a companheira, tiramos as máscaras: "Este ano tive alguns avanços", considerou, salientando que no Grupo nós "destravamos", obtendo respaldo para algumas ações lá fora, especialmente, no caso dela, junto a uma irmã, com a qual se reaproximou de forma admirável após um estremecimento em suas relações. Por tudo isso, ela disse merecer nota 3.
Dois, foi a nota que Marilda se deu, argumentando que era fisicamente "torta", devido a uma complicação de saúde na infância, e hoje se esforça para provar sua capacidade, buscando o equilíbrio espiritual: "Isso me fez vencer a doença", revelou, acrescentando querer mostrar que está bem, querendo de fato ser e estar equilibrada, observando precisar disso, tanto quanto as pessoas de seu convívio precisam que ela manifeste essa firmeza, apesar das dificuldades. Já Egnaldo, embora considerasse que o ano foi muito produtivo, dadas as atividades do "Jesus de Nazaré", e dissesse ser ele mesmo resultado do que foi estudado, observou que também passou por suas provas e assim merecia menos que a nota zero...
Em sua vez, Creuza fez uma retrospectiva de seu retorno à coordenação do Grupo, falando das dificuldades principalmente quanto à assiduidade: "Mas quando estou aqui, estou inteira", disse, ressaltando porém que isso não é legal em relação à energia do "Jesus de Nazaré"; ela, que desempenha vários papéis no movimento espírita baiano, reconheceu ser difícil manter total equilíbrio ante as diversas atividades, tanto na Cobem quanto na FEEB e na família: "Também vivo no controle e isso é indício de que preciso me equilibrar, aprendendo a ouvir e a falar, para não ficar omissa e isto é desequilíbrio", ponderou, revelando que às vezes se vê fria por andar nos trilhos: "Dirigir uma Casa Espírita é bem difícil, exige muito entendimento em relação aos outros, exige sabedoria, o que ainda não possuo". Em razão do que expôs, ela se deu nota 5, pela firmeza de seus propósitos, "que são muito claros", mas por não ter sido muito assídua, rebaixou a nota para 4.
Fernando preferiu não fazer sua avaliação e o coordenador Francisco deu a si próprio a nota 1, justificada pela luta em que se encontra no sentido de manter o equilíbrio emocional.

2015

Ao final dessa atividade, Creuza aproveitou para propor ao Grupo o sentimento a ser exercitado no próximo ano, convidando-nos a continuar os esforços empreendidos em 2014, mas mantendo o foco, agora, na superação. Ela também sugeriu trabalharmos em 2015 com as lições do Espírito Humberto de Campos contidas no livro Boa Nova, substituindo Caminho, Verdade e Vida, de Emmanuel, que tantas reflexões produziram ao longo desse período. Outra proposta apresentada, agora por parte dos integrantes do "Jesus de Nazaré", foi a de a Coordenação estabelecer um calendário de trabalhos, para que os candidatos sejam mais estimulados ao estudo e à pesquisa dos temas. 

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Último roteiro de 2014

Eis o roteiro do trabalho de encerramento das atividades do "Jesus de Nazaré" neste ano que se finda:

1 - Prece;
2 - Leitura do capítulo 36 de Caminho, Verdade e Vida, seguida de breves comentários;
3 - Desenvolvimento:
3.1 - apresentação da primeira consigna: "Identifique momentos de equilíbrio que você viveu durante o ano"; a) na vida lá fora; b) no Grupo;
3.1.1 - partilha;
3.2 - apresentação da segunda consigna: "Identifique momentos em que você não viveu o equilíbrio no Grupo";
3.2.1 - partilha;
3.3 - apresentação da terceira consigna: "Quais suas propostas de mudança com relação a essas dificuldades?"
3.3.1 - partilha;
4 - Fechamento;
5 - Avisos e prece final.


domingo, 7 de dezembro de 2014

Encarnação semeada

O trabalho de Marilda sobre a necessidade da encarnação finalmente foi concluído no sábado 6 de dezembro, com a participação dos companheiros Roberto, Regina, Cristiano, Quito, Magali, Waldelice, Marilene, Marlene, Luiza, Fernando (que saiu para uma outra reunião), Lígia, Railza, Ilca e Jaciara, mais o coordenador Francisco. Como das vezes anteriores, o início das atividades foi com a leitura do livro Caminho, Verdade e Vida (Emmanuel/Chico Xavier), correspondendo ao capítulo 35, intitulado "Semeadura", no qual o autor espiritual aproveita esta frase de Jesus constante do Evangelho de Marcos (4:32): "Mas, tendo sido semeado, cresce."
No texto, Emmanuel fala-nos dos Espíritos distraídos que se demoram repetindo experiências reencarnatórias sem se darem conta da qualidade do que estão semeando. Segundo o mentor de Chico Xavier, "o bem semeia o bem e o mal semeia a morte", levando os integrantes do Grupo à ponderação do que seja o mal. Para alguns deles, o mal faria parte de nossa natureza, embora tal pensamento contrarie a noção de que somos criaturas de Deus, e o Criador é autor unicamente do bem. Desse modo, nossa essência espiritual não inclui o mal, que é algo qua atraímos e devemos extirpar de nós.
Também recebeu comentários a questão simbólica da morte aventada por Emmanuel, enfocando-se especificamente a condição do espírita, que são e serão mais cobrados que aqueles que não detêm a informação que já adquirimos a respeito da Verdade que liberta. Essa condição, como foi lembrado, não constitui privilégio algum. Assim, é necessário vigiar, bem mais que simplesmente orar, porquanto a semeadura é livre e a colheira é obrigatória, conforme pondera o Cristo.
Chegada a vez de Marilda realizar seu trabalho, ela propôs a última consigna para reflexão e imediata partilha: "Como estou colaborando na obra divina nesta encarnação?" Para ajudar nesse raciocínio, o coordenador leu o poema "Eu não sou da sua rua", letra de música de Arnaldo Antunes tornada famosa pela cantora Marisa Monte:
Eu não sou da sua rua,
eu não sou o seu vizinho.
Eu moro muito longe, sozinho.
Estou aqui de passagem.

Eu não sou da sua rua,
Eu não falo a sua língua,
Minha vida é diferente da sua.
Estou aqui de passagem.
Este mundo não é meu,
Este mundo não é seu.

Eis, portanto, alguns tópicos pinçados e costurados a partir dos comentários suscitados:
A obra divina que nos importa considerar somos nós mesmos, espíritos ainda na imperfeição e por isso a estatura moral que apresentamos é mesmo menor que o tamanho de nosso corpo material. Mas estamos aos poucos nos aperfeiçaondo e as dificuldades da convivência com o outro é o melhor buril para esse aprimoramento: não devemos querer transformar ninguém, mas se quisermos conviver harmoniosamente precisamos mudar a nós mesmos. Isto significa correspondermos à recomendação do Cristo, segundo a quaal devemos renunciar a nós mesmos e carregar nossa cruz na prática do bem, plenificando-nos em Deus perante o outro, no momento de auxiliá-lo.
Fazemos o mal por invigilância ou por ignorância. Krishnamurti, a respeito, diz que são quatro os "pecados" a que o homem está afeito por conta daqueles dois fatores: a maldade, a crueldade, a maledicência e a superstição. Jesus, há mais de dois mil anos, conclama-nos a amar ao próximo e a nós mesmos e esse amor, que cobre a multidão dos pecados, é reerendado pelo Espírito de Verdade que nos trouxe a Revelaçao Espírita, ao dar nossos dois mandamentos: "Amai-vos e instruí-vos", ou seja: faça e aprenda como fazer para fazer sempre e cada vez melhor, prestando atenção ao que se faz e como se faz.
No fechamento de seu trabalho, Marilda recordou o pensamento de Emmanuel, segundo quem, "cada encarnação é como se fora um atalho nas estradas da ascensão, por isso o ser humano deve amar sua existência de lutas, porquanto ela é como se fosse um perdão de Deus..." A companheira também salientou que, pelo livre arbítrio, temos nossas escolhas; além do mais, dissse ela, tudo na vida decorre das escolas conscientes ou inconscientes que fazemos e é desse modo que construímos nossa vida.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Sim, sim; não, não

A atividade de encerramento dos trabalhos do Grupo Jesus de Nazaré será realizada no dia 13 de dezembro, de modo que só teremos mais dois encontros, digamos, acadêmicos este ano, porquanto deveremos programar a reunião de confraternização. Por sugestão da Coordenação, o tema desse último trabalho versará sobre o equilíbrio, recordando o início das atividades, em março, quando firmou-se o compromisso de cada integrante do Grupo trabalhar essa qualidade em si mesmo, especialmente em relação ao próprio comportamento no "Jesus de Nazaré". Será, portanto, um momento de autoavaliação para uma futura e desejável tomada de consciência quanto ao papel de cada um num grupo que preconiza não somente a aquisição de conhecimentos, mas a renovação de postura perante a vida, e perante o próximo, perante o Cristo...
Vamos pensar?


sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Encontro no desencontro

A segunda semana de folga do Grupo corresponde à realização, neste final de semana, do Encontro Estadual de Espiritismo, que a Federação Espírita do Estado da Bahia promove pelo 17.º ano seguido no Centro de Convenções, para onde convergirão as atenções dos integrantes do movimento espírita baiano. Será mais uma oportunidade para reavaliarmos nossos conhecimentos, reciclando conceitos e ampliando o entendimento acerca de muitos assuntos concernentes à Doutrina dos Espíritos e ao Evangelho de Jesus. O tema central do encontro é "Vivendo o Evangelho em comunidade espírita", que traz a Salvador expositores da Paraíba, Distrito Federal e São Paulo. Divaldo Franco está esclado para proferir uma conferência.
Vai perder?


domingo, 16 de novembro de 2014

Sábado festivo


A primeira semana da folga dada ao Grupo Jesus de Nazaré foi aproveitada para a primeira festa de congraçamento, realizada no sábado, dia 15 de novembro, na Mansão dos Mascarenhas, que é como denominamos a residência do casal de integrantes Maria Luiza e Fernando. Mas havia uma boa razão para esse encontro, do qual participaram os coordenadores, Francisco e Creuza, mais Carminha, Waldelice, Magali, Iva, Marlene, Railza, Marilene, Valquíria, Egnaldo, Regina e Isabel, dentre outros convidados. O motivo foi o aniversário de Fernando, que transcorreu nesse dia, comemorando-se também o natalício de Luiza, realizado em outubro. O ambiente era o de uma discoteca e o clima, o de uma balada tão ao gosto dos jovens, levando os presentes a gastar sola de sapato na dança e também energia, posto que o calor do encontro fez o suor molhar as roupas. Para completar a noite, Fernando serviu sua especialidade gastronômica: uma deliciosa moqueca de arraia, contentando os paladares mais exigentes.

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Alô, Dezembro!

O mês de novembro acabou rapidinho para o Grupo de Estudos Jesus de Nazaré e por isso esta postagem louvando dezembro, ainda que no mês viundouro tenhamos de experimentar o inevitável recesso de fim de ano, a fim de planejarmos a programação do próximo ano. A interrupção das atividades em novembro deve-se aos eventos programados tanto pela Cobem quanto pela Federação Espírita do Estado da Bahia nos próximos fins de semana. Assim, neste sábado, dia 15, como parte das festividades comemorativas de mais um aniversário da Casa de Oração Bezerra de Menezes, todas as atividades doutrinárias serão realizadas pela manhã, inviabilizando nosso encontro semanal. No dia 22 começa o Encontro Estadual de Espiritismo, promovido pela FEEB no Centro de Convenções, para o qual convergirão as atenções do movimento espírita baiano. Por fim, o dia 29 está reservado para o Encontro de Trabalhadores da Cobem, do qual os integrantes do "Jesus de Nazaré" são convidados a participar. Como se vê, só voltaremos a nos reunir em dezembro, o que nos faz adiar a finalização dos estudos sobre o quarto capítulo de O Evangelho Segundo o Espiritismo...


sábado, 8 de novembro de 2014

Encarnar para comer e beber?

Com a ausência da coordenadora Creuza, às voltas com suas funções na Fedderaação Espírita do Estado da Bahia, o "Jesus de Nazaré" desenvolveu as atividades deste sábado, 8 de novembro, com a participação de Marilda, responsável pelo trabalho do dia, Eliene, Nilza, Roberto, Carminha, Luiza, Waldelice, Bonfim, Marlene, Cristiano, Marilene, Iva, Regina, Lígia, Fernando e Railza, além do coordenador Francisco. E tudo começou, mais uma vez, com a leitura do livro Caminho, Verdade e Vida (Emmanuel/Chico Xavier), desta feita enfocando o capítulo 34, intitulado "Comer e beber", no qual o autor espiritual introduz comentário sobre as palavras de Jesus cosntantes do capítulo 13, versículo 34 do Evangelho de Lucas: "Temos comido e bebido na tua presença e tens ensinado nas ruas", frase esta tirada da passagem evangélica em que o Mestre pondera sobre quem terá presença ao seu lado no Reino dos Céus.
Mas antes que a Coordenação abrisse espaço para os comentários dos presentes, foi lido trecho do livro O Profeta, de Khalil Gibran, em que se argumenta, poética e filosoficamente acerca do comer e do beber, Em seu texto, Emmanuel, analisando nosso comportamento ante as lições e as propostas de renovação moral e espiritual que nos foram trazidas por Jesus, diz que "O homem deve cultivar a meditação no círculo dos problemas que o preocupam cada dia. Os irracionais também comem e bebem. Contudo, os filhos das nações nascem na Terra para uma vida mais alta". Essa vida mais alta, segundo se depreende da leitura, implica entender que "não bastará crer intelectualmente em Jesus. É necessário aplicá-lo a nós próprios". Assim, dentre os comentários ouvidos, ressaltamos o de Railza, para quem exercitamos a Doutrina Espírita como podemos: "O que aprendemos, um dia aplicaremos; nada está perdido e um dia a luz se fará", disse ela.
Passada a palavra a Marilda, para a realização de seu trabalho a respeito dos últimos itens do quarto capítulo de O Evangelho Segundo o Espiritismo - "Ninguém poder ver o reino de Deus se não nascer de novo"/ "Necessidade da encarnação", ela procedeu à leitura do texto, que inclui uma interessante pergunta do Codificador - expondo uma dúvida ainda presente em muitos de nós ("A encanação é uma punição, e não há senão Espíritos culpados que a ela estejam obrigados?") -, a consequente resposta pelo Espírito São Luís, protetor de França, e por fim uma Nota de Allan Kardec. Em seguida, a companheira colocou a primeira consigna, pedindo alguma reflexão por parte do pessoal, antes da partilha de opiniões: "Qual a finalidade da encarnação?"
No entanto, o trabalho não rendeu, a atividade não foi muito à frente e por isso combinamos retomar essa conversa no primeiro sábado de dezembro, quando o Grupo voltará a se encontrar. Esse prazo tão dilatado se deve aos eventos programados pela Cobem e também pela FEEB nos três próximos fins de semana: os festejos comemorativos do 46.º aniversário da Casa, o Encontro Estadual de Espiritismo e o Encontro de Trabalhadores da Casa de Oração Bezerra de Menezes. E o trabalho não rendeu, embora o encontro em si tenho sido enriquecedor, somente porque os integrantes, por uma necessidade qualquer, preferiram tecer considerações acerca do tema "comer e beber" e outras peculiaridades observadas no seio do movimento espírita.
Ainda assim, a consigna colocada por Marilda mereceu algumas considerações: Eliene, por exemplo, observou que a encarnação facilita ao Espírito seu aprendizado: "Àmedida que ele reencarna, vai se graduando", disse ela, referindo-se à evolução. Já Bonfim revelou que a finalidade da encarnação é colocarmos em prática o que já sabemos, a fim de adquirirmos sabedoria e manifestarmos a perfeição: "É preciso fazer isso de maneira excelente", afirmou, acrescentando que "quando fazemos pela metade ou mal feito, repetimos a lição". Por sua vez, Railza opinou que "encarnamos para aprimorar a questão moral e refinar o caráter"...


quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Encarnar para quê?

A resposta que o Espírito São Luís oferece à pergunta de Allan Kardec, no último tópico do quarto capítulo de O Evangelho Segundo o Espiritismo, discorrendo sobre a necessidade da encarnação, subsidiará, junto com o comentário de Kardec, a atividade deste sábado no "Jesus de Nazaré", sob a condução da companheira Marilda. Será uma ótima oportunidade para relermos e melhor compreendermos o que os Espíritos Superiores nos informam em O Livro dos Espíritos, especialmente na questão 132 formulada pelo Codificador. Com esse trabalho encerraremos o estudo desse capítulo do ESE, sem pretendermos esgotar o assunto reencarnação, princípio que constitui uma das bases de perquirição da ciência e da filosofia espíritas. Como se percebe, teremos muito a observar no sábado, dia 8 de novembro. Até lá, portanto.


terça-feira, 4 de novembro de 2014

domingo, 2 de novembro de 2014

Recapitulando lições

Com a presença de Valquíria Nilza, Railza, Egnaldo, Fernanda, Egnaldo, Marlene, Carminha, Marilene, Luiza, Roberto, Marilda, Iva, Cristiano, Magali, Waldelice, Fernando, Lígia e os coordenadores - Francisco e Creuza -, as atividades do primeiro sábado de novembro enriqueceram um pouco mais os participantes do "Jesus de Nazaré". Como sempre, o trabalho começou com a leitura sequenciada, seguida de comentários, do livro Caminho, Verdade e Vida (Emmanuel/Chico Xavier), desta vez abordando o capítulo 33.
Nesse texto, cuja epígrafe é retirada do Evangelho de João (12:43) - 'Porque amavam mais a glória dos homens do que a glória de Deus." - o autor espiritual observa o quanto nós atentamos para a feição fenomênica da vida em detrimento das lições por trás dela, deixando de aproveitar a oportunidade das realizações espirituais, até nos surpreendermos no dia da despedida da vida física. Nesse sentido, vale recordar o pensamento de Paulo de Tarso que explica nossa quase imobilidade e flagrante oscilação entre querer e realizar. Disse o apóstolo dos gentios: "O bem que eu quero não faço, mas o mal que não quero eu faço". Por isso é que temos de recapitular as lições até que possamos consolidar o aprendizado...
Para o trabalho sobre o tópico "Limites da encarnação" (O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. IV), a coordenação promoveu a leitura do texo específico e depois convidou a turma para uma reflexão silenciosa sobre as três consignas programadas, realizando a partilha logo após cada uma delas. As consignas foram estas: 1 - Considerando minhas condições de saúde física, quanto tempo eu penso ter ainda nesta encarnação?"; 2 - "Que mundo espiritual espero encontrar após minha desencarnação?"; e 3 - Estou preparado para desencarnar? Quais são os investimentos que faço para minha desencarnação?"
Eis alguns depoimentos:
Roberto disse pensar mais no compromisso mantido com a Espiritualidade do que no pouco que quer relativamente ao tempo aqui na Terra, afirmando que tem algumas patologias, outras surgirão, "mas o que mereço não importa", ressaltou, alimentando porém uma dúvida: "Será que o que preciso me será concedido?" Luiza, por sua vez, considerou ter aproximadamente cinco anos mais pela frente até sua partida deste plano, avaliando que seus irmãos se despediram por volta dos 70 anos: "Às vezes, morremos de repente", disse ela.
Para Carminha, é interessante "essa coisa de tempo", porque, tendo que se submeter a três cirurgias cardíacas, ouviu dos médicos três diferentes prazos de sobrevida: "Mas estou aqui ainda, acho que sou eterna", brincou, revelando esperar herdar a longevidade de sua mãe centenária, embora se preocupe mais com a qualidade de vida. Railza também tem idêntico receio e declarou que, por conta das condições de saúde, já deveria estar "do outro lado" há muito tempo, mas procura melhorar seus dias ajudando "às pessoas que precisam de mim".
Em seguida, Egnaldo observou que somos hoje o somatório das ações de ontem e por isso "é bom ser comedido e orar bastante". Por sua vez, Waldelice ressaltou estar se cuidando muito para não dar trabalho aos guias espirituais (porque a Coordenação havia dito que, de duas coisas, uma pode acontecer em nosso retorno ao plano espiritual, quando observaremos melhor a continuidade da vida: ou continuamos a trabalhar ou continuaremos a dar trabalho...).
Quanto à segunda consigna, Iva garantiu saber que "não vou para mundos e umbral". Semelhante opinião teve Creuza, dizendo estar investindo para não ir para o tal Umbral: "Se eu continuar trabalhando na Casa, já é lucro", afirmou. Também Marilene manifestou idêntica pretensão: "Peço a Deus para ficar aqui, na Cobem, trabalhando". Já Valquíria revelou procupação com as pendências junto aos familiares e Fernando declarou que encontrará "o mundo que vivo hoje, não há alternativa".
Em relação à terceira e última consigna da atividade, Luiza foi a primeira a falar: "Tenho procurado fazer melhor para não me preocupar" com a morte, Para desencarnar, Creuza disse estar investindo no desapego quanto às coisas materiais e às pessoas, especialmente os familiares, mas principalmente em referência às certezas adquiridas: "Tenho a habilidade de ver onde as coisas apresentam erro", disse ela, acrescentando que se isso é bom por um lado, possibilitando a tomada de providências, por outro é ruim, devido às críticas ao comportamento alheio; mas a companheira salientou que já consegue dar ao outro o direito de errar, reconhecendo que ele pode fazer as coisas de um modo diferente do dela.
Railza, igualmente a Creuza, disse trabalhar o desapego como passaporte para sua desencarnação, ressaltando que, apra isso, só falta decidir o que fazer da casa onde mora; sua intenção, conforme declarou é combinar a venda com os filhos para posterior doação à Casa Espírita: "Mas não vou esperar e farei a doação do valor para as obras assistenciais daqui", completou. Roberto, a seu turno, diz estar trabalhando "a questão dos desafetos pregressos", referindo-se ao perseguidores invisíveis: "Tenho orado por eles", frisou, salientando querer limpar essa mácula de sua jornada evolutiva: "Sei que errei, mas peço perdão; se não fizer isso aqui, eu os encontrarei lá e serei cobrado".
No fechamento do trabalho, a Coordenação reparou que as atividades de preparação para esse significativo momento são importantes, mas não se deve esquecer a avaliação dos conhecimentos adquiridos, muitos dos quais precisam ser reciclados e, de certa forma, "esquecidos", uma vez que estamos encarnados com o propósito não de preparar uma bagagem para a "viagem de volta", mas para desfazermos essa bagagem, consoante o que Jesus pondera no Evangelho de Tomé: "Para o lugar aonde ireis, não devereis levar coisa alguma, porque o que levardes poderá impedir vossa passagem pela porta estreita".
Se nada levamos de material, porquanto chegamos aqui nus e ao sairmos deeixamos o próprio corpo, algo assemelhado à realidade material segue conosco e isto são os pensamentos, as ideias e conceitos que alimentamos a partir dos conhecimentos obtidos, de modo que devemos renunciar também a isso, mesmo considerando-os importantes, para não sofrermos surpresas desagradáveis, concluindo,inconscientemente, que simplesmente morremos, e não desencarnamos ainda...


quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Limites

Neste sábado, 1 de novembro, continuaremos abordando tópicos referentes à reencarnação e desta feita vamos considerar os limites da encarnação, consoante o arrazoado de Allan Kardec no item 24 do capítulo IV de O Evangelho Segundo o Espiritismo. Tal enunciado faz correspondência com o ensinamento do Espírito Emmanuel no livro homônimo psicografado por Chico Xavier, no qual o autor espiritual trata do significado das reencarnações, nestes termos: "Cada encarnação é como se fora um atalho nas estradas da ascensão. Por esse motivo, o ser humano deve amar a sua existência de lutas e de amarguras temporárias, porquanto ela significa uma bênção divina, quase um perdão de Deus".
Compreendendo a jornada reencarnatória por esse prisma, certamente teremos muito que comentar durante a atividade a ser desenvolvida pela Coordenação.
Vamos lá?

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

De nuvens e afetos

Os afetos do título correspondem ao trabalho sobre a reencarnação, a partir do estudo dos items 18 a 22 do capítulo IV de O Evangelho Segundo o Espiritismo (Ningém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo) - "A reencarnação fortalece os laços de afeto...". Já as nuvens se referem à abordagem do capítulo 32 do livro Caminho, Verdade e Vida (Nuvens), no qual o Espírito Emmanuel, citando passagem do evangelho de Lucas - "E saiu da nuvem uma voz que dizia: Este é o meu amado Filho, a Ele ouvi" (9:35) - relativa à transfiguração no Tabor, conclama-nos a não temermos as nuvens das dificuldades e observarmos as lições que elas trazem. A atividade deste sábado, 25 de outubro, teve a participação de Regina, Railza, Eliene, Isabel, Waldelice, Magali, Fernando, Egnaldo, Iva, Roberto, Nilza, Valquíria, Marilda e Marilene, junto ao coordenador Francisco.
De acordo com Emmanuel, "as penas e dissabores da luta planetária contêm esclarecimentos profundos, lições ocultas, apelos grandiosos. A voz sábia e amorosa de Deus fala sempre por meio deles". Isso significa que não precisamos nem devemos nos impacientar ou desesperar ante as tormentas que se nos acometam, porquanto a finalidade é nosso aprendizado e consequente melhoramento espiritual. Desse modo, Egnaldo considerou ser a voz da razão a nos falar em meio a essas nuvens. Para Valquíria, ficamos mais presos à sombra do que à "palavra do Céu", angustiando-nos, embora saibamos que toda nuvem é passageira... Isabel, que aproveitou o momento para um desabafo em razão do que tem passado cuidando de uma tia enferma, ressaltou que em nosso processo evolutivo experimentamos altos e baixos.
Na opinião de Iva, nós, os encarnados, esquecemos de que somos endividados uns para com os outros, "mas o que fazemos é para nós mesmos". Roberto, por sua vez, salientou que a ideia de Céu está ainda muito distante de nós, porquanto certos poetas, filósofos e mesmo entidades espirituais costumam a se referir a várias esferas celestiais: "Mas se olharmos para a realidade do espírito não há essa distância", disse ele.

***

A leitura do tópico do ESE iniciou a segunda etapa do trabalho, após o que o coordenador Francisco recordou as consignas propostas na semana anterior, ressaltando que o momento já era o da partilha, uma vez que as abordagens sobre a temática já haviam sido realizadas nos subgrupos, naquela ocasião. E ele foi o primeiro a comentar, revelando a emoção que acometeu duas famílias quando sua filha anunciou a gravidez, fazendo-o perguntar: "Quem será esse Espírito que já chega comovendo tanta gente assim?".
Em seguida, Eliene confessou a dificuldade que tinha de aceitar o genro, um homem que não queria ser pai, acreditando que sua esposa deveria cuidar unicamente dele; mas ela engravidou e no primeiro instante esse homem se revoltou, mas no dia seguinte já havia mudado de ideia, mas um aborto espontâneo trouxe-lhe a frustração de ser pai. "Será que esse Espírito que viria não tinha exatamente a incumbência de fazer meu genro modificar seu sentimento?", questionou ela.
Ainda falando dos reencarnantes, Valquíria salientou que há afetos que chegam, às vezes, indiretamente e mesmo assim mexem com todo mundo, a exemplo de crianças adotivas; ela disse estar, junto com seus familiares, mobilizada pela expectativa do (re)nascimento da filha de uma sobrinha.
Railza, por sua vez, ressaltou os estudos sobre laços de família que tem realizado profissionalmente e observou ser mesmo difícil conviver com os objetos de seu afeto sem interferir, tanto quanto com os desafetos: "Tenho convivido com inimigos terríveis", explicou, acrescentando não deixar que isso afete sua vida, "porque não vou tomar Rivotril jamais!"; segundo ela, vivemos em busca de paz, de conforto psicológico e espiritual, mas declarou-se preocupada com a própria desencarnação, "porque não quero encontrar os desafetos".
Estimulada pela fala da companheira, Magali reparou que "a Doutrina Espírita nos diz o que são o ódio e o amor; os desafetos são o amor frustrado e portanto não existem de fato". Regina se emocionou - assim como Isabel, na vez dela - ao relatar sua história pessoal e familiar, revelando a infância difícil que teve e a existência de um irmão que cortou relações com sua mãe e parte dos familiares. Por último, Eliene confessou o quanto se sente incomodada por uma criança de três anos de idade que, mimada pelos pais, perturba todo mundo no prédio do qual ela é síndica...

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Nossos afetos

Neste sábado, 25 de outubro, voltaremos a nos debruçar sobre a reencarnação, ainda observando o quanto ela colabora para o estreitamento dos laços afetivos. Isto será dar continuidade à conversa estabelecida há uma semana, dando mais tempo para os integrantes do Grupo colocarem seus pareceres acerca de tão palpitante questão. Será quando novamente conversaremos sobre a necessidade de estreitarmos os laços afetivos com aqueles com quem temos alguma afinidade e dos quais nos aproximamos. Consoante o que os abnegados Instrutores invisíveis disseram a Allan Kardec - vide O Livro dos Espíritos - Lei de Sociedade -, "os laços sociais são necessários ao progresso e dos de família tornam apertados os laços sociais: eis por que os laços de família são uma lei da Natureza. Quis Deus, dessa forma, que os homens aprendessem a amar-se como irmãos". Dessa forma, compreendemos que o relaxamentos desses vínculos afetivos são memso, como dizem os Espíritos Superiores, "uma recrudescência do egoísmo".
Teremos, portanto, muito trabalho neste sábado.


segunda-feira, 20 de outubro de 2014

O mínimo

Isabel, Quito, Egnaldo, Marilda, Lígia, Eliene, Bonfim, Fernando, Marilene, Cristiano, Roberto, Jaciara, Waldelice, Valquíria, Ilca, Marlene e o coordenador Francisco compareceram à atividade realizada no sábado 18 de outubro, para abordagem do tópico de O Evangelho Segundo o Espiritismo intitulado "Os laços de família fortalecidos pela reencarnação e desfeitos pela unicidade da existência" (cap. IV), no qual Allan Kardec expõe argumentos lógicos e insofismáveis para validar a tese da pluralidade das existências.
Os comentários acerca do livro Caminho, Verdade e Vida versaram em torno do capítulo 31, "Coisas mínimas", para cuja abertura o autor espiritual, Emmanuel, utiliza como epígrafe um ensinamento de Jesus constante do capítulo 12, versículo 26, do evangelho de Lucas: "Pois se nem ainda podeis fazer as coisas minimas, por que estais ansiosos pelas outras?". O texto faz-nos entender que a obra de Deus é perfeita no conjunto mas carece de complemento nos detalhes que nos competem, exigindo cooperação de nossa parte.
A respeito, Marilene considerou que a própria reforma interior é esse mínimo de que precisa cuidar, porquanto seja de alta envergadura. Bonfim destacou uma frase do texto de Emmanuel: "Convém atender às coisas minimas na senda de Deus". Egnaldo lembrou da necessidade de realizarmos atividades humildes, o que fez a Coordenação recordar o exemplo de Frei Fabiano de Cristo, que ao dedicar-se à vida religiosa quis atender aos necessitados, mas o prior, considerando que o noviço ainda não tinha méritos, colocou-o na portaria do mosteiro, onde Fabiano era o primeiro a ser procurado pelos necessitados...
Eliene ressaltou a condição do professor como o profissional que realiza o mínimo na formação do caráter dos "grandes homens" e sofrem o desprezo social; segundo ela, ninguém chega ao ápice sem o esforço da base, sem observar a importância da mão que conduz o ser na longa caminhada para o sucesso. Roberto fez um relato sobre certa atitude marcada pelo orgulho e Quito reparou que as atividades de pequena monta fazem parte da grande engrenagem do Universo. De acordo com Waldelice, o mínimo a fazer em relação ao outro é manifestar-lhe tolerância, compreensão e misericórdia.
Valquíria observou haver quem faça o mínimo e apresente os mesmos espinhos presentes naqueles que se destacam. Fernando relatou a trajetória de um seu amigo marceneiro que fazia trabalhos para a Casa de Oração e depois tornou-se espírita. A questão dos espinhos referida por Emmanuel e lembrada por Valquíria fez o coordenador Francisco comentar as palavras de um seu conhecido, espírita atuante numa cidade do interior baiano, o qual disse certa vez que os homens são como um jardineiro que vai ao roseiral em busca da beleza e do perfume das flores, sem se preocupar com os espinhos, e retorna feliz com a colheita, mesmo arranhado e até sangrando...

***

Quanto à abordagem do tópico do ESE em estudo, a Coordenação procedeu à leitura do texto de Allan Kardec e depois propôs estas duas consignas para análise nos dois subgrupos formados:
1- Como estão meus afetos com a reencarnação?; e
2 - Como ficariam meus afetos sem a reencarnação?
Mas antes mesmo de se abrir a partilha alguém protestou, dizendo que o tempo para o exame da questão, pela via das duas consignas, era bastante exíguo e por isso a Coordenação achou por bem transferir tais observações para o próximo encontro. Assim, de maneira bastante informal, o grupo passou a relatar casos e episódios nos quais se evidenciam a verdade da reencação nos respectivos círculos familiares...


quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Chamaste-me?

Também neste sábado, dia 18 de outubro, o confrade Francisco Muniz, um dos coordenadores de nosso Grupo, fará o lançamento de seu segundo livro espírita - o primeiro veio à luz no ano de 2013 e recebeu o título de Lições do Evangelho para a Vida Prática. Intitulado O Chamado, o novo trabalho traz apenas mensagens do Espírito Irmã Rafaela, que também se faz presente na obra anterior. O teor dessas mensagens recorda o convite do Cristo quanto às tarefas que nos dizem respeito, como espíritos imortais, no sentido de colaborarmos com a Obra divina mais estreita e conscientemente. O lançamento acontece no C. E. Deus, Luz e Verdade, na Vila Laura, a partir das 18 horas.


Laços

Há, segundo o Cristo, duas famílias a considerar: a consanguínea, correspondendo à parentela formada na Terra; e a espiritual, referente aos habitantes do mundo invisível com os quais temos afinidade. Recordemos, assim, as palavras de Jesus: "Minha mãe, minhas irmãs e meus irmãos são todos aqueles que fazem a vontade de meu Pai que está nos Céus".
À parte a dimensão mística dessa questão, o fato é que a cada existência nos vinculamos espiritualmente a várias criaturas mas nem sempre esses vínculos são permanentes, porquanto só o são os laços fortalecidos pelo afeto. Assim é que a reencarnação é a medida pela qual nós fortalecemos os laços afetivos que perduram além da morte ou desencarnação, aumentando a família espiritual.
Tal é o fulcro da atividade deste sábado, 18 de outubro, ainda enfocando o capítulo IV de O Evangelho Segundo o Espiritismo, que trata dos assuntos pertinentes à lei de reencarnação. Desta vez, abordaremos o último tópico antes das Instruções dos Espíritos, no qual Allan Kardec leva-nos a entender que essa lei não rompe os laços afetivos, muito pelo contrário, porquanto os fortalece verdadeiramente. Assim a lei: "nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre"...
Vamos ao trabalho.





domingo, 12 de outubro de 2014

Pronto para a próxima?

O trabalho deste sábado, sobre os itens 14 a 17 do quarto capítulo de O Evangelho Segundo o Espiritismo - "Ninguém pode ver o Reino de Deus se não nascer de novo" -, teve a participação de uma visitante, Tatiana, que decidiu comparecer ao Salão B da Cobem após tomar conhecimento de nossas atividades no Facebook. Ela se juntou a Carminha, Quito, Fernando, Lígia, Ilca, Iva, Marilda, Fernanda, Luiza, Marlene, Marilene, Regina, Egnaldo, Roberto, Valquíria, Isabel, Nilza, Cristiano e Waldelice, além dos coordenadores, Creuza e Francisco.
Antes, como já é praxe, procedemos à leitura seguida de comentários sobre o capítulo 30 do livro Caminho, Verdade e Vida, intitulado "O mundo e o mal", no qual o autor espiritual, Emmanuel, aproveita como epígrafe estas palavras de Jesus: "Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal", conforme consta ado Evangelho de João (17:15). No texto, Emmanuel diz que "a Terra, em si, sempre foi boa", de modo que "o mal, portanto, não é essencialmente do mundo, mas das criaturas que o habitam".
Chegada a hora da realização da atividade evangélica, a Coordenação solicitou que todos se levantassem e, ao som da música posta a tocar, andassem pela sala observando os cartazes com tópicos do texto de Allan Kardec comentando a passagem do profeta Jó. Eram cinco cartazes afixados nas paredes: 1 - "Não há, pois, duvidar de que, sob o nome de ressurreição, o princípio da reencarnação era ponto de uma das crenças fundamentais dos judeus, ponto que Jesus e os profetas confirmaram de modo formal."; 2 - "Negar a reencarnação é negar as palavras do Cristo."; 3 - Quando se trata de remontar dos efeitos às causas, a reencarnação surge como de necessidade absoluta, como condição inerente à Humanidade."; 4 - "Só ela pode dizer ao homem donde ele vem, para onde vai, por que está na Terra, e justificar todas as aparentes injustiças que a vida apresenta."; e 5 - "Sem o princípio da preexistência daa alma e da pluralidade dass existências, são ininteligíveis, em sua maioria, as máximas do Evangelho.".
Assim, enquanto liam os cartazes, os participantes foram estimulados a identificarem, nas frases, aquela mais significativa e antes que voltassem a se sentar escolheram um cartão representando uma das quatro fases da vida humana, para reflexão pessoal baseada no texto escolhido: 1 - "minha infância"; 2 - "minha juventude"; 3 - "minha adultez"; e 4 - "minha maturidade". A Coordenação pediu então que fizessem contato com esse período da vida e determinou que apenas uma pessoa por cada período teria a prerrogativa da palavra, de preferência quem não fez comentários na primeira etapa, sobre o texto do benfeitor Emmanuel.
Aberta a partilha, Isabel, falando sobre sua infância, disse sempre perguntar a si mesma por que vivenciou tudo que passou nesse período e que só a Doutrina Espírita lhe deu a explicação, oferecendo-lhe respostas satisfatórias pela via da reencarnação, levando-a a entender que "não somos vítimas nem algozes"; tais informações, disse ela, amenizaram sua dor e lhe trouxeram um pouco de equilíbrio.
Coube a Ilca referir-se à fase da juventude, o que a fez emocionar-se, afirmando ter sido esse um período muito triste de sua vida, após ter vivido situações traumáticas entre a segunda infância e a adolescência passadas na ausência dos pais, além dos distúrbios provocados pela mediunidade provacional; segundo ela, não teve quem a incentivasse quanto ao bom comportamento e só contou consigo mesma; hoje, disse, sente-se feliz por ter conhecido a Doutrina.
Regina falou da adultez, argumentando que nessa fase a vida tem lhe ensinado muitas coisas, ao ponto de sentir-se num tempo de maturação, próximo da condição de "idosa"; segundo ela, muitas etapas já foram cumpridas e está, agora, tentando enxergar as coisas de modo mais profundo, desenvolvendo uma série de valores, "de modo que minha adutez é muito evidente para mim; já não sou quem era antes".
Por sua vez, Lígia, tratando da maturidade, revelou que não buscou a Doutrina Espírita por causa da dor, mas porque questionava certos aspectos da vida, como a morte; nessa época, alguém a encaminhou à Casa de Oração Bezerra de Menezes e ela se encontrou, conforme disse: "Na Doutrina encontrei amparo quando da morte precoce de uma irmã, o que me fez sentir perdida"; no entanto, tem aprendido a ser mais tolerante, aceitando melhor os acontecimentos e as perdas, passando a confiar e a ter certeza da reencarnação: "Isto nos dá equilíbrio", frisou.

***

Na segunda etapa da atividade, a Coordenação voltou a pedir que o pessoal andasse pela sala, ainda ouvindo música, e solicitando também que identificassem os investimentos feitos como preparação para a próxima encarnação. Após breves instantes de reflexão, abriu-se a partilha, da qual todos foram chamados a participar. Valquíria, a respeito, declarou que começou esse investimento ao conhecer a Doutrina Espírita, na juventude, apesar dos entraves observados, como a resistêencia dos familiares católicos. Opinião semelhante teve Isabel, salientando que seu maior investimento foi ter descoberto a Doutrina "e há mais de 20 anos tenho buscado aprender", embora reconheça estar ainda engatinhando nesse processo, tendo no Evangelho seu grande alento.
Egnaldo considerou que quando se procura algo já se está fazendo um investimento. Fernanda declarou estar em processo de reconstrução, um trabalho intenso na tentativa de "negociar uma erraticidade longa". Para Quito, o investimento é sua busca pela excelência, a fim de passsar pela "porta estreita", para isso ponderando acerca de suas atitudes, relações familiares e sociais, fazendo o bem em toda parte, não só na Casa Espírita, segundo disse. Por seu turno, Iva afirmou facilitar o autoconhecimento, "o que me leva à adultez, observando em mim o que preciso melhorar".
O investimento de Ilca, segundo ela declarou, é pôr em prática o que já consegue compreender do Espiritismo, principalmente no tocante à mediunidade. Marlene revelou começar seu investimento ainda na infância, tenso sido evangelizada na Igreja Batista; na fase adulta, conheceu a Doutrina Espírita, recebendo os esclarecimentos indispensáveis ao bem viver: "Hoje, olho para mim sem medo", afirmou. "Toda a luta e esforço empreendido para me transformar num espírita verdadeiro, comportando-me coerentemente com o que a reencarnação ensina" constituem o investimento de Fernando; ele salientou também que participar do Grupo Jesus de Nazaré é parte desse processo, uma vez que com estes estudos ele intensifica sua crença na vida futura.
Tatiana declarou que faz um investimento não para a próxima encarnação, mas para a vida eterna, pondo em prática o aprendizado e entendendo a dinâmica da vida. Waldelice ressaltou que seu investimento é atitude diária, vivenciando o que aprende, "para chegar bem melhor na vida futura". Marilda observou a resiliência, a capacidade de adaptação às situações adversas, como sua luta, par a a qual o Espiritismo veio ajudar no entendimento das ocorrências difíceis em sua vida. Para Regina, o investimento é trabalhar em prol de um mundo melhor. Carminha recordou as três cirurgias cardíacas realizadas, cuja causa espiritual, conforme lhe apontaram, era a falta de amorosidade; agora, procura corrigir essa deficiência e "na próxima encarnação, meu coração estará bem melhor", acredita.
Lígia revelou que a prática das lições do Evangelho, "o que não é fácil", são seu investimento no sentido de tornar-se um ser humano melhor. Por sua vez, Cristiano disse tentar vivenciar o Evangelho utilizando o Espiritismo, doutrina esta tornada o divisor de águas em sua vida. O investimento de Marilene, segundo ela mesma declarou, "é me conhecer, usando o Evangelho, pedindo a Deus sabedoria, força e coragem para não esmorecer ante minhas autoanálises". Fechando o encontro, Creuza explicou que teve de ser adulta sempre, tomando as rédeas da própria vida a partir dos sete anos de idade; hoje, salientou, seu investimento é no sentido de quebrar sua rigidez, sendo mais leve consigo mesma e com o outro.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Reencarnei, e daí?

A reencarnação segue sendo o foco de nossos estudos no âmbito do Grupo de Estudo Jesus de Nazaré até finalizarmos o quarto capítulo de O Evangelho Segundo o Espiritismo, intitulado "Ninguém pode ver o Reino de Deus se não nascer de novo". Neste sábado, dia 11 - véspera do proclamado Dia das Crianças - voltaremos a nos debruçar sobre o tema, agora abordando os itens 14 a 17 do citado capítulo, nos quais Allan Kardec utiliza três diferentes traduções de uma mesma citação do profeta Jó (14:10 e 14) no Antigo Testamento: "Quando o homem está morto, vive sempre; acabando os dias de minha existência terrestre, esperarei, porque a ela voltarei de novo" (versão da Igreja grega, ortodoxa).
Como das vezes passsadas, será mais uam atividade vivencial, levando os participantes a refletirem acerca do porque e do para que estão reencarnados, avaliando a presente existência como estapa preparatória da próxima experiência na Terra, num outro corpo, talvez numa outra região ou país e, consequentemente, numa outra família, num outro sexo, outra diretiz religiosa, outras ocupações ou... quem sabe o que poderá acontecer? Mas podemos e devemos colaborar nesse processo e estarmos conscientes disso ajudará bastante na futura tomada de decisões.
Até sábado, portanto.


domingo, 5 de outubro de 2014

Posição na vida

"Quando me percebo morto, ressuscitando ou ressuscitado em minha existência?"
Essa pergunta, feita por Cristiano no trabalho apresentado no sábado, dia 4 de outubro, mexeu com os participantes do "Jesus de Nazaré", que na ocasião ofereceram suas justificativas. Antes disso, porém, procedeu-se ao estudo do livro Caminho Verdade e Vida (Emmanuel/Chico Xavier), desta vez explorando o capítulo 29 - "Contentar-se" -, cujo mote é dado logo na epígrafe: "Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho" - Paulo (Filipenses, 4:11). Estavam presentes, além de Cristiano e dos coordenadores, Fernanda, Fernando, Eliene, Regina, Carminha, Ilca, Railza, Isabel, Valquíria, Egnaldo, Jaciara, Magali, Marilene, Marlene, Waldelice e Roberto.
Pois bem: Carminha, a arespeito do texto de Emmanuel, comentou já ter vivido angustiadamente essa busca pelos bens materiais, mas hoje não vê mais sentido nisso. Para Eliene, é difícil contentar-se com pouco vivendo numa sociedade consumista, embora se encontre numa fase similar à de Carminha; no entanto, o dinheiro é bom, disse, e luta para tê-lo, reconhecendo que esse recurso deve ser bem utilizado. Na opinião de Valquíria a dificuldade estar em ter e despender esforço na proteção desses bens. Jaciara, por seu turno, reconhece-se ainda consumista, mas já diminuindo esse ímpeto; segundo ela, o que compra não é pelo luxo, mas pela comodidade (conforto).
Egnaldo ponderou que não se deve confundir avareza (alguém havia citado essa palavra para exemplificar certas atitudes em relação ao dinheiro) com pobreza, observando que o ideal é a vida simples, uma vez que o consumismo faz as pessoas mudarem seus hábitos, conforme ressaltou. A tal respeito, Creuza salientou que a vida simples não é sinônimo de uma vida dolorosa, porquanto há pessoas que vivem com pouco e não estão contentes com isso, contrariando a poesia do compositor baiano Hyldon, que na música Casinha Branca canta assim: "Eu queria ter na vida simplesmente/ Um lugar de mato verde pra plantar e pra colher/ Ter uma casinha branca de varanda/ Um quintal e uma janela só pra ver o sol nascer".

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Passada a palavra a Cristiano, para a apresentação de seu trabalho sobre os itens 12 e 13 do quarto capítulo de O Evangelho Segundo o Espiritismo - "Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo" -, ele começou historiando a atuação profética de Isaías no Velho testamento e em seguida falou filosoficamente sobre ressuscitar, que é adquirir a consciência de espírito, compreendendo-se todas as implicações desse conhecimento. Somente depois é que ele propôs a questão explicitada no início desta postagem, abrindo a partilha. Nesse momento, o coordenador Francisco recordou um poema de Carlos Dummond de Andrade ("Carta"), o qual, disse ele, remetia ao assunto em estudo:

"Há muito tempo, sim, não te escrevo.
Ficaram velhas todas as notícias.
Eu mesmo envelhecí: olha em relevo
estes sinais em mim, não das carícias

(tão leves) que fazias no meu rosto:
são golpes, são espinhos, são lembranças
da vida a teu menino, que a sol-posto
perde a sabedoria das crianças.

A falta que me fazes não é tanto
à hora de dormir, quando dizias
"Deus te abençoe", e a noite abria em sonho.

É quando, ao despertar, revejo a um canto
a noite acumulada de meus dias,
e sinto que estou vivo, e que não sonho."

Mas respondendo mais objetivamente à pergunta feita por Cristiano, Creuza declarou estar morta quando cobra do outro uma postura de que ele ainda não é capaz e quando se recusa ao aprendizado do novo, impondo sua verdade aos demais. Para Marilene, essa condição de morte se dá quando segura as emoções num patamar restritivo, revivendo sofrimentos do passado: "Algo em mim morre nesse momento", disse, acrescentando sentir necessidade de se libertar e também o outro, através do trabalho, apesar de toda a dificuldade que se encontra nesse processo; mas há momentos em que se vê ressuscitando e logo em seguida observa-se fragilizada demais para viver essa ressurreição.
Eliene, por sua vez, salientou que até dois anos atrás estava morta, por não querer aceitar certas questões em torno de si, algumas delas relacionadas ao hábito de julgar, considerando que ainda não está ressuscitada. Quanto a Jaciara, existem momento, estágios, em que a morte é o fim, o fundo do poço, e sente-se assim quando está fechada em si mesma, em seu egocentrismo; mas há tambem, disse, ocasiões em que está aberta à interação com o outro, ouvindo mais, vivendo, de modo que o estado pleno de ressurreição seria algo de luminoso: "Estou nesse processo", observou.
Egnaldo disse apenas estar se conscientizando da necessidade de recorrer às informações concernentes à Doutrina Espírita. Ressuscitar, para Railza, é um processo cotidiano de "muitas mortes", de modo que ela se vê assim, alternadamente morta, ressuscitando e ressuscitada e de novo morrendo; segundo ela, "uma das 'facas' que me matam é o julgamento", levandoa a comentar: "Sei que sou um espírito terrivelmente zombeteiro e morro de vergonha depois do erro cometido". Regina confessou não ter entendido muito bem as palavras do profeta Isaías, mas, pensando bem, admitiu viver na superfície do conhecimento e somente quando aprofunda as questões reflexivas é que está vivendo.
Valquíria declarou que ao ler as obras do Espírito André Luiz, logo que se iniciou na Doutrina, estava morta e por isso nada entendia do que leu, mas à medida que adquiria mais vivência compreendia melhor e hoje, relendo esses livros, vê com mais clareza: "Sinto-me ressuscitando", completou. Já Roberto salientou que se sente morto quanto precisa levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima; ressuscitado quando percebe ser um "espírito velho"; e, por fim, ressuscitando, ao se ver já no caminho, pedindo aos Amigos Espirituais a ajuda necessária para melhorar-se.  

***

Na segunda parte do trabalho, Cristiano distribuiu a letra da canção "Quando o sol bater na janela do teu quarto", de Renato Russo, gravada pela banda Legião Urbana, que no final da atividade seria tocada; em seguida, para introduzir a última questão, contou uma metáfora sobre dívidas e prazos para pagamento/quitação e perguntou: "De que forma estou aprendendo, resgatando ou quitando meus compromissos diante do Criador?". Coube a Fernando apresentar a resposta mais representativa, afirmando que Jesus está no comando da Terra e por isto os acontecimentos não devem tirar nossa esperança, muito pelo contrário.



quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Lá vem Isaías!

Chegou a hora do profeta Isaías dar o ar de sua graça em nossos estudos sobre a reencarnação, a partir do entendimento de uma citação dele aproveitada por Allan Kardec no iem 12 do capítulo IV de O Evangelho Segundo o Espiritismo. Nesse tópico, que Kardec comenta no item 13, Isaías diz isto: "Os teus mortos viverão. Os meus, a quem tiraram a vida, ressuscitarão. Despertai e cantai louvores, vós os que habitais no pó, porque o orvalho que cai sobre vós é orvalho de luz, e arruinareis a terra e o reino dos gigantes”. (Isaias, XXVI: 19) Caberá a Cristiano a condução desse trabalho, devidamente supervisionado pela Coordenação do Grupo. Será, sem dúvida, mais uma grande e imperdível oportunidade para analisarmos nosso comportamento na Terra em vista do imprescindível aperfeiçoamento espiritual.
Até sábado, dia 4 deste novel outubro, portanto.

sábado, 27 de setembro de 2014

O reino dos violentos

Ao lado de Heitor, Norma foi a visitante deste sábado na atividade que reuniu Carminha, Marilda, Fernando, Iva, Regina, Lígia, Luiza, Cristiano, Isabel, Valquíria, Quito, Nilza, Bonfim, Eliene, Egnaldo, Marilene, Waldelice, Magali, o coordenador Francisco e Marlene, que conduziu o trabalho sobre os itens 10 e 11 do quarto capítulo de O Evangelho Segundo o Espiritismo - "Ningém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo -, enfocando ainda a reencarnação em seus vários espectros de abordagem.
Como sempre, o início foi feito com a leitura de Caminho, Verdade e Vida (Emmanuel/Chico Xavier), desta vez explorando o teor do capítulo 28, "Escritores", na abertura do qual o autor espiritual cita trecho do Evangelho de Marcos (12:8) com a recomendação de Jesus: "Guardai-vos dos escribas, que gostam de andar com vestes compridas".
Os comentários começaram por Isabel, que falou da necessidade de se selecionar as informações, principalmente quando se trata da formação da mentalidade dos jovens, neste instante em que o mundo está afeito à grande influência da internet. Para Valquíria, essa seleção é difícil para quem não sabe selecionar. Roberto observou que nossos escritos devem ter o condão de bem informar e contou uma história ilustrativa.
Quito considerou que, além dos escribas, isto é, dos escritores, há também os tribunos que igualmente se responsabilizam pela transmissão de conheccimentos, considerando que certas palavras fazem mais mal do que bem e por isso nem tudo que se escreve deve ser publicado, assim nem tudo que se pensa deve ser dito. Egnaldo salientou a necessidade de se ter cuidado na recepção de certas mensagens. Norma, contudo, ponderou que o livre arbítrio nos permite escolher o que ler ou ver,
Por sua vez, Eliene ressaltou a enxurrada de livros ditos espíritas nas livrarias que em verdade não têm qualquer proveito, assim como alguns palestrantes que usam a tribuna de casas espíritas, de modo que o dedo não deve ser apontado apenas para a internet ou para a imprensa comum (revistas e jornais).
Passada a palavra a Marlene, para a condução de seu trabalho, ela dividiu a turma em subgrupos e pediu que fizessem a leitura dos itens do cap. IV do ESE sob abordagem, solicitando depois que procurassem pistas da reencarnação nos enunciados do Evangelho. Em seguida os subgrupos foram desfeitos para os comentários estimulados pela companheira, fazendo uma espécie de provocação ao grupo, recordando o estudo anterior desse capítulo.
Por exemplo, ela perguntou para que serve a reencarnação, levando-nos a recordar as informações contidas em O Livro dos Espíritos, que a propósito diz-nos que a reencarnação é ferramenta do aprimoramento progressivo da Humanidade, sendo portanto uma lei divina. Ela também questionou sobre onde encontrar passagens evangélicas nas quais Jesus discorre acerca da pluralidade das existências e nesse momento quase ninguém se lembrou do famoso diálogo entre o Mestre e Nicodemos, o doutor da lei.
Somente depois disso é que Marlene entrou para valer no fulcro da atividade, fazendo estas duas perguntas aos participantes: "Você é violento? Onde está a violência em você?" Dentre outros, Eliene usou da palavra para afirmar que, queiramos ou não, o reino de Deus se instalará, observando que nossos inimigos somos nós mesmos. Isabel recordou a violência da tentativa de apedrejamento da mulher adúltera, na famosa passagem evangélica.
Marlene também enfatizou a expressão de Jesus pedindo que "ouça quem tem ouvidos de ouvir", perguntando o que se deve entender aí, recebendo de volta a informação de que devemos nos capacitar para a compreensão da Verdade do ponto de vista da realidade do Espírito imortal, tal como o Cristo propõe desde há dois mil anos. E para encerrar seu trabalho a companheira convidou a turma para ouvir a música "Há dez mil anos atrás", de Raul Seixas, solicitando que prestássemos atenção à letra da composição.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

A vez dos violentos

Caberá a Marlene apresentar o trabalho deste sábado, sobre os itens 10 e 11 do quarto capítulo de O Evangelho Segundo o Espiritismo - "Ninguém poderá entrar no Reino dos Céus se não nascer de novo". Nesses dois itens, Allan Kardec dá a interpretação espírita quanto a estas palavras de Jesus: "Desde João Batista, até o presente, o reino de Deus é tomado pela violência e são os violentos que o obtêm". A intenção, agora, é aprofundarmos a compreensão a partir de reflexões individuais, vivenciadas, como forma de analisarmos como se processa a violência e de que modo ela responde pela obtenção do reino de Deus. Não deverá ser, a frase de Jesus, em se tratando do Cristo, um mero jogo de palavras, sendo necessário, portanto, verificar como a reencarnação favorece os violentos na conquista do reino imortal. Assim, no sábado, dia 27 de setembro, teremos uma ótima oportunidade de enriquecer nossos estudos sobre a reencarnação, que é um dos principais pilares da Doutrina dos Espíritos.

sábado, 20 de setembro de 2014

Os ventos da reencarnação

Sim, desta vez pudemos levar a cabo o trabalho planejado em torno do item 9 do quarto capítulo de O Evangelho Segundo o Espiritismo ("Ninguém pode ver o Reinod e Deus se não nascer de novo"), com uma boa participação dos integrantes do "Jesus de Nazaré". Além dos coordenadores, estavam presentes Carminha, Isabel, Valquíria, Fernanda, Fernando, Maria luiza, Marilene, Marlene, Marilda, Egnaldo, Iva, Quito, Bonfim, Eliene, Waldelice, Magali, Regina, Cristiano, Roberto e Lígia.
Os comentários acerca do capítulo 27 do livro Caminho, Verdade e Vida - "Negócios" - abriu as atividades. No texto de Emmanuel (Espírito), psicografado por Chico Xavier, a epígrafe resgatava pequeno trecho do Evangelho de Lucas (2:49): "E Ele lhes disse - Por que me procuráveis? não sabíeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai?" Quase todos emitimos nossos pareceres, havendo inclusive quem fugisse ao tema.
Em termos gerais, os comentários procuraram responder a estas indagações: de que modo nos envolvemos nos negócios do mundo para fazermos a vontade do Pai? Cuitar de nosso interese pessoais unicamente é contrariar a oportunidade que Deus nos concede a fim de realizarmos a política da fraternidade aqui no mundo. Considerando as palavras de Jesus - "Meu Pai trabalha desde sempre e eu também trabalho." - é preciso trabalhar pela própria elevação, desenvolvendo virtudes na ação benemerente junto aos outros, para o que é imprescindível a atitude fraterna, com boa vontade, Em razão desse negócio - palavra que em sua etimologia significa negação do ócio - podemos entender melhor o aviso do Cristo: "Àquele que tem mais receberá, e ao que não tem até o que tem lhe será tirado."

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A tomada da lição sobre o exercício da gentileza ao longo da semana mereceu uma reflexão quanto à criação dos filhos, no sentido de se lhes apontar limites e dar responsabilidades, de modo a não se precisar agir com rudeza com eles depois...

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Já o trabalho propriamente dito, sobre o item 9 do ESE, foi iniciado com a leitura do texto correspondente, pela Coordenação, que em seguida fez pequena explanação e convidou a turma para uma vivência reflexiva pautada no silêncio facilitador da introspecção. Nesse clima, foram propostas quatro questões para reflexão: 1 - Você é capaz de se sentir como espírito, esquecendo o corpo?; 2 - Como é sua vivência na Terra?; 3 - O que você percebe ter trazido de suas vidas passadas?; e 4 - De que modo você está preparando sua próxima reencarnação?
Eis o que foi partilhado:
Eliene, primeira a falar, declarou sentir-se espírito quando relaxada, mas só uma vez experimentou essa sensaação; ela disse ainda que sua vivência é difícil, posto serem constantes os desafios a enfrentar, necessitando portanto da misericórdia divina para atravessar esses momentos com equilíbrio; afirmou também ter muitas coisas boas de vidas passadas, "mas o mais forte é o temperamento", que a faz questionar os fatos da vida prática, embora lute para vencer essas dificuldades; para ela o (re)nascer e o morrer dependem do aqui e do agora, de modo que se prepara para estar mais consciente e assim não experimentar tanta dureza na próxima vez.
Em razão dos quadros de saúde apresentados em sua vida, Luiza disse ter tido várias oportunidades de fazer esse tipo de reflexões, principalmente meditando conhecida afirmativa do médium Chico Xavier ("Nasceste no lar que precisavas..." etc.), de modo que é no ambiente familiar que tem ocasião de experimentar sua tarefa reencarnatória, principalmente quando teve de cuidar dos irmãos na época em que estes, enfermos, se preparavam para retornar ao plano espiritual; desse modo, ela se preocupa em dar o melhor aos filhos, a fim de que seu retorno à Pátria da Verdade seja tranquilo e gratificante; ela considerou também que as leituras edificantes e o trabalho abnegado na Casa Espírita poderão auxiliá-la bastante quando tiver que, depois, retornar ao palco das lutas terrestres.
Creuza salientou que já começou a partilhar com os filhos o pouco de bens materiais que possui, para o que tem recebido auxílio da Espiritualidade. Marilda, por sua vez, disse ter trazido o medo de seu passado reencarnatório, medo esse que tem aprendido a perder nas lutas do dia a dia: "Quem tem família tem que perder o medo", ponderou, acrescentando que trabalha muito, apesar de reconhecer as próprias limitações: "Se fizer a vontade do corpo, fico deitada o tempo todo", contou, ressaltando que todo trabalho feito com amor será bom e é dessa forma que ela prepara sua próxima reencarnação.
"Só me vejo como espírito quando me volto para Deus", confessou Waldelice, revelando que sua vivência na Terra "é como lutar numa guerra", estando ciente de ter trazido a coragem do passado, sendo essa virtude o que norteia sua vida: "Busco melhorar e me entristiço quando faço coisas erradas", disse, explicando que nesses momentos pede mais forças a Deus. Também Iva afirmou ver-se como espírito quando está orando, ocasião em que costuma analisar suas ações e modo de viver; do passado, disse, trouxe ela a coragem e a capacidade de servir, ao passo que, para a próxima experiência na matéria, em reencarnando, pretende repetir a maternidade, recebendo seis filhos.
Regina afirmou que ao mergulhar em si mesma consegue abstrair ou transcender a condição corporal, entendendo, porém, ser difícil mostrar aos outros o que se lhe passa no intimo; para ela, há uma briga com su corpo, pois não gosta de ser tocada, "a não ser que seja com muita delicadeza". Depois de relacionar as dificuldades encontradas desde a infância, muitas delas relacionadas à saúde física, disse ter compreendido a razão espiritual dessas enfermidades, e hoje convive com uma alergia ao sulfato de níquel, substância presente em praticamente tudo na instância material, o que a faz reconhecer-se alérgica à vida; não obstante, disse ser capaz de uma conduta profundamente reflexiva e quer renascer escritora, desenvolvendo mais ainda essa capacidade.
Fechando os comentários e a atividade, a coordenadora Creuza considerou a importância de se continuar esse exercício reflexivo, porquanto o sentir-se espírito deve ser uma atitude consciente do cotidiano; desse modo, não vale mais um espírita dizer "meu espírito", ou "eu tenho um espírito"; o que vale é a afirmação positiva "eu sou espírito"; ela também observou o fato de trazermos conosco uma imensa herança reencarnatória, posto termos vivido na Terra muitas vezes, o que quer dizer possuirmos uma vasta experiência. Segundo Creuza, essa herança não quer dizer necessariamente aprendizado, daí as dificuldades da vida presente. Estar na Terra, disse ela, é viver a baase de nossa aprovação e iluminação; por isso, devemos prestar muita atenção a esta encarnação, porque a próxima será o resultado desta. Assim, completou, devemos nos perguntar sobre o que temos feito de positivo em nossas esferas de relacionamento - na família, no trabalho, no sociedade... tudo isso é construção para a próxima vinda de cada um de nós ao chão do planeta.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Um sopro (segunda tentativa)

A companheira Fernanda descobriu este texto de Wanderley de Oliveira, terapeuta espírita mineiro, e considerando-o pertinente aos nossos estudos sugeriu-nos sua publicação. Aí vai:

Será que você já reencarnou mesmo?

Wanderley Oliveira

Sabe aquele desajuste com a vida quando você se sente diferente e impróprio, causando um sentimento de inferioridade e tristeza? Isso chama-se inadequação na psicologia, mas à luz de princípios espíritas tem uma dimensão mais ampla que merece consideração e reflexão.
Existem pessoas que já estão no corpo físico há muitos anos e podem não estar mentalmente ainda “reencarnados”.
Esse processo de adaptação à vida física toma proporções individuais. Você pode ter, por exemplo, 40 anos e ainda não ter chegado aqui nessa vida material por inteiro. Há uma recusa inconsciente a assumir a vida, o corpo, sua história familiar e outros componentes da sua existência. Passa-se no íntimo uma revolta silenciosa às provas geradora de uma profunda insatisfação crônica.
É isso que leva muita gente a sofrer depressão, ausência de sentido para viver e várias outras doenças psicológicas.
É necessária muita habilidade dos terapeutas e uma formação transpessoal sólida com foco na alma para perceberem e tratarem isso.
A verdade é que tem pessoas que não aceitam a vida, seus problemas e seus desafios.
Isso tem cura, isso tem solução. Exige um acompanhamento para que a pessoa saiba os caminhos da aceitação de si mesmo e descubra qual a sua missão essencial perante a vida.

domingo, 14 de setembro de 2014

Necessidades

Por vezes os planos que fazemos são frustrados em função de certos interesses de maior monta. Foi assim no sábado 13 de setembro, quando necessidades dos integrantes e por isso mesmo afetas ao Grupo falaram mais alto e o trabalho elaborado para apresentação não pôde ser realizado. Entretanto, o ganho foi altamente significativo. Desta vez tivemos a participação de Ilca, Iva, Fernanda, Marlene, Railza, Lígia, Valquíria, Regina, Marilene, Roberto, Marilda, Fernando, Magali, Waldelice e os coordenadores.
Começamos a atividade do dia com a leitura do capítulo 26 do livro Caminho, Verdade e Vida (Emmanuel/Chico Xavier), intitulado "Padecer", em cuja abordagem o autor espiritual utiliza uma frase do Apocalipse como epígrafe: "Nada temas das coisas que hás de padecer." (2:10). O texto de Emmanuel informa que "Deus é o Pai magnânimo e justo. Um pai não distribui padecimentos. Dá corrigendas e toda corrigenda aperfeiçoa".
A tal respeito, os comentários versaram sobre os sofrimentos experimentados neste mundo de provas e expiação ante a dor que lapida o espírito rebelde, porquanto a dor é necessária, ao passo que o sofrimento é opcional. Falou-se da pouca ou difícil aceitação de certos acontecimentos da vida material, como as doenças e a "perda" de entes queridos para a morte, o que provoca muitas lamentações.
Houve quem ponderasse sobre o quanto é gratificante visitar os enfermos, assim como foi salientado que o corpo não sofre, porquanto o sofrimento se deve à rebeldia do espírito. Alguém disse, também, que o sofrimento pode levar ao crescimento espiritual e a Doutrina Espírita, nesse caso, faz-nos compreender os porquês da vida, facilitando nosso percurso com alguma tranquilidade, observando que as dificuldades são desafios nos convidando à auto-superação.
Tais reflexões chegaram a seu final e a coordenadora Creuza Lage lembrou-se do exercício pessoal que os integrantes do "Jesus de Nazaré" são convocados a realizar a cada semana, agora envolvendo o tema da gentileza. A proposta é avaliarmos nosso comportamento na sociedade, na família, na casa espírita, examinando se estamos sendo gentis com os outros e, principalmente, conosco mesmos. Por necessidade coletiva, os comentários concernentes a essa temática se estenderam e a Coordenação houve por bem transferir para o próximo sábado a apresentação do trabalho sobre o item 9 do quarto capítulo de O Evangelho Segundo o Espiritismo...

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Um sopro...

"O espírito sopra onde quer..." essas enigmáticas palavras de Jesus encontram sua real explicação da Doutrina Espírita, graças ao esforço intelectual e intuitivo de Allan Kardec, devidamente assessorado pelos Espíritos do Senhor, os quais, em nome do Cristo, vêm nos esclarecer acerca das questões pertinentes à Verdade que precisamos conhecer a fim de nos libertarmos de nossa proverbial ignorância.
Para o aprendiz atento ao que o Codificador registra no item 9 do quarto capítulo de O Evangelho Segundo o Espiritismo (Ninguém pode ver o Reino de Deus se não nascer de novo), ali se encontram explicitados alguns dos princípios básicos da Doutrina dos Espíritos, quais sejam a preexistência, a existência e a sobrevivência da alma, apontando para os três tempos da tarefa de aperfeiçoamento do espírito imortal enquanto estagiando na Terra: o passado, o presente e o futuro.
Esse é o fulcro do trabalho que a Coordenação apresentará ao Grupo Jesus de Nazaré neste sábado, dia 13 de setembro. Vamos lá?

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Água e espírito

O retorno da coordenadora Creuza Lage às atividades do Grupo foi a novidade observada no trabalho de sábado, 6 de setembro, quando Regina conduziu os estudos acerca dos tópicos 6 a 8 do capítulo IV de O Eangelho Segundo o Espiritismo - Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo. Além de Creuza e Regina, também se fizeram presentes Valquíria, Egnaldo, Cristiano, Marlene, Ilca, Magali, Waldelice, Roberto, Luiza, Marilda, Fernando, Jaciara, Marilene, o coordenador Francisco e três visitantees: Cora, Norma e a irmã desta.
A atividade começou com a leitura, seguida de comentários, do capítulo 25 do livro Caminho, Verdade e Vida. Nesse texto, marcado por esta epígrade tirada do Evangelho de João (6:10) - "E disse Jesus: Mandai assentar os homens." - e intitulado "Tende calma", o autor espiritual Emmanuel fala-nos da inutilidade de perdermos a paciência ante as dificuldades observadas neste mundo de provas e expiação. De nada vale nos desesperarmos perante as situações aflitivas da vida, porquanto temos todos os recursos à disposição garantidos pela Providência, bastando nos acalmarmos para percebermos com discernimento a ação benfazeja do Alto a nosso favor. O dito popular revela que "o pouco com Deus é muito", ei Jesus, tendo utilizado migalhas para alimentar cinco mil pessoas no chamado milagre da multiplicação dos pães e dos peixes, dá-nos a lição da calma para agirmos, com equilíbrio, como bons administradores das coisas do Pai em favor das criaturas, especialmente as mais necessitadas.
Ao final dessa etapa, Creuza propôs a vivência, durante a semana, de uma nova recomendação do Cristo, sobre a necessidade de manifestarmos gentileza com os outros. Depois a palavra foi passada a Regina, para a realização do trabalho de aprofundamento dos estudos referentes às questões reencarnatórias. Para isto, a companheira dividiu a turma em três subgrupos: 1 - Jaciara, Luiza, Roberto, Cora e Valquíria; 2 - Norma e sua irmã, Waldelice, Magali,  Marilene e Cristiano; e 3 - Egnaldo, Ilca, Marlene, Fernando e Marilda.
Em seguida, Regina pediu que cada grupo lesse com atenção o tópico correspondente e depois tentasse responder à questão formulada a respeito do teor de cada um deles, abrindo depois para a partilha grupal. Ao primeiro tópico (6), no qual Allan Kardec refere o diálogo entre Jesus e o doutor da lei Nicodemos, correspondeu esta pergunta: "Por que Kardec destacou a expressão É PRECISO constante das palavras de Jesus?"; para o segundo (7), em que o Codificador refuta a explicação teológica do renascimento pela água do batismo, a indagação foi esta: "De que forma podemos compreender a reencarnação, ou seja, o renascimento da água e do espírito, abstraindo a explicação equivocada do batismo?"; e, por fim, ao último tópico (o oitavo), que salienta a observação do Cristo dando conta de que o que é nascido da carne é carne e o que nascido do espírito é espírito, vinculou-se esta questão: "A partir da verdade quanto à genética material - o que é da carne é carne -, de que modo podemos compreender a possibilidade de uma "genética" espiritual?".
Vamos, agora, às respostas oferecidas durante a partilha.
O pessoal do primeiro subgrupo considerou que o destaque de Kardec apontava para a necessidade das reencarnações, posto não ser possível vencer todas as dificuldades da alma numa só etapa de aprendizado; informou-se ainda que a expressão sublinhada pelo Codificador do Espiritismo salienta a compreensão acerca do momento reencarnatório, porque é hora de não desperdiçarmos a oportunidade atual, esforçando-nos para ter calma, ouvir o outro etc. Interferindo, a Coordenação ressaltou que, em sendo a Doutrina Espírita uma ciência que nos revela as leis do mundo espiritual, a reencarnação é parte da legislação divina, da qual nenhuma criatura está isenta, sendo portanto exato que todos devemos reencarnar para um dia estarmos em condição de ver e viver o Reino dos Céus em nós mesmos.
Em resposta à segunda questão, os integrantes do respectivo subgrupo ressaltaram a trajetória evolutiva do espírito, que precisa se unir à matéria e assim realiza seu renascimento na carne.
Já em razão da questão da genética espiritual, o terceiro subgrupo reparou que isto é visto a partir do perispírito, porquanto os traços físicos são herdados dos pais, ao passo que tudo que diga respeito à personalidade é do próprio espírito, em suas questões emocionais etc. Também aí a Coordenação compareceu para esclarecer que o espírito herda de si mesmo, no tocante à genética espiritual, e nesse aspecto o perispírito é apenas o veículo de manifestação dessa herança.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Ainda a reencarnação

O trabalho deste sábado, dia 6 de setembro, estará a cargo de Regina, que deverá abordar os itens de 6 a 8 do quarto capítulo quarto de O Evangelho Segundo o Espiritismo. Será mais uma oportunidade - sempre e cada vez mais renovada - de aprofundarmos o conhecimento sobre tão importante mecanismo propiciador do progresso das criaturas na Terra, uma vez que na maioria somos ainda espíritos atrasados, tanto do ponto de vista intelectual quanto no aspecto moral, principalmente. Assim,estudemos, posto ser a proposta do Cristo - do Espírito de Verdade - também nos instruirmos acerca da Verdade, enquanto estudamos a nós mesmos, realizando a ainda incompreendida reforma íntima.
Até lá.


segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Renascer com ouro e prata

Um visitante, Alessandro, que já por três vezes comparece às atividades do Grupo, novamente fez-se presente, neste sábado, 30 de agosto, quando Bonfim e Eliene encerraram seu trabalho sobre os cinco primeiros tópicos do quarto capítulo de O Evangelho Segundo o Espiritismo, intitulado "Ninguém pode ver o Reino de Deus se não nascer de novo". Além de Alessandro e dos companheiros encarregados da tarefa, compareceram também Waldelice, Roberto, Regina, Ilca, Iva, Marilene, Luiza, Fernanda, Fernando, Railza, Isabel, Jaciara, Marilda, Valquíria, Egnaldo e Cristiano. Creuza, mais uma vez, esteve ausente.
A leitura seguida de comentários sobre o capítulo 24 do livro Caminho, Verdade e Vida, intitulado "O tesouro enferrujado", abriu os trabalhos desta manhã. No texto, o Espírito Emmanuel, através da mediunidade de Chico Xavier, cita trecho da epístola do apóstolo Tiago (5:3): "O vosso ouro e a vossa prata se enferrujaram", referindo que tal ouro e tal prata são nossos sentimentos que se enferrujam quando não vivemos os apelos evangélicos.
Iniciando os comentários, Valquíria falou que se discute muito, nas esferas da Assistência Social (na Casa Espírita e fora dela), sobre o que fazer em benefício dos necessitados, resultando em demora na ação caritativa. Eliene considerou que, quando encarnados, damos valor às coisas materiais, deixando de lado o que é essencial, reparando que Jesus nos ensinou tudo, embora tenhamos esquecido dessas lições. Bonfim relatou uma metáfora cuja mensagem fazia eco às palavras de Valquíria que, voltando a falar, diz que nos templos e em todos os segmentos humanos fazem assim. Marilene relatou um episódio pessoal acontecido na Cobem e Railza, a propósito, salientou que o sentimento é que nos fará atender bem ao companheiro necessitado, para não atrapalharmoss o exercício do Amor, uma vez que não temos sabido como polir o ouro e a prata nas atividades cotidianas. Mas o ego é que nos impede de visualizar o ouro e a prata internos, por não nos conhecermos ainda. Roberto considerou a importância do falar e do calar, recordando o dito popular segundo o qual a palavra é de prata e o silêncio é de ouro.

***

Chegada a vez do trabalho de Eliene e Bonfim, eles pedem que a turma adote uma postura introspectiva e depois retomem a formação dos subgrupos da semana passada, recordando em seguida os respectivos tópicos estudados na última vez. Os grupos, com a chegada de novos participantes, ficaram assim: 1 - Isabel, Iva, Luiza, Jaciara e Egnaldo; 2 - Railza, Cristiano, Marilene, Waldelice, Valquíria e Regina; e 3 - Fernando, Fernanda, Marilda, Roberto, Ilca e Alessandro.
Só após é que foi proposta a vivência, quando Eliene pediu que a turma desfizesse os subgrupos e se espalhasse pela sala, tirando tudo das mãos e do colo, para se trabalhar o renascer de novo. "O parto é difícil", disse a facilitadora, pedindo aos presentes que respirassem a fim de encontrarem o equilíbrio. Então ela deu a cada um a frase condicionadora da vivência: "Quando nesta vida eu me encontro ressuscitado ou reencarnado?".
Aberta a partilha, Waldelice declarou sentir-se ressuscitada quando vence dificuldades como o ódio e a maledicência, superando-se; e, reencarnada, quando, manifestando fé em Deus, liberta-se. Isabel ressaltou a importância de momentos como o da manhã desse sábado, ajudando-a a reformar-se intimamente, para renascer, convivendo melhor com o próximo, respeitando e respeitando-se, para "estar aqui e seguir meu caminho".
Para Railza, o sentimento de ressurreição acontece-lhe várias vezes, explicando que em certa ocasião, hospitalizada, ministraram-lhe medicamento tirocado e quase morreu, vendo espiritualmente todo o ambiente em que se encontrava; quanto a sentir-se reencarnada, isto é constante, segundo disse, salientando que isso se dá por ter consciência de quem é. Regina revelou ter experimentado taquicardia no momento inicial da vivência e isto a fez tomar contato com dois momentos vividos; ressaltou que se sente reencarnada manifestando revolta, numa constante guerra íntima, e que experimenta a ressurreição de cinco anos para cá, sentindo como se Deus lhe tivesse dado uma moratória que é verdadeira oportunidade para ressurgir espiritualmente, o que significa, para ela, viver um dia de cada vez.
Na opinião de Roberto, sentir-se reencarnado é ter consciência do que se faz, suprindo necessidades, percebendo, pelos sonhos, o que se faz "lá"; e sente-se ressuscitado quando aconselha alguém e vê a si mesmo e o outro. Egnaldo contou que aos cinco anos fora atropelado por um cavalo e ficara desacordado, retomando os sendidos vários minutos depois; com isso, ele disse acreditar ter recebido nova oportunidade de continuamente sentir esse recomeço reencarnatório para experimentar seu renascimento espiritual.
Por sua vez, Luiza observou que sente-se reencarnada a todo instante, em tudo que faz; ressuscitada, porém, sentiu-se quando fez uma cirurgia e se preparou para a eventualidade de sua desencarnação, através da identificação de mudanças no ambiente; a anestesia é uma morte momentânea, segundo ela, informando que no final do procedimento médico viu os familiares e sentiu-se renascida. Já Iva garante que sente-se reencarnada sempre e à medida que se transforma vai ressuscitando.
No encerramento da atividade, Eliene considerou que em momentos assim nos damos conta de frequentes contatos com a própria reencarnação, propiciando a ressurreição, mas costumeiramente passamos "batidos", não acreditando no próprio brilho, achando-nos incapazes de viver a própria vida. "Precisamos nos dar conta de que não morremos só uma vez", disse ela, citando o filme "A viagem", produção hollywoodiana que trata da reencarnação.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Renascer e ressurgir

A dupla Eliene e Bonfim prosseguirá, neste sábado, a atividade acerca do quarto capítulo de O Evangelho Segundo o Espiritismo (Ninguém pode ver o Reino de Deus se não nascer de novo), desta vez enfocando o item 4, no qual Allan Kardec enfatiza as noções de reencacertrnação e ressurreição. Será, novamente, uma oportunidade para reavaliarmos a necessidade de valorizar nossa reencarnação, isto é, nossa presença no mundo físico ou material atualmente, como forma de realizarmos as tarefas de renovação íntima, consciencial, que nos impulsionarão à grande alegria da ressurreição, que nada tem a ver com o dogma da "ressurreição da carne", com o qual a Igreja tenta explicar a ressurreição de Jesus, episódio que é a própria essência do Cristianismo, embora num nível diferente do que a Tradição e a Teologia estabelecem...
Desse modo, haveremos de ter muito a comentar e, possivelmente, a aprender... 

domingo, 24 de agosto de 2014

Começo da reencarnação (ressurreição?)

Com a participação de Ilca, Nilza, Roberto, Valquíria, Isabel, Marilda, Caminha, Luiza e Heitor, mais Marilene, Fernando, Waldelice e Iva, que tiveram de sair antes da partilha para atender outros compromissos, o casal Bonfim e Eliene realizou a primeira parte do trabalho sobre os primeiros tópicos do terceiro capítulo de O Evangelho Segundo o Espiritismo ("Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo"). Dos coordenadores, apenas Francisco estava presente, porquanto Creuza precisou comparecer às atividades da Federação Espírita do Estado da Bahia, de cujo Conselho é presidente.
Como já é praxe este ano, a leitura seguida de comentários sobre o capítulo 23 do livro Caminho, Verdade e Vida abriu os trabalhos da manhã e os participantes puderam analisar o próprio comportamento a partir das considerações do Espírito Emmanuel. O texto em foco, intitulado "Viver pela fé", traz como epígrafe um trecho da epístola de Paulo aos romanos (1:17): "Mas o justo viverá pela fé." A esse respeito, o autor espiritual ressalta que a assertiva paulina informa que "o justo sempre será fiel, viverá de modo invariável, na verdadeira fidelidade ao Pai que está nos céus".
Para Carminha, as religiões cobram dos fiéis um comportamento a que estes nem sempre estão aatentos, vivendo a experiência religiosa só na aparência. Bonfim salientou que viver pela fé é ter certeza de que Deus está conosco; se temos essa certeza, disse ele, temos também a obrigação de ter uma vida amorosa, equilibrada, respeitando todos os padrões de boa convivência com todos os seres da Criação. Marilene contou uma experiência pessoal marcada pelo descontentamento, mesmo depois de haver entregado o caso a Deus, fazendo-a considerar, mais tarde, que pelo menos fez seu movimento. Segundo Iva, ainda não nos podemos nos ver como hommens de bem por conta de nossa imaturidade espiritual, devendo esforçarmo-nos por equilibrar sentimentos e emoções. Eliene, depois de contar uma história budista sobre perdas, disse que a todo momento nossa fé é posta à prova, que só a manifestamos nas dificuldades, buscando os caminhos da realizaçao pessoal. Já Isabel entende que o problema é não acreditarmos em nossa capacidade. Por fim, Heitor salientou a necessidade do cumprimento do dever: "Se você age sabendo o que faz, será bem feito."

***

Com a divisão da turma em três subgrupos e a consequente distribuição do texto dos três primeiros tópicos do capítulo IV do ESE, Eliene e Bonfim iniciaram a principal atividade da manhã, pedindo que todos lessem, interpretassem e comentassem depois o entendimento sobre reencarnação e ressurreição. Waldelice, Carminha e Valquíria integraram o primeiro subgrupo; Marilda, Roberto, Ilca e Iva, formaram o segundo; e Isabel, Heitor, Nilza e Luiza estavam no terceiro. Cada tópico do ESE em estudo correspondia à numeração dos subgrupos.
Assim, sobre o primeiro tópico, indicando a crença dos judeus na reencarnação, utilizando o termo ressurreição, Valquíria considerou que acreditar ou não na reencarnação é escolha de cada um. Carminha aproveitou para narrar um depoimento de sua mãe, que reconheceu na primeira neta a menina que lhe aparecia quando nem sonhava ser avó; isto, disse a companheira, prova a reencarnação dos espíritos.
O segundo tópico trazia a estranheza do rei Herodes sobre a identidade espiritual de Jesus, posto que ele havia mandado decapitar João, que o povo achava reviver no corpo do Messias. Marilda e Roberto referiram a ignorância real quanto ao assunto, apontando o último que um Espírito elevado poderia reencarnar como um homem simples, um lavrador, por exemplo.
Pelo terceio subgrupo, que abordou o tópico em que Jesus explica que João, o batista, era Elias reencarnado, Isabel comentou que as coisas ditas pelo Mestre cada um, àquela época, entendia de acordo com a própria condição intelectiva mas não aproveitava a lição. Jesus deixou claro, disse Heitor, que João Batista era Elias, que reencarnado adotou uma postura política perante o rei Herodes, fazendo-lhe oposição. "É preciso renascer", ressaltou.
No encerramento do trabalho, Eliene e a Coordenação procederam à conceituação dos termos reencarnação e ressurreição, estabelecendo semelhanças e diferenças e explicando o significado de "nascer de novo". Segundo esta companheira, a proposta da atividade, que será retomada no próximo sábado, dia 30, é despertar os integrantes do Grupo para a necessidade do renascimento do ponto de vista filosófico. A esse respeito, Bonfim colocou que a reencarnação é lei natural e a ressurreição é lei filosófica. Por fim, Eliene observou a necessidade de sairmos da superficialidade dessas nossas abordagens e aprofundarmos esses conceitos, para melhor compreendermos esses ensinamentos evangélicos.