Com a presença de Valquíria Nilza, Railza, Egnaldo, Fernanda, Egnaldo, Marlene, Carminha, Marilene, Luiza, Roberto, Marilda, Iva, Cristiano, Magali, Waldelice, Fernando, Lígia e os coordenadores - Francisco e Creuza -, as atividades do primeiro sábado de novembro enriqueceram um pouco mais os participantes do "Jesus de Nazaré". Como sempre, o trabalho começou com a leitura sequenciada, seguida de comentários, do livro Caminho, Verdade e Vida (Emmanuel/Chico Xavier), desta vez abordando o capítulo 33.
Nesse texto, cuja epígrafe é retirada do Evangelho de João (12:43) - 'Porque amavam mais a glória dos homens do que a glória de Deus." - o autor espiritual observa o quanto nós atentamos para a feição fenomênica da vida em detrimento das lições por trás dela, deixando de aproveitar a oportunidade das realizações espirituais, até nos surpreendermos no dia da despedida da vida física. Nesse sentido, vale recordar o pensamento de Paulo de Tarso que explica nossa quase imobilidade e flagrante oscilação entre querer e realizar. Disse o apóstolo dos gentios: "O bem que eu quero não faço, mas o mal que não quero eu faço". Por isso é que temos de recapitular as lições até que possamos consolidar o aprendizado...
Para o trabalho sobre o tópico "Limites da encarnação" (O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. IV), a coordenação promoveu a leitura do texo específico e depois convidou a turma para uma reflexão silenciosa sobre as três consignas programadas, realizando a partilha logo após cada uma delas. As consignas foram estas: 1 - Considerando minhas condições de saúde física, quanto tempo eu penso ter ainda nesta encarnação?"; 2 - "Que mundo espiritual espero encontrar após minha desencarnação?"; e 3 - Estou preparado para desencarnar? Quais são os investimentos que faço para minha desencarnação?"
Eis alguns depoimentos:
Roberto disse pensar mais no compromisso mantido com a Espiritualidade do que no pouco que quer relativamente ao tempo aqui na Terra, afirmando que tem algumas patologias, outras surgirão, "mas o que mereço não importa", ressaltou, alimentando porém uma dúvida: "Será que o que preciso me será concedido?" Luiza, por sua vez, considerou ter aproximadamente cinco anos mais pela frente até sua partida deste plano, avaliando que seus irmãos se despediram por volta dos 70 anos: "Às vezes, morremos de repente", disse ela.
Para Carminha, é interessante "essa coisa de tempo", porque, tendo que se submeter a três cirurgias cardíacas, ouviu dos médicos três diferentes prazos de sobrevida: "Mas estou aqui ainda, acho que sou eterna", brincou, revelando esperar herdar a longevidade de sua mãe centenária, embora se preocupe mais com a qualidade de vida. Railza também tem idêntico receio e declarou que, por conta das condições de saúde, já deveria estar "do outro lado" há muito tempo, mas procura melhorar seus dias ajudando "às pessoas que precisam de mim".
Em seguida, Egnaldo observou que somos hoje o somatório das ações de ontem e por isso "é bom ser comedido e orar bastante". Por sua vez, Waldelice ressaltou estar se cuidando muito para não dar trabalho aos guias espirituais (porque a Coordenação havia dito que, de duas coisas, uma pode acontecer em nosso retorno ao plano espiritual, quando observaremos melhor a continuidade da vida: ou continuamos a trabalhar ou continuaremos a dar trabalho...).
Quanto à segunda consigna, Iva garantiu saber que "não vou para mundos e umbral". Semelhante opinião teve Creuza, dizendo estar investindo para não ir para o tal Umbral: "Se eu continuar trabalhando na Casa, já é lucro", afirmou. Também Marilene manifestou idêntica pretensão: "Peço a Deus para ficar aqui, na Cobem, trabalhando". Já Valquíria revelou procupação com as pendências junto aos familiares e Fernando declarou que encontrará "o mundo que vivo hoje, não há alternativa".
Em relação à terceira e última consigna da atividade, Luiza foi a primeira a falar: "Tenho procurado fazer melhor para não me preocupar" com a morte, Para desencarnar, Creuza disse estar investindo no desapego quanto às coisas materiais e às pessoas, especialmente os familiares, mas principalmente em referência às certezas adquiridas: "Tenho a habilidade de ver onde as coisas apresentam erro", disse ela, acrescentando que se isso é bom por um lado, possibilitando a tomada de providências, por outro é ruim, devido às críticas ao comportamento alheio; mas a companheira salientou que já consegue dar ao outro o direito de errar, reconhecendo que ele pode fazer as coisas de um modo diferente do dela.
Railza, igualmente a Creuza, disse trabalhar o desapego como passaporte para sua desencarnação, ressaltando que, apra isso, só falta decidir o que fazer da casa onde mora; sua intenção, conforme declarou é combinar a venda com os filhos para posterior doação à Casa Espírita: "Mas não vou esperar e farei a doação do valor para as obras assistenciais daqui", completou. Roberto, a seu turno, diz estar trabalhando "a questão dos desafetos pregressos", referindo-se ao perseguidores invisíveis: "Tenho orado por eles", frisou, salientando querer limpar essa mácula de sua jornada evolutiva: "Sei que errei, mas peço perdão; se não fizer isso aqui, eu os encontrarei lá e serei cobrado".
No fechamento do trabalho, a Coordenação reparou que as atividades de preparação para esse significativo momento são importantes, mas não se deve esquecer a avaliação dos conhecimentos adquiridos, muitos dos quais precisam ser reciclados e, de certa forma, "esquecidos", uma vez que estamos encarnados com o propósito não de preparar uma bagagem para a "viagem de volta", mas para desfazermos essa bagagem, consoante o que Jesus pondera no Evangelho de Tomé: "Para o lugar aonde ireis, não devereis levar coisa alguma, porque o que levardes poderá impedir vossa passagem pela porta estreita".
Se nada levamos de material, porquanto chegamos aqui nus e ao sairmos deeixamos o próprio corpo, algo assemelhado à realidade material segue conosco e isto são os pensamentos, as ideias e conceitos que alimentamos a partir dos conhecimentos obtidos, de modo que devemos renunciar também a isso, mesmo considerando-os importantes, para não sofrermos surpresas desagradáveis, concluindo,inconscientemente, que simplesmente morremos, e não desencarnamos ainda...
Nesse texto, cuja epígrafe é retirada do Evangelho de João (12:43) - 'Porque amavam mais a glória dos homens do que a glória de Deus." - o autor espiritual observa o quanto nós atentamos para a feição fenomênica da vida em detrimento das lições por trás dela, deixando de aproveitar a oportunidade das realizações espirituais, até nos surpreendermos no dia da despedida da vida física. Nesse sentido, vale recordar o pensamento de Paulo de Tarso que explica nossa quase imobilidade e flagrante oscilação entre querer e realizar. Disse o apóstolo dos gentios: "O bem que eu quero não faço, mas o mal que não quero eu faço". Por isso é que temos de recapitular as lições até que possamos consolidar o aprendizado...
Para o trabalho sobre o tópico "Limites da encarnação" (O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. IV), a coordenação promoveu a leitura do texo específico e depois convidou a turma para uma reflexão silenciosa sobre as três consignas programadas, realizando a partilha logo após cada uma delas. As consignas foram estas: 1 - Considerando minhas condições de saúde física, quanto tempo eu penso ter ainda nesta encarnação?"; 2 - "Que mundo espiritual espero encontrar após minha desencarnação?"; e 3 - Estou preparado para desencarnar? Quais são os investimentos que faço para minha desencarnação?"
Eis alguns depoimentos:
Roberto disse pensar mais no compromisso mantido com a Espiritualidade do que no pouco que quer relativamente ao tempo aqui na Terra, afirmando que tem algumas patologias, outras surgirão, "mas o que mereço não importa", ressaltou, alimentando porém uma dúvida: "Será que o que preciso me será concedido?" Luiza, por sua vez, considerou ter aproximadamente cinco anos mais pela frente até sua partida deste plano, avaliando que seus irmãos se despediram por volta dos 70 anos: "Às vezes, morremos de repente", disse ela.
Para Carminha, é interessante "essa coisa de tempo", porque, tendo que se submeter a três cirurgias cardíacas, ouviu dos médicos três diferentes prazos de sobrevida: "Mas estou aqui ainda, acho que sou eterna", brincou, revelando esperar herdar a longevidade de sua mãe centenária, embora se preocupe mais com a qualidade de vida. Railza também tem idêntico receio e declarou que, por conta das condições de saúde, já deveria estar "do outro lado" há muito tempo, mas procura melhorar seus dias ajudando "às pessoas que precisam de mim".
Em seguida, Egnaldo observou que somos hoje o somatório das ações de ontem e por isso "é bom ser comedido e orar bastante". Por sua vez, Waldelice ressaltou estar se cuidando muito para não dar trabalho aos guias espirituais (porque a Coordenação havia dito que, de duas coisas, uma pode acontecer em nosso retorno ao plano espiritual, quando observaremos melhor a continuidade da vida: ou continuamos a trabalhar ou continuaremos a dar trabalho...).
Quanto à segunda consigna, Iva garantiu saber que "não vou para mundos e umbral". Semelhante opinião teve Creuza, dizendo estar investindo para não ir para o tal Umbral: "Se eu continuar trabalhando na Casa, já é lucro", afirmou. Também Marilene manifestou idêntica pretensão: "Peço a Deus para ficar aqui, na Cobem, trabalhando". Já Valquíria revelou procupação com as pendências junto aos familiares e Fernando declarou que encontrará "o mundo que vivo hoje, não há alternativa".
Em relação à terceira e última consigna da atividade, Luiza foi a primeira a falar: "Tenho procurado fazer melhor para não me preocupar" com a morte, Para desencarnar, Creuza disse estar investindo no desapego quanto às coisas materiais e às pessoas, especialmente os familiares, mas principalmente em referência às certezas adquiridas: "Tenho a habilidade de ver onde as coisas apresentam erro", disse ela, acrescentando que se isso é bom por um lado, possibilitando a tomada de providências, por outro é ruim, devido às críticas ao comportamento alheio; mas a companheira salientou que já consegue dar ao outro o direito de errar, reconhecendo que ele pode fazer as coisas de um modo diferente do dela.
Railza, igualmente a Creuza, disse trabalhar o desapego como passaporte para sua desencarnação, ressaltando que, apra isso, só falta decidir o que fazer da casa onde mora; sua intenção, conforme declarou é combinar a venda com os filhos para posterior doação à Casa Espírita: "Mas não vou esperar e farei a doação do valor para as obras assistenciais daqui", completou. Roberto, a seu turno, diz estar trabalhando "a questão dos desafetos pregressos", referindo-se ao perseguidores invisíveis: "Tenho orado por eles", frisou, salientando querer limpar essa mácula de sua jornada evolutiva: "Sei que errei, mas peço perdão; se não fizer isso aqui, eu os encontrarei lá e serei cobrado".
No fechamento do trabalho, a Coordenação reparou que as atividades de preparação para esse significativo momento são importantes, mas não se deve esquecer a avaliação dos conhecimentos adquiridos, muitos dos quais precisam ser reciclados e, de certa forma, "esquecidos", uma vez que estamos encarnados com o propósito não de preparar uma bagagem para a "viagem de volta", mas para desfazermos essa bagagem, consoante o que Jesus pondera no Evangelho de Tomé: "Para o lugar aonde ireis, não devereis levar coisa alguma, porque o que levardes poderá impedir vossa passagem pela porta estreita".
Se nada levamos de material, porquanto chegamos aqui nus e ao sairmos deeixamos o próprio corpo, algo assemelhado à realidade material segue conosco e isto são os pensamentos, as ideias e conceitos que alimentamos a partir dos conhecimentos obtidos, de modo que devemos renunciar também a isso, mesmo considerando-os importantes, para não sofrermos surpresas desagradáveis, concluindo,inconscientemente, que simplesmente morremos, e não desencarnamos ainda...
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