"Quando me percebo morto, ressuscitando ou ressuscitado em minha existência?"
Essa pergunta, feita por Cristiano no trabalho apresentado no sábado, dia 4 de outubro, mexeu com os participantes do "Jesus de Nazaré", que na ocasião ofereceram suas justificativas. Antes disso, porém, procedeu-se ao estudo do livro Caminho Verdade e Vida (Emmanuel/Chico Xavier), desta vez explorando o capítulo 29 - "Contentar-se" -, cujo mote é dado logo na epígrafe: "Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho" - Paulo (Filipenses, 4:11). Estavam presentes, além de Cristiano e dos coordenadores, Fernanda, Fernando, Eliene, Regina, Carminha, Ilca, Railza, Isabel, Valquíria, Egnaldo, Jaciara, Magali, Marilene, Marlene, Waldelice e Roberto.
Pois bem: Carminha, a arespeito do texto de Emmanuel, comentou já ter vivido angustiadamente essa busca pelos bens materiais, mas hoje não vê mais sentido nisso. Para Eliene, é difícil contentar-se com pouco vivendo numa sociedade consumista, embora se encontre numa fase similar à de Carminha; no entanto, o dinheiro é bom, disse, e luta para tê-lo, reconhecendo que esse recurso deve ser bem utilizado. Na opinião de Valquíria a dificuldade estar em ter e despender esforço na proteção desses bens. Jaciara, por seu turno, reconhece-se ainda consumista, mas já diminuindo esse ímpeto; segundo ela, o que compra não é pelo luxo, mas pela comodidade (conforto).
Egnaldo ponderou que não se deve confundir avareza (alguém havia citado essa palavra para exemplificar certas atitudes em relação ao dinheiro) com pobreza, observando que o ideal é a vida simples, uma vez que o consumismo faz as pessoas mudarem seus hábitos, conforme ressaltou. A tal respeito, Creuza salientou que a vida simples não é sinônimo de uma vida dolorosa, porquanto há pessoas que vivem com pouco e não estão contentes com isso, contrariando a poesia do compositor baiano Hyldon, que na música Casinha Branca canta assim: "Eu queria ter na vida simplesmente/ Um lugar de mato verde pra plantar e pra colher/ Ter uma casinha branca de varanda/ Um quintal e uma janela só pra ver o sol nascer".
***
Passada a palavra a Cristiano, para a apresentação de seu trabalho sobre os itens 12 e 13 do quarto capítulo de O Evangelho Segundo o Espiritismo - "Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo" -, ele começou historiando a atuação profética de Isaías no Velho testamento e em seguida falou filosoficamente sobre ressuscitar, que é adquirir a consciência de espírito, compreendendo-se todas as implicações desse conhecimento. Somente depois é que ele propôs a questão explicitada no início desta postagem, abrindo a partilha. Nesse momento, o coordenador Francisco recordou um poema de Carlos Dummond de Andrade ("Carta"), o qual, disse ele, remetia ao assunto em estudo:
"Há muito tempo, sim, não te escrevo.
Ficaram velhas todas as notícias.
Eu mesmo envelhecí: olha em relevo
estes sinais em mim, não das carícias
***
Na segunda parte do trabalho, Cristiano distribuiu a letra da canção "Quando o sol bater na janela do teu quarto", de Renato Russo, gravada pela banda Legião Urbana, que no final da atividade seria tocada; em seguida, para introduzir a última questão, contou uma metáfora sobre dívidas e prazos para pagamento/quitação e perguntou: "De que forma estou aprendendo, resgatando ou quitando meus compromissos diante do Criador?". Coube a Fernando apresentar a resposta mais representativa, afirmando que Jesus está no comando da Terra e por isto os acontecimentos não devem tirar nossa esperança, muito pelo contrário.
Essa pergunta, feita por Cristiano no trabalho apresentado no sábado, dia 4 de outubro, mexeu com os participantes do "Jesus de Nazaré", que na ocasião ofereceram suas justificativas. Antes disso, porém, procedeu-se ao estudo do livro Caminho Verdade e Vida (Emmanuel/Chico Xavier), desta vez explorando o capítulo 29 - "Contentar-se" -, cujo mote é dado logo na epígrafe: "Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho" - Paulo (Filipenses, 4:11). Estavam presentes, além de Cristiano e dos coordenadores, Fernanda, Fernando, Eliene, Regina, Carminha, Ilca, Railza, Isabel, Valquíria, Egnaldo, Jaciara, Magali, Marilene, Marlene, Waldelice e Roberto.
Pois bem: Carminha, a arespeito do texto de Emmanuel, comentou já ter vivido angustiadamente essa busca pelos bens materiais, mas hoje não vê mais sentido nisso. Para Eliene, é difícil contentar-se com pouco vivendo numa sociedade consumista, embora se encontre numa fase similar à de Carminha; no entanto, o dinheiro é bom, disse, e luta para tê-lo, reconhecendo que esse recurso deve ser bem utilizado. Na opinião de Valquíria a dificuldade estar em ter e despender esforço na proteção desses bens. Jaciara, por seu turno, reconhece-se ainda consumista, mas já diminuindo esse ímpeto; segundo ela, o que compra não é pelo luxo, mas pela comodidade (conforto).
Egnaldo ponderou que não se deve confundir avareza (alguém havia citado essa palavra para exemplificar certas atitudes em relação ao dinheiro) com pobreza, observando que o ideal é a vida simples, uma vez que o consumismo faz as pessoas mudarem seus hábitos, conforme ressaltou. A tal respeito, Creuza salientou que a vida simples não é sinônimo de uma vida dolorosa, porquanto há pessoas que vivem com pouco e não estão contentes com isso, contrariando a poesia do compositor baiano Hyldon, que na música Casinha Branca canta assim: "Eu queria ter na vida simplesmente/ Um lugar de mato verde pra plantar e pra colher/ Ter uma casinha branca de varanda/ Um quintal e uma janela só pra ver o sol nascer".
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Passada a palavra a Cristiano, para a apresentação de seu trabalho sobre os itens 12 e 13 do quarto capítulo de O Evangelho Segundo o Espiritismo - "Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo" -, ele começou historiando a atuação profética de Isaías no Velho testamento e em seguida falou filosoficamente sobre ressuscitar, que é adquirir a consciência de espírito, compreendendo-se todas as implicações desse conhecimento. Somente depois é que ele propôs a questão explicitada no início desta postagem, abrindo a partilha. Nesse momento, o coordenador Francisco recordou um poema de Carlos Dummond de Andrade ("Carta"), o qual, disse ele, remetia ao assunto em estudo:
"Há muito tempo, sim, não te escrevo.
Ficaram velhas todas as notícias.
Eu mesmo envelhecí: olha em relevo
estes sinais em mim, não das carícias
(tão leves) que fazias no meu rosto:
são golpes, são espinhos, são lembranças
da vida a teu menino, que a sol-posto
perde a sabedoria das crianças.
A falta que me fazes não é tanto
à hora de dormir, quando dizias
"Deus te abençoe", e a noite abria em sonho.
É quando, ao despertar, revejo a um canto
a noite acumulada de meus dias,
e sinto que estou vivo, e que não sonho."
são golpes, são espinhos, são lembranças
da vida a teu menino, que a sol-posto
perde a sabedoria das crianças.
A falta que me fazes não é tanto
à hora de dormir, quando dizias
"Deus te abençoe", e a noite abria em sonho.
É quando, ao despertar, revejo a um canto
a noite acumulada de meus dias,
e sinto que estou vivo, e que não sonho."
Mas respondendo mais objetivamente à pergunta feita por Cristiano, Creuza declarou estar morta quando cobra do outro uma postura de que ele ainda não é capaz e quando se recusa ao aprendizado do novo, impondo sua verdade aos demais. Para Marilene, essa condição de morte se dá quando segura as emoções num patamar restritivo, revivendo sofrimentos do passado: "Algo em mim morre nesse momento", disse, acrescentando sentir necessidade de se libertar e também o outro, através do trabalho, apesar de toda a dificuldade que se encontra nesse processo; mas há momentos em que se vê ressuscitando e logo em seguida observa-se fragilizada demais para viver essa ressurreição.
Eliene, por sua vez, salientou que até dois anos atrás estava morta, por não querer aceitar certas questões em torno de si, algumas delas relacionadas ao hábito de julgar, considerando que ainda não está ressuscitada. Quanto a Jaciara, existem momento, estágios, em que a morte é o fim, o fundo do poço, e sente-se assim quando está fechada em si mesma, em seu egocentrismo; mas há tambem, disse, ocasiões em que está aberta à interação com o outro, ouvindo mais, vivendo, de modo que o estado pleno de ressurreição seria algo de luminoso: "Estou nesse processo", observou.
Egnaldo disse apenas estar se conscientizando da necessidade de recorrer às informações concernentes à Doutrina Espírita. Ressuscitar, para Railza, é um processo cotidiano de "muitas mortes", de modo que ela se vê assim, alternadamente morta, ressuscitando e ressuscitada e de novo morrendo; segundo ela, "uma das 'facas' que me matam é o julgamento", levandoa a comentar: "Sei que sou um espírito terrivelmente zombeteiro e morro de vergonha depois do erro cometido". Regina confessou não ter entendido muito bem as palavras do profeta Isaías, mas, pensando bem, admitiu viver na superfície do conhecimento e somente quando aprofunda as questões reflexivas é que está vivendo.
Valquíria declarou que ao ler as obras do Espírito André Luiz, logo que se iniciou na Doutrina, estava morta e por isso nada entendia do que leu, mas à medida que adquiria mais vivência compreendia melhor e hoje, relendo esses livros, vê com mais clareza: "Sinto-me ressuscitando", completou. Já Roberto salientou que se sente morto quanto precisa levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima; ressuscitado quando percebe ser um "espírito velho"; e, por fim, ressuscitando, ao se ver já no caminho, pedindo aos Amigos Espirituais a ajuda necessária para melhorar-se.
Valquíria declarou que ao ler as obras do Espírito André Luiz, logo que se iniciou na Doutrina, estava morta e por isso nada entendia do que leu, mas à medida que adquiria mais vivência compreendia melhor e hoje, relendo esses livros, vê com mais clareza: "Sinto-me ressuscitando", completou. Já Roberto salientou que se sente morto quanto precisa levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima; ressuscitado quando percebe ser um "espírito velho"; e, por fim, ressuscitando, ao se ver já no caminho, pedindo aos Amigos Espirituais a ajuda necessária para melhorar-se.
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Na segunda parte do trabalho, Cristiano distribuiu a letra da canção "Quando o sol bater na janela do teu quarto", de Renato Russo, gravada pela banda Legião Urbana, que no final da atividade seria tocada; em seguida, para introduzir a última questão, contou uma metáfora sobre dívidas e prazos para pagamento/quitação e perguntou: "De que forma estou aprendendo, resgatando ou quitando meus compromissos diante do Criador?". Coube a Fernando apresentar a resposta mais representativa, afirmando que Jesus está no comando da Terra e por isto os acontecimentos não devem tirar nossa esperança, muito pelo contrário.
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