segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Renascer com ouro e prata

Um visitante, Alessandro, que já por três vezes comparece às atividades do Grupo, novamente fez-se presente, neste sábado, 30 de agosto, quando Bonfim e Eliene encerraram seu trabalho sobre os cinco primeiros tópicos do quarto capítulo de O Evangelho Segundo o Espiritismo, intitulado "Ninguém pode ver o Reino de Deus se não nascer de novo". Além de Alessandro e dos companheiros encarregados da tarefa, compareceram também Waldelice, Roberto, Regina, Ilca, Iva, Marilene, Luiza, Fernanda, Fernando, Railza, Isabel, Jaciara, Marilda, Valquíria, Egnaldo e Cristiano. Creuza, mais uma vez, esteve ausente.
A leitura seguida de comentários sobre o capítulo 24 do livro Caminho, Verdade e Vida, intitulado "O tesouro enferrujado", abriu os trabalhos desta manhã. No texto, o Espírito Emmanuel, através da mediunidade de Chico Xavier, cita trecho da epístola do apóstolo Tiago (5:3): "O vosso ouro e a vossa prata se enferrujaram", referindo que tal ouro e tal prata são nossos sentimentos que se enferrujam quando não vivemos os apelos evangélicos.
Iniciando os comentários, Valquíria falou que se discute muito, nas esferas da Assistência Social (na Casa Espírita e fora dela), sobre o que fazer em benefício dos necessitados, resultando em demora na ação caritativa. Eliene considerou que, quando encarnados, damos valor às coisas materiais, deixando de lado o que é essencial, reparando que Jesus nos ensinou tudo, embora tenhamos esquecido dessas lições. Bonfim relatou uma metáfora cuja mensagem fazia eco às palavras de Valquíria que, voltando a falar, diz que nos templos e em todos os segmentos humanos fazem assim. Marilene relatou um episódio pessoal acontecido na Cobem e Railza, a propósito, salientou que o sentimento é que nos fará atender bem ao companheiro necessitado, para não atrapalharmoss o exercício do Amor, uma vez que não temos sabido como polir o ouro e a prata nas atividades cotidianas. Mas o ego é que nos impede de visualizar o ouro e a prata internos, por não nos conhecermos ainda. Roberto considerou a importância do falar e do calar, recordando o dito popular segundo o qual a palavra é de prata e o silêncio é de ouro.

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Chegada a vez do trabalho de Eliene e Bonfim, eles pedem que a turma adote uma postura introspectiva e depois retomem a formação dos subgrupos da semana passada, recordando em seguida os respectivos tópicos estudados na última vez. Os grupos, com a chegada de novos participantes, ficaram assim: 1 - Isabel, Iva, Luiza, Jaciara e Egnaldo; 2 - Railza, Cristiano, Marilene, Waldelice, Valquíria e Regina; e 3 - Fernando, Fernanda, Marilda, Roberto, Ilca e Alessandro.
Só após é que foi proposta a vivência, quando Eliene pediu que a turma desfizesse os subgrupos e se espalhasse pela sala, tirando tudo das mãos e do colo, para se trabalhar o renascer de novo. "O parto é difícil", disse a facilitadora, pedindo aos presentes que respirassem a fim de encontrarem o equilíbrio. Então ela deu a cada um a frase condicionadora da vivência: "Quando nesta vida eu me encontro ressuscitado ou reencarnado?".
Aberta a partilha, Waldelice declarou sentir-se ressuscitada quando vence dificuldades como o ódio e a maledicência, superando-se; e, reencarnada, quando, manifestando fé em Deus, liberta-se. Isabel ressaltou a importância de momentos como o da manhã desse sábado, ajudando-a a reformar-se intimamente, para renascer, convivendo melhor com o próximo, respeitando e respeitando-se, para "estar aqui e seguir meu caminho".
Para Railza, o sentimento de ressurreição acontece-lhe várias vezes, explicando que em certa ocasião, hospitalizada, ministraram-lhe medicamento tirocado e quase morreu, vendo espiritualmente todo o ambiente em que se encontrava; quanto a sentir-se reencarnada, isto é constante, segundo disse, salientando que isso se dá por ter consciência de quem é. Regina revelou ter experimentado taquicardia no momento inicial da vivência e isto a fez tomar contato com dois momentos vividos; ressaltou que se sente reencarnada manifestando revolta, numa constante guerra íntima, e que experimenta a ressurreição de cinco anos para cá, sentindo como se Deus lhe tivesse dado uma moratória que é verdadeira oportunidade para ressurgir espiritualmente, o que significa, para ela, viver um dia de cada vez.
Na opinião de Roberto, sentir-se reencarnado é ter consciência do que se faz, suprindo necessidades, percebendo, pelos sonhos, o que se faz "lá"; e sente-se ressuscitado quando aconselha alguém e vê a si mesmo e o outro. Egnaldo contou que aos cinco anos fora atropelado por um cavalo e ficara desacordado, retomando os sendidos vários minutos depois; com isso, ele disse acreditar ter recebido nova oportunidade de continuamente sentir esse recomeço reencarnatório para experimentar seu renascimento espiritual.
Por sua vez, Luiza observou que sente-se reencarnada a todo instante, em tudo que faz; ressuscitada, porém, sentiu-se quando fez uma cirurgia e se preparou para a eventualidade de sua desencarnação, através da identificação de mudanças no ambiente; a anestesia é uma morte momentânea, segundo ela, informando que no final do procedimento médico viu os familiares e sentiu-se renascida. Já Iva garante que sente-se reencarnada sempre e à medida que se transforma vai ressuscitando.
No encerramento da atividade, Eliene considerou que em momentos assim nos damos conta de frequentes contatos com a própria reencarnação, propiciando a ressurreição, mas costumeiramente passamos "batidos", não acreditando no próprio brilho, achando-nos incapazes de viver a própria vida. "Precisamos nos dar conta de que não morremos só uma vez", disse ela, citando o filme "A viagem", produção hollywoodiana que trata da reencarnação.

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