quarta-feira, 23 de maio de 2018

A mãe ao lado

A consigna foi a mesma; a estrutura e a dinâmica do trabalho, iguais, mas a explicação veio renovada e, como a turma prestou atenção, a proposta da Coordenação foi melhor assimilada e assim tivemos um ganho maior na repetição da atividade alusiva às comemorações pelo Dia da Mães, quando voltamos a considerar a recomendação do Cristo quanto aos papéis que Maria, sua mãe, e João, seu discípulo amado, representariam uma em relação ao outro após a despedida de Jesus do panorama do mundo físico. Estávamos presentes Isabel, Carmina, Eliete, Cristiane, Maria Luiza, Fernando, Marilda, Bia, Egnaldo, Iva, Regina, Quito, Waldelice, Valquíria, Cláudia, Marilene, Augusta e Jaciara, mais este Coordenador.
Após a explicação, quando fizemos perceber que as palavras de Jesus confirmavam sua conceituação da família espiritual, ao revelar que sua mãe, suas irmãs e seus irmãos são todos aqueles que fazem a vontade de Deus, e que pela encarnação mudamos de posição na família ocasionalmente, conforme nos assegura a Doutrina dos Espíritos, distribuímos a consigna  - "Como reconhecer em cada mulher a mãe que que devo adotar como minha? Como reconhecer em cada semelhante o filho que devo adotar como meu?" - e formamos cinco subgrupos para as análises prévias, abrindo espaço, depois de alguns minutos de conversa, para a partilha geral.
Primeiro a falar, Egnaldo salientou que "as qualidades básicas para alguém ser minha mãe são o carinho, o amor e o acolhimento"; quanto ao "filho", o companheiro disse que, para isso, o outro deve se fazer reconhecer e "estar sempre disposto a praticar a alteridade, aceitando as diferenças". Cristiane, por sua vez, frisou o amor entre mãe e filho, o que, segundo ela, ratifica o amor universal ensinado por Jesus: "Devemos universalizar o amor que sentimos por aqueles que nos são caros, através das manifestações de caridade", ressaltou.
Para Augusta, "todos os filhos que já tivemos são espíritos com os quais nos comprometemos de alguma forma; todo cuidado é pouco, como dizia minha mãe; toda experiência familiar é um resgate; a única mulher que posso considerar como mãe é minha irmã, que me dá muitos conselhos". E Regina, que não ouviu a explicação por ter chegado com atraso, revelou estar num "patamar evolutivo que me faz reconhecer minha mãe biológica como minha [única] mãe"; ela disse classificar as pessoas como as que entram e as que saem de sua vida: "Algumas deixam mágoas e saudades", afirmou, acrescentando haver "um apego muito grande em mim ainda", de modo que "não há outra pessoa por quem eu faça o que faço por meu filho".
Pedindo a palavra, Marilda considerou ver a figura materna em "toda pessoa que age como mãe para comigo, com atitude maternal, independentemente da idade"; de igual modo, ela afirmou que junto a "todo aquele que se aproxima de mim em busca de auxílio eu ajo como mãe". Já Marilene acentuou que aproveita o ensinamento de Jesus em seu trabalho na Casa Espírita, "atendendo aqueles que trazem as dificuldades que eu preciso resolver, embora me angustie muito". Iva, por seu turno, salientou que "devemos amar a toda Humanidade, servindo a todos no que é possível".
Na vez de Carminha, esta companheira observou que "há pessoas que despertam em nós uma afetividade muito grande" - e ela vê nisso o "embrião da família universal", citando como exemplo a relação com sua secretária do lar; ela também referiu o comportamento de seu filho mais novo: "Ele deve ter sido minha mãe [alguma vez], pelo tanto que me ensina". Por fim, Jaciara disse ter encontrado duas formas de responder à consiga: "Pelo intelecto, através do ensino doutrinário, e pela via emocional"; para ela, "é difícil enxergar num desafeto alguém como um parente consanguíneo, alguém que eu devo amar"; a companheira salientou que a adoção que se espera de uma mãe (em relação a um filho) se esboça na inocência e na necessidade de cuidado: "Como enxergar [um filho, uma mãe] nessa pessoa que desperta em mim o lado animal?"; segundo ela, isso só se consegue transformando a resistência em aceitação.

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