quinta-feira, 13 de julho de 2017

Desigualmente pobres e ricos

O trabalho realizado por Cláudia e Carminha, no dia 8 deste julho chuvoso, abordou o tema "Desigualdade das riquezas", de O Evangelho Segundo o Espiritismo, propondo a seguinte consigna: "Qual é sua riqueza e o que vocês faz com ela?". Para essa abordagem, a turma - além das duas companheiras citadas, estavam presentes Valquíria, Egnaldo, Fernando,Waldelice, Eliete, Railza, Marilda, Augusta, Isabel e este escriba dublê de Coordenador - foi dividida em duplas. Após as reflexões, foi aberta a partilha e Egnaldo foi o primeiro a falar, afirmando que "minha riqueza são os companheiros" - e fez um gesto largo abarcando os presentes -, "na medida em que sou acolhido em meu sorriso"; ele também informou que "com essa riqueza eu viajo, porque me enlevo e me elevo na convivência, promovendo trocas harmoniosas".
Marilene pensava, antigamente, não ter riqueza, mas hoje considera que isso é a própria vida, principalmente por ter nascido num corpo de mulher: "Vivo como mulher na medida do possível, me expressando como posso", disse, salientando que "às vezes queremos fazer algo e não conseguimos"; mas afirmou ser grata à família que a acolheu nesta existência, porque "supriu minhas necessidades".
Waldelice declarou que sua riqueza vem da mãe, "que me criou com princípios religiosos e graças à minha fé me aproximei do Espiritismo e procuro melhorar"; segundo ela, os conhecimentos são parte dessa riqueza e por eles "procuro ajudar os companheiros, sempre que posso"; ela disse que "ajudar é a possibilidade de doar riqueza" e assim "busco superar as críticas e a maledicência".
"Minha maior riqueza é minha liberdade", revelou Valquíria, referindo-se a seu livre-arbítrio, a suas escolhas; para ela, "com a Doutrina Espírita aprendi que sou espírito eterno e minhas escolhas são livres", frisando, contudo, que essa liberdade produz consequências e por isso "preciso agir responsavelmente, porque ninguém escolhe por ninguém"; essa companheira também acrescentou que com o Espiritismo procura entender a vida "e a me direcionar no caminho". Por sua vez, Eliete apontou  o ter conhecido a Cobem, 45 anos atrás, como sua maior riqueza; ela contou parte dessa história e declarou que há 25 anos faz seu trabalho de transformação interior: "Passo muitas dificuldades, mas vivo intimamente em paz", disse, ressaltando ser rica de paz e procura transmitir aos outros "essa paciência que vem da forte confiança que tenho em Deus".
Railza começou dizendo ter "muitas riquezinhas e algumas eu achava que eram pobreza, depois vi que eram riqueza mesmo, inclusive  monetária"; ela observou que as condições financeiras favoráveis lhe dão a "possibilidade de viajar, comer e vestir o que quero"; ela disse sabermos das desigualdades sociais e que já viveu tempos de não ter nada, quando tudo era regrado, "mas nada me faltou"; ainda assim, pela educação recebida, "tenho a postura de ser eu mesma, eu faço meu caminho como bem quero, mas respeitando os companheiros, ouvindo e tolerando os contrários" - afirmou. Augusta, falando a seguir, também conceituou a própria vida como sua riqueza: "Sem ela não poderia fazer nada; com ela, dou continuidade ao meu aprendizado na Terra", disse, acrescentando que "um dia seremos deuses e Jesus é o exemplo máximo".
Para Marilda, uma de suas riquezas é a família, cujos integrantes a fazem amadurecer e dos quais cuida conforme as necessidades de cada um, "respeitando as diferenças, sem impor minhas verdades a ninguém", disse, informando que o retorno de sua solicitude "é gratificante, e a troca é muito grande". Cláudia, a seu turno, identificou na perseverança sua riqueza principal, embora dissesse que isso, para sua mãe, é pura teimosia: "Quando decidi ser espírita, enveredei por esse caminho", disse, salientando que "às vezes, pensei em desistir"; segundo afirmou, prossegue no rumo "porque é no que acredito; minha maior pobreza talvez seja a teimosia", isto é, a insistência mesmo vendo que sua iniciativa "não vai dar certo", talvez agindo assim "por arrogância": "Preciso diferençar as duas coisas", disse.
Chegada  vez de Isabel, a vice-coordenadora viu na encarnação sua riqueza, "a oportunidade de estar aqui, neste momento, quando busco ultrapassar os obstáculos criados no passado por minhas atitudes"; assim como Cláudia, ela também referiu a persistência e a paixão pela vida como parte de seus dotes pessoais, desse modo "entregando-me às coisas que quero fazer e aos poucos vou conseguindo transformar outras com o tempo, fazendo-me feliz comigo mesma". Iva, pedindo a palavra, foi bastante sucinta, apontando "minha consciência em Deus" como sua riqueza, que, segundo afirmou, multiplica "servindo".
No fechamento da atividade, Cláudia leu as palavras do mentor espiritual Emmanuel sobre o binômio riqueza e felicidade (psicografia de Francisco Cândido Xavier), distribuindo em seguida cópias desse texto, que reproduzimos abaixo.

Riqueza e felicidade

Há ricos do dinheiro, tão ricos de usura, que se fazem mais pobres que os pobres pedintes da via pública que, muitas vezes, não dispõem sequer de um pão.
Há ricos de conhecimento, tão ricos de orgulho, que se fazem mais pobres que os pobres selvagens ainda insulados nas trevas da inteligência.
Há ricos de tempo, tão ricos de preguiça, que se fazem mais pobres que os pobres escravizados às tarefas de sacrifício.
Há ricos de possibilidades, tão ricos de egoísmo, que se fazem mais pobres que os pobres irmãos em amargas lutas expiatórias, que de tudo carecem para ajudar.
Há ricos de afeto, tão ricos de ciúme, que se fazem mais pobres que os pobres companheiros em prova rude, quando relegados à solidão.
Lembra-te, pois, de que todos somos ricos de alguma coisa ante o Suprimento Divino da Divina Bondade e, usando os talentos que a vida te confia na missão de fazer mais felizes aqueles que te rodeiam, chegará o momento em que te surpreenderás mais rico que todos os ricos da Terra, porquanto entesourarás no próprio coração a eterna felicidade que verte do amor de Deus.

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