quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Amor primeiro

Em O Evangelho Segundo o Espiritismo (Allan Kardec), o capítulo VI traz mensagens de O Espírito de Verdade e numa delas este, identificado como o Cristo, dá dois mandamentos aos espíritas: "Amai-vos, eis o primeiro ensinamento; instruí-vos, eis o segundo". O amor, portanto, vem em primeiro lugar e frisamos este aspecto de nossos estudos no âmbito da Doutrina Espírita em razão do trabalho que nossa companheira Carminha pretende apresentar neste sábado, 1 de outubro, sobre o teor do capítulo 12 do livro Boa Nova (Humberto de Campos, Espírito/Francisco Cândido Xavier), intitulado "Amor e renúncia". A atividade de Carminha deverá ser realizada em duas aulas e a primeira contemplará as manifestações de afeto que devemos uns aos outros, no exercício da amorosidade, tornando-nos cada vez mais amigos. Assim seguramente teremos dois momentos bastante enriquecedores de nossas relações interpessoais.
Até lá e todos lá!



quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Interpretações

O trabalho realizado no sábado 24 de setembro serviu para mostrar o quanto precisamos, no âmbito do Grupo Jesus de Nazaré, nos esforçar um pouco mais a fim de correspondermos à necessidade de habilitarmo-nos suficientemente para a boa interpretação das lições de Jesus, manifestando a condição de espíritas estudiosos. A essa atividade juntaram-se aos coordenadores - Isabel e Francisco - os companheiros Carminha, Egnaldo, Valquíria, Cristiane, Cláudia, Waldelice, Magali, Jaciara, Iva, Quito. Fernando, Luiza, Marilda, Eliene, Regina, Augusta, Railza e Lígia. Desta vez, tivemos o momento das virtudes, sob a condução de Isabel, que apenas promoveu a troca dos corações e distribuiu frases reflexivas do autor Lourival Lopes para uma breve meditação.
Então procedemos à leitura da lição do EADE - o primeiro tópico do Roteiro 5, sobre localizar no texto bíblico as passagens evangélicas que se deseja estudar - e em seguida dividimos a turma em três subgrupos, a cada qual entregando um exemplar da Bíblia Sagrada, do Novo Testamento traduzido por Haroldo Dultra Dias, e da Bíblia de Jerusalém. Junto com tais livros, juntamos as consignas do trabalho: 1 - Identifique no Evangelho de Mateus, fornecendo capítulo e versículos, o trecho em que o rei Herodes confundo Jesus com João Batista e aponte as dificuldades encontradas na realização desta tarefa; 2 - Do que trata o versículo 9 do Cap. 3 de Atos dos Apóstolos e qual a relação entre esse capítulo e um dos princípios básicos do Espiritismo?; e 3 - Em que parte do Evangelho de Lucas este afirma que Jesus é sinal de contradição e como Kardec aproveitou essas palavras numa de suas obras?
A primeira questão ficou a cargo do subgrupo formado por Marilda, Quito, Railza, Fernando e Egnaldo - mais tarde, Regina seria aí incluída; a segunda coube a Lígia, Luiza, Iva, Cláudia e Cristiane, que receberia a colaboração de Magali; e a última seria discutida por Carminha, Augusta, Eliene, Jaciara e Valquíria, mais Waldelice, que chegou depois de iniciada a tarefa. Findo o período da atividade prática, passamos então às considerações relativas a cada consigna. Em nome do primeiro subgrupo, Railza explicou que não houve dificuldade em cumprir a proposta da Coordenação, mas em entendê-la, uma vez que o assunto já fora estudado "há milhões de anos". Depois, Quito salientou ter revivido, nesse trabalho, o "trauma" de seu tempo de coroinha.
De acordo com o pessoal do segundo subgrupo, o relato do evangelista Lucas, autor também do livro Atos dos Apóstolos, trata, no trecho citado na consigna, dos princípios básicos do Espiritismo referentes à existência de Deus e da alma, mais a comunicabilidade dos Espíritos; segundo Iva, fui um pouco difícil realizar a atividade "por não estudar desse modo frequentemente". E Carminha, representando o terceiro subgrupo, declarou que, "por não sermos pastores evangélicos", observaram alguma dificuldade na resolução do problema elaborado pela Coordenação. Essa dificuldade ficou patente após Jaciara, munida de um smartphone, consultar na Internet uma página que oferecesse O Evangelho Segundo o Espiritismo (ESE) e encontrou, como correspondência do texto de Lucas (12:47), o capítulo 14 da obra de Allan Kardec. Isso provocou uma breve mas interessante celeuma, porquanto o Cap. 14 do ESE é intitulado "Honrar pai e mãe", ao passo que os ensinos aparentemente contraditórios de Jesus o Codificador os enfeixou no Cap. 23, sob o título de "Moral estranha".
Como o horário já não permitisse mais considerações, a prece feita por Fernando encerrou o trabalho.

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Estudo bíblico

"Saber localizar o texto no livro bíblico" é o título do primeiro tópico do Roteiro 5 do EADE, que introduz a interpretação de textos evangélicos. É com esse material que o Grupo Jesus de Nazaré trabalhará neste sábado, dia 24 de setembro, com a proposta de realizar exercícios de interpretação de relatos do Evangelho à luz do entendimento espírita. Tal exercício será útil para orientar os companheiros que ainda não sabem utilizar a Bíblia para o estudo, bem como para reforçar a boa disposição de quem já consegue proceder desse modo com aquela finalidade. No que nos concerne, esse trabalho ajudará a observarmos os entraves e os aspectos facilitadores da pesquisa na e com a Bíblia.
Isto posto, vamos ao trabalho.

Resultado de imagem para estudo com a bíblia

domingo, 18 de setembro de 2016

Três questões

1 - Por que a Boa Nova representa para a Humanidade a "festa de noivado" referida por Jesus?
2 - Para extrair o espírito da letra, como entender o poema de Horácio a respeito de Roma?
3 - Procurando interpretar o sentido das expressões, por que Humberto de Campos fala de "chuva de bênçãos" ao citar a chegada do Sublime Emissário à Terra?

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Tais as consignas estabelecidas para o trabalho do sábado, 17 de setembro, no âmbito do "Jesus de Nazaré", ante a presença de Iva, Cristiane, Marilene, Fernando, Valquíria, Luiza, Carminha, Cláudia (outra vez nos visitando), Regina, Magali, Waldelice, Quito, Marilda, Egnaldo, Cristiano, Eliene e este escriba dublê de coordenador. O tema do encontro foi o primeiro capítulo de Boa Nova (Humberto de Campos/Chico Xavier), que tem o mesmo título do livro e fala do século do imperador Caio Júlio César Otávio, filho adotivo de Júlio César e cognominado de Augusto, no qual a Espiritualidade preparou o planeta para a vinda do Cristo. Finda leitura, a turma foi dividida em três subgrupos, inicialmente com quatro participantes, enquanto os demais não haviam ainda chegado; em seguida, as consignas foram dadas a conhecer e todos passaram às discussões antes da partilha grupal.
A primeira pergunta coube ao grupo formado por Cristiane, Cláudia, Quito e Fernando, completo depois com a chegada de Regina e Magali. Para essa companheira, identificando a "noiva" como a própria Humanidade, sendo Jesus o "noivo", o Evangelho, que vem a ser a Boa Nova apresentada pelo Cristo, promove a união do mundo espiritual com os homens pela prática das lições do Mestre, pela adoção consciente das boas atitudes, para que nós, uma vez reformados, recebamos mais dos ensinamentos; segundo Cristiane, a Boa Nova é de alcance universal, "mas temos de nos esforçar para compreender e viver essas lições". Também por esse grupo, Fernando observou que "se todos introjetarmos como verdadeiro que o Evangelho é o livro mais vivaz que há no mundo..." e repetiu os conceitos do Espírito Humberto de Campos, justificando sua assertiva.
Pelo grupo 2 falou Cristiano (junto com ele formaram Iva, Waldelice e Marilda), salientando que, no poema destacado no texto, "Horácio orgulha-se de ser romano mas teve a percepção de algo maio que ele e Roma", ainda que peça à capital do império o privilégio dos deuses. Interferindo, Valquíria considerou que "Horácio vê mas não enxerga, só induz que o Sol é maior do que Roma". Igualmente, Marilda deu sua opinião; para ela, o poema fala o esplendor retratado por Horácio é a percepção do poeta quanto à vinda do Cristo. Já Iva ressaltou que o anúncio da chegada de Jesus foi feito por uma estrela: "O Sol é uma estrela de quinta grandeza, e brilha incessantemente".
Carminha iniciou os comentários pelo terceiro subgrupo recordando as circunstâncias do nascimento de Jesus, no atual Oriente Médio, na Palestina dominada pelos romanos, um povo bélico que imprimou outro tipo de energia à região; segundo ela, o imperador Augusto era sensível à mudança energética observada em sua época, dada a proximidade da vinda do Cristo, embora não fosse uma percepção consciente, de modo que a "chuva de bênçãos" relatada por Humberto de Campos sinalizava a presença dos emissários espirituais que vinham cooperar com Jesus e assim modificava-se a psicosfera planetária: "Todos conseguimos perceber essa mudança e são tocados por essa energia, mesmo que às vezes coloquemos uma barreira entre ela e nós", ressaltou.


sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Prática da teoria

Depois de fazermos exaustivamente o exercício de compreensão dos meios facilitadores da interpretação das lições evangélicas (e isto ainda não terminou), neste sábado, 17 de setembro, procederemos a uma atividade prática com a finalidade de averiguarmos nossa capacidade interpretativa. Para tanto, vamos dar uma folga ao tomo II do EADE e retornar ao livro Boa Nova (Humberto de Campos, Espírito/Chico Xavier, médium). Dessa obra do autor espiritual trabalharemos o primeiro capítulo, que leva o mesmo título do livro, procurando seu entendimento a partir dos pressupostos observados no Roteiro 4 do EADE, Naturalmente, haveremos de nos conduzir pelas consignas propostas pela Coordenação.
Até lá.


domingo, 11 de setembro de 2016

Algumas palavras

Nesse 10 de setembro tivemos a participação de Cristiane, Waldelice, Valquíria, Egnaldo, Fernando, Marilene, Lígia, Luiza, Jaciara, Magali e Maria Augusta, além dos coordenadores - Isabel e Francisco - e de Eliene, que retornava ao Grupo após longo período de ausência durante o qual nasceu-lhe a segunda netinha. A atividade do dia versou sobre o sentido das palavras, tema do último item do terceiro tópico do Roteiro 4 do EADE, que trata dos meios de interpretação do Evangelho. Para a abordagem dese item, a Coordenação propôs a seguinte consigna motivadora das reflexões posteriores à leitura do texto: "Quando lanço minha rede estou realmente consciente das recomendações de Jesus?".
E como dessa vez não realizamos o momento das virtudes, passamos direto ao trabalho, procedendo à leitura e, depois de expor a consigna, às reflexões feitas em duplas, após o que houve a partilha grupal. Mas antes de tudo isso, Fernando pediu um minuto para falar sobre a atividade da semana passada, que ele considerou muito importante para esclarecê-lo acerca de uma decisão a ser tomada, aproveitando para contar um pouco de sua história escolar e das dificuldades com matérias e livros, o que só melhorou após conhecer o Espiritismo, o qual, disse, transformou sua preguiça em disposição para o trabalho intelectual.
Augusta foi, então, a primeira a falar sobre a consigna, dizendo que isso depende do momento, de modo que só às vezes está consciente dos mandamentos: "Jesus dá as coordenadas quanto ao espiritual", explicou, acrescentando que "no entanto, a sobrevivência fala mais alto"; para ela, estar na Casa Espírita facilita a elevação espiritual, "mas por vezes escorregamos; é difícil dizer que seguimos o Cristo e assim perdemos a oportunidade do crescimento", completou. Já Egnaldo revelou que "intimamente estou sempre lançando a rede"; para ele, "você escolhe seu plantio - seja espinho ou caco de vidro - o que queira", mas declarou ter dificuldades "em vista dos desafios da vida".
"Às vezes, sim, às vezes, não", observou Eliene, por sua vez, esclarecendo que há dias em que a maré não está pra peixe, ainda que as palavras de Jesus nos sacudam, tirando-nos do imobilismo. De modo parecido pensa Jaciara, para quem "há momentos em que eu quero uma rede para me deitar, que estou muito cansada"; afirmou, contudo, que está na caminhada e por isso "há momentos em que me vejo consciente das palavras de Jesus. Em seguida, Magali considerou que, como na lição do Evangelho, "os pescadores não jogam a rede em qualquer lugar: eles sabem onde lançá-la".
"Busquei o Espiritismo para saber a razão de minha existência", ponderou Valquíria, salientando que deu sorte, ao observar entre os profitentes da Doutrina o respeito às diferenças no convívio com os outros: "Essa é a lição da rede, da busca do entendimento das palavras de Jesus", disse, considerando ser assim que faz o lançamento de seu instrumento de pesca: "Devemos sentir o outro não como queremos, mas pelo processo dele", completou. Por fim, Marilene, fazendo eco às considerações sobre a criação de filhos suscitadas desde a fala de Egnaldo, salientou que, "como mãe, devo ensinar os filhos a lançar cada um sua rede", para não ficarem na eterna dependência dos pais.

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Artes de pescador

Eis que neste sábado, dia 10 de setembro, concluiremos a abordagem do Roteiro 4 do EADE, enfocando o tema "O sentido das palavras", correspondente ao item 3.5, que finaliza o esquema de estudo e interpretação do Evangelho proposto por essa obra da Federação Espírita Brasileira. Nesse tópico, os autores do trabalho continuam a utilizar alguns termos do episódio evangélico da pesca milagrosa narrado por Lucas (5:3-6), destacando o verbo "lançar". Com isso teremos mais um estímulo para refletir acerca de nossa condição de novos discípulos do Senhor e aprendermos de fato a fazer a boa conjugação verbal, valorizando nossa presença no mundo, atento às recomendações daquele sobre quem o evangelista João disse ser o Verbo que se fez carne.
Até lá.


sábado, 3 de setembro de 2016

Expressões sentidas

A atividade realizada neste sábado, dia 3 de setembro, contou com a participação de uma visitante, Cláudia, que foi conhecer o funcionamento de nosso grupo de estudo. Além dela e deste Coordenador/escriba, estiveram presentes também Valquíria, Marilene, Egnaldo, Carminha, Luiza, Fernando, Quito, Cristiano, Isabel (igualmente Coordenadora), Waldelice, Marilda, Regina, Maria Augusta, Magali, Jaciara, Cristiane e Lígia. O trabalho começou, como já é praxe, com a narrativa sobre o exercício semanal de virtudes, durante o qual Quito questionou a validade desse momento, ponderando que se perde um tempo que poderia ser aproveitado na atividade ordinária. A Coordenação ficou de analisar essa petição do companheiro.
Mas Carminha, que se exercitou com a harmonia, declarou que "precisamos nos harmonizar conosco mesmos, caso contrários não passaremos nada (aos outros), só desequilíbrio". Valquíria achou "esquisita" a virtude trabalhada (amor a Deus), "porque esse amor é intrínseco, a não ser que seja o amor universal". Já Lígia, que havia escolhido o carinho depois de algumas semanas lidando com a paciência, salientou que voltará a se exercitar com esta última. Por sua vez, Luiza observou que sua virtude, o amor a si próprio, surgiu na hora certa, revelando estar atravessando um momento difícil em viu-se perdendo o controle devido às cobranças externas: "Eu estava esquecendo de mim mesma", frisou.
Então foi lido o texto do EADE, no item 3.4 do Roteiro 4, sob o título "O sentido das expressões", no qual os autores tratam da importância do distanciamento do leitor/aprendiz quanto ao objeto em estudo para sua mais eficiente interpretação, fazendo, para tanto, referência a trecho do Evangelho de Lucas (Lc 5:3-6), no qual Jesus pede a Pedro que em seu barco O afaste um pouco da praia. Após a leitura, a turma foi dividida em subgrupos para a abordagem da questão, baseada também na proposição já citada do filósofo italiano Giordano Bruno, com a seguinte consigna: "O que penso? Por que penso? Como penso? Para que penso?". Para facilitar um pouco mais, a Coordenação explicou a diferença entre ler e interpretar: ler é decifrar o código escrito, enquanto interpretar é ler nas entrelinhas...
Aberta a partilha, Cristiane foi a primeira a falar, salientando sempre ter de aprender, tanto quanto qualquer dos companheiros no Grupo antes dela, vivenciando as experiências da troca de informações; segundo ela, tudo é relativo, cada um tem suas crenças e por isso "minha verdade não é absoluta". Carminha, em seguida, declarou que o pensamento depende da situação que se vivencia: "Como ainda não nos livramos do instinto animal, depende da circunstâncias", disse, acrescentando que o modo como pensamos está ligado ao momento emocional: "O que penso é conforme as dificuldades enfrentadas", ocasião em que, para a companheira, "podemos até matar"; sobre para que pensa, ela afirmou que é para atingir o outro, acrescentando que esse é um caminho que leva ao arrependimento, ao pranto, "mas até aí vivenciamos muitas coisas entre o animal e a divindade".
Segundo Egnaldo, agir racionalmente é uma necessidade, porque o afastamento da praia não pode ser demasiado (como reza o texto do EADE); desse modo, temos de ser realistas, disse ele, salientando que devemos agir no mundo sabendo que não somos do mundo: "É um compromisso comigo mesmo viver em harmonia entre o corpo e a alma, (porque) o animal em nós é racional". Por sua vez, Marilene observou que aquilo de que precisamos a Doutrina Espírita nos ensina, e assim pensamos e chegamos ao sentimento para daí passarmos à ação; para ela, o pensamento de Giordano Bruno, dado a conhecer nesse dia, é fiel às palavras do Cristo sobre o nosso falar ser "sim, sim, não, não", de modo que, para ela, é um dever afastar-se da praia, mas não em demasia.
A prece feita por Fernando encerrou a atividade, com votos de muita paz a todos.