quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Limites

Neste sábado, 1 de novembro, continuaremos abordando tópicos referentes à reencarnação e desta feita vamos considerar os limites da encarnação, consoante o arrazoado de Allan Kardec no item 24 do capítulo IV de O Evangelho Segundo o Espiritismo. Tal enunciado faz correspondência com o ensinamento do Espírito Emmanuel no livro homônimo psicografado por Chico Xavier, no qual o autor espiritual trata do significado das reencarnações, nestes termos: "Cada encarnação é como se fora um atalho nas estradas da ascensão. Por esse motivo, o ser humano deve amar a sua existência de lutas e de amarguras temporárias, porquanto ela significa uma bênção divina, quase um perdão de Deus".
Compreendendo a jornada reencarnatória por esse prisma, certamente teremos muito que comentar durante a atividade a ser desenvolvida pela Coordenação.
Vamos lá?

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

De nuvens e afetos

Os afetos do título correspondem ao trabalho sobre a reencarnação, a partir do estudo dos items 18 a 22 do capítulo IV de O Evangelho Segundo o Espiritismo (Ningém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo) - "A reencarnação fortalece os laços de afeto...". Já as nuvens se referem à abordagem do capítulo 32 do livro Caminho, Verdade e Vida (Nuvens), no qual o Espírito Emmanuel, citando passagem do evangelho de Lucas - "E saiu da nuvem uma voz que dizia: Este é o meu amado Filho, a Ele ouvi" (9:35) - relativa à transfiguração no Tabor, conclama-nos a não temermos as nuvens das dificuldades e observarmos as lições que elas trazem. A atividade deste sábado, 25 de outubro, teve a participação de Regina, Railza, Eliene, Isabel, Waldelice, Magali, Fernando, Egnaldo, Iva, Roberto, Nilza, Valquíria, Marilda e Marilene, junto ao coordenador Francisco.
De acordo com Emmanuel, "as penas e dissabores da luta planetária contêm esclarecimentos profundos, lições ocultas, apelos grandiosos. A voz sábia e amorosa de Deus fala sempre por meio deles". Isso significa que não precisamos nem devemos nos impacientar ou desesperar ante as tormentas que se nos acometam, porquanto a finalidade é nosso aprendizado e consequente melhoramento espiritual. Desse modo, Egnaldo considerou ser a voz da razão a nos falar em meio a essas nuvens. Para Valquíria, ficamos mais presos à sombra do que à "palavra do Céu", angustiando-nos, embora saibamos que toda nuvem é passageira... Isabel, que aproveitou o momento para um desabafo em razão do que tem passado cuidando de uma tia enferma, ressaltou que em nosso processo evolutivo experimentamos altos e baixos.
Na opinião de Iva, nós, os encarnados, esquecemos de que somos endividados uns para com os outros, "mas o que fazemos é para nós mesmos". Roberto, por sua vez, salientou que a ideia de Céu está ainda muito distante de nós, porquanto certos poetas, filósofos e mesmo entidades espirituais costumam a se referir a várias esferas celestiais: "Mas se olharmos para a realidade do espírito não há essa distância", disse ele.

***

A leitura do tópico do ESE iniciou a segunda etapa do trabalho, após o que o coordenador Francisco recordou as consignas propostas na semana anterior, ressaltando que o momento já era o da partilha, uma vez que as abordagens sobre a temática já haviam sido realizadas nos subgrupos, naquela ocasião. E ele foi o primeiro a comentar, revelando a emoção que acometeu duas famílias quando sua filha anunciou a gravidez, fazendo-o perguntar: "Quem será esse Espírito que já chega comovendo tanta gente assim?".
Em seguida, Eliene confessou a dificuldade que tinha de aceitar o genro, um homem que não queria ser pai, acreditando que sua esposa deveria cuidar unicamente dele; mas ela engravidou e no primeiro instante esse homem se revoltou, mas no dia seguinte já havia mudado de ideia, mas um aborto espontâneo trouxe-lhe a frustração de ser pai. "Será que esse Espírito que viria não tinha exatamente a incumbência de fazer meu genro modificar seu sentimento?", questionou ela.
Ainda falando dos reencarnantes, Valquíria salientou que há afetos que chegam, às vezes, indiretamente e mesmo assim mexem com todo mundo, a exemplo de crianças adotivas; ela disse estar, junto com seus familiares, mobilizada pela expectativa do (re)nascimento da filha de uma sobrinha.
Railza, por sua vez, ressaltou os estudos sobre laços de família que tem realizado profissionalmente e observou ser mesmo difícil conviver com os objetos de seu afeto sem interferir, tanto quanto com os desafetos: "Tenho convivido com inimigos terríveis", explicou, acrescentando não deixar que isso afete sua vida, "porque não vou tomar Rivotril jamais!"; segundo ela, vivemos em busca de paz, de conforto psicológico e espiritual, mas declarou-se preocupada com a própria desencarnação, "porque não quero encontrar os desafetos".
Estimulada pela fala da companheira, Magali reparou que "a Doutrina Espírita nos diz o que são o ódio e o amor; os desafetos são o amor frustrado e portanto não existem de fato". Regina se emocionou - assim como Isabel, na vez dela - ao relatar sua história pessoal e familiar, revelando a infância difícil que teve e a existência de um irmão que cortou relações com sua mãe e parte dos familiares. Por último, Eliene confessou o quanto se sente incomodada por uma criança de três anos de idade que, mimada pelos pais, perturba todo mundo no prédio do qual ela é síndica...

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Nossos afetos

Neste sábado, 25 de outubro, voltaremos a nos debruçar sobre a reencarnação, ainda observando o quanto ela colabora para o estreitamento dos laços afetivos. Isto será dar continuidade à conversa estabelecida há uma semana, dando mais tempo para os integrantes do Grupo colocarem seus pareceres acerca de tão palpitante questão. Será quando novamente conversaremos sobre a necessidade de estreitarmos os laços afetivos com aqueles com quem temos alguma afinidade e dos quais nos aproximamos. Consoante o que os abnegados Instrutores invisíveis disseram a Allan Kardec - vide O Livro dos Espíritos - Lei de Sociedade -, "os laços sociais são necessários ao progresso e dos de família tornam apertados os laços sociais: eis por que os laços de família são uma lei da Natureza. Quis Deus, dessa forma, que os homens aprendessem a amar-se como irmãos". Dessa forma, compreendemos que o relaxamentos desses vínculos afetivos são memso, como dizem os Espíritos Superiores, "uma recrudescência do egoísmo".
Teremos, portanto, muito trabalho neste sábado.


segunda-feira, 20 de outubro de 2014

O mínimo

Isabel, Quito, Egnaldo, Marilda, Lígia, Eliene, Bonfim, Fernando, Marilene, Cristiano, Roberto, Jaciara, Waldelice, Valquíria, Ilca, Marlene e o coordenador Francisco compareceram à atividade realizada no sábado 18 de outubro, para abordagem do tópico de O Evangelho Segundo o Espiritismo intitulado "Os laços de família fortalecidos pela reencarnação e desfeitos pela unicidade da existência" (cap. IV), no qual Allan Kardec expõe argumentos lógicos e insofismáveis para validar a tese da pluralidade das existências.
Os comentários acerca do livro Caminho, Verdade e Vida versaram em torno do capítulo 31, "Coisas mínimas", para cuja abertura o autor espiritual, Emmanuel, utiliza como epígrafe um ensinamento de Jesus constante do capítulo 12, versículo 26, do evangelho de Lucas: "Pois se nem ainda podeis fazer as coisas minimas, por que estais ansiosos pelas outras?". O texto faz-nos entender que a obra de Deus é perfeita no conjunto mas carece de complemento nos detalhes que nos competem, exigindo cooperação de nossa parte.
A respeito, Marilene considerou que a própria reforma interior é esse mínimo de que precisa cuidar, porquanto seja de alta envergadura. Bonfim destacou uma frase do texto de Emmanuel: "Convém atender às coisas minimas na senda de Deus". Egnaldo lembrou da necessidade de realizarmos atividades humildes, o que fez a Coordenação recordar o exemplo de Frei Fabiano de Cristo, que ao dedicar-se à vida religiosa quis atender aos necessitados, mas o prior, considerando que o noviço ainda não tinha méritos, colocou-o na portaria do mosteiro, onde Fabiano era o primeiro a ser procurado pelos necessitados...
Eliene ressaltou a condição do professor como o profissional que realiza o mínimo na formação do caráter dos "grandes homens" e sofrem o desprezo social; segundo ela, ninguém chega ao ápice sem o esforço da base, sem observar a importância da mão que conduz o ser na longa caminhada para o sucesso. Roberto fez um relato sobre certa atitude marcada pelo orgulho e Quito reparou que as atividades de pequena monta fazem parte da grande engrenagem do Universo. De acordo com Waldelice, o mínimo a fazer em relação ao outro é manifestar-lhe tolerância, compreensão e misericórdia.
Valquíria observou haver quem faça o mínimo e apresente os mesmos espinhos presentes naqueles que se destacam. Fernando relatou a trajetória de um seu amigo marceneiro que fazia trabalhos para a Casa de Oração e depois tornou-se espírita. A questão dos espinhos referida por Emmanuel e lembrada por Valquíria fez o coordenador Francisco comentar as palavras de um seu conhecido, espírita atuante numa cidade do interior baiano, o qual disse certa vez que os homens são como um jardineiro que vai ao roseiral em busca da beleza e do perfume das flores, sem se preocupar com os espinhos, e retorna feliz com a colheita, mesmo arranhado e até sangrando...

***

Quanto à abordagem do tópico do ESE em estudo, a Coordenação procedeu à leitura do texto de Allan Kardec e depois propôs estas duas consignas para análise nos dois subgrupos formados:
1- Como estão meus afetos com a reencarnação?; e
2 - Como ficariam meus afetos sem a reencarnação?
Mas antes mesmo de se abrir a partilha alguém protestou, dizendo que o tempo para o exame da questão, pela via das duas consignas, era bastante exíguo e por isso a Coordenação achou por bem transferir tais observações para o próximo encontro. Assim, de maneira bastante informal, o grupo passou a relatar casos e episódios nos quais se evidenciam a verdade da reencação nos respectivos círculos familiares...


quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Chamaste-me?

Também neste sábado, dia 18 de outubro, o confrade Francisco Muniz, um dos coordenadores de nosso Grupo, fará o lançamento de seu segundo livro espírita - o primeiro veio à luz no ano de 2013 e recebeu o título de Lições do Evangelho para a Vida Prática. Intitulado O Chamado, o novo trabalho traz apenas mensagens do Espírito Irmã Rafaela, que também se faz presente na obra anterior. O teor dessas mensagens recorda o convite do Cristo quanto às tarefas que nos dizem respeito, como espíritos imortais, no sentido de colaborarmos com a Obra divina mais estreita e conscientemente. O lançamento acontece no C. E. Deus, Luz e Verdade, na Vila Laura, a partir das 18 horas.


Laços

Há, segundo o Cristo, duas famílias a considerar: a consanguínea, correspondendo à parentela formada na Terra; e a espiritual, referente aos habitantes do mundo invisível com os quais temos afinidade. Recordemos, assim, as palavras de Jesus: "Minha mãe, minhas irmãs e meus irmãos são todos aqueles que fazem a vontade de meu Pai que está nos Céus".
À parte a dimensão mística dessa questão, o fato é que a cada existência nos vinculamos espiritualmente a várias criaturas mas nem sempre esses vínculos são permanentes, porquanto só o são os laços fortalecidos pelo afeto. Assim é que a reencarnação é a medida pela qual nós fortalecemos os laços afetivos que perduram além da morte ou desencarnação, aumentando a família espiritual.
Tal é o fulcro da atividade deste sábado, 18 de outubro, ainda enfocando o capítulo IV de O Evangelho Segundo o Espiritismo, que trata dos assuntos pertinentes à lei de reencarnação. Desta vez, abordaremos o último tópico antes das Instruções dos Espíritos, no qual Allan Kardec leva-nos a entender que essa lei não rompe os laços afetivos, muito pelo contrário, porquanto os fortalece verdadeiramente. Assim a lei: "nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre"...
Vamos ao trabalho.





domingo, 12 de outubro de 2014

Pronto para a próxima?

O trabalho deste sábado, sobre os itens 14 a 17 do quarto capítulo de O Evangelho Segundo o Espiritismo - "Ninguém pode ver o Reino de Deus se não nascer de novo" -, teve a participação de uma visitante, Tatiana, que decidiu comparecer ao Salão B da Cobem após tomar conhecimento de nossas atividades no Facebook. Ela se juntou a Carminha, Quito, Fernando, Lígia, Ilca, Iva, Marilda, Fernanda, Luiza, Marlene, Marilene, Regina, Egnaldo, Roberto, Valquíria, Isabel, Nilza, Cristiano e Waldelice, além dos coordenadores, Creuza e Francisco.
Antes, como já é praxe, procedemos à leitura seguida de comentários sobre o capítulo 30 do livro Caminho, Verdade e Vida, intitulado "O mundo e o mal", no qual o autor espiritual, Emmanuel, aproveita como epígrafe estas palavras de Jesus: "Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal", conforme consta ado Evangelho de João (17:15). No texto, Emmanuel diz que "a Terra, em si, sempre foi boa", de modo que "o mal, portanto, não é essencialmente do mundo, mas das criaturas que o habitam".
Chegada a hora da realização da atividade evangélica, a Coordenação solicitou que todos se levantassem e, ao som da música posta a tocar, andassem pela sala observando os cartazes com tópicos do texto de Allan Kardec comentando a passagem do profeta Jó. Eram cinco cartazes afixados nas paredes: 1 - "Não há, pois, duvidar de que, sob o nome de ressurreição, o princípio da reencarnação era ponto de uma das crenças fundamentais dos judeus, ponto que Jesus e os profetas confirmaram de modo formal."; 2 - "Negar a reencarnação é negar as palavras do Cristo."; 3 - Quando se trata de remontar dos efeitos às causas, a reencarnação surge como de necessidade absoluta, como condição inerente à Humanidade."; 4 - "Só ela pode dizer ao homem donde ele vem, para onde vai, por que está na Terra, e justificar todas as aparentes injustiças que a vida apresenta."; e 5 - "Sem o princípio da preexistência daa alma e da pluralidade dass existências, são ininteligíveis, em sua maioria, as máximas do Evangelho.".
Assim, enquanto liam os cartazes, os participantes foram estimulados a identificarem, nas frases, aquela mais significativa e antes que voltassem a se sentar escolheram um cartão representando uma das quatro fases da vida humana, para reflexão pessoal baseada no texto escolhido: 1 - "minha infância"; 2 - "minha juventude"; 3 - "minha adultez"; e 4 - "minha maturidade". A Coordenação pediu então que fizessem contato com esse período da vida e determinou que apenas uma pessoa por cada período teria a prerrogativa da palavra, de preferência quem não fez comentários na primeira etapa, sobre o texto do benfeitor Emmanuel.
Aberta a partilha, Isabel, falando sobre sua infância, disse sempre perguntar a si mesma por que vivenciou tudo que passou nesse período e que só a Doutrina Espírita lhe deu a explicação, oferecendo-lhe respostas satisfatórias pela via da reencarnação, levando-a a entender que "não somos vítimas nem algozes"; tais informações, disse ela, amenizaram sua dor e lhe trouxeram um pouco de equilíbrio.
Coube a Ilca referir-se à fase da juventude, o que a fez emocionar-se, afirmando ter sido esse um período muito triste de sua vida, após ter vivido situações traumáticas entre a segunda infância e a adolescência passadas na ausência dos pais, além dos distúrbios provocados pela mediunidade provacional; segundo ela, não teve quem a incentivasse quanto ao bom comportamento e só contou consigo mesma; hoje, disse, sente-se feliz por ter conhecido a Doutrina.
Regina falou da adultez, argumentando que nessa fase a vida tem lhe ensinado muitas coisas, ao ponto de sentir-se num tempo de maturação, próximo da condição de "idosa"; segundo ela, muitas etapas já foram cumpridas e está, agora, tentando enxergar as coisas de modo mais profundo, desenvolvendo uma série de valores, "de modo que minha adutez é muito evidente para mim; já não sou quem era antes".
Por sua vez, Lígia, tratando da maturidade, revelou que não buscou a Doutrina Espírita por causa da dor, mas porque questionava certos aspectos da vida, como a morte; nessa época, alguém a encaminhou à Casa de Oração Bezerra de Menezes e ela se encontrou, conforme disse: "Na Doutrina encontrei amparo quando da morte precoce de uma irmã, o que me fez sentir perdida"; no entanto, tem aprendido a ser mais tolerante, aceitando melhor os acontecimentos e as perdas, passando a confiar e a ter certeza da reencarnação: "Isto nos dá equilíbrio", frisou.

***

Na segunda etapa da atividade, a Coordenação voltou a pedir que o pessoal andasse pela sala, ainda ouvindo música, e solicitando também que identificassem os investimentos feitos como preparação para a próxima encarnação. Após breves instantes de reflexão, abriu-se a partilha, da qual todos foram chamados a participar. Valquíria, a respeito, declarou que começou esse investimento ao conhecer a Doutrina Espírita, na juventude, apesar dos entraves observados, como a resistêencia dos familiares católicos. Opinião semelhante teve Isabel, salientando que seu maior investimento foi ter descoberto a Doutrina "e há mais de 20 anos tenho buscado aprender", embora reconheça estar ainda engatinhando nesse processo, tendo no Evangelho seu grande alento.
Egnaldo considerou que quando se procura algo já se está fazendo um investimento. Fernanda declarou estar em processo de reconstrução, um trabalho intenso na tentativa de "negociar uma erraticidade longa". Para Quito, o investimento é sua busca pela excelência, a fim de passsar pela "porta estreita", para isso ponderando acerca de suas atitudes, relações familiares e sociais, fazendo o bem em toda parte, não só na Casa Espírita, segundo disse. Por seu turno, Iva afirmou facilitar o autoconhecimento, "o que me leva à adultez, observando em mim o que preciso melhorar".
O investimento de Ilca, segundo ela declarou, é pôr em prática o que já consegue compreender do Espiritismo, principalmente no tocante à mediunidade. Marlene revelou começar seu investimento ainda na infância, tenso sido evangelizada na Igreja Batista; na fase adulta, conheceu a Doutrina Espírita, recebendo os esclarecimentos indispensáveis ao bem viver: "Hoje, olho para mim sem medo", afirmou. "Toda a luta e esforço empreendido para me transformar num espírita verdadeiro, comportando-me coerentemente com o que a reencarnação ensina" constituem o investimento de Fernando; ele salientou também que participar do Grupo Jesus de Nazaré é parte desse processo, uma vez que com estes estudos ele intensifica sua crença na vida futura.
Tatiana declarou que faz um investimento não para a próxima encarnação, mas para a vida eterna, pondo em prática o aprendizado e entendendo a dinâmica da vida. Waldelice ressaltou que seu investimento é atitude diária, vivenciando o que aprende, "para chegar bem melhor na vida futura". Marilda observou a resiliência, a capacidade de adaptação às situações adversas, como sua luta, par a a qual o Espiritismo veio ajudar no entendimento das ocorrências difíceis em sua vida. Para Regina, o investimento é trabalhar em prol de um mundo melhor. Carminha recordou as três cirurgias cardíacas realizadas, cuja causa espiritual, conforme lhe apontaram, era a falta de amorosidade; agora, procura corrigir essa deficiência e "na próxima encarnação, meu coração estará bem melhor", acredita.
Lígia revelou que a prática das lições do Evangelho, "o que não é fácil", são seu investimento no sentido de tornar-se um ser humano melhor. Por sua vez, Cristiano disse tentar vivenciar o Evangelho utilizando o Espiritismo, doutrina esta tornada o divisor de águas em sua vida. O investimento de Marilene, segundo ela mesma declarou, "é me conhecer, usando o Evangelho, pedindo a Deus sabedoria, força e coragem para não esmorecer ante minhas autoanálises". Fechando o encontro, Creuza explicou que teve de ser adulta sempre, tomando as rédeas da própria vida a partir dos sete anos de idade; hoje, salientou, seu investimento é no sentido de quebrar sua rigidez, sendo mais leve consigo mesma e com o outro.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Reencarnei, e daí?

A reencarnação segue sendo o foco de nossos estudos no âmbito do Grupo de Estudo Jesus de Nazaré até finalizarmos o quarto capítulo de O Evangelho Segundo o Espiritismo, intitulado "Ninguém pode ver o Reino de Deus se não nascer de novo". Neste sábado, dia 11 - véspera do proclamado Dia das Crianças - voltaremos a nos debruçar sobre o tema, agora abordando os itens 14 a 17 do citado capítulo, nos quais Allan Kardec utiliza três diferentes traduções de uma mesma citação do profeta Jó (14:10 e 14) no Antigo Testamento: "Quando o homem está morto, vive sempre; acabando os dias de minha existência terrestre, esperarei, porque a ela voltarei de novo" (versão da Igreja grega, ortodoxa).
Como das vezes passsadas, será mais uam atividade vivencial, levando os participantes a refletirem acerca do porque e do para que estão reencarnados, avaliando a presente existência como estapa preparatória da próxima experiência na Terra, num outro corpo, talvez numa outra região ou país e, consequentemente, numa outra família, num outro sexo, outra diretiz religiosa, outras ocupações ou... quem sabe o que poderá acontecer? Mas podemos e devemos colaborar nesse processo e estarmos conscientes disso ajudará bastante na futura tomada de decisões.
Até sábado, portanto.


domingo, 5 de outubro de 2014

Posição na vida

"Quando me percebo morto, ressuscitando ou ressuscitado em minha existência?"
Essa pergunta, feita por Cristiano no trabalho apresentado no sábado, dia 4 de outubro, mexeu com os participantes do "Jesus de Nazaré", que na ocasião ofereceram suas justificativas. Antes disso, porém, procedeu-se ao estudo do livro Caminho Verdade e Vida (Emmanuel/Chico Xavier), desta vez explorando o capítulo 29 - "Contentar-se" -, cujo mote é dado logo na epígrafe: "Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho" - Paulo (Filipenses, 4:11). Estavam presentes, além de Cristiano e dos coordenadores, Fernanda, Fernando, Eliene, Regina, Carminha, Ilca, Railza, Isabel, Valquíria, Egnaldo, Jaciara, Magali, Marilene, Marlene, Waldelice e Roberto.
Pois bem: Carminha, a arespeito do texto de Emmanuel, comentou já ter vivido angustiadamente essa busca pelos bens materiais, mas hoje não vê mais sentido nisso. Para Eliene, é difícil contentar-se com pouco vivendo numa sociedade consumista, embora se encontre numa fase similar à de Carminha; no entanto, o dinheiro é bom, disse, e luta para tê-lo, reconhecendo que esse recurso deve ser bem utilizado. Na opinião de Valquíria a dificuldade estar em ter e despender esforço na proteção desses bens. Jaciara, por seu turno, reconhece-se ainda consumista, mas já diminuindo esse ímpeto; segundo ela, o que compra não é pelo luxo, mas pela comodidade (conforto).
Egnaldo ponderou que não se deve confundir avareza (alguém havia citado essa palavra para exemplificar certas atitudes em relação ao dinheiro) com pobreza, observando que o ideal é a vida simples, uma vez que o consumismo faz as pessoas mudarem seus hábitos, conforme ressaltou. A tal respeito, Creuza salientou que a vida simples não é sinônimo de uma vida dolorosa, porquanto há pessoas que vivem com pouco e não estão contentes com isso, contrariando a poesia do compositor baiano Hyldon, que na música Casinha Branca canta assim: "Eu queria ter na vida simplesmente/ Um lugar de mato verde pra plantar e pra colher/ Ter uma casinha branca de varanda/ Um quintal e uma janela só pra ver o sol nascer".

***

Passada a palavra a Cristiano, para a apresentação de seu trabalho sobre os itens 12 e 13 do quarto capítulo de O Evangelho Segundo o Espiritismo - "Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo" -, ele começou historiando a atuação profética de Isaías no Velho testamento e em seguida falou filosoficamente sobre ressuscitar, que é adquirir a consciência de espírito, compreendendo-se todas as implicações desse conhecimento. Somente depois é que ele propôs a questão explicitada no início desta postagem, abrindo a partilha. Nesse momento, o coordenador Francisco recordou um poema de Carlos Dummond de Andrade ("Carta"), o qual, disse ele, remetia ao assunto em estudo:

"Há muito tempo, sim, não te escrevo.
Ficaram velhas todas as notícias.
Eu mesmo envelhecí: olha em relevo
estes sinais em mim, não das carícias

(tão leves) que fazias no meu rosto:
são golpes, são espinhos, são lembranças
da vida a teu menino, que a sol-posto
perde a sabedoria das crianças.

A falta que me fazes não é tanto
à hora de dormir, quando dizias
"Deus te abençoe", e a noite abria em sonho.

É quando, ao despertar, revejo a um canto
a noite acumulada de meus dias,
e sinto que estou vivo, e que não sonho."

Mas respondendo mais objetivamente à pergunta feita por Cristiano, Creuza declarou estar morta quando cobra do outro uma postura de que ele ainda não é capaz e quando se recusa ao aprendizado do novo, impondo sua verdade aos demais. Para Marilene, essa condição de morte se dá quando segura as emoções num patamar restritivo, revivendo sofrimentos do passado: "Algo em mim morre nesse momento", disse, acrescentando sentir necessidade de se libertar e também o outro, através do trabalho, apesar de toda a dificuldade que se encontra nesse processo; mas há momentos em que se vê ressuscitando e logo em seguida observa-se fragilizada demais para viver essa ressurreição.
Eliene, por sua vez, salientou que até dois anos atrás estava morta, por não querer aceitar certas questões em torno de si, algumas delas relacionadas ao hábito de julgar, considerando que ainda não está ressuscitada. Quanto a Jaciara, existem momento, estágios, em que a morte é o fim, o fundo do poço, e sente-se assim quando está fechada em si mesma, em seu egocentrismo; mas há tambem, disse, ocasiões em que está aberta à interação com o outro, ouvindo mais, vivendo, de modo que o estado pleno de ressurreição seria algo de luminoso: "Estou nesse processo", observou.
Egnaldo disse apenas estar se conscientizando da necessidade de recorrer às informações concernentes à Doutrina Espírita. Ressuscitar, para Railza, é um processo cotidiano de "muitas mortes", de modo que ela se vê assim, alternadamente morta, ressuscitando e ressuscitada e de novo morrendo; segundo ela, "uma das 'facas' que me matam é o julgamento", levandoa a comentar: "Sei que sou um espírito terrivelmente zombeteiro e morro de vergonha depois do erro cometido". Regina confessou não ter entendido muito bem as palavras do profeta Isaías, mas, pensando bem, admitiu viver na superfície do conhecimento e somente quando aprofunda as questões reflexivas é que está vivendo.
Valquíria declarou que ao ler as obras do Espírito André Luiz, logo que se iniciou na Doutrina, estava morta e por isso nada entendia do que leu, mas à medida que adquiria mais vivência compreendia melhor e hoje, relendo esses livros, vê com mais clareza: "Sinto-me ressuscitando", completou. Já Roberto salientou que se sente morto quanto precisa levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima; ressuscitado quando percebe ser um "espírito velho"; e, por fim, ressuscitando, ao se ver já no caminho, pedindo aos Amigos Espirituais a ajuda necessária para melhorar-se.  

***

Na segunda parte do trabalho, Cristiano distribuiu a letra da canção "Quando o sol bater na janela do teu quarto", de Renato Russo, gravada pela banda Legião Urbana, que no final da atividade seria tocada; em seguida, para introduzir a última questão, contou uma metáfora sobre dívidas e prazos para pagamento/quitação e perguntou: "De que forma estou aprendendo, resgatando ou quitando meus compromissos diante do Criador?". Coube a Fernando apresentar a resposta mais representativa, afirmando que Jesus está no comando da Terra e por isto os acontecimentos não devem tirar nossa esperança, muito pelo contrário.



quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Lá vem Isaías!

Chegou a hora do profeta Isaías dar o ar de sua graça em nossos estudos sobre a reencarnação, a partir do entendimento de uma citação dele aproveitada por Allan Kardec no iem 12 do capítulo IV de O Evangelho Segundo o Espiritismo. Nesse tópico, que Kardec comenta no item 13, Isaías diz isto: "Os teus mortos viverão. Os meus, a quem tiraram a vida, ressuscitarão. Despertai e cantai louvores, vós os que habitais no pó, porque o orvalho que cai sobre vós é orvalho de luz, e arruinareis a terra e o reino dos gigantes”. (Isaias, XXVI: 19) Caberá a Cristiano a condução desse trabalho, devidamente supervisionado pela Coordenação do Grupo. Será, sem dúvida, mais uma grande e imperdível oportunidade para analisarmos nosso comportamento na Terra em vista do imprescindível aperfeiçoamento espiritual.
Até sábado, dia 4 deste novel outubro, portanto.