segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Tiago(s) se desdobra(m)

"Como devo proceder para ser grande no Reino dos Céus, conforme a ponderação de Jesus?"- com essa pergunta iniciamos a atividade de sábado, 1 de setembro, com a participação de Roberto, Fernanda, Egnaldo, Waldelice, Bia, Valquíria, Regia, Iva, Jaciara, Carminha, Marilda, Marilene, Fernando, Lígia e, chegando quase no fim devido ao trabalho em outro setor da Cobem, Edward, mais os coordenadores Francisco e Maria Luiza. Como anunciado previamente, começamos comentando sobre a recomendação de Jesus acerca de nossas pretensões relativas à participação no Reino dos Céus, observando que o critério para isso é o desenvolvimento da humildade através do serviço abnegado a todos aqui no mundo.
Mas para que a proposta fosse bem compreendida quisemos saber o que é de fato esse reino onde do qual o Cristo é soberano e Regina ressaltou que ele é a consciência de cada um, desde que purificada, posto que o Reino se instala em nós pela transformação moral, tornando-nos ponte para quem está ao redor. Aproveitando a deixa, ela ressaltou estar passando por um momento de purificação e por isso pede a Deus que não a deixe sucumbir, dando-lhe forças para esforçar-se e, dentre outras, conseguir frequentar o "Jesus de Nazaré", mesmo em meio às dificuldades observadas no dia a dia. Ela quer e precisa desse alimento, como disse, "porque minha fome e minha sede são grandes".
Ainda em referência ao Reino dos Céus, Egnaldo comentou que se trata de "um sonho que se tenta transformar em realidade", através de atos concretos com vistas à caridade e à fraternidade. Também a esse respeito, Carminha lembrou-nos que, neste mundo, tudo é relativo e salientou uma lição aprendida no livro Sabedoria do Evangelho, de Carlos Torres Pastorino.
Retomada a conversa de acordo com o tema proposto - a humildade como pressuposto para a posição no Reino dos Céus, Fernando colocou-se nestes termos: "A humildade é a virtude mais difícil de ser vivenciada", porque, segundo disse, o conceito espírita é totalmente diferente do que se apregoa no mundo, que observa tão somente o aspecto exterior, seja em relação aos gestos ou quanto ao vestuário. "A vivência real" da humildade é difícil, reafirmou, acrescentando que, para isso, Jesus é o modelo. E contou um episódio para exemplificar suas palavras: no tempo em que suas condições financeiras eram mais favoráveis, relutou muito em comprar um carro 0km, acreditando que isto feria seu senso de humildade; mas seu sócio insistiu tanto que ele viu-se sem alternativa e fez a aquisição; mas só compreendeu o que quer dizer humildade quando se perguntou para que lhe serviria o carro novo, vendo-se atuando ainda mais a serviço da Cobem, que na ocasião estava em processo de construção.
Valquíria, fazendo ponte com a referência de Fernando sobre o conceito mundano de humildade, louvou a necessidade do esforço intelectual para a boa compreensão da fé e das lições de Jesus. Maria Luiza, por sua vez, trouxe à baila o exemplo de vida deixado pelo benfeitor Bezerra de Menezes, patrono da Cobem, unindo, enquanto esteve na presidência da Federação Espírita Brasileira, o aspecto religioso ao da ciência, no âmbito do Espiritismo, priorizando o ensino evangélico. E Fernanda recordou a escala espírita elaborada por Allan Kardec para comentar a evolução espiritual em contraposição à aquisição de títulos acadêmicos no mundo, coisa que, para ela, não é tão importante neste momento de sua vida, por julgar, até mesmo com base em recente informação recebida de um amigo espiritual, que já realiza um aprendizado muito especial no âmbito da Doutrina.
"Se eu tivesse tudo de que sinto falta - dinheiro, poder, saúde, beleza, etc. - eu estaria perdida", comentou Marilene, revelando estar ainda muito orgulhosa e por isso distante do grau de humildade pregado por Jesus. "Eu estaria vivendo uma vida completamente divorciada daquilo que me sustenta moralmente", completou. Nesse sentido, Egnaldo relembrou antigo trabalho teatral do grupo no qual se preparava, num ambiente doméstico, uma recepção ao Cristo: a patroa deixara a empregada incumbida dos preparativos quando por diversas vezes necessitados bateram à porta e a doméstica enxotava a todos, com a desculpa de que a patroa receberia um visitante ilustre e não podia ser perturbada; mas ante a demora do Cristo, a patroa decide "telefonar" para o Céu e saber porque Jesus não vinha; a resposta foi que o Mestre havia tentado várias vezes entrar na casa, mas fora sempre impedido... E Carminha, que tinha representado a empregada naquele trabalho, fez um adendo, observando a Egnaldo: "Você pensa que eu estava representando? Eu estava sendo eu mesma!"
Waldelice aproveitou para examinar o modo como tratamos os colaboradores domésticos, frisando que a empregada não é escrava. E Iva, relatando um drama pessoal envolvendo seus irmãos, um deles hospitalizado, comentou que ainda deixamos o ego comandar nossas atitudes, por mais que nos esforcemos para domar as más inclinações, manifestando o orgulho...
Em face do exposto, e por julgar que as lições em torno principalmente de Tiago Maior oferecem muito mais possibilidades de reflexão, a Coordenação decidiu estender por pelo menos mais duas aulas a abordagem sobre esse apóstolo do Cristo, que junto com João, o Evangelista, fora cognominado de Boanerge, isto é, voz de trovão, talvez por serem ambos estourados...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

E aí, deixe um recadinho!