domingo, 5 de setembro de 2010

Compaixão ou complacência?

O trabalho do sábado passado (4 de setembro), sobre a Parábola do Credor Incompassivo - em outras traduções, "implacável" -, suscitou muitas reflexões por parte do grupo. Sob a condução de Eliene e Bonfim, a apresentação seguiu como no roteiro (postagem anterior), com os integrantes separados em quatro subgrupos. Estávamos presentes, inicialmente, Railza, Iva, Faraildes, Simão Pedro e Vaneska (retornando de pequenas férias), Isabel, Quito, Regina, Roberto e Fernanda. Após a prece chegaram Egnaldo, Valquíria, Marilene, Magali, Waldelice, Cláudia e uma visitante, Rita. Dos coordenadores, somente Maria Luiza estava ausente.
Abertos os comentários, Valquíria salientou que cobra muito, especialmente do marido, mas não gosta de ser cobrada - tem pesadelos com a cobrança. Seguindo ela, o dever decorre da responsabilidade e se esforça para cumprir seus compromissos, mesmo que a chamem de fanática, mas faz isso com alegria.
Egnaldo comentou que o dever é uma obrigação e que não suporta ser devedor.
Railza, que afirmou ter tido uma overdose de perdão na semana passada, também disse cumprir seus deveres com alegria e responsabilidade.
Precisando sair mais cedo em razão de suas atividades na FEEB, a coordenadora Creuza Lage declarou que cumprir só com o dever é cobrança, postura interna de quem quer ser perfeito, de não errar e não deixar que o outro encontre falhas na gente. Dever é cumprir o que você assumiu, disse ela.
Marilene argumentou que quem cobra não tem a menor caridade, não vê o que o outro não fez (seu dever) porque não teve condições para tanto. Mais tarde ela declararia seu sentimento de gratidão, enquanto Waldelice lembraria a necessidade da compreensão para com o outro.
Simão, também refletindo acerca do perdão, ressaltou que o dever impõe a impressão de se ter feito tudo e assim a pessoa não admite ser cobrada, denotando orgulho; do ponto de vista espiritual, frisou, sabemos que podemos fazer mais.
Por seu turno, Isabel comentou que o perfeccionismo está muito presente em sua vida e isso é muito torturante.
E Iva ponderou que, conforme cita O Evangelho Segundo o Espiritismo, "o dever é a aguilhão da consciência", por conta da lei divina.

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Em suas considerações finais sobre a cobrança, Eliene lembrou que a consciência culpada determina a cobrança de nós mesmos. "Precisamos vibrar na energia do amor para evitar a culpa", disse, recordando a necessidade de trabalharmos o autoperdão para não adoecermos tanto e muito menos provocar enfermidades nos outros.
Ao final, o coordenador Francisco ponderou as lições do Cristo no Evangelho, especialmente o ordenamento de sermos perfeitos como o Pai celestial é perfeito, que aponta um de nossos principais deveres como espíritos em crescimento. No tocante à permanência na Terra, como encarnados, Jesus nos chama a segui-lo com a condição de tomarmos nossa cruz e renunciar a nós mesmos, o que significa, disse ele, não nos exasperarmos ante as circunstâncias dolorosas da vida e focarmos o aprendizado espiritual o quanto possível.

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Esse trabalho fechou o Discurso da Comunidade pronunciado pelo Cristo e no próximo sábado o grupo passará a abordar o Discurso Escatológico, consoante o que o evangelista Mateus estabelece no capítulo 24.

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