domingo, 25 de abril de 2010

Um jumento na história

O trabalho do dia 24 começou com um pouco de barulho (o grupo tem um histórico de efusão social a considerar sob o prisma da disciplina) e um abraço. É que ainda não aprendemos a silenciar suficientemente para bem acompanharmos as atividades.
Após a prece, a coordenação distribuiu cartões com mensagens para uma reflexão individual, convidando ao silêncio.
Presentes estávamos Maria Luiza, Creuza Lage e Francisco Muniz (coordenadores), Roberto, Simão Pedro, Lígia, Waldelice, Valquíria, Edward, Marilda, Ilca, Edmundo, Regina, Marilene, Fernando, Quito (Francisco Castro), Egnaldo, Railza, Fernanda, Ormalinda, Jaciara, Isabel e Vaneska.
Depois dos comentário, por alguns voluntários, acerca da mensagem recebida, iniciou-se o trabalho propriamente dito com a formação dos subgrupos e a proposta das três questões constantes do roteiro para reflexão, após leitura dos textos trazidos por Fernando, um deles de autoria do Espírito Joanna de Ângelis e psicografado por Divaldo Franco.
Nesse momento, pediu-se para transportar para a conversa a reflexão individual, pautada no "eu", agora abordando-a grupalmente, enfocada no "nós": como tem sido a experiência do grupo com o diálogo, com quem ele costuma dialogar, debater ou discutir?
Recolhidos os relatos de cada grupo, propôs-se nova reflexão individual: "em que momento agimos semelhantemente ao personagem da lição (Cap. 41 do livro Jesus no Lar)? Usaram da palavra Valquíria, Quito, Waldelice, Isabel, Egnaldo e Creuza.
Feita a leitura dos relatos (transcritos abaixo), fechou-se o trabalho recordando-se passagens evangélicas que nos chamam constantemente à ação benéfica de disseminação da Verdade, tais como o episódio envolvendo Zacarias, pai de João Batista, e o discurso de Jesus sobre o sal da terra.

**

Relatos

O grupo composto por Simão Pedro Waldelice, Lígia, Roberto e Valquíria concluiu que ainda encontra-se no debate em todos os contextos da vida, reconhecendo que, "no momento em que houver debate, diálogo ou discussão, devemos ter a consciência de que somos nós mesmos, para não perdermos a razão, na medida em que nossas emoções não deixem ferir nossos semelhantes, através de palavras que atinjam o âmago dos nossos irmãos". O grupo também traçou um paralelo entre o texto e o diálogo, vendo que "como no grupo de diálogo todos têm importância, nos dois casos temos a percepção de reconhecer nossas limitações".

Já o subgrupo integrado por Jaciara, Vaneska, Ormalinda, ISabel e Fernanda compreende que ainda é difícil dialogar: "ainda estamos na fase do calar, talvez pelo receio de entrar na discussão; a falta do diálogo tem trazido desconforto. O calar ocorre principalmente quanto há vínculo afetivo". No entanto, o grupo reconehce que "o fato e calar não significa que estejam,os ouvindo o outro". De qualquer modo, "a experiência do diálogo tem sido levada para o dia a dia, principalmente na relação familiar".

Marilda, Edward Edmundo, Marilene, Railza e Ilca formaram o grupo cujo relato concluiu que "todos nós temos capacidade de dialogar, a depender do contexto", acrescentando que isso depende, também, do autoconhecimento. "Há um emaranhado de situações que precisamos trabalhar", diz, ressaltando que "nas nossas circunstâncias de estresse, ofensas e calúnias, normalmente entramos no debate e na discussão, perdendo energia". O grupo indica que "devemos ter cosncIências para saber escolher os nossos momentos na autorreflexão e entrar no diálogo, e convidando nosso próximo para um bom relacionamento, evitando disputa de energia". Finalizando o grupo anuncia "as duas leis da Metafísica - 1. Você é responsável por tudo que acontece com você; e 2. O mundo lhe trata como você se trata -", revelando que elas são "um dos principais motivos para lidar com a experiência do diálogo".

Por fim, o subgrupo integrado por Regina, Fernando Egnaldo e Quito destacou o uso dos pronomes EU e NÓS, colocando que o primeiro tem um caráter "ditador", cuja opinião é a que deve prevalecer, preconizando a discussão, embora haja "um chamamento em relação ao diálogo para a conscientização e prática". Quanto ao NÓS, "encontramos ainda a dificuldade para estabelecermos o diálogo no grupo, pois cada um expõe sua pinião;no entanto, estamos partindo para o entendimento do diálogo e assim o grupo possa atingir o objetivo comum".

**

Colaboração

Os textos que Fernando nos trouxe foram os seguintes:

1 - "Quem fala menos ouve melhor. Quem ouve melhor aprende mais."

2 - "Diálogo (com encarnados e desencarnados - Joanna de Ângelis/Divaldo Franco)":

Deixa o outro terminar o assunto, sem interrupção.
Certamente, há um limite para deixá-lo falar. Não obstante, ouvindo-o, te equiparás mais de argumentos para esclarecê-lo.
Se o interrompes, talvez concluas equivocadamente o tema e não consigas entender o que ele te desejou dizer.
Nem todos explicam o que pensam com facilidade, complicando-se, Às vezes, ou falando de maneira nebulosa.
Busca penetrar na ideia e dialoga, sem enfado nem exasperação.
Não imponhas os teus pensamentos, nem tentes impedir a apresentação de outras ideias que não as tuas.

2 comentários:

  1. Chiz, talvez precisássemos nos dedicar a compreender o que o outro quer dizer na mesma medida em que nos dedicamos a fazer com o que o outro compreenda o que queremos dizer.
    Abs fraternos. Excelente os temas e as conclusões dos grupos.

    ResponderExcluir
  2. Essa é a premissa básica, Chorik; às vezes pensamos ganhar tempo atropelando o tempo do outro e depois vemos que o resultado foi/é desastroso. Vamos continuar dialogando.
    Abração.

    ResponderExcluir

E aí, deixe um recadinho!