domingo, 4 de abril de 2010

Primeira aula de abril

Em decorrência do feriado religioso, poucas pessoas estavam presentes na abertura dos trabalhos do sábado 3 de abril, mas registramos o retorno de Ana Beatriz e Valquíria, que este ano ainda não haviam comparecido ao "Jesus de Nazaré".

Sob a coordenação de Creuza Lage, Maria Luiza Mascarenhas e Francisco Muniz, o trabalho começou, após a prece antecedida de uma meditação, com a troca de impressões a partir da pesquisa solicitada na aula anterior, quando se pediu que todos lessem a lição "O argumento justo", do livro "Jesus no Lar", e buscassem possibilidades de interpretação em fontes diversas.

Separados os integrantes, os subgrupos formaram-se assim: 1 ‒ Beatriz, Fernanda e Vanesca e Isabel, que chegou depois; 2 ‒ Egnaldo, Zé Roberto, Fernando, Chico Castro e Regina (idem); 3 ‒ Valquíria, Waldelice e Simão Pedro; e 4 ‒ Iva, Roberto e Magali.

O segundo momento do trabalho consistiu na leitura do texto e identificação, nos subgrupos, dos pontos relativos à alteridade, empatia e assertividade no diálogo entre Jesus e seus discípulos, tentando responder à pergunta "Porque ainda não procedemos de forma semelhante?"

No momento da partilha, Fernanda, pelo grupo 1, colocou que as boas qualidades facilitadoras do diálogo se encontram na fala de Jesus, especialmente quando o Mestre utiliza o pronome "nós", conquistando a confiança dos discípulos e opina sem desrespeitá-los. A nós, disse ela, ainda nos falta humildade e caridade; Isabel, por sua vez, identificou a falta dos referidos critérios nos discípulos, embora visse que eles, no texto, se comportaram humildemente. Nós precisamos de incentivos, como Jesus fazia com os apóstolos, completou; Fernanda ainda trouxe o resultado da pesquisa feita em casa, lembrando colocações do Espírito Ermance Dufaux no livro "Laços de afeto" (Wanderley Soares de Oliveira) sobre a alteridade, que pressupõe o exercício do amor incondicional.

Pelo grupo 2, Chico Castro relatou que também não encontrou assertividade nos discípulos e isso é um sinal de que não nos conhecemos verdadeiramente, pois revelamos os mesmos problemas no dia-a-dia. Ele também mostrou diferenças entre simpatia e empatia, dizendo que a primeira condição é reconhecer a pessoa ao lado e, a segunda, significa ver-se por dentro da outra; sendo assim, disse, não se pode ser empático sem ser simpático; salientou que alteridade é aceitação e que, na análise do texto, só observou assertividade no Cristo, resumindo que, em vista do exposto, somos todos eternos aprendizes.

Simão Pedro, falando em nome do grupo 3, ressaltou a assertividade nas palavras de Jesus, todas compatíveis com as condições de cada um; igualmente, observou a empatia e a alteridade no comportamento do Cristo, que se colocou, conforme o texto, no lugar de cada discípulo, entendendo os erros e dando força para que prosseguissem no bom caminho.

O grupo 4, de acordo com seu relator, Roberto, entendeu que Jesus manifestou credibilidade, sinceridade e confiança junto aos discípulos. Quanto a saber por que não procedemos assim, ele declarou que ainda não nos libertamos do fluxo de negatividade característico de nossa condição inferior.

Abrindo a palavra aos demais integrantes, a Coordenação ouviu Egnaldo ("é necessário, para a tarefa de autotransformação, observar o parâmetro maior, que é Deus, ou o Cristo"), Iva (questão da autoestima) e Valquíria ("a partir do entendimento do texto de Mark Gerzon, sobre as diferenças entre debate e diálogo, dá para perceber que não dialogamos em casa, as conversas são marcadas ou pelo debate ou pela discussão, dificultando a convivência").

Ao final da partilha, a coordenadora Creuza tomou a palavra. Ela disse que todos sabemos das dificuldades de dialogar e por isso a discussão se entranhou em nós, constituindo o padrão das relações em família e noutros setores da sociedade, principalmente em face do poder econômico e político ("quem tem dinheiro e poder manda ‒ e obedece quem tem juízo", brincou); passar à fase do diálogo, enfatizou, é necessário percorrer o caminho do aprendizado; no atual estágio evolutivo, encontramo-nos iguais aos discípulos do Cristo, acreditando-nos incapazes de trabalhar o diálogo.

Creuza notou que poucos foram os membros do grupo que cumpriram a tarefa passada na semana anterior e reparou, também, que muitos, durante as colocações, se esqueceram do "nós" em suas falas, considerando que ainda estamos sob o domínio do personalismo, que impede focalizarmos em nós mesmos os aspectos de empatia, alteridade e assertividade. Para Isabel, foi muito bom esse "puxão de orelha".

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