domingo, 13 de agosto de 2017

Ecos do sermão do monte

Quito, Fernando, Eliete, Luiza, Iva, Jaciara, Cláudia, Cristiane, Magali, Augusta, Marilene, Marilda e Carminha Brandão, que nos visitava, compareceram ao encontro realizado neste sábado, dia 12 de agosto, para o trabalho elaborado pela Coordenação sobre a conclusão do capítulo 11 ("O sermão do monte") do livro Boa Nova (Humberto de Campos, Espírito, e Chico Xavier, médium psicógrafo). Conforme combinação prévia, a atividade começou com os comentários referentes à primeira parte dessa abordagem, feita no dia 29 de julho. Naquela ocasião, trabalhamos a partir destas consignas: 1 - Quem participa de seus fracassos - o desalento e a revolta?; quem participa de seus sucessos - a vaidade arrogante?; e 2 - Em que momento de sua vida comparecem a esperança e a humildade como valores de fixação das lições do Evangelho em sua alma?
Assim, Jaciara foi a primeira a pedir a palavra para dizer que tem dificuldade "em lidar com novidades, frustrações, coisas assim"; segundo ela, "quando há fracasso, ou situação adversa, no primeiro momento sinto revolta e reação de tentar o embate; mas também tenho facilidade de me adaptar às situações, ver o lado bom"; ela recordou que a vaidade arrogante caminhou consigo durante a juventude, ressaltando ver com tranquilidade as situações favoráveis (sucesso), embora exercite uma profissão muito propensa aos caprichos do ego: "Estou em busca da aceitação de mim mesma, em minhas falhas; estou no caminho, buscando, e nisso procuro me lembrar das lições do Evangelho", frisou.
Para Iva, a  humildade e a esperança "comparecem diante de minhas conquistas, nas atitudes em que me vejo como lutadora perseverante, principalmente por conhecer o Evangelho, que procuro colocar na alma; mais do que nunca, penso em sair daqui melhor do quando cheguei". Por sua vez, Cláudia considerou ser a revolta quem mais comparece a seus fracassos, "mas é em contra minha incapacidade por não ter conseguido o que almejei", disse ela, salientando que isso é, na verdade, irritação: "Mas depois reflito e me resigno"; quando dos sucesso, o sentimento mais comum, segundo disse, é a gratidão e isto "às vezes, até no fracasso"; quanto ao mais, "humildade e esperança sempre; cada vez mais busco viver o Evangelho na prática", ressaltou.
Augusta salientou sua inclinação para a esperança e a humildade: "Tento aprender aos poucos", disse, acrescentando que tais  valores são importantes "quando vemos tudo ir por água abaixo"; para ela, "a humildade é a vestimenta do espírito, sem isso, não sou nada". Finalizando a série desses comentários, Luiza declarou que, nos momentos em que fracassa, "faço uma prece e penso nas lições de Joanna de Ângelis, de modo que "raramente me revolto".

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O trabalho do dia, propriamente, começou com a leitura compartilhada da segunda parte do texto do Espírito Humberto de Campos e este Coordenador, antes que comunicasse a consigna, distribuiu um biscoito "Bis" para cada participante e então perguntou: "Dois mil anos depois do Sermão da Montanha, o que ainda mantém você preso às ilusões do mundo?", salientando que mergulhamos de cabeça nos prazeres ilusórios, porque impermanentes, da experiência física e ainda pedimos "bis". Em seguida, propôs-se as reflexões em duplas e por fim foi aberta a partilha, iniciada por Fernando.
Segundo esse companheiro, "a mesma emoção que Levi e outros discípulos sentiram perante Jesus eu sinto hoje com o Espiritismo", embora frisasse que as proporções são diferentes; para ele, "o materialismo e o atavismo do homem velho são o que me mantém preso às ilusões, mas hoje trabalho com o Fernando interno, tanto quanto com o Fernando externo".
Depois foi a vez de Marilene, para quem "mudança só acontece quando as criaturas ouvem a voz de Deus nas derrotas da sorte", citando trecho da lição de Boa Nova e explicando que "isso acontece muito comigo, por isso vim para a Casa de Oração"; ela informou sentir-se ainda presa às ilusões do mundo, "principalmente quanto ao planeta"; Segundo a companheira, "falta consciência de ser um espírito imortal e que tudo depende de mim; sou responsável por tudo" [decorrente dessa dependência] - completou.
Cristiane, respondendo à consigna, indicou "minha condição de imperfeição, por não reconhecer que o Cristo transcende a matéria, que a vida aqui (no mundo) nos assedia sobremaneira"; de acordo com suas palavras, a vida espera de cada um de nós um trabalho diferente, "a partir do que tenho de recursos para colaborar com a Vida - é como se Jesus esperasse de nós na medida de nossa capacidade", disse; ela afirmou atrelar o trabalho à condição material, "como se meu olhar fosse como o de Levi: ainda estou arrogante, vaidosa, mas peço ao meu anjo da guarda para me livrar desses sentimentos", salientou, acrescentando que "a materialidade só tem o poder de instrumento de minha evolução".
Por sua vez, Iva declarou fazer o exercício de desapego em relação a tudo, enquanto o depoimento de Luiza indicou estar ainda presa às relações familiares, principalmente em função dos filhos. Magali, falando em seguida, revelou ter pensado, durante a atividade, nas lições de O Evangelho Segundo o Espiritismo sobre o orgulho e o egoísmo; segundo afirmou, "hoje vejo que tudo se resume a esses dois defeitos, em todos os níveis da sociedade: é o que nos prende". Augusta foi taxativa: "O que me prende é o corpo"; de acordo com ela, o corpo a impede de desenvolver asas, porque "quando eu me libertar, vou voar, [pois] sou espírito; a companheira também ressaltou que, uma vez liberta dos liames materiais, "não necessitarei do orgulho e do egoísmo", o que a leva a pensar que a matéria impede muitas realizações espirituais: "O corpo é um bandido" - completou.
Por último, ouvimos o depoimento de Eliete, que falou das dádivas recebidas na experiência física como preparação para o retorno ao plano espiritual: "Devemos agradecer à Providência, porque tudo que recebemos é em nome da misericórdia divina", disse ela, para concluir: "Não tenho ilusões". A prece feita por Marilda encerrou o encontro.

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