Sob a condução de Iva e a participação de Marilene, Valquíria, Fernando, Egnaldo, Waldelice, Luiza, Marilda, Cláudia, Lígia, Cristiane, Augusta, Waldelice, Cristiano e Jaciara - Quito, sentindo-se mal, não pode ficar -, além deste escriba/Coordenador, o trabalho deste sábado, 10 de junho, resultou bastante proveitoso. O tema, conforme anunciado, foi o texto referente aos itens 12 e 13 do Cap. V de O Evangelho Segundo o Espiritismo ("Bem-aventurados os aflitos"), intitulado Motivos de resignação, para cuja reflexão a companheira trouxe estas duas consignas: 1 - "Como eu encaro a vida terrena do ponto de vista do meu sofrimento?"; e 2 - "O que me assegura um futuro de felicidade? Por quê?".
Aberta a partilha, após a leitura do texto, Egnaldo
pediu para falar que vive fora do mundo, porque “não sofro nada, sou feliz,
todo mundo me ama”; segundo ele, tudo que lhe acontece é tomado como
aprendizado, de modo que não há espaço para o sofrimento em sua vida, mas só
para as experiências que realiza nos círculos aos quais pertence: familiar,
social, profissional etc.; quanto ao segundo item, este companheiro relacionou
sua felicidade com o amor que lhe ofertam, o que o faz alimentar esperança no
futuro e a acreditar no bem.
Depois foi a vez de Waldelice
observar que, diante do aprendizado, “realmente não sofro, só experimento, com
resignação e coragem”, as provas que a vida lhe oferece; ela também vê na fé e
na esperança as razões de sua felicidade futura. Em seguida, Marilene, relembrando a infância difícil,
disse que jamais encarou isso como sofrimento por ter sua mãe presente, como o
esteio de sua vida: “Fui aprendendo e a única coisa que eu sentia era não ter
uma família completa” – revelou, acrescentando que hoje, com a Doutrina
Espírita, “tudo o que vivo é para meu crescimento”; quanto à segunda consigna,
ela salientou que “minha felicidade está no cumprimento dos ensinos do Mestre”,
o que lhe possibilita resignação e fé.
Augusta, após
discorrer sobre as provações que atravessa, afirmou que o aprendizado é
constante. Cristiano considerou que
há certos momentos em que sofre mesmo, por ter dificuldade de entender que tudo
é aprendizado, embora costume encarar os revezes com esperança, certo de que
tudo vai passar; e a felicidade futura, segundo ele, está alicerçada “em minhas
atitudes e no esforço para melhorar”.
Para Marilda,
“minha vida é contada em antes e depois do Espiritismo”, sendo que antes ela se
revoltava ante as agruras da vida e agora vê tudo como aprendizado,
compreendendo as dificuldades enfrentadas no passado, das quais saía mais
madura; “hoje”, disse ela, “o que preciso é entender como passar pela dor”;
esta companheira observou ser este um dos momentos de nossa encarnação e saber
disso já é significativo, em razão de haver muitos Espíritos querendo essa
oportunidade, de modo que “devo valorizar esta existência”, porque “tudo é
trabalhoso e a dor de agora é o remédio do futuro”, frisou.
“Ultimamente medito muito sobre minha vida”, começou Luiza, sinalizando ser uma das duas
remanescentes de sua extensa família consangüínea: “Meu caminho é me preparar
para voltar ao mundo espiritual”, disse, salientando que, como todo mundo,
“tive problemas na vida, mas tudo passou, sem marcas profundas, então não sofri
além do suportável”; sobre a segunda questão, ela assegurou ser “meu presente,
o modo como estou agindo, é o que me proporcionará um futuro feliz”.
Cláudia
declarou-se uma “privilegiada” por as dificuldades pelas quais passou “não
foram sofrimento”, conforme explicou: “Elas me fizeram amadurecer pessoal,
espiritual, moral e profissionalmente”, apesar de continuar uma “reclamona”;
para ela, embora encare tudo com resignação, “espero fazer minha transformação
para quanto tomar o trem para o futuro”, disse, fazendo referência à música
“Trem bala”, citada por Jaciara.
Segundo esta companheira, esta vida é encarada como uma escola “e em algumas
disciplinas me saio melhor e em outras tenho dificuldade”; ela salientou também
ter resistência à dor física, o que desaparece ante as provas de cunho moral:
“Ainda preciso melhorar muito nisso”, disse, acrescentando, para responder à
segunda consigna, que é pela “minha capacidade de me resignar e plantar a
semente de uma árvore frondosa que vou usufruir no futuro”.
No fechamento do trabalho, Iva falou da necessidade de vermos a resignação como a
ressignificação dos acontecimentos da vida de cada um, que deve lançar um novo
olhar sobre a dor e o sofrimento, como as duas moedas com que compramos a
felicidade futura. Ela citou trechos do livro O Evangelho dos Humildes, de Eliseu Rigonatti, e afirmou ser a
resignação, como explica Allan Kardec nas páginas de O Evangelho Segundo o
Espiritismo, uma virtude ativa, implicando em se ter coragem para lutar,
buscando a superação das adversidades, com a alegria possível.
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