domingo, 18 de junho de 2017

Oração com dever (prazer) de casa

"Como você se coloca na vida, diante da vontade de Deus?"
Com essa consigna sugerida pela vice-coordenadora, Isabel, o Grupo de Estudo Jesus de Nazaré realizou a atividade de sábado, 17 de junho, debruçando-se sobre o capítulo 18 do livro Boa Nova (Chico Xavier, médium, e Humberto de Campos, Espírito), intitulado "Oração dominical", texto no qual o autor espiritual romanceia o episódio evangélico em que os apóstolos pedem a Jesus que os ensine a orar e o Mestre lhes apresenta a imbatível fórmula do "Pai nosso". Além de Isabel e deste escriba, também compareceram ao trabalho Carminha, Fernando, Eliene, Valquíria, Egnaldo, Lígia, Iva, Cláudia, Marilene, Augusta, Cristiane e Waldelice.
Uma vez feita a leitura, a Coordenação convidou a turma a uma breve meditação sobre a proposta consignada, com base no texto de Humberto de Campos, e em seguida iniciou a partilha grupal. Eliene foi a primeira a usar da palavra, declarando que, "para sermos verdadeiros crentes e cristãos, não precisamos estar na Casa Espírita", porque, disse ela, "o verdadeiro trabalho espiritual começa na família". Fazendo eco às palavras iniciais do Coordenador, sobre o fato de mentirmos ao recitar o Pai Nosso: primeiro, quando dizemos "seja feita vossa vontade" e depois ao pedirmos que Deus perdoe nossas ofensas "como perdoamos a quem nos tem ofendido" -, esta companheira revelou não terem gostado quando ela disse isso, numa palestra, sendo então "escorraçada" do centro espírita; segundo ela, "o poder" - o texto de Humberto de Campos fala da intenção da sogra de Pedro de obter certas prerrogativas junto ao Cristo - "corrompe, mas se você tem valores religiosos compreende a finalidade dele"; finalizando, ela admitiu não ser verdadeira perante o Pai Nosso, porque, se mente para si mesma, como não será ante a Espiritualidade?
Em seguida, Marilene salientou que na Casa Espírita se observa muito dizerem "meu trabalho", quando o trabalho é da instituição e do Cristo; para ela, trata-se de companheiros apegados a cargos e tarefas, faltando neles "competência para administrar o poder, que é um instrumento perigoso em nossas mãos". Já Iva considerou vir o teste, da parte de Deus, de diversas formas, sendo necessário perguntar se está disposta a ser obediente às leis divinas; quanto a ela mesma, afirmou tentar manifestar essa obediência, porquanto "aprendi que não devemos julgar, que não devemos deixar o irmão cair no abismo, mas socorrê-lo; tenho feito de tudo para levar adiante essa bandeira, com a responsabilidade em mim impregnada, com a consciência em paz", disse, acrescentando que todos devemos estar atentos ao chamado do Alto, "que é sempre um teste".
Para Valquíria, a oração do Pai Nosso "é o balizador da vontade de Deus e não podemos somente recitá-lo da boca para fora", de acordo com a companheira, cada reencarnação é um degrau na escola do crescimento espiritual: "Estou aqui aprendendo", ressaltou, afirmando que "quando peço perdão, o Pai Nosso me ensina a perdoar os outros; mas perdoamos? É esse o perdão que pedimos a Deus?"; para ela, ao nos perguntarmos como queremos ser perdoados é exatamente assim que devemos perdoar aos outros: "Se queremos o Reino dos Céus, é começar a agir assim logo", frisou; ela também ressaltou sermos detentores de um poder imenso que devemos usar em benefício de nosso crescimento espiritual.
Na vez de Carminha, esta considerou que "às vezes,  é muito difícil; levei muito tempo para aceitar a vontade do Pai e dizia que Deus não dá asas a cobra, referindo-me a mim mesma"; ela recordou a época em que seu marido partiu para o Mundo Espiritual, quando pensou: "O que será de mim?"; disse ela que então não enxergava a Deus em Sua suprema bondade, apesar das compensações na travessia daquele momento doloroso: "Então aceitei, não me revoltei, e hoje eu digo: seja feita vossa vontade, Senhor!, e sinto que recebo a ajuda do Alto".
Por sua vez, Egnaldo revelou colocar-se com humildade, embora disse ficar "muito revoltado com o que o poder de Deus faz na minha vida", declarando não aceitar a vontade do Criador com facilidade, por ser muito questionador; para ele, "o ideal é a felicidade plena, sem dificuldades financeiras nem doenças na família"; ainda assim, este companheiro ponderou: "Quantos não têm o mínimo para viver com dignidade?", concluindo que "não valorizamos o que temos; somos felizes e não sabemos disso".
Isabel foi a última a usar da palavra, afirmando que "durante o dia, apesar de recitarmos mantras, acontece algo que nos tira do prumo"; nesses momentos, disse ela, "ficamos chateados, magoados"; acontece que "isso nada tem a ver com Deus, mas comigo, que tenho o livre arbítrio", salientou a companheira, que declarou ainda estar "engatinhando em tudo, mas o aprendizado aqui ajuda a ver melhor e diz que podia ser pior, pois tudo é resultado de meus pensamentos e minhas atitudes".
No encarramento desse trabalho, a Coordenação propôs uma última reflexão para ser feita ao longo das duas semanas de intervalo até o próximo encontro, no dia 1 de julho, em razão dos festejos joaninos. Assim, naquele sábado deveremos explanar sobre o modo "como utilizo o recurso da oração a fim de me manter cada vez mais atento aos desígnios de Deus?".

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