segunda-feira, 16 de novembro de 2015

O "cilício" da realidade

...O fato é que deixamos, consciente ou inconscientemente, a questão do cilício em último plano e a leitura do item correspondente no Cap. V de O Evangelho Segundo o Espiritismo ficou para o fim da atividade realizada no sábado, 14 de novembro, uma vez que a lição de Momentos de Saúde e de Consciência, "Encontro com a realidade", tomou a maior parte do tempo. Estávamos presentes Nilza, este Coordenador, Valquíria, Egnaldo, Isabel, Fernando, Luiza, Marilda, Carminha, Cristiano, Marilene, Eliene, Jaciara, Roberto, Waldelice, Magali e Lígia, mais a visita de Bonfim e o retorno de Iva, que festejamos. Mas antes de realizarmos o trabalho, tratamos dos eventos de encerramento do ano letivo, marcando para o dia 13 de dezembro a confraternização de fim de ano, quando comemoraremos também as bodas de ouro dos companheiros Fernando e Maria Luiza, casal que faz parte da história da Casa de Oração Bezerra de Menezes, que no dia 12 deste novembro completou seus 47 anos de existência.
Feita a leitura do texto de Joanna de Ângelis, no qual a Benfeitora nos propõe vencermos as barreiras ilusórias do ego a fim de evitarmos as fugas espetaculares quanto à responsabilidade de vivermos a realidade do Espírito Imortal, passamos aos comentários, após breve explanação do Coordenador, que recordou recente conversa com seu neto, menino de sete anos que manifestou o desejo de "ter" superpoderes que nem os super heróis dos quadrinhos, sendo informado de que os melhores poderes todos nós temos: a vontade e o amor, com os quais podemos realizar tudo e ultrapassar todos os obstáculos. Assim, Fernando considerou: "Como explicar certas coisas a certas pessoas que não vão nos entender? Falar de superpoderes é como nos comportamos ante o Pai, ante Jesus e os Espíritos Superiores..."
Valquíria falou algo sobre o eco e por isso Egnaldo observou semelhanças e diferenças entre o eco e o ego, ao passo que Carminha, seguindo nessa direção, reparou que "o eco é a repetição do que você faz", remetendo à lei de causa e efeito, levando Valquíria a afirmar que toda ocorrência obedece à relação entre plantio e colheita, citando o episódio que atingiu os franceses naquela semana. A respeito da lei de causa e efeito, Luiza salientou termos que ver que quem é cobrado somos nós, de forma que não devemos nos preocupar com o outro: "A lição é conhecer-se a si mesmo, ver como estamos e o que pode ser mudado", disse ela. "Achamos que podemos corrigir os outros", citou Valquíria, lembrando os moralistas que só veem os defeitos alheios e julgam ser os donos da verdade.
Bonfim recordou que só podemos enxergar nos outros o que temos e possuímos, ou seja: a energia mais leve ou mais pesada: "O que há em nós ninguém conhece", disse ele, completando que nosso lado animal assoma quando esquecemos de orar e vigiar, isto é, quando diminuímos nossa vibração, esquecendo o ensinamento de Jesus nesse sentido. Para Iva, não somos perfeitos, o que revela o estágio de nossa consciência, de modo que, disse, o ego é nosso lado fraco. Mas Marilene é de opinião que fazer contato com a realidade nos impulsiona para o autoconhecimento, recendo a concordância de Eliene: "Necessitamos do autoconhecimento, porque a realidade nos puxa para o aqui e agora". Aproveitando a deixa, o Coordenador observou que, a partir do conhecimento espírita, já não nos é permitido fazer o que queremos, mas o que sabemos, podemos e devemos fazer pelo bem comum.
Em seguida, Roberto ressaltou que as coisas ficam mais complexas com o aprendizado, embora gostássemos que ficassem mais simples, do modo como as crianças as percebem - e assim relatou um episódio protagonizado por seu filho mais novo - "mas não é assim". concluiu. Marilda observou o verbo "desvelar" usado pela Autora espiritual em seu texto, dizendo que "desvelar-se é conviver com o outro sem melindrar-se, sendo esse nosso aprendizado". Aí novamente a Coordenação interferiu para dizer que adequar-se à Realidade é esforçar-se para superar a realidade, sem se violentar nem repetir padrões comportamentais equivocados, vivendo o quanto possível a condição de Espírito imortal que somos todos nós.



Nenhum comentário:

Postar um comentário

E aí, deixe um recadinho!