domingo, 22 de novembro de 2015

Como tem passado?

Começamos a atividade desse sábado, 21 de novembro, com uma indagação do Coordenador, à guisa de cumprimento: "Vocês estão bem?". E ante a resposta afirmativa, ele perguntou por quê e as justificativas foram as mais diversas, até que alguém lembrou-se que o bem-estar se devia às bênçãos de Deus. Então o Coordenou citou frase utilizada por Arthur Riedel em seu livro Hei de Vencer! - "Todos os dias, sob todos os aspectos, sinto-me cada vez melhor!" -, salientando que, sim, as bênçãos de Deus são incessantes e inesgotáveis, de modo que não podemos jamais nos sentir desamparados ou tristes. Assim, sentindo-nos bem, tudo ao nosso redor estará em harmonia também e, mesmo que não esteja, nosso bem-estar íntimo será capaz de transformar a exterioridade deficiente.
Para esse trabalho, contamos com a presença de Bonfim, Lígia, Nilza, Marilda, Regina Mendes, Roberto, Fernando, Egnaldo, Quito, Valquíria, Waldelice, Magali, Marilene, Jaciara e Eliene. Como já é praxe, no início fizemos a leitura e desta vez deixamos para o final o texto de Joanna de Ângelis, explorando a resposta que o Espírito Bernardin deu à resposta de Allan Kardec no item 27 do tópico sobre as "Provas voluntárias. O verdadeiro cilício" (que Egnaldo confundiu com silício do famoso vale californiano), do Cap. V de O Evangelho Segundo o Espiritismo (Bem-aventurados os aflitos): "Deve-se pôr termo às provas do próximo quando se pode, ou é preciso, por respeito aos desígnios de Deus, deixá-las seguir seu curso?"
Roberto foi dos primeiros a comentar, lembrando que, quando começou a estudar a Doutrina Espírita, sua visão era bem diferente da de hoje e agora, quando vê alguém arrastando suas dores, fica condoído e procura ajudar. Fernando observou que, quando tomamos conhecimento desses temas, queremos ser os salvadores do mundo: "Isso é comum", observou, salientando que quando queremos resolver a situação dos outros geralmente fazemos muitas bobagens, até que reconhecemos a ação da lei de causa e efeito; para ele, a vida de Chico Xavier é um verdadeiro manancial dessas lições, porquanto o médium mineiro foi chamado a cooperar com todos os necessitados.
Valquíria também confessou achar, antigamente, que as pessoas tinham que passar pela provação sem interferência dos outros, "mas hoje entendo que a ajuda é necessária"; assim como Fernando, ela igualmente recordou  o exemplo deixado por Chico Xavier: "Chico deu o melhor dele"; para a companheira, a maneira de ajudar é que faz a diferença: "Não temos que dizer que é carma do outro nem ficarmos indiferentes", disse, observando que o "BIP" funciona da forma como o Espírito Emmanuel atuava junto a seu pupilo de Uberaba. [O "BIP" vem a ser a abreviatura dos três indicativos dos Espíritos Superiores a Kardec sobre como Jesus entendia a caridade: benevolência para com todos; indulgência com as faltas alheias; e perdão das ofensas, conforme havia citado o Coordenador.]
Por sua vez, Waldelice relatou a situação de um amigo enfermo cuja família tem passado por duras privações. Jaciara voltou a falar de Chico Xavier ao tratar novamente da questão do carma. Quanto a Marilene, ela recordou a caminhada sofrida de Jesus para o Calvário, sendo auxiliado pelo cireneu, justificando assim a proposição do Espírito Bernardin na obra de Kardec; segundo essa companheira, há situações em que não podemos fazer nada ante o sofrimento do próximo, apenas pedir a Deus, em oração, que a divina misericórdia socorra aquele espírito...
Depois disso fizemos a leitura do texto do capítulo 18 de Momentos de Saúde e de Consciência, "A bênção da saúde", que de algum modo continuava a lição do Evangelho, posto que a Benfeitora Joanna de Ângelis argumenta que "doença, em qualquer circunstância, é prova abençoada, exceto quando, mutiladora, alienante, limitadora, constitui expiação oportuna de que as Soberanas Leis utilizam-se para promover os calcetas que, de alguma forma, somos quase todos nós".
Eliene começou citando Krishnamurti, místico indiano autor de livros como Aos Pés do Mestre: "A mente pensa e o corpo reage"; segundo ela, passamos todos por um processo que não é melhor nem pior do que o do outro e "nossa saúde depende da mente; nossos pensamentos, bons e maus, jogamos para o Universo e sofremos o resultado, seja ele bom ou mau"; para essa companheira, a lição responde ao que ela enfrenta no ambiente familiar, atualmente. Ainda pensando no tema estudado anteriormente, Quito considerou ser necessário planejar os esforços de caridade, porque "queremos ajudar e `s vezes a logística impede".
Por sua vez, Regina registrou recente episódio de mal-estar físico, quando recebeu a ajuda de desconhecidos, manifestando gratidão pela gentileza, pela solidariedade de alguém que, naquele momento, "foi meu anjo". Egnaldo citou Augusto Cury afirmando que haver "janelas boas e ruins" do psiquismo. E Valquíria lembrou-se de um jovem surfista que luta bravamente com um câncer na cabeça, revelando uma fé poderosa e um invejável otimismo, uma vez que sabe ser Deus o autor de coisas boas e por isso não teme. No final, Bonfim fez a prece e nos despedimos.

***


Ah! Por que o título "como tem passado?"? É que nossa saúde, principalmente a psíquica, depende de vários fatores e o fato é que pouco colaboramos conosco ante a necessidade de vivermos o presente, posto que o passado está sempre grudado em nossos calcanhares. Desse modo, fazemos essa pergunta para mostrar que a resposta que geralmente ouvimos - "bem", ou "mais ou menos", ou "como Deus quer" - é realmente equivocada, porquanto deveria ser ou "sim" ou "muito": "Sim, tenho passado" ou "Tenho muito passado", porque a verdade é que nosso passado é quilométrico, de alguns milhares de anos, do ponto de vista reencarnatório, ao passo que nosso presente é de apenas algumas horas do dia de hoje...


Nenhum comentário:

Postar um comentário

E aí, deixe um recadinho!