Começamos a atividade desse sábado, 21 de novembro, com uma
indagação do Coordenador, à guisa de cumprimento: "Vocês estão bem?".
E ante a resposta afirmativa, ele perguntou por quê e as justificativas foram
as mais diversas, até que alguém lembrou-se que o bem-estar se devia às bênçãos
de Deus. Então o Coordenou citou frase utilizada por Arthur Riedel em seu livro Hei de Vencer! - "Todos os dias, sob todos os
aspectos, sinto-me cada vez melhor!" -, salientando que, sim, as bênçãos
de Deus são incessantes e inesgotáveis, de modo que não podemos jamais nos
sentir desamparados ou tristes. Assim, sentindo-nos bem, tudo ao nosso redor
estará em harmonia também e, mesmo que não esteja, nosso bem-estar íntimo será
capaz de transformar a exterioridade deficiente.
Para esse trabalho, contamos com a presença de Bonfim, Lígia,
Nilza, Marilda, Regina Mendes, Roberto, Fernando, Egnaldo, Quito, Valquíria, Waldelice,
Magali, Marilene, Jaciara e Eliene. Como já é praxe, no início fizemos a
leitura e desta vez deixamos para o final o texto de Joanna de Ângelis,
explorando a resposta que o Espírito Bernardin deu à resposta de Allan Kardec
no item 27 do tópico sobre as "Provas voluntárias. O verdadeiro
cilício" (que Egnaldo confundiu com silício do famoso vale californiano),
do Cap. V de O Evangelho
Segundo o Espiritismo (Bem-aventurados
os aflitos): "Deve-se pôr termo às provas do próximo quando se pode, ou é
preciso, por respeito aos desígnios de Deus, deixá-las seguir seu curso?"
Roberto foi dos primeiros a comentar, lembrando
que, quando começou a estudar a Doutrina Espírita, sua visão era bem diferente
da de hoje e agora, quando vê alguém arrastando suas dores, fica condoído e
procura ajudar. Fernando observou que, quando tomamos
conhecimento desses temas, queremos ser os salvadores do mundo: "Isso é
comum", observou, salientando que quando queremos resolver a situação dos
outros geralmente fazemos muitas bobagens, até que reconhecemos a ação da lei
de causa e efeito; para ele, a vida de Chico Xavier é um verdadeiro manancial
dessas lições, porquanto o médium mineiro foi chamado a cooperar com todos os
necessitados.
Valquíria também confessou achar, antigamente, que
as pessoas tinham que passar pela provação sem interferência dos outros,
"mas hoje entendo que a ajuda é necessária"; assim como Fernando, ela
igualmente recordou o exemplo deixado por Chico Xavier: "Chico deu o
melhor dele"; para a companheira, a maneira de ajudar é que faz a
diferença: "Não temos que dizer que é carma do outro nem ficarmos
indiferentes", disse, observando que o "BIP" funciona da forma
como o Espírito Emmanuel atuava junto a seu pupilo de Uberaba. [O "BIP"
vem a ser a abreviatura dos três indicativos dos Espíritos Superiores a Kardec
sobre como Jesus entendia a caridade: benevolência
para com todos; indulgência
com as faltas alheias; e perdão
das ofensas, conforme havia citado o Coordenador.]
Por sua vez, Waldelice relatou a situação de um amigo enfermo
cuja família tem passado por duras privações. Jaciara voltou a falar de Chico Xavier ao
tratar novamente da questão do carma. Quanto a Marilene, ela recordou a
caminhada sofrida de Jesus para o Calvário, sendo auxiliado pelo cireneu, justificando
assim a proposição do Espírito Bernardin na obra de Kardec; segundo essa
companheira, há situações em que não podemos fazer nada ante o sofrimento do
próximo, apenas pedir a Deus, em oração, que a divina misericórdia socorra
aquele espírito...
Depois disso fizemos a leitura do texto do capítulo 18 de Momentos de Saúde e de Consciência,
"A bênção da saúde", que de algum modo continuava a lição do
Evangelho, posto que a Benfeitora Joanna de Ângelis argumenta que "doença,
em qualquer circunstância, é prova abençoada, exceto quando, mutiladora,
alienante, limitadora, constitui expiação oportuna de que as Soberanas Leis
utilizam-se para promover os calcetas que, de alguma forma, somos quase todos
nós".
Eliene começou citando Krishnamurti, místico indiano
autor de livros como Aos Pés
do Mestre: "A mente pensa e o corpo reage"; segundo ela, passamos
todos por um processo que não é melhor nem pior do que o do outro e "nossa
saúde depende da mente; nossos pensamentos, bons e maus, jogamos para o
Universo e sofremos o resultado, seja ele bom ou mau"; para essa
companheira, a lição responde ao que ela enfrenta no ambiente familiar,
atualmente. Ainda pensando no tema estudado anteriormente, Quito considerou ser necessário planejar os
esforços de caridade, porque "queremos ajudar e `s vezes a logística
impede".
Por sua vez, Regina registrou recente episódio de
mal-estar físico, quando recebeu a ajuda de desconhecidos, manifestando
gratidão pela gentileza, pela solidariedade de alguém que, naquele momento,
"foi meu anjo". Egnaldo citou Augusto Cury afirmando que haver
"janelas boas e ruins" do psiquismo. E Valquíria lembrou-se de um
jovem surfista que luta bravamente com um câncer na cabeça, revelando uma fé
poderosa e um invejável otimismo, uma vez que sabe ser Deus o autor de coisas
boas e por isso não teme. No final, Bonfim fez a prece e nos despedimos.
***
Ah! Por que o título "como tem passado?"? É que
nossa saúde, principalmente a psíquica, depende de vários fatores e o fato é
que pouco colaboramos conosco ante a necessidade de vivermos o presente, posto
que o passado está sempre grudado em nossos calcanhares. Desse modo, fazemos
essa pergunta para mostrar que a resposta que geralmente ouvimos -
"bem", ou "mais ou menos", ou "como Deus quer" -
é realmente equivocada, porquanto deveria ser ou "sim" ou
"muito": "Sim, tenho passado" ou "Tenho muito
passado", porque a verdade é que nosso passado é quilométrico, de alguns
milhares de anos, do ponto de vista reencarnatório, ao passo que nosso presente
é de apenas algumas horas do dia de hoje...
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