domingo, 11 de outubro de 2015

Crianças...

As crianças são o mais vigoroso indício da reencarnação dos Espíritos, porquanto são a prova viva da confiança que Deus deposita nos homens. Foi o que pudemos constatar no desenvolvimento da atividade realizada neste sábado, sem sequer pensarmos na data de segunda-feira que vem, quando festejaremos o dia dos pequeninos. Como anunciado previamente, o trabalho desenvolveu-se em torno do capítulo 14 do livro Boa Nova, no qual o autor espiritual, Humberto de Campos (ou Irmão X), recorda-nos a lição que Jesus ministrou ao doutor da Lei Nicodemos e também a dois de seus apóstolos, André e Tiago, sobre o mecanismo da reencarnação, sem que eles três compreendessem. Caberia ao Consolador prometido pelo Cristo facilitar esse entendimento, ao enfatizar a necessidade de "nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a lei", conforme o que se lê no mausoléu de Allan Kardec, codificador do Espiritismo, em Paris.
Desse trabalho, conduzido por Marilene, participaram, além deste escriba, também Coordenador do "Jesus de Nazaré", os companheiros Roberto, Fernando, Railza, Carminha, Luiza, Marilda, Nilza, Lígia, Regina Mendes, Jaciara, Waldelice, Magali e as visitantes Carminha Brandão e Marta, esta disposta a se integrar ao Grupo em definitivo. Como de hábito, procedeu-se à leitura - desta vez, compartilhada - do texto, após o que Marilene solicitou que a turma refletisse e depois comentasse sobre o que mais chamou a atenção de cada um.
Carminha começou considerando as noções contraditórias que as pessoas manifestam quanto à Lei de Talião, confundindo-a com o carma; para ela, precisamos ficar atentos aos nossos pensamentos, "porque daí vem a ação". Railza, por sua vez, declarou ainda de pensar que é outra pessoa hoje, e não mais aquela que fez e aconteceu no passado; isso, segundo disse, faz com que se rebele ante as cobranças dos perseguidores espirituais; por tal razão, afirmou ter "plena convicção de que não fiz nada daquilo de que me acusam".
Roberto recordou a médium Yvonne do Amaral Pereira e disse que com ela compreendeu que o compromisso do Espírito chega a tal ponto que ele tem vergonha dos mentores e pedem para reencarnar e resgatar seus débitos perante as soberanas leis; de acordo com ele, é difícil para nós, ainda na inferioridade, entendermos por que certas coisas acontecem conosco... Nesse momento o Coordenador interferiu para dizer que a reencarnação é oportunidade para se aprender a desencarnar.
Em seguida, Fernando ponderou que "hoje, eu sou Nicodemos, dois mil e quinze anos depois de Jesus"; o que ele quis dizer é que ainda duvidamos de muito do que o Cristo ensinou, mantendo-nos na incredulidade: "O que me alenta é que aquele Nicodemos [o doutor da lei] já aprendeu a lição e nós ainda estamos engatinhando"; para ele, tal é seu esforço na atualidade, com o Espiritismo, observando que no prefácio de Boa Nova o Espírito Humberto de Campos salienta haver espíritos esclarecidos e espíritos evangelizados, sendo que estes últimos são os que sentem e não apenas interpretam a letra do Evangelho ...
A partir desse momento, os comentários passaram a fazer referência, direta ou indiretamente, às crianças. Carminha, recordando um liro que lera, tratou dos deficientes explicando que tal situação se deve à justiça divina, sempre misericordiosa: "Não gosto do termo pagar dívidas", disse ela, salientando ter vindo à Terra para aprender, "tanto quanto meus irmãos, e juntos nesse processo podemos melhorar", completou. A seu turno, Luiza falou das mães que abandonam seus filhos com deformidades, ressaltando que "precisamos nascer de novo a todo momento, e renascendo nos comprometemos com esses seres".
Jaciara, pedindo a palavra, comentou sua momentânea confusão acerca do assunto, informando ter lido o blog e logo depois se esqueceu da informação relativa ao trabalho levado a efeito naquele dia, tendo em mente apenas um texto de Boa Nova anteriormente explorado: "Agora compreendo por que fugi dessa lição", disse. Regina Mendes, por sua vez, fazendo eco às palavras de Humberto de Campos, considerou que "maltratamos nossa veste [o corpo físico] e com isso adquirimos doenças difíceis de lidar"; para ela, que convive com uma série de enfermidades corporais, "tudo que vivo é resgate em razão dos erros do passado - é um processo de consciência, o 'vai e não peques mais' de Jesus"...
Já perto do encerramento da atividade, Railza pediu para falar e ao obter a oportunidade fez uma revelação espiritual, graças a sua faculdade mediúnica da vidência; o que ela viu dizia respeito ao trabalho realizado na Casa e também às atividades de nosso Grupo: crianças, no plano espiritual, ouviam o que discutíamos e, prestando grande atenção, até mesmo escreviam em suas cadernetas algumas de nossas palavras, porquanto fossem Espíritos em vias de reencarnar e alguns deles viriam como assistidos para a Casa Espírita, certamente através da creche mantida pela Cobem, ao passo que outros seriam recebidos por alguns de nós, como filhos ou netos. Railza também percebeu, em sua visão espiritual, que o Benfeitor Bezerra de Menezes, patrono da Casa, adentrou a sala onde nos reunimos e aplicou passes no plexo cardíaco de Jaciara, saindo em seguida. E como estivéssemos todos enlevados, pedimos a Fernando o benefício da prece e encerramos o trabalho. 

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