quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Renascer e ressurgir

A dupla Eliene e Bonfim prosseguirá, neste sábado, a atividade acerca do quarto capítulo de O Evangelho Segundo o Espiritismo (Ninguém pode ver o Reino de Deus se não nascer de novo), desta vez enfocando o item 4, no qual Allan Kardec enfatiza as noções de reencacertrnação e ressurreição. Será, novamente, uma oportunidade para reavaliarmos a necessidade de valorizar nossa reencarnação, isto é, nossa presença no mundo físico ou material atualmente, como forma de realizarmos as tarefas de renovação íntima, consciencial, que nos impulsionarão à grande alegria da ressurreição, que nada tem a ver com o dogma da "ressurreição da carne", com o qual a Igreja tenta explicar a ressurreição de Jesus, episódio que é a própria essência do Cristianismo, embora num nível diferente do que a Tradição e a Teologia estabelecem...
Desse modo, haveremos de ter muito a comentar e, possivelmente, a aprender... 

domingo, 24 de agosto de 2014

Começo da reencarnação (ressurreição?)

Com a participação de Ilca, Nilza, Roberto, Valquíria, Isabel, Marilda, Caminha, Luiza e Heitor, mais Marilene, Fernando, Waldelice e Iva, que tiveram de sair antes da partilha para atender outros compromissos, o casal Bonfim e Eliene realizou a primeira parte do trabalho sobre os primeiros tópicos do terceiro capítulo de O Evangelho Segundo o Espiritismo ("Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo"). Dos coordenadores, apenas Francisco estava presente, porquanto Creuza precisou comparecer às atividades da Federação Espírita do Estado da Bahia, de cujo Conselho é presidente.
Como já é praxe este ano, a leitura seguida de comentários sobre o capítulo 23 do livro Caminho, Verdade e Vida abriu os trabalhos da manhã e os participantes puderam analisar o próprio comportamento a partir das considerações do Espírito Emmanuel. O texto em foco, intitulado "Viver pela fé", traz como epígrafe um trecho da epístola de Paulo aos romanos (1:17): "Mas o justo viverá pela fé." A esse respeito, o autor espiritual ressalta que a assertiva paulina informa que "o justo sempre será fiel, viverá de modo invariável, na verdadeira fidelidade ao Pai que está nos céus".
Para Carminha, as religiões cobram dos fiéis um comportamento a que estes nem sempre estão aatentos, vivendo a experiência religiosa só na aparência. Bonfim salientou que viver pela fé é ter certeza de que Deus está conosco; se temos essa certeza, disse ele, temos também a obrigação de ter uma vida amorosa, equilibrada, respeitando todos os padrões de boa convivência com todos os seres da Criação. Marilene contou uma experiência pessoal marcada pelo descontentamento, mesmo depois de haver entregado o caso a Deus, fazendo-a considerar, mais tarde, que pelo menos fez seu movimento. Segundo Iva, ainda não nos podemos nos ver como hommens de bem por conta de nossa imaturidade espiritual, devendo esforçarmo-nos por equilibrar sentimentos e emoções. Eliene, depois de contar uma história budista sobre perdas, disse que a todo momento nossa fé é posta à prova, que só a manifestamos nas dificuldades, buscando os caminhos da realizaçao pessoal. Já Isabel entende que o problema é não acreditarmos em nossa capacidade. Por fim, Heitor salientou a necessidade do cumprimento do dever: "Se você age sabendo o que faz, será bem feito."

***

Com a divisão da turma em três subgrupos e a consequente distribuição do texto dos três primeiros tópicos do capítulo IV do ESE, Eliene e Bonfim iniciaram a principal atividade da manhã, pedindo que todos lessem, interpretassem e comentassem depois o entendimento sobre reencarnação e ressurreição. Waldelice, Carminha e Valquíria integraram o primeiro subgrupo; Marilda, Roberto, Ilca e Iva, formaram o segundo; e Isabel, Heitor, Nilza e Luiza estavam no terceiro. Cada tópico do ESE em estudo correspondia à numeração dos subgrupos.
Assim, sobre o primeiro tópico, indicando a crença dos judeus na reencarnação, utilizando o termo ressurreição, Valquíria considerou que acreditar ou não na reencarnação é escolha de cada um. Carminha aproveitou para narrar um depoimento de sua mãe, que reconheceu na primeira neta a menina que lhe aparecia quando nem sonhava ser avó; isto, disse a companheira, prova a reencarnação dos espíritos.
O segundo tópico trazia a estranheza do rei Herodes sobre a identidade espiritual de Jesus, posto que ele havia mandado decapitar João, que o povo achava reviver no corpo do Messias. Marilda e Roberto referiram a ignorância real quanto ao assunto, apontando o último que um Espírito elevado poderia reencarnar como um homem simples, um lavrador, por exemplo.
Pelo terceio subgrupo, que abordou o tópico em que Jesus explica que João, o batista, era Elias reencarnado, Isabel comentou que as coisas ditas pelo Mestre cada um, àquela época, entendia de acordo com a própria condição intelectiva mas não aproveitava a lição. Jesus deixou claro, disse Heitor, que João Batista era Elias, que reencarnado adotou uma postura política perante o rei Herodes, fazendo-lhe oposição. "É preciso renascer", ressaltou.
No encerramento do trabalho, Eliene e a Coordenação procederam à conceituação dos termos reencarnação e ressurreição, estabelecendo semelhanças e diferenças e explicando o significado de "nascer de novo". Segundo esta companheira, a proposta da atividade, que será retomada no próximo sábado, dia 30, é despertar os integrantes do Grupo para a necessidade do renascimento do ponto de vista filosófico. A esse respeito, Bonfim colocou que a reencarnação é lei natural e a ressurreição é lei filosófica. Por fim, Eliene observou a necessidade de sairmos da superficialidade dessas nossas abordagens e aprofundarmos esses conceitos, para melhor compreendermos esses ensinamentos evangélicos.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Ressurgir ou reencarnar?

O teor do quarto capítulo de O Evangelho Segundo o Espiritismo, intitulado "Ninguém poderá ver o Reino de Deus se não nascer de novo", começará a ser estudado neste sábado, dia 23 de agosto, sob a incumbência de Eliene, que terá a colaboração de Bonfim, seu marido. Será uma oportunidade para o Grupo analisar, teórica e vivencialmente, a própria reencarnação e a necessidade de ressurgir (ressuscitar?) para a vida do Espírito, conforme apregoou o Cristo em diversas ocasiões. O trabalho de Eliene, assim, abarcará os quatro primeiros itens do capítulo citado, nos quais Allan Kardec cita as passsagens evangélicas que tratam do tema e depois conceitua as diferenças e semelhanças entre os termos ressurreição e reencarnação.
Até lá.

domingo, 17 de agosto de 2014

Regeneremo-nos!

O trabalho de sábado, 16 de agosto, finalizou as abordagens sobre o terceiro capítulo de O Evangelho Segundo o Espiritismo - "Há muitas moradas na casa de meu Pai" -, ao enfocarmos os dois últimos tópicos das Instruções dos Espíritos: "Mundos regeneradores" e "Progressão dos mundos". A atividade esteve a cargo da Coordenação, com o auxílio luxuoso de Carminha. Presentes, além destes, estavam Bonfim, Marilene, Eliene, Isabel, Nilza, Ilca, Cristiano, Waldelice, Valquíria, Egnaldo, Railza, Fernanda, Marlene e Jaciara.
Como sempre, o início foi com a leitura comentada de um capítulo de Caminho, Verdade e Vida (Emmanuel/Chico Xavier), desta vez, o 22 - "Que buscais?' -, no qual o autor espiritual tece considerações em torno do versículo 38 do primeiro capítulo do Evangelho de João: "E Jesus, voltando-se e vendo que eles o seguiam, disse-lhes: - Que buscais?". Segundo Emmanuel, a aquisição de valores religiosos é a mais importante das realizações de cada criatura, "porque constitui o movimento de iluminação definitiva a alma para Deus".
Depois disso, Carminha procedeu ao trabalho propriamente dito, dividindo a turma em três subgrupos e distribuindo três questões a respeito do tema: 1 - De que modo me considero já estar vivendo num mundo de regeneração?; 2 - Que é o mal em mim num mundo de regeneração?; e 3 - Como faço minha transição do mundo de provas e expiação para o mundo de regeneração?
Os subgrupos formaram assim, correspondendo a cada questão proposta:
1 - Valquíria, Marlene, Isabel, Fernanda e Cristiano;
2 - Eliene, Ilca, Nilza, Jaciara e Marilene; e
3 - Bonfim, Railza, Waldelice e Egnaldo.
Aberta a partilha, em resposta à primeira questão Marlene comentou que é quando as dificuldades aparecem em seu caminho e não as recebe com angústia, demonstrando serenidade por entender que é algo bom para ela. Valquíria informou que isso se dá quando está em paz, feliz, ao realizar o culto do Evangelho no Lar, quando se coliga com a Espiritualidade Superior. Por sua vez, Isabel entende que com ela a experiência vem pela reforma interior, ao buscar o autoconhecimento: "Quando estou aqui no Grupo", disse, "tenho um dos momentos mais concretos dessa busca, sendo mais verdadeira comigo mesma". Fernanda, ao contrário, ressaltou não se sentir ainda num mundo regenerado, por não experimentar calma nem repouso, mas o que chamou de "expiação consentida". Por fim, Cristiano revelou que toda vez que faz contato com o bem e o belo sente-se em plena regeneração.
Sobre a questão 2, Waldelice confidenciou que isso é o contato com a mágoa e a ingratidão. Railza identificou semelhante barreira: a mágoa e o ressentimento, referindo ambas episódios da vida pessoal. Egnaldo também fez seu comentário e Bonfim encerrou esses depoimentos declarando ser nos desafios que observa essa condição, pois coloca em prática o aprendizado mas vê que os avanços ainda são poucos, posto serem as mesmas as dificuldades que experimenta...
Já quanto à terceira questão, Eliene começou citando o livro do Eclesiastes na Bíblia, no qual Deus diz que há um tempo para tudo na vida; desse modo, ela disse observar sua preparação para o mundo regenerador, no qual se adentra aos poucos, através das escolhas pessoais para se trabalhar e vencer as dificuldades próprias. Ilca, por seu turno, salientou seu exercício de amar aos inimigos, conforme ensinou Jesus. Jaciara encontrou no fortalecimento da fé a resposta a essa questão. O mesmo disse Marilene, afimando buscar viver a lei de amor, justiça e caridade, aproveitando bem seu tempo na Terra. E Nilza, falando por último, considerou buscar forças na intenção de procurar fazer o bem.
No fechamento dessa parte do trabalho, a Coordenação ressaltou que uma das características dos mundos de provas e expiação, qual a Terra atual, onde o mal prepondera, é o fato de os espíritos aqui presentes ainda reclamarmos de nossas provas, manifestando rebeldia e revolta ante os desígnios de Deus, o que fez o coordenador Francisco relembrar estes versos de uma canção do cantor e compositor Luiz Melodia: "Se a gente falasse menos, talvez compreendesse mais".
Depois, a coordenadora Creuza cuidou de ler o texto do ESE sobre a progressão dos mundos, fazendo comentários interpretativos quanto ao que se entende por progresso relativamente à evolução, mostrando que esta se faz através de uma série de progressos em vários sentidos. No homem, disse ela, o progresso se dá em dois aspectos: intelectual, resultando em ganhos materiais, e moral, que se expressa em crescimento espiritual. Nosso mundo progredirá moralmente, portanto, quando os esforços do homem se fizerem mais expressivamente no campo da moralidade, sem desmerecer, mas sublimando, os apelos do intelecto, frisou a Coordenação.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Tempo de regeneração

Chegou a vez de abordarmos os Mundos Regeneradores, aprofundando a conceituação das Instruções dos Espíritos dadas no terceiro capítulo de O Evangelho Segundo o Espiritismo. Será uma boa ocasião para averiguarmos nosso comprometimento com os esforços do Cristo mediante a participação no processe de transição planetária, atualmente em plena vigência. Conforme Jesus fala no Evangelho de Tomé,  nós todos nos encontramos em trânsito e com isto podemos entender nossa caminhada das trevas para a luz, do mal para o bem, da imperfeição para a imperfeição, da matéria grosseira para o que é eminentemente espiritual...


Provas e expiação

Os mundos de provas e expiação deram a tônica das atividades realizadas no sábado passado, 9 de agosto, sob a condução dos coordenadores do Grupo. Desta vez, o coordenador Francisco precisou faltar ao encontro, por motivos médicos. O trabalho consistiu em fazer a turma relembrar tudo que já foi estudado até a presente data em O Evangelho Segundo o Espiritismo, ao mesmo tempo identificando as características dos mundos de provas e expiação, individualmente. Antes de mais nada, procedeu-se à leitura seguida de comentários sobre o capítulo 20 do livro Caminho, Verdade e Vida (Emmanuel/Chico Xavier). Depois, em grupinhos, todos trocaram impressões acerca de suas reflexões, antes de se abrir a primeira partilha. Em seguida, a Coordenação propôs estas consignas: 1 - Em que momento minha vida está em prova?; e 2 - Em que momento minha vida está em expiação? Ao final dessas reflexões, os participantes foram convidados à partilha final, após o que a Coordenação fez o fechamento do trabalho apresentando uma página do Espírito Joanna de Ângelis, psicografada pelo médium Divaldo P. Franco e constante do livro Plenitude:

"A existência terrena deve ser vivenciada com prazer e emoção, face a riqueza de experiências que oferece, auxiliando o Espírito a desenovelar-se das faixas inferiores das paixões.
O bem e o mal - essa dualidade de luz e sombra - em que se debate o Espírito humano, representam o futuro e o passado de cada ser humano no trânsito evolutivo.
Examinando o planeta terrestre, onde se debatem as forças do bem e do mal, constata-se ser ele uma escola de provas e de depurações cujas lições de aprimoramento ocorrem mediante o império do sofrimento, mas que podem converter-se ao impositivo do amor em conquistas permanentes, felicitadoras.
É inevitável a ocorrência do sofrimento na Terra e nas áreas vibratórias que circundam o planeta, nas quais se movimentam os seus habitantes. Ele faz parte da etapa evolutiva do orbe e de todos quantos aqui estagiam, rumando para planos mais elevados.
Jesus-Homem, exemplo de amor e de abnegação, sem subterfúgios e com decisão veio convidar as Suas criaturas a segui-lO, pois que somente assim alcançariam Deus pelo conhecimento e pelo sentimento, integrando-se no psiquismo superior que dEle dimana.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Mundos de lá e de cá... a escolher

No trabalho de sábado, dia 2 de agosto, tivemos a alegria de receber três visitantes, os antigos companheiros Norma, hoje morando em cidade distante da Capital, mais o casal Heitor e Edilan, também residente no interior da Bahia, embora mais próximos de Salvador. Além deles e do coordenador Francisco (Creuza atendia a compromissos assumidos junto à Federação Espírita do Estado da Bahia), compareceram também os companheiros Carminha, Waldelice, Isabel, Luiza, Marilda, que conduziria as atividades da manhã, Iva, Eliene, Nilza, Bonfim, Roberto, Jaciara, Fernando, Cristiano e, com o já habitual atraso, Regina.
"O companheiro" foi o título da lição que no livro Caminho, Verdade e Vida o benfeitor espiritual Emmanuel nos trouxe, através da psicografia de Chico Xavier, para exame, iniciando seu texto com estas palavras de Jesus, tomadas do Evangelho de Mateus (18:33): "Não devias tu igualmente ter compaixão de teu companheiro, como Eu também tive de ti?" Os comentários versaram sobre episódios pessoais e comportamentos de terceiros, como o caso do menino que teve um dos braços ferido pelo ataque de um tigre, num zoológico, a tal ponto que precisou ter amputado o membro.
Norma falou de seu cansaço na convivência e auxílio a familiares enfermos, sofrendo a incompreensão de alguns irmãos, embora sinta-se abençoada por Deus com a oportunidade de ajudar alguém. Luiza citou o caso da mãe que abandonara o próprio filho, autista, num shopping center, afirmando à polícia, após identificada, que o garoto lhe dava muito trabalho. A respeito, alguém ponderou ser preciso agir com misericórdia e analisar todas as situações pelo prista da realidade espiritual. Fernando relatou situação vivida na Casa Espírita em que se viu necessitado de manifestar misericórdia junto a companheiros que lhe não compreenderam o esforço, mas não aproveitou a oportunidade... Heitor e Iva também referiram desentendimentos vividos no âmbito familiar e a Coordenação encerrou essa parte do trabalho frisando este trecho da lição de Emmanuel: "Se o Eterno encaminhou ao teu ambiente um companheiro menos desejável, tem compaixão e ensina sempre."



Marilda iniciou sua parte distribuindo números com o objetivo de formar quatro subgrupos, agrupando assim os participantes da atividade: 1 - Luiza, Waldelice, Cristiano e Roberto; 2 - Isabel, Carminha, Fernando e Iva; 3 - Norma, Nilza, Bonfim e Edilan; e 4 - Jaciara, Eliene e Heitor (por ter chegado atrasada, Regina teve que apenas observar o desenvolvimento do trabalho). Depois disso, ela distribuiu para cada subgrupo recortes do texto correspondente tirado de O Evangelho Segundo o Espiritismo em seu capítulo terceiro, tratando do primeiro tópico das Instruções dos Espíritos, em verdade uma compilação de Allan Kardec apresentada com "um resumo das instruções de vários Espíritos".
Após os comentários havidos no âmbito de cada subgrupo, abriu-se a palavra para as conclusões, falando somente um representante de cada turma. O trecho que coube ao primeiro subgrupo tratava da relatividade da classificação dos mundos em inferiores e superiores, a partir da condição evolutiva de seus habitantes. Assim, Roberto declarou que "nossas possibilidades são muito acanhadas, pois não conhecemos toda a Verdade", embora tenhamos pequenos pontos de esclarecimento fazendo-nos entender que não estamos na Terra por acaso.
O trecho do segundo subgrupo, sobre as condições comparativas desses mundos - os superiores e os inferiores -, uns ainda materiais e outros já sutilizados, mereceu de Carminha este comentário: "É o que almejamos (transitar para um mundo superior), e vemos o quanto estamos distantes desse objetivo", disse ela, acrescentando que "amanhã nossa condição espiritual será de total leveza, mas para isso precisamos ralar muito, vencendo as dificuldades de hoje, resumidas no egoísmo".
O terceiro subgrupo ficou com o trecho em que o Codificador analisa a dificuldade do homem em registrar a natureza dos mundos superiores, necessitando para isso de elevação espiritual, o que levou Bonfim a comentar que num mundo inferior o homem trabalha em função da própria sobrevivência; no entanto, elevando-se, passa a mundos intermediários, descobrindo os caminhos que deverá seguir, o do bem ou o do mal, aprendendo para capacitar-se posteriormente à sabedoria, apanágio dos mundo superiores, onde enfim realizará sua unificação com a dimensão divina.
Por fim, o último subgrupo abordou a condição emocional e sentimental dos homens em cada um desses mundos, com a observação de Kardec dando conta de que o mal não existe nos mundos superiores, daí a necessidade do esforço individual para o homem merecer o melhor; a esse respeito, Eliene considerou que cada um de nós, em razão do objetivo a ser alcançado, usará os meios mais cabíveis na demanda aos mundos superiores, porquanto "Deus não privilegia ninguém", de modo que a conquista será sempre efeito do esforço empreendido.



O segundo momento da atividade constou do convite de Marilda através da proposta destas duas consignas para apreciação do Grupo: 1 - Quando me sinto num mundo inferior? e 2 - Quando me sinto num mundo superior?
Em resposta, Heitor observou sentir-se elevado quando entra em oração ou medita, propiciando sua sintonia com o Mais Alto. Iva, também focando o mundo superior, declarou que sente-se num deles quando está alegre, em paz. De igual modo, Eliene revelou sentir-se em melhor condição quando vence suas dificuldades e impurezas. Jaciara ponderou que a gargalhada de seu neto João Francisco a deixa na companhia dos anjos e Roberto salientou que isso se dá ao fazer o bem. Norma, por seu turno, sente-se evolvida quando age por compaixão.
Waldelice explicou que quando deixa de ajudar ou entender um companheiro sente-se num mundo inferior, enquanto Isabel ressaltou que está decaída quando experimenta desequilíbrio. Já Luiza disse sentir-se inferiorizada quando perde a paciência, ao passo que Cristiano assim se sente quando perde a oportunidade de fazer o bem.
Finalizando seu trabalho, Marilda leu o poema "O homem; as viagens", de Carlos Drummond de Andrade, cuja mensagem prendia-se ao escopo da atividade:



O homem; as viagens 
(Carlos Drummond de Andrade)

O homem, bicho da terra tão pequeno
Chateia-se na terra
Lugar de muita miséria e pouca diversão,
Faz um foguete, uma cápsula, um módulo
Toca para a lua
Desce cauteloso na lua
Pisa na lua
Planta bandeirola na lua
Experimenta a lua
Coloniza a lua
Civiliza a lua
Humaniza a lua.

Lua humanizada: tão igual à terra.
O homem chateia-se na lua.
Vamos para marte - ordena a suas máquinas.
Elas obedecem, o homem desce em marte
Pisa em marte
Experimenta
Coloniza
Civiliza
Humaniza marte com engenho e arte.

Marte humanizado, que lugar quadrado.
Vamos a outra parte?
Claro - diz o engenho
Sofisticado e dócil.
Vamos a vênus.
O homem põe o pé em vênus,
Vê o visto - é isto?
Idem
Idem
Idem.

O homem funde a cuca se não for a júpiter
Proclamar justiça junto com injustiça
Repetir a fossa
Repetir o inquieto
Repetitório.

Outros planetas restam para outras colônias.
O espaço todo vira terra-a-terra.
O homem chega ao sol ou dá uma volta
Só para tever?
Não-vê que ele inventa
Roupa insiderável de viver no sol.
Põe o pé e:
Mas que chato é o sol, falso touro
Espanhol domado.

Restam outros sistemas fora
Do solar a col-
Onizar.
Ao acabarem todos
Só resta ao homem
(estará equipado?)
A dificílima dangerosíssima viagem
De si a si mesmo:
Pôr o pé no chão
Do seu coração
Experimentar
Colonizar
Civilizar
Humanizar
O homem
Descobrindo em suas próprias inexploradas entranhas
A perene, insuspeitada alegria
De con-viver.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Os altos e os baixos...

Neste sábado, dia 2 de agosto, Marilda estará encarregada de ministrar as atividades sobre o tema "Mundos superiores e inferiores", no âmbito do terceiro capítulo (Há muitas moradas na Casa do Pai) de O Evangelho Segundo o Espiritismo, no qual Allan Kardec dá voz aos Espíritos Superiores para nos informar quanto à gradação dos diversos mundos materiais existentes no Universo destinados à morada dos seres em processo de elevação.
Até lá.