quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Pausa

Nesta quinta-feira, 31 de outubro, começa, no Centro de Convenções, o XV Congresso Espírita da Bahia, cuja programação se estenderá até domingo, 3 de novembro. Por esta razão, o encontro do "Jesus de Nazaré" se transfere para o sábado 9 de novembro. As discussões no âmbito do Congresso, é bom que se diga, estará voltadas para o tema central "O viver espírita na sociedade", que, não por acaso, vem ao encontro das recentes abordagens do grupo quanto ao autoconhecimento e prática das lições evangélicas para facilitação ou melhoramento das relações entre os homens. Será muito instrutivo, portanto, acompanhar as palestras e demais eventos programados pela Federação Espírita do Estado da Bahia (FEEB), promotora do XV Congresso.

domingo, 27 de outubro de 2013

Entendimento tergiversado

Para conseguirmos entender a condição do outro junto a nós, é preciso compreendermos em primeiro lugar como manifestamos nossa condição de cristãos, porquanto assim nos rotulamos, perante o próximo. Foi com essa intenção que iniciamos o trabalho desenvolvido no sábado, 26 de outubro, com a participação de Quito, Waldelice, Lígia, Railza, Regina, Ilca, Iva, Cristiano, Isabel, Carminha, Eliene, Bonfim, Marilene, Roberto, Marilda e Cláudia, mais os coordenadores Francisco e Fernanda e Norma, convidada.
Antes de realizarmos as discussões em torno da consigna, foi feita a leitura de um capítulo ("Lições da natureza") do livro Vozes de um Encontro, ditado ao médium baiano Elzio Ferreira de Souza (já desencarnado) pelo Espírito Yogashririshnam, no qual o autor espiritual faz-nos entender que é preciso prestar bastante atenção em todas as circunstâncias da vida, uma vez que cada uma delas, mesmo a mais ínfima, tem uma lição para nosso aprendizado:
"Em realidade, não se pode viver sem atenção. Estar atento é o grande segredo da vida. Se não se está atento, como é possível ter compaixão? E, sem esta, o que será da vida? Só a compaixão nos permite enxergar o semelhante como semelhante. Por isso é que Mateus registrou em suas notícias que 'olhando a multidão, o Senhor Jesus sentiu compaixão porque eram como ovelhas sem pastor'" - eis o final do texto lido.
Em seguida às explicações da Coordenação acerca do trabalho, quando se falou dos modos como nos relacionamos conosco mesmos, com o próximo e com Deus, a turma foi dividida em dois subgrupos. Após o diálogo, foi aberta a partilha e, tomando a palavra, Roberto relembrou o Espírito Irmão Jacó (Frederico Figner), que no livro Voltei (psicografia de Chico Xavier) afirma nada ter feito por si mesmo, embora fizesse muito pelo próximo quando encarnado: "É a nossa questão", disse.
Eliene observou que manifesta sua condição de cristã através dos "atos e ações", explicando que isso se dá "quando exerço, a partir do lar, a compaixão, o entendimento" (referente ao outro), porquanto "a sociedade é reflexo do lar", onde segundo ela, aprendemos a melhorar para lá fora exercermos o "ser cristão". Norma ressaltou a fala de Cristiano durante os comentários no subgrupo e declarou que "aprendemos com o outro".
A partir daí, os comentários tergiversaram do tema abordado para as críticas ao modo como o Grupo está se conduzindo este ano, oportunidade em que Railza, Eliene, Quito e Marilene apontaram a responsabilidade da Coordenação nesse processo, relembrando o "clima" que envolveu o Grupo na semana anterior. Depois de dizer que "o grupo é a energia que me segura", Railza declarou que a Coordenação "deixa o barco correr enquanto o bicho está pegando". Contemporizando, Bonfim observou ser antigo o problema de indisciplina do grupo e isentou a Coordenação, que convidou a todos para uma reflexão mais profunda, considerando que a autocrítica é mais importante que a simples crítica.


quarta-feira, 23 de outubro de 2013

O outro que não entendo...

Neste sábado, dia 26 de outubro, voltaremos a tentar entender nossa relação com o outro, por vermos que a tentativa anterior foi apenas o ponto de partida para uma melhor reflexão acerca do assunto. Como cristãos que nos dizemos, necessitamos observar nossos relacionamentos todos pela ótica do Evangelho e este nos recomenda agir sempre com misericórdia, para que alcancemos a mesma misericórdia perante Deus, nosso Pai. A esse respeito, o Cristo Jesus foi enfático, afirmando que "tudo o que fizerdes a cada um dos pequeninos do meu Pai é a mim que o fareis", delineando assim nosso modo de conduta sobre o mundo. Sabemos que algumas vezes alguém - nós também - sai da linha (afinal, nem todo mundo é cristão ou está consciente de seus deveres e responsabilidades), transgredindo as normas de convivência e também as leis divinas. No entanto, caberá às autoridades o processo de correção, se se atentou contra as leis humanas, ou ao próprio Tribunal Divino a proposta de reparação, porquanto, segundo o Cristo, "a cada um será dado de acordo com suas obras". E se se atentou contra alguém, especificamente, esse alguém, esclarecido pelo Evangelho, chamará o agressor em particular propondo a reconciliação: "Se teu irmão te ouvir, terás ganho teu irmão...", ponderou Jesus, para quem estamos na Terra para o aprendizado da amizade, desprendendo-nos de sentimentos e atitudes contrários a esse propósito.

Eis, portanto, nosso roteiro de trabalho:

1 - Prece;
2 - Explicação;
3 - Desenvolvimento;
3.1 - Consigna:
3.1.1 - "De que modo manifesto minha condição de cristão junto ao meu próximo?"
4 - Partilha;
5 - Fechamento;
6 - Prece final.

domingo, 20 de outubro de 2013

Entender o outro?

Quito, Valquíria, Carminha (que não ficou até o final), Marilda, Lígia, Fernando, Egnaldo, Railza, Regina, Roberto, Isabel, Marilene (que também saiu antes do término, por conta de uma reunião), Waldelice, Eliene e Bonfim compareceram ao trabalho realizado no sábado, dia 19 de outubro, idealizado para comentarmos a consigna "O que o outro faça será de minha conta?", baseados na lição da obra Jesus no Lar (Neio Lúcio, Espírito/Chico Xavier, médium) intitulada "A necessidade do entendimento", lida na ocasião graças à colaboração de Valquíria, que lembrou-se de levar o livro.
Como parte das reflexões iniciais, a Coordenação observou nossa dificuldade de relacionamento, expressa em três esferas: conosco mesmos, com o outro e com Deus; até este momento relacionamo-nos conosco mesmos com compaixão, implorando a misericórdia divina e exigindo do outro a reciprocidade de nossa afeição, além de abrigarmos o sentimento de culpa; com o outro, contudo, a relação é marcada pela paixão, quando manifestamos os frutos de nosso egoísmo e de nosso orgulho (ódio, ambição, medo, ciúme, inveja...), prejudicando a convivência; e com Deus, por fim, sem paixão, fazendo o trabalho de religação com o Criador quase que por obrigação.
Sendo assim, em vista de nossa necessidade de renovação espiritual com finalidade evolutiva, como deveriam ser esses níveis de relacionamento? A Coordenação explicou: conosco mesmos, sem paixão, procurando refrear ao máximo os impulsos do egoísmo e do orgulho; com Deus, com paixão, trabalhando na Obra divina, como cocriadores, com total alegria, com todo entusiasmo; e com o outro, finalmente, haverá de ser com compaixão, atuando junto ao outro como Deus atua sobre todos, ou seja, misericordiosamente.
Depois da referida leitura e da breve explicação sobre o desenvolvimento da atividade, quando a Coordenação salientou que Deus nos concedeu o livre-arbítrio e por isto todos somos livres para fazermos o que quisermos e pudermos, de acordo com o que já compreendemos, passamos a ouvir as reflexões dos participantes.
Isabel começou recordando recente episódio observado no trânsito de Salvador, cada vez mais complicado, reparando que o impacto sofrido fez com que agisse de modo um tanto violento com seu filho, embora costume, segundo disse, tomar fatos assim como lição, ponderando depois sobre o que falou... Eliene comentou que a Espiritualidade escolheu a afonia para conter seus ímpetos: "Toda vez que eu ia brigar, ficava sem voz", explicou, acrescentando que tem procurado se conter, "para não adoecer", até porque "não quero ser mais um no contexto da violência". Valquíria salientou a oportunidade do tema do trabalho, em razão de um fato que mobilizou a sociedade baiana na semana anterior.
Procurando responder à consigna, Quito revelou que "tudo tem limite", salientando que "estamos nesta Casa como educadores; se consentimos que nos agridam, negligenciamos nosso trabalho; temos que nos importar (com o que os outros façam), porque é preciso evoluir". Bonfim também enveredou por esse caminho e declarou ser interessante o que acontece ao outro, "mas isso não quer dizer envolvimento, se não puder falar (ao outro), cale e ore"; ele afirmou ainda não ter mais ídolos, "para não me decepcionar". Já Egnaldo propôs um questionário: "Podemos nos imiscuir nas questões do outro?" E ele mesmo respondeu: "Podemos e devemos", ao que a Coordenação indagou: "Com que finalidade?" A explicação não tardou: "Para somar. É preciso sair do discurso para a prática".
Railza aproveitou o momento para um texto (transcrito abaixo) que ela achou "a cara do grupo", ressaltando ser de sua conta, sim, o que o outro faça, embora haja limites a serem observados: "Os amigos espirituais me ajudam a me defender", disse ela, narrando o acontecido com ela no trânsito quando se dirigia à Cobem naquela manhã. Roberto contou que seu interesse pelo Espiritismo ajudou a consolidar suas éticas, balizando assim seu comportamento, apesar das adversidades, a respeito das quais citou um diálogo com seu filho, sobre até quando ele realizaria o culto do Evangelho no lar; quanto a se envolver nas questões do outro, ressaltou que, antes de julgar que alguém esteja errado, pede a Deus talento para dizer o que esse precisa, embora seja melhor deixar que ele realize as próprias experiências...

***

"O valioso tempo dos maduros", do escritor Mário de Andrade:

Contei meus anos e descobri que tenho menos tempo pra viver daqui para frente do que vivi até agora. Tenho muito mais passado do que futuro. Então, já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero reuniões em que desfilam egos inflamados. Inquieto-me com invejosos cobiçando o lugar de quem eles admiram. Já não tenho tempo pra conversas inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha. Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas idosas, mas ainda imaturas. Detesto pessoas que não debatem conteúdos, mas apenas rótulos!... Quero viver ao lado de gente que sabe rir de seus tropeços, não se encontra com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua imortalidade. Quero caminhar perto de coisas e pessoas de verdade. Apenas o essencial faz a vida valer a pena. E para mim, basta o essencial.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Ainda a necessidade do entendimento

Neste sábado, 19 de outubro, voltaremos a nos debruçar sobre as questões relacionadas ao entendimento, ou melhor, ao problema do entendimento, segundo nos orienta o mentor espiritual Emmanuel. Até aqui estivemos tratando desse problema no âmbito de nossa intimidade, no entanto, como temos a proposta de estabelecer meios propiciadores de melhor utilização dos recursos disponíveis para realizarmos nossa reforma íntima, promovendo a educação dos sentimentos, é pertinente também avaliarmos a questão na relação com o próximo. Assim é que o livro Jesus no Lar (Neio Lúcio, Espírito/Chico Xavier, médium) vem nos auxiliar através da lição intitulada "Necessidade do entendimento" (muito a propósito, não?), na qual podemos perceber que o problema não está propriamente no comportamento do outro, mas em nossa maneira particular de observar as ações alheias superficialmente, julgando pela aparência. Que tal conversarmos um pouco mais sobre isso? Nosso encontro, como de praxe, acontece pontualmente às 8h, de modo que pelo menos 15 minutos antes já deveremos estar presentes, em nome da disciplina e do amor ao estudo e ao compromisso com a própria consciência...

Eis o roteiro:

1 - Prece;
2 - Explicação;
3 - Desenvolvimento do trabalho;
3.1 - Consigna: "O que o outro faça será da minha conta?"
4 - Partilha;
5- Fechamento;
6 - Prece final.

domingo, 13 de outubro de 2013

Simples assim!

Faz muito tempo, sim, que não te escrevo
Ficaram velhas todas as notícias
Eu mesmo envelheci: olha, em relevo
estes sinais em mim, não das carícias

Tão leves que fazias no meu rosto.
São golpes, são espinhos, são lembranças
Da vida a teu menino que ao sol posto
Perde a sabedoria das crianças.

A falta que me fazes não é tanto
À hora de dormir, quando dizias
"Deus te abençoe" e a noite se abria em sonho.

É quando, ao despertar, revejo a um canto
A noite acumulada de meus dias
E sinto que estou vivo - e que não sonho.

Esse poema de Carlos Drummond de Andrade, intitulado "Carta", encerrou as atividades realizadas neste sábado pelo Grupo de Estudo Jesus de Nazaré, quando foram enfocados tópicos referentes à noção de simplicidade, conforme o roteiro estabelecido. Participaram do trabalho, além dos coordenadores Francisco e Fernanda, os companheiros Egnaldo - cumprimentado pela passagem de seu aniversário -, Valquíria, Marilda, Carminha, Roberto, Fernando, Regina, Jaciara e Iva (o feriado, principalmente, foi o responsável pela frequência reduzida).
O trabalho começou com uma breve explanação acerca da simplicidade, quando recordamos a mensagem do Espírito Lázaro (Cap. XI, item 8 do Evangelho Segundo o Espiritismo) observada no sábado anterior e baseada na leitura de um dos artigos do filósofo André Luiz Peixinho enfeixados em seu livro A Face Eterna do Ser, comentando trechos de O Livro dos Espíritos, no qual os Espíritos Superiores nos informam que "o espírito é criado simples e ignorante", fazendo-nos entender que, corrompendo-nos, perdemos essa primeira condição. Além disso, foram lembradas passagens do Evangelho que apontam para a simplicidade, como a bem-aventurança que fala dos puros de coração e a recomendação de Jesus a seus apóstolos sobre deixarem que as crianças fossem até ele, "porque o Reino dos Céus é para os que a elas se assemelham"...
Após isso foi dada a consigna: "O que me impede de recuperar minha simplicidade?"
Iniciada a partilha - desta vez, por conta do reduzido número de integrantes, não precisamos dividir a turma em subgrupos -, Valquíria relatou antigo episódio no qual seu primeiro neto, então com quatro anos de idade, interagiu espontaneamente com um mendigo que se dispôs a amarrar os cadarços dos sapatos do menino, vendo naquela situação um exemplo de simplicidade, porquanto seu sentimento fora de receio declaradamente preconceituoso. Segundo Fernando, quanto mais espiritualizada for a criatura, mais simplicidade ela manifestará. Sua observação fez o coordenador Francisco contar a seguinte história:
Divaldo Franco conta que, na década de 50, ele e Chico Xavier tinham um amigo em comum. No entanto, Divaldo o achava bastante perturbado. Numa certa noite, estando em Uberaba, se encontrou com esse amigo e disse: "Meu irmão, como vai?" O mesmo respondeu sorridente: "Bem, Divaldo, e com uma grande novidade para te contar: eu agora sou PASSISTA DE CHICO XAVIER!"
Divaldo, ainda começando no Espiritismo, achou estranho e pensou: "Como pode uma pessoa tão perturbada como essa dar passe em Chico Xavier?" Oportunamente encontrou o médium de Jesus e perguntou: "Chico, nosso irmão está te dando passe?"
Chico respondeu: "Sim, Divaldo. Ele esteve aqui, meses atrás, desesperado e se maldizendo em relação à vida. No meio da conversa me pediu para que lhe aplicasse um passe e eu respondi: "Não, meu irmão, me aplique você o passe." Ele se assustou e disse: "Eu, Chico? Eu não tenho condições de aplicar um passe em você", e eu respondi: "Por que não, meu irmão? Você também é um filho de Deus. Está passando por uma noite escura na vida, mas é uma pessoa extraordinária e isso logo vai passar. Aplique-me o passe."
Na hora do passe, Chico disse a Divaldo que viu mentalmente vários mentores se aproximando do irmão e como ele estava concentrado com pensamentos elevados, ficou bem mais fácil fazer a limpeza no seu campo vibratório. Ao término do passe, o irmão “perturbado” disse: "Chico, eu lhe apliquei um passe mas me senti tão bem!", e Chico,sorrindo, lhe disse: "Pois é, meu filho, a partir de hoje, você é o MEU MÉDIUM PASSISTA."
O irmão saiu da Casa Espírita da Prece se sentindo bem e profundamente feliz. 

Por conta disso, Egnaldo recordou que, quando trabalhava em Brasília, acompanhou um colega, jornalista conceituado na capital do País, numa reportagem sobre o médium famoso, ocasião em que o profissional recebeu uma grande lição acerca da simplicidade e da capacidade sensitiva de Chico Xavier...
Jaciara declarou serem o orgulho, a vaidade e a ideia de superioridade seus impeditivos, salientando que as experiências e o aprendizado intelectual a afastam da simplicidade. Também ela recordou um episódio no qual seu filho caçula (hoje já adulto), acompanhando a família numa solenidade de inauguração de certo estabelecimento, ao ser perguntado sobre do que mais havia gostado, respondera ter sido da porta do banheiro! "Hoje ele continua assim, simples", disse ela, sobre seu filho: "Acho bonito, mas não tenho isso".
"Meus vícios falam mais alto que meu desejo de simplicidade", afirmou Iva, salientando que é preciso o autoconhecimento para identificação dos defeitos; ela também fez referência ao livro A Águia e a Galinha, de Leonardo Boff, cuja leitura fez com que "crucificasse" seus pais, pelo tipo de educação que eles lhe deram... Já Roberto afirmou que, quando somos crianças, é patente a ignorância, "mas no pretérito espiritual há uma vida rica"; ele disse ainda que a infância é a menor fase da vida de alguém: "Somos adultos por mais tempo", revelou, acrescentando que a proteção espiritual não impede que cada um carregue sua cruz...
Marilda citou recente experiência vivenciada em seu trabalho na Cobem, quando alguém comparou nosso processo de transformação ao ato de catar feijão, quando selecionamos os bons grãos e eliminamos as impurezas. Segundo ela, já que não podemos involuir, em nossa trajetória construímos sentimentos bons e outros menos bons, de modo que tornarmo-nos simples é percebermos o que é mais importante, o que tem e o que não tem valor, assim como quando catamos feijão... A resposta, então - considerou -, "está no entendimento, nas escolhas que fazemos; se não fossem os espíritos (nos ajudando), talvez não tivéssemos possibilidade de sair de onde nos encontramos..."
Por sua vez, Regina iniciou sua fala citando a frase lida no elevador do prédio onde mora - "Viver é simplesmente conviver", de autoria do poeta gaúcho Mário Quintana. No entanto, ela considerou ser difícil essa tarefa, por nossa mania de complicar as coisas. "Tenho buscado a simplicidade", disse, "principalmente com meus alunos, embora eu complique, às vezes, essa relação; ser simples não é tão fácil", completou. Para Fernando, "o que importa é minha atitude, e não a opinião dos outros", reafirmando, como no sábado anterior, que seu fanal de vida, atualmente, é ser um espírita autêntico.
Falando em seguida, Carminha disse lembrar-se "da Maria do Carmo simples" de sua infância; recordou que seu pai era um trabalhador como tantos da classe operária e ela convivia com os filhos dos colegas do pai e eles eram seus amigos, gente simples cujas casas simples ela frequentava. "Essa Maria do Carmo morreu há muitos anos", revelou, ressaltando que o orgulho faz-nos sentir melhores que os outros. "Quando me aproximo dessas pessoas, percebo a riqueza que há na pobreza, recebendo preciosas lições de vida; hoje já venci algumas coisas, mas ainda sou bastante carregada..."
Já perto do final da atividade, a coordenadora Fernanda observou que "as crianças de hoje estão perdendo a simplicidade, por conta dos adultos. E após Egnaldo fazer a leitura de outro poema, a Coordenação explicou que, na verdade, o que nos impede de recuperar a simplicidade é nossa excessiva, por isso doentia, vinculação com o elemento material...

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Entender com simplicidade

Este sábado, dia 12 de outubro, dá o mote para o trabalho que continuará as reflexões acerca de nossa necessidade de entendimento quanto à condição de espíritos realizando experiências humanas, com a justa finalidade de educarmos os sentimentos, vencendo o domínio da matéria. Sendo o dia dedicado às crianças, convém abordarmos nosso problema a partir deste ensinamento do Cristo: "Deixai vir a mim as criancinhas, não as impeçais, porque o Reino dos Céus é para os que se assemelharem a elas". Como nos assemelhamos às crianças pela simplicidade, será válido refletirmos acerca dessa condição, recordando que, pela informação dos Espíritos Superiores constante de O Livro dos Espíritos, somos - nós, os espíritos - criados simples e ignorantes. Como em nossa jornada rumo à perfeição nos corrompemos, pela vinculação doentia com o elemento material, torna-se imprescindível recuperar a simplicidade original, para nossa reintegração no pensamento divino, do qual andávamos divorciados...
Segue, pois, nosso roteiro:

1 - Prece
2 - Desenvolvimento
2.1 - Explicação
2.2 - Consigna:
2.2.1 - O que me impede de recuperar minha simplicidade?
3 - Partilha
4 - Fechamento
5 - Prece final

domingo, 6 de outubro de 2013

Princípio, meio e fim...

Todo o item 8 do capítulo XI de O Evangelho Segundo o Espiritismo (ESE), iniciando as Instruções dos Espíritos e intitulado A Lei de Amor, foi lido no começo das atividades deste sábado. Nesse tópico, o Espírito Lázaro, após afirmar que estamos mais próximos do ponto de partido do que da meta, concita-nos a avançar na direção do objetivo, tendo que vencer os instintos em proveito dos sentimentos, "isto é, aperfeiçoar estes últimos, sufocando os germes latentes da matéria". Ainda voltamos a recordar a tríade da Benfeitora Joanna de Ângelis, reafirmando nossa condição de humanização em processo, para o que necessitamos dos esforços do autoconhecimento com vistas à imprescindível reforma íntima.
Desse trabalho participaram Iva, Isabel, Cristiano, Fernando, Carminha, Valquíria, Egnaldo, Marilda, Marilene, Eliene, Bonfim, Roberto, Regina, Egnaldo Júnior, e os coordenadores - Francisco e Fernanda; Edward, Magali e Cláudia, atuando em outro setor da Cobem, chegaram mais tarde.
Após a explicação sobre o desenvolvimento da atividade, incluindo a leitura do tópico do ESE citado, foram apresentadas as três consignas, conforme o roteiro elaborado previamente, e formados três subgrupos para as discussões iniciais. Depois é que se deu a partilha grupal:
Egnaldo começou dizendo que, nele, os instintos preponderam "em situação de vida e morte - e olhe lá!" Segundo ele, em recente assalto sofrido, soube usar a razão, porque se reagisse... e completou dizendo que "devemos buscar o meio termo: nem tanto ao mar, nem tanto à terra"... Carminha, por sua vez, revelou agir por instinto, ante o que não gosta: "Quando pego o animal em mim!..." No entanto, ela salientou que isso está cada vez menos frequente e, quando esse "animal" surge, é com menos intensidade que antes. Por exemplo, ela disse reagir a um assalto fugindo e não agredindo. Disse também ser capaz de manifestar sentimentos verdadeiros, "de vez em quando", como aconteceu durante um trabalho que realiza na Casa Espírita, ao abraçar alguém e receber uma resposta satisfatória. Ela entende que chegará o dia em que isso será constante, "mas preciso ralar muito ainda".
Fernando citou a tríade de Joanna de Ângelis afirmando que precisamos nos espiritizar; ele também relembrou a observação de Allan Kardec quanto ao verdadeiro espírita, "aquele que se esforça para domar suas más inclinações", falando que tem os sentimentos ainda não depurados, tendo a necessidade de "domar os malfeitos" - mas isso é processual, reconhece, acrescentando ser relevante admitir-se que se cometeu uma falta junto a alguém, sobretudo no âmbito familiar, por efeito da tarefa de autoconhecimento e autoaperfeiçoamento. Regina iniciou sua fala comentando a mensagem do filme "As aventuras de Pi", que, segundo ela, guarda relação com nossos trabalhos no Grupo Jesus de Nazaré. Talvez a propósito disso ela tenha dito possuir um instinto que ainda não consegue controlar: o da fome (na verdade, uma sensação); "a ira eu já sublimei", reparou, afirmando receber a indicação de ser uma pessoal calma: quando pisam num calo meu, eu implodo, em vez de explodir, e isso não é bom".
Eliene ressaltou que passamos pelas três fases apontadas pelo Espírito Lázaro no ESE e quanto a ela mesma fez o seguinte comentário: "Parece que estou afrouxando"; segundo ela, "nosso problema é que damos muita atenção ao que os outros dizem", salientando que "o que importa é o que eu sou, o que eu sinto e percebo"; ela revelou ainda que "estou menos reativa", embora afirme que não engole nem come certas coisas, porque "quem morre abafado é panela de pressão". Por fim, disse estar lutando para tomar consciência de que deve manifestar mais sentimentos que sensações ou instintos, o que só conseguirá aos poucos...



sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Entendimento evangélico

Ainda falaremos sobre nosso processo de humanização no trabalho que pretendemos desenvolver neste sábado, 5 de outubro, para melhor entendimento de nossa necessidade de transformação íntima com vistas à educação dos sentimentos. Para tanto será valioso lançarmos nossos olhares sobre o item 8 do capítulo XI de O Evangelho Segundo o Espiritismo, no qual o Espírito Lázaro discorre acerca da Lei de Amor. De acordo com essa Entidade, "em sua origem o homem só tem instintos; quando mais avançado e corrompido, só tem sensações; quando instruído e depurado, tem sentimentos". Mais adiante, ele atesta que estamos, sim, bem próximos do ponto de partida, razão pela qual julgamos apropriado o entendimento de que somos, mesmo, seres em processo de humanização.
Eis, portanto, o roteiro de nossa atividade:

1 - Prece
2 - Desenvolvimento
2.1 - Explicação
2.2 - Divisão da turma em três subgrupos
2.3 - Distribuição das consignas:
a - Quando me percebo agindo por instinto?
b - Que sensações eu manifesto com mais frequência?
c - Já sou capaz de manifestar sentimentos verdadeiros?
2.4 - Partilha grupal
2.5 - Fechamento
2.6 - Prece final