segunda-feira, 21 de maio de 2012

A última de João

A reunião de sábado, 19 de maio, parecia que seria como as últimas anteriores, quando uma pequena parcela dos integrante do Jesus de Nazaré compareceu às atividades, mas a participação surpreendeu, mesmo num dia de muita chuva, pois aos poucos quase todos foram chegando e tivemos a alegria de realizar a programação elaborada desde o início do mês, para uma reflexão vivenciada acerca da condição do evangelista João em vista de sua amorosidade, principalmente no tocante à incumbência que Jesus lhe dera, de cuidar de Maria, a mãe do Mestre, bem como de por ela ser cuidado. Assim, com a presença de Isabel, Fernanda, Valquíria, Carminha, Egnaldo, Fernando, Jaciara, Quito, Regina, Lígia, Acely, Railza - retornando de uma viagem a Cuba -, Waldelice, Magali, Marilene, Ilca e Roberto (só faltaram Bia, Iva, Maria da Paixão e Edward), a Coordenação (Francisco Muniz e Maria Luiza Mascarenhas) iniciou os trabalhos.
Depois de uma breve explanação resumindo as discussões anteriores, sobre as dimensões espiritual e amorosa de João e observadas em seus escritos - o quarto Evangelho, duas epístolas em Atos dos Apóstolos e o livro do Apocalipse -, distribuímos os participante em três subgrupos (1 - Acely, Marilene, Lígia, Jaciara e Railza; 2 - Carminha, Ilca, Isabel, Egnaldo, Waldelice e Regina; e 3 - Fernando, Fernanda, Quito, Roberto,  Magali e Valquíria) e cada um deles cuidou das três questões que o próprio grupo elaborou como proposta no início de maio (em verdade, no final de abril!) e aproveitadas pela Coordenação. Ei-las:
a -  Ao longo de sua vida, quando você se sentiu verdadeiramente irmão de seu próximo, pelos laços afetivos? 
b - Quem você considera realmente seu irmão por afinidade?
c - Que sentimentos ou atitudes são comuns entre você e aqueles que você vê como seus irmãos, além dos laços consanguíneos?

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Conclusões por cada subgrupo:

1 (primeira questão) - "Do ponto de vista da oportunidade, consideramo-nos ligados à Humanidade (por uma certa interconectividade afetiva), tendo, por vezes, lampejos de irmandade e afetividade. Irmandade, então, pressupõe um vínculo mais forte e não sentimos isso por todos."

2 (segunda) - "Começamos a focar pessoas, mas vemos não fazer sentido; a questão é de sentimento e essa afinidade não é formada numa (nesta) mesma encarnação, mas em vidas passadas. Esses irmãos afetivos podem estar separados e se encontram em algum momento, pelo elo sentimental entre eles, quando se dão o luxo de notar (reconhecer/perceber) os instantes de dificuldades que um ou outro esteja atravessando, numa troca de empatia para crescimento comum. Esses irmãos podem estar na família consanguínea ou longe dela, para a respectiva evolução espiritual."

3 (última) - "O magnetismo vai ao encontro disso, o irmão fora da família constituída. Temos de abraçar esse irmão que não faz parte de nossa família, para não sucumbirmos à prova. Irmão que vamos encontrar no caminho e entendemos que nem nós nem ele fará mal."

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Iniciando a partilha individual, Quito comentou a terceira questão dizendo que "depende do sentimento manifestado, em vista das decepções que podem surgir". Segundo ele,  Jesus aceitou a todos que estiveram perto dEle, mas conosco há a dificuldade: "Só com o amor é possível a aceitação e isto está longe de nós, oportunistas que ainda somos..."
Egnaldo, por sua vez, comentou que, além de nosso dever de amar ao próximo, nem sempre os irmãos se comportam como os amigos, inibindo as manifestações nesse sentido, de modo que é sublime ter um irmão a quem se entrega, sabendo que se pode contar com ele. Entretanto, afirmou, devemos respeitar as individualidades.
"O tempo promove os (re)encontros para recebermos esses irmãos por afinidade", expressou Regina, completando que o elo da fraternidade é fixo, mesmo que haja brigas e rompimentos materiais...
(Nesse ínterim, a Coordenação ponderou as dimensões do amigo, do irmão e do próximo, indagando "quem é meu amigo?", a partir do episódio da "traição" de Jesus por Judas.) Em decorrência da "provocação" dos coordenadores, Waldelice declarou ser o amigo aquele que não nos cobra nada e, embora não nos retribua o sentimento, continuamos amando-o.
De acordo com Jaciara, que contou um episódio pessoal para exemplificar sua fala, as amizades virtuais, com o advento da Internet, são diferentes das amizades reais, que transcendem a tudo. Acely, contudo, acredita que "os jovens têm mais élan de amizade do que tínhamos no passado", posto que as crianças (filhos e netos) dão exemplo de fidelidade e confiança ante o outro, "enquanto nós, para isso, precisamos conviver, compartilhar, trocar fichinhas..."


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