Com a participação total de 20 companheiros, além dos três coordenadores, o trabalho deste sábado abordou os três pilares do Diálogo em nossa vida, quais sejam: a empatia, a alteridade e a assertividade. Distribuiu-se explicativo de cada uma dessas condições e pediu-se que as pessoas, reunidas em subgrupos analisassem as características de um indivíduo empático, alteritário e assertivo, com base nas seguintes observações:
a ‒ Empatia significa colocarmo-nos no lugar do outro, é uma compreensão profunda e objetiva dos sentimentos e do comportamento de outra pessoa. Assim, quais devem ser as qualidades de um indivíduo empático?
b ‒ Alteridade é a arte da boa convivência com os diferentes e vivenciar a alteridade implica em sermos educadores. Mas o que é um educador?
c ‒ Assertividade é a qualidade daquele que inspira confiança, credibilidade; é firme e sincero em suas argumentações, sem desrespeitar o próximo. Desse modo, quais são as características da pessoa assertiva?
Os subgrupos foram orientados a identificar como esses três pilares se apresentam nas relações em família.
O primeiro subgrupo a partilhar suas conclusões foi o formado por Edward (primeira participação no Jesus de Nazaré este ano), Edmundo (idem), Ilma (primeira aparição) e Marilene. Edward comentou que a prática ilógica do julgamento impede a empatia; que a alteridade é um modo de se educar pelo exemplo; e apontou a fé raciocinada na condução da assertividade. Já Edmundo colocou que primeiro é preciso nos conhecermos para julgar.
Carminha Sampaio, em nome de seu subgrupo (Lígia, Waldelice e Faraildes), relatou que o julgamento é nó nas tentativas de diálogo, dificultado pela idéia que cada um tem de si mesmo; é preciso, disse ela, que todos se desarmem ou só haverá discussão ou debate.
Fernanda, que realizou o trabalho junto com Ormalinda e Isabel, apontou a tolerância e a indulgência como características do indivíduo empático, ressaltando a compreensão e a honestidade no alteritário, declarando que não houve tempo para avaliar a assertividade.
Magali, por sua vez, lembrou-se de virtudes como humildade, positividade e benevolência para qualificar os indivíduos empáticos e alteritário, apontando o assertivo como ético e moralizado. Roberto e Iva também fizeram intervenções. Este subgrupo também contou com a participação de Carminha Brandão.
Regina, que teve ao seu lado os companheiros Egnaldo, Fernando, Zé Roberto (primeira vez este ano) e Francisco Castro, relacionou qualidades como equilíbrio, espontaneidade, catálise, racionalidade e capacidade de educador.
Tomando a palavra, a coordenadora Creuza Lage apôs que realmente não é fácil estabelecer o diálogo por causa do hábito de monologar, quando monopolizamos a fala; na casa espírita, disse ela, o objetivo é o crescimento espiritual, de modo que a proposta em questão é a de orientar, socorrer e amparar o outro; mas embora difícil, ponderou, o diálogo não é impossível, pois desde os filósofos da Grécia clássica se elabora o pensamento nas bases dialéticas da tese, antítese e síntese, sendo esta o objetivo a ser alcançado; o fato, disse Creuza, é que ainda não sabemos ser empáticos, alteritários nem assertivos. E de acordo com Alkíndar de Oliveira, essas qualidades são necessárias a quem quer aprender a negociar conflitos. Encerrando suas palavras, a coordenadora referiu a metáfora do educador como um hábil jardineiro, que faz todos os preparativos até plantar a semente, sem impor a ela a germinação. Mas a semente só germina se encontra o ambiente necessário para isso...
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