quinta-feira, 18 de março de 2010

Na manhã do último sábado


Na continuação dos trabalhos, voltamos a falar, no dia 13, sobre a implantação de grupos de diálogo, em atenção aos companheiros que retornavam ao grupo pela primeira vez este ano. Como da vez anterior, propusemos a formação dos subgrupos, integrados preferentemente pelos mesmos membros do sábado anterior.
Assim é que Ormalinda se juntou à equipe formada por Jaciara, Isabel, Fernanda e Vaneska; Cláudia uniu-se a Roberto, Magali e Ivã; Maria de Carmo e Lígia integraram-se ao grupo de Simão, Faraildes e Waldelice; enquanto Fernando, Egnal e Regina receberam Francisco Castro.
Desta feita a consigna consistiu em fazer com que os companheiros dialogassem sobre a importância do diálogo na vida de cada um.
Após a conversa, os relatores de cada subgrupo trouxe as conclusões:

Grupo 1 ‒ Fernanda reconheceu a dificuldade em dialogar, ponderando que ainda não se sabe ouvir, as pessoas apresentam rigidez (resistência) e não aceitam/respeitam a condição do outro;

Grupo 2 ‒ Regina, por sua vez, lembrou que o diálogo não é usado em família, onde um dos membros impõe suas idéias; no entanto, é relativamente fácil dialogar social e profissionalmente; revelou que um dos integrantes do subgrupo ainda não sabe distinguir diálogo de debate, ponderando que este é mais corriqueiro;

Grupo 3 ‒ Roberto considerou as dificuldades em se dialogar no lar, apondo que no ambiente doméstico não se aproveita a oportunidade para o diálogo, possivelmente por causa das máscaras; fora do lar convive-se com a mesma dificuldade, em vista das pressões agressivas ‒ o outro quase sempre fala de problemas;

Grupo 4 ‒ Waldelice também relatou as dificuldades familiares, porquanto só um fala e o outro tem de ouvir, sem direito de questionar; segundo ela, há diálogo no trabalho, pela necessidade funcional; e há diálogo também na experiência religiosa.

A Coordenação, abrindo as colocações ao grupo, ouviu de Carminha que nem sempre há diálogo no ambiente profissional, posto que "expressamos um ponto de vista como se fosse verdadeiro"; nisso, cala-se para não discutir, pois não se quer aceitar a opinião do outro; já para o ambiente da religião, disse ela, "trazemos a máscara de bonzinho".
Francisco Faraday, por outro lado, declarou que com o diálogo as possibilidades são maiores, por ser esta uma forma mais inteligente de conviver, uma vez que os debates são desgastantes; ele lembrou que geralmente as relações humanas são circunstanciadas no debate.
Waldelice ponderou que não encontra na religião as dificuldades experimentadas em família; no grupo e na Cobem, quando há oportunidade, ela expõe seu ponto de vista sem qualquer entrave, o mesmo se dando no ambiente profissional.
Já Fernando enfatizou que o diálogo é o melhor em todas as circunstâncias, em todas as áreas do envolvimento humano, porque todos almejam a paz, "mas como se consegue esse ideal?"

Antes de encerrar os trabalhos, a Coordenação lembrou que um dos principais objetivos do diálogo é vencer o personalismo, evitando a guerra de egos entre as pessoas, que para tanto precisam abrir mão da propriedade da verdade. Em seguida, refletiu a necessidade de se trabalhar a motivação individual para o diálogo, especificando a posição de cada um no grupo: "Qual é nossa motivação no Jesus de Nazaré?"

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