domingo, 15 de abril de 2018

Personalidade versus Individualidade

"Por que eu ainda não sou Eu?"

Essa pergunta curiosa fizemos nós - a Coordenação - aos companheiros que se apresentaram ao trabalho realizado no sábado 14 de abril, baseado nas profundas reflexões de Carlos Torres Pastorino em sua obra monumental Sabedoria do Evangelho. O objetivo era falar do Cristo Interno e da necessidade de deixar brilhar a luz da Centelha Divina, para iluminar a personalidade, única forma de propiciarmos a unificação da criatura com o Criador, no encontro sublime com a Consciência Cósmica. Para essa atividade estavam presentes Eliete, Carminha Sampaio, Carminha Brandão, Iva, Isabel, Railza, Waldelice, Bia, Regina, Augusta, Nilza, Marilene e Marilda.
Depois da explicação fornecida por este Coordenador dublê de escriba, após leitura de um trecho do segundo volume da obra de Pastorino, no qual ele fala das dificuldades na evolução espiritual, apresentou-se a consigna - a frase curiosa lá de cima - e os participantes foram convidados a refletir em duplas com base não nos próprios defeitos, mas no que efetivamente produz as más qualidades que ainda observamos no íntimo. Após vários minutos de conversa, chegou o momento da partilha grupal.
Segundo Waldelice, "o 'eu' é meu egoísmo, minha falta de fé, minha dificuldade de aceitar". Para Iva, "eu sou espírito encarnado, ainda dependo do eu inferior ligado ao ego". Marilene condicionou aquele defasagem mostrada na consigna às escolhas próprias: "Escolho não fazer contato com o Cristo Interno, com a luz; fico no comodismo, com o que é fácil; na porta estreita, levo meus fardos, mas deixo tudo [quando] na [estrada]  larga." Para esta companheira, essa é "uma reflexão complicada", uma vez que o caminho é [cada um] se questionar sobre as escolhas feitas.
Nesse ponto, a Coordenação fez breve interferência para recordar a experiência de Sócrates, que em seu tempo foi reconhecido como o homem mais sábio da Grécia; questionado a respeito, disse apenas saber que nada sabia, de modo que, como pregou Huberto Rohden, o filósofo deve amar a própria ignorância.
Em seguida, Railza fez um discurso sobre a necessidade de se ter consciência de si mesmo - e frisou já ter chegado a esse estágio -, apontando, contudo, sua discordância com o pensamento de Pastorino. Regina, por sua vez, comentou que "ainda precisamos atender ao 'eu' para atingir o 'Eu'"; conforme disse, "a ficha só caiu" para ela quando numa comunicação mediúnica foi-lhe revelada uma ocorrência de seu passado espiritual.
Carminha Sampaio observou ser essencial se perguntar sempre "quem sou eu?" para atender à consigna do trabalho; para ela, "o outro lado do 'eu' vive sempre sufocado por aquele que quer ser maiúsculo; o pequenino é autoritário, com amigos que só insuflam a vaidade dele". Falando por último, Augusta recordou parte da letra de uma antiga composição musical que diz que "ninguém é de ninguém, na vida tudo passa". E como já estivéssemos no encerramento do trabalho, uma prece feita por Nilza, envolvendo os companheiros ausentes, especialmente aquele que atravessam situações de enfermidade, quais Egnaldo e Fernando, finalizou o encontro.

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