domingo, 24 de julho de 2016

Entre subir e descer...

Chegamos a um ponto de nossos estudos acerca do Evangelho em que devemos compreender, de uma vez por todas, o caráter simbólico dos ensinamentos de Jesus e das palavras utilizadas pelos evangelistas e cronistas dos tempos apostólicos, a exemplo de Paulo de Tarso, a fim de cada vez melhor interpretarmos tais lições. É a essa conclusão que se obtém ao aprofundarmos nossos conhecimentos a partir dos conceitos emitidos no terceiro tópico do Roteiro 4 do EADE, que trata do "Esquema de estudo e interpretação do Evangelho", fazendo referência aos critérios históricos e geográficos dessa temática, abordada no encontro realizado no sábado, dia 23 de julho. Além deste coordenador/escriba, estiveram presentes, Egnaldo, Fernando, Waldelice, Valquíria, Isabel, Luiza, Lígia, Nilza, Marilda, Cristiane, Railza, Jaciara, Marilene, Magali e Iva.
Mas antes de realizarmos a atividade ordinária, Isabel, na função de coordenadora, solicitou dos participantes a prestação de contas do exercício das "virtudes" distribuídas na semana anterior, manifestando-se apenas aqueles dispostos a tal. Assim, Magali, que "escolheu" trabalhar o saber calar, revelou ser algo difícil, mas que já vem praticando há algum tempo; Waldelice, "premiada" com o perdão, disse não haver se lembrado de exercitá-lo, salientando não saber se sabe de fato perdoar; e Iva, que escolheu trabalhar a serenidade, afirmou ser "perita" nesse quesito, mas ainda se ressente, conforme explicitou, de quem não corresponde às suas expectativas...
Após isso, procedemos à leitura do texto do EADE, remetendo-o à Introdução de O Evangelho Segundo o Espiritismo, na qual Allan Kardec salienta a importância da moral do Cristo como fundamento da Doutrina Espírita, e passamos a conversar a respeito de "subir" e "descer", estimulados pelos conceitos evangélicos e pela interpretação dos símbolos ali embutidos, a exemplo da subida de Jesus e seus discípulos para Jerusalém saindo da Galileia, embora esta região ficasse ao Norte e a cidade do Templo na Judeia, ao Sul. Também comentamos a respeito da escalada do Monte Tabor, após o que, segundo os relatos, o Mestre desce para a planície para auxiliar os necessitados.
A propósito, Valquíria argumentou a necessidade do esclarecimento, bebendo-se na melhor fonte, para não nos vermos na condição, referida pelo Cristo, de sermos cegos guiando ou guiados por cegos. Já Egnaldo referiu a questão do trabalho, isto é, do esforço que se deve empreender para se alcançar os objetivos de crescimento espiritual. Para Isabel, o Grupo "é nossa montanha" (na comparação com o Tabor), onde "buscamos a cura espiritual", uma vez que chegamos capengando e saímos com a proposta de fazer algo mais que simplesmente frequentar a Casa Espírita. Por sua vez, Marilene afirmou ser a reunião mediúnica o "local" onde realiza sua "subida".
E Jaciara considerou que o chamamento dos companheiros é fundamental para sua participação nos trabalhos de auto-elevação. Em referência às palavras de Isabel, Railza comentou que o "Jesus de Nazaré" é ao mesmo tempo "montanha e planície", principalmente para ela, que disse ter necessidade de recorrer constantemente à benevolência no convívio com os outros. Luiza recorreu à parábola do bom samaritano citada no texto do EADE para dizer que somos nós cada uma das personagens envolvidas naquele drama. Já no final da atividade, Iva ressaltou ser daqueles que lançam a rede, em nome do Cristo, para fazer valer sua presença na Terra, e Fernando, com graça, relatou ter recentemente imitado Jesus no episódio com a mulher hemorroíssa, sentindo que também dele saíra uma virtude, ao que seu filho comentara: "Ih, meu pai, lá se foi sua última virtude!".


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