sábado, 12 de setembro de 2015

O mal em nós

Pouca gente, dos participantes do "Jesus de Nazaré", aceitou o convite para fazer a autoavaliação proposta no trabalho realizado neste sábado, 12 de setembro, pela companheira Marilda, sobre o capítulo 7 do livro Boa Nova, que trata de "A luta contra o mal". Os corajosos foram Nilza, Jaciara, Lígia, Valquíria, Maria Luiza, Marlene, Marilene, Egnaldo, Railza, Regina Mendes e este escriba dublê de coordenador do Grupo. Como já é praxe, antes da execução da atividade procedeu-se à leitura do texto, desta vez partilhada, para em seguida ouvirmos a consigna: "De que forma você possibilita que os espíritos inferiores melhorem em sua companhia?". É que em seu texto, o Espírito Humberto de Campos narra um diálogo entre Jesus e Tadeu, no qual o apóstolo pergunta ao Mestre por que não converter todos os seres maléficos ao bem, em definitivo.
Mas até que essa leitura acontecesse, porém, tivemos uma interessante quão proveitosa discussão acerca da existência do mal, enquanto dávamos tempo para outros companheiros chegarem. Nesse momento, pudemos considerar o livre-arbítrio como o instrumento de criação do mal, uma vez que com ele podemos optar por fazer ou não fazer o bem, daí decorrendo o mal. Se Deus criou somente o bem, o mal não tem portanto existência real, sendo efeito da invigilância e da desobediência do homem quanto ao cumprimento das leis divinas. Por isso Marilda, recorrendo a O Livro dos Espíritos, lembrou-nos que o mal, no entendimento dos Espíritos Superiores, mais não é que a desobediência à Lei de Deus.
Assim, após breve reflexão, tiveram início os comentários, precedidos por uma história contada pelo Coordenador e tirada de um livro do Espírito Bittencourt Sampaio (psicografia de Divaldo Franco), com o intuito de facilitar o entendimento do tema: o equipamento de som do salão doutrinário de determinado Centro Espírita estava sendo testado e o engenheiro experimentava o microfone dizendo "busque Jesus! Busque Jesus!"; nisso, adentra o espaço um homem em visível estado de perturbação segurando um revólver e pergunta: "Quem falou pra buscar Jesus?"; os trabalhadores se exaltam, com medo, mas o engenheiro vai até esse homem para acalmá-lo e ele diz: "Muito obrigado! Eu estava desesperado pelo desemprego e por não poder sustentar minha família, disposto a dar cabo de minha vida. Quando ouvi você pedir que buscasse Jesus percebi que ainda não tinha tentado esse caminho e minha esperança retornou. Muito obrigado!".
Tomando a palavra, Marilene comparou a lição de Boa Nova com a aquela abordada no sábado anterior, do livro Momentos de Saúde e de Consciência (Joanna de Ângelis - Divaldo Franco), sobre "A tragédia do ressentimento" e disse que "precisamos, antes de cobrar do outro - e não temos competência para isso -, modificar nossas ações"; para ela, sem nos deixarmos ver como oportunidade de mudança não passaremos nada de útil para o outro; a companheira disse também "que tudo passa pelo processo da vontade e da ação que devemos imprimir em nosso cotidiano", sendo que o que construímos intimamente responderá por nós amanhã.
Luiza revelou trabalhar diariamente em seu autoaperfeiçoamento, principalmente no seio da família, onde vê pessoas bastante diferentes umas das outras, tornando tão difícil quanto estimulante o convívio, primeiro com os filhos e, agora, também com os netos; segundo ela, os conflitos que experimenta estão circunscritos ao lar, porquanto do lado de fora respeita as pessoas e tenta se comportar de acordo com as leis de Deus. Valquíria tentou ater-se ao tema dizendo que semelhante atrai semelhante e também referiu-se à situação familiar, comentando o que chamou de perturbação de seu marido, além de outros parentes problemáticos: "Tenho que ter muita paciência para tolerar essas coisas", afirmou, acrescentando que tem se lembrado muito do lema adotado pelo Grupo este ano - Equilíbrio e Superação.
Railza começou dizendo não ter gostado da consigna, "que faz a gente considerar o que é bem e o que é mal", citando em seguida recente conversa com uma vizinha que a fez refletir sobre se é mal ou bem o que faz, geralmente sem querer; ela diz que se dispõe a rezar por todos, no culto do Evangelho  no lar, especialmente por um menino de rua que vive próximo de sua casa: "Faço o que Jesus ensina, esclarecendo os bichos brabos dentro de mim para auxiliar os que estão perto de mim", disse, acrescentando ter ainda o olhar egoísta, "mas estou lutando comigo mesma", frisou, recordando uma das frase de Humberto de Campos em seu texto: "Abraça sempre o teu irmão", salientando que está fazendo isso.
A seu turno, Marlene observou que o relato de Boa Nova fê-la recordar da conto intitulado "O menino, o velho e o burro", aproveitando-o como metáfora para sua mudança comportamental: "Resolvi não agradar mais aos outros; agora questiono as ideias que me incutem na cabeça, procurando identificar quem sou, o que quero e como quero, escapando das influências e encarnados e desencarnados, até que me provem que estou errada", afirmou, acrescentando que tal exercício é parte de seu trabalho que objetiva vencer as próprias imperfeições. Último a falar, Egnaldo salientou que é preciso ter atenção redobrada, "porque o mal age com sutileza".
No fechamento do trabalho, Marilda fez-nos relembrar a questão 629 de O Livro dos Espíritos, informando sobre a moral, a regra de bem proceder que nos recomenda cumprir as leis de Deus, de forma que ela ressaltou outra frase-orientação do Autor Espiritual: "Cuida de ti e ama teu próximo". Depois, Jaciara fez o agradecimento, lendo uma versão do Pai-Nosso.

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