domingo, 20 de setembro de 2015

Caminhar vazio...

"Mergulho no mundo interior e vejo, ouço, percebo a realidade sem barreiras, sem névoa, da qual procedo e para a qual retornarei." Esta sentença é um dos "mantras" que abrem o capítulo 12 do livro Momentos de Saúde e de Consciência (Joanna de Ângelis/Divaldo Franco), intitulado "Percepção extrafísica", no qual a autora espiritual discorre acerca de nossa condição de médiuns intercambiando incessantemente com a dimensão invisível, sendo necessário, por isso, desenvolvermos a consciência de espíritos imortais que somos a fim de vivermos com a plenitude possível a realidade que nos é própria. Segundo Joanna, "desenvolvendo a percepção parafísica, deixarás de ser limitado prisioneiro, para estares planando em esferas de vida estuante, consciente dos recursos que Deus confere para a tua plenificação de criatura eterna".
Foi esse o mote do encontro realizado no sábado, dia 19 de setembro, motivado ainda pela abordagem do item 21 das Instruções dos Espíritos do Cap. V de O Evangelho Segundo o Espiritismo (Bem-aventurados os aflitos), sobre a "Perda de entes amados. Mortes prematuras". Desse trabalho participaram Railza, Marilene, Nilza, Valquíria, Egnaldo, Cristiano, Isabel, Waldelice, Magali, Regina Mendes, Jaciara, Roberto e este escriba, também no papel de Coordenador do "Jesus de Nazaré".
Como já é praxe, primeiro procedemos à leitura dos textos, desta vez seguidamente, para só depois iniciarmos os comentários, assim mesmo, após breve explanação do Coordenador, falando da condução mediúnica comum a todos os homens, conforme informação de Allan Kardec, bem como relatou ainda a experiência de S. João da Cruz, místico espanhol da Idade Média que a partir de seus transes, nos quais dizia vivenciar a própria dimensão de Deus, declarando depois: "O que foi visto não poder ser descrito;o que foi sentido não pode ser dito; abaixo de mim, Deus; acima de mim, Deus; Deus, só Deus". Em seguida, o Coordenador, facilitador da atividade, ofereceu esta consigna: "Como tenho procedido a esse respeito?".
Abertos os comentários, Valquíria, referindo acontecimentos familiares, comentou que "tem horas que saímos do sério e comprometemos a presença dos bons espíritos junto a nós". Depois, Isabel disse que "se você sintoniza bem, tudo flui bem", acrescentando amar muito seu anjo guardião afirmando conseguir ouvi-lo e desse modo ter alguns insights. Ela relatou recente experiência de vibração realizada num ambiente próprio para isso, salientando que "foi puro amor, foi como se me limpasse completamente naquele momento", concluindo que "estar no bem é sempre bom". Em seguida, o Coordenador, aproveitando parte da fala de Isabel, observou que, para ampliarmos nossa percepção da realidade espiritual a partir de nós mesmos, temos de admitir a transitoriedade da vida física, dada a impermanência do que consideramos material.
Por sua vez, Railza apresentou uma certeza: "Sei que tudo ficará mais claro se eu tiver uma vida mais contemplativa"; entretanto, afirmou não querer isso: "É muita responsabilidade manifestar as faculdades mediúnicas; tenho muita consciência de minha inconsciência e não ponho os pés na rua sem orar, mas quando quero fazer algo errado, peço licença aos meus guias e sintonizo com os espíritos barra-pesada"... Já Egnaldo confessou ser "muito dispersivo" e ter dificuldade em manter-se focado num só objetivo, "mas vibro muito", salientou, acrescentando que "a proposta é melhorarmos sempre, perseverando".
Falando em seguida, Marilene esclareceu que "meu trabalho é me preparar para quando daqui partir", afirmando que essa preparação inclui vigiar os próprios pensamentos, embora reconheça, como Isabel, que ainda é casca-grossa: "Quando há necessidade, a luzinha sinaliza e eu escuto", disse, emocionando-se ao recordar seu recente infarto, aproveitando a ocasião para, no hospital, dar conselhos aos filhos. Por fim, falou Waldelice, declarando perceber ajuda espiritual nos momentos difíceis, como na ocasião de uma cirurgia a que teve de ser submetida e quando da perda de entes queridos, também emocionando-se ao recordar a partida de sua genitora para o plano da verdade. Segundo ela, é difícil convier com essas "perdas".

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