quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Só rezando...

Sob a luxuosa condução de Carminha e Maria Luiza, a atividade realizada no sábado, 26 de setembro, foi coroada de êxito e as prestimosas companheiras até mesmo produziram o relatório que reproduzo a seguir (só faltou a indicação dos presentes...):

Após a leitura do capítulo 13 do livro Momentos de Saúde e de Consciência (Joanna de Ângelis/Divaldo Franco), sobre o "Recurso da oração", procedeu-se ao conhecimento do teor do item 22 do Cap. V de O Evangelho Segundo o Espiritismo (Bem-aventurados os aflitos), intitulado "Se fosse um homem de bem teria morrido". Como consigna, a dupla que coordenou os trabalhos propôs o seguinte: "Será estimulante perguntarmos por que ainda nos encontramos submetidos aos perigos da vida material, por que estamos ainda expostos às ameaças da violência e aos riscos dos acidentes domésticos e àqueles concernentes a certas profissões".

Feito isso, passou-se aos comentários e nesse momento Valquíria declarou que a oração pode ser feita apenas com um pensamento voltado para Deus. Marilene, por sua vez, considerando o problema que vive com o cônjuge, salientou que a oração "ajuda-nos a viver essas questões"... Já Marilda destacou que a oração deve ser constante e que em momentos de aflição fazer prece é um hábito necessário. Pedindo a palavra, Creuza argumentou assim: "Sabemos orar? A pessoa deve se entregar a Deus no momento da oração".
Em seguida, Fernando observou que a Doutrina Espírita lhe tem dado recursos para fazer uma bora oração, pela conscientização quanto à imortalidade da alma. Marlene lembrou-se de que estamos todos recebendo oportunidades de reajustamento e Cristiano ressaltou a necessidade de vivenciar tais questões. A seu turno, Egnaldo reparou que "ainda não sabemos orar", enquanto Nilza comentou o primeiro parágrafo do texto de Joanna, no qual a Benfeitora espiritual salienta que "a oração é o recursos mirífico mais acessível para permitir à criatura a comunicação com o Criador".

Findos os comentários, a atividade foi encerrada com uma confraternização em razão dos aniversários de Nilza e Magali.



quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Eu, um homem de bem?

Neste sábado, dia 26 de setembro, Magali receberá os cumprimentos do Grupo Jesus de Nazaré pela passagem de mais uma data natalícia, mas não será essa a única novidade. Na ocasião, Maria Luiza e Carminha vão coordenar a atividade, na ausência do coordenador, Francisco, este escriba. Novamente serão utilizados os livros Momentos de Saúde e de Consciência (Joanna de Ângelis e Divaldo Franco) e O Evangelho Segundo o Espiritismo (Allan Kardec). Do primeiro será abordado o conteúdo do capítulo 13, que trata do "Recurso da oração", no qual a Benfeitora diz-nos que "quem ora, supera tensões e penetra-se de paz". Da obra kardeciana, porém, será estudado o item 22 do Cap. V (Bem-aventurados os aflitos), referente às Instruções dos Espíritos sob o título "Se fosse um homem de bem teria morrido". Será estimulante perguntarmos por que ainda nos encontramos submetidos aos perigos da vida material, por que estamos ainda expostos às ameaças da violência e aos riscos dos acidentes domésticos e concernentes a certas profissões - a resposta será compreendida: nosso aprendizado deve continuar pra um dia, finalmente, nos vermos como homens de bem...


domingo, 20 de setembro de 2015

Caminhar vazio...

"Mergulho no mundo interior e vejo, ouço, percebo a realidade sem barreiras, sem névoa, da qual procedo e para a qual retornarei." Esta sentença é um dos "mantras" que abrem o capítulo 12 do livro Momentos de Saúde e de Consciência (Joanna de Ângelis/Divaldo Franco), intitulado "Percepção extrafísica", no qual a autora espiritual discorre acerca de nossa condição de médiuns intercambiando incessantemente com a dimensão invisível, sendo necessário, por isso, desenvolvermos a consciência de espíritos imortais que somos a fim de vivermos com a plenitude possível a realidade que nos é própria. Segundo Joanna, "desenvolvendo a percepção parafísica, deixarás de ser limitado prisioneiro, para estares planando em esferas de vida estuante, consciente dos recursos que Deus confere para a tua plenificação de criatura eterna".
Foi esse o mote do encontro realizado no sábado, dia 19 de setembro, motivado ainda pela abordagem do item 21 das Instruções dos Espíritos do Cap. V de O Evangelho Segundo o Espiritismo (Bem-aventurados os aflitos), sobre a "Perda de entes amados. Mortes prematuras". Desse trabalho participaram Railza, Marilene, Nilza, Valquíria, Egnaldo, Cristiano, Isabel, Waldelice, Magali, Regina Mendes, Jaciara, Roberto e este escriba, também no papel de Coordenador do "Jesus de Nazaré".
Como já é praxe, primeiro procedemos à leitura dos textos, desta vez seguidamente, para só depois iniciarmos os comentários, assim mesmo, após breve explanação do Coordenador, falando da condução mediúnica comum a todos os homens, conforme informação de Allan Kardec, bem como relatou ainda a experiência de S. João da Cruz, místico espanhol da Idade Média que a partir de seus transes, nos quais dizia vivenciar a própria dimensão de Deus, declarando depois: "O que foi visto não poder ser descrito;o que foi sentido não pode ser dito; abaixo de mim, Deus; acima de mim, Deus; Deus, só Deus". Em seguida, o Coordenador, facilitador da atividade, ofereceu esta consigna: "Como tenho procedido a esse respeito?".
Abertos os comentários, Valquíria, referindo acontecimentos familiares, comentou que "tem horas que saímos do sério e comprometemos a presença dos bons espíritos junto a nós". Depois, Isabel disse que "se você sintoniza bem, tudo flui bem", acrescentando amar muito seu anjo guardião afirmando conseguir ouvi-lo e desse modo ter alguns insights. Ela relatou recente experiência de vibração realizada num ambiente próprio para isso, salientando que "foi puro amor, foi como se me limpasse completamente naquele momento", concluindo que "estar no bem é sempre bom". Em seguida, o Coordenador, aproveitando parte da fala de Isabel, observou que, para ampliarmos nossa percepção da realidade espiritual a partir de nós mesmos, temos de admitir a transitoriedade da vida física, dada a impermanência do que consideramos material.
Por sua vez, Railza apresentou uma certeza: "Sei que tudo ficará mais claro se eu tiver uma vida mais contemplativa"; entretanto, afirmou não querer isso: "É muita responsabilidade manifestar as faculdades mediúnicas; tenho muita consciência de minha inconsciência e não ponho os pés na rua sem orar, mas quando quero fazer algo errado, peço licença aos meus guias e sintonizo com os espíritos barra-pesada"... Já Egnaldo confessou ser "muito dispersivo" e ter dificuldade em manter-se focado num só objetivo, "mas vibro muito", salientou, acrescentando que "a proposta é melhorarmos sempre, perseverando".
Falando em seguida, Marilene esclareceu que "meu trabalho é me preparar para quando daqui partir", afirmando que essa preparação inclui vigiar os próprios pensamentos, embora reconheça, como Isabel, que ainda é casca-grossa: "Quando há necessidade, a luzinha sinaliza e eu escuto", disse, emocionando-se ao recordar seu recente infarto, aproveitando a ocasião para, no hospital, dar conselhos aos filhos. Por fim, falou Waldelice, declarando perceber ajuda espiritual nos momentos difíceis, como na ocasião de uma cirurgia a que teve de ser submetida e quando da perda de entes queridos, também emocionando-se ao recordar a partida de sua genitora para o plano da verdade. Segundo ela, é difícil convier com essas "perdas".

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Consciência de vivo para vencer o temor da morte

Pusemos esse título tão grande para resumir, o quanto possível, a temática dupla que vamos abordar neste sábado, 19 de setembro, na atividade grupal de aprendizado utilizando os livros Momentos de Saúde e de Consciência e O Evangelho Segundo o Espiritismo. Do livro de Joanna de Ângelis, em parceria com Divaldo Franco, estudaremos o teor do capítulo 12, intitulado "Percepção extrafísica", ao passo que na obra de Allan Kardec continuaremos analisando os tópicos do Cap. V (Bem-aventurados os aflitos), desta vez nos debruçando sobre o item 21, "Perda de pessoas amadas. Mortes prematuras". Como sabemos, a morte, quando nos ameaça ou alcança alguém próximo de nós, provoca-nos medo e lamentações. No entanto, como parece sugerir a Benfeitora Joanna de Ângelis e pondera muito bem o Codificador, está em nossa conscientização de espíritos imortais o antídoto para esse "mal". Vamos às reflexões, portanto.

sábado, 12 de setembro de 2015

O mal em nós

Pouca gente, dos participantes do "Jesus de Nazaré", aceitou o convite para fazer a autoavaliação proposta no trabalho realizado neste sábado, 12 de setembro, pela companheira Marilda, sobre o capítulo 7 do livro Boa Nova, que trata de "A luta contra o mal". Os corajosos foram Nilza, Jaciara, Lígia, Valquíria, Maria Luiza, Marlene, Marilene, Egnaldo, Railza, Regina Mendes e este escriba dublê de coordenador do Grupo. Como já é praxe, antes da execução da atividade procedeu-se à leitura do texto, desta vez partilhada, para em seguida ouvirmos a consigna: "De que forma você possibilita que os espíritos inferiores melhorem em sua companhia?". É que em seu texto, o Espírito Humberto de Campos narra um diálogo entre Jesus e Tadeu, no qual o apóstolo pergunta ao Mestre por que não converter todos os seres maléficos ao bem, em definitivo.
Mas até que essa leitura acontecesse, porém, tivemos uma interessante quão proveitosa discussão acerca da existência do mal, enquanto dávamos tempo para outros companheiros chegarem. Nesse momento, pudemos considerar o livre-arbítrio como o instrumento de criação do mal, uma vez que com ele podemos optar por fazer ou não fazer o bem, daí decorrendo o mal. Se Deus criou somente o bem, o mal não tem portanto existência real, sendo efeito da invigilância e da desobediência do homem quanto ao cumprimento das leis divinas. Por isso Marilda, recorrendo a O Livro dos Espíritos, lembrou-nos que o mal, no entendimento dos Espíritos Superiores, mais não é que a desobediência à Lei de Deus.
Assim, após breve reflexão, tiveram início os comentários, precedidos por uma história contada pelo Coordenador e tirada de um livro do Espírito Bittencourt Sampaio (psicografia de Divaldo Franco), com o intuito de facilitar o entendimento do tema: o equipamento de som do salão doutrinário de determinado Centro Espírita estava sendo testado e o engenheiro experimentava o microfone dizendo "busque Jesus! Busque Jesus!"; nisso, adentra o espaço um homem em visível estado de perturbação segurando um revólver e pergunta: "Quem falou pra buscar Jesus?"; os trabalhadores se exaltam, com medo, mas o engenheiro vai até esse homem para acalmá-lo e ele diz: "Muito obrigado! Eu estava desesperado pelo desemprego e por não poder sustentar minha família, disposto a dar cabo de minha vida. Quando ouvi você pedir que buscasse Jesus percebi que ainda não tinha tentado esse caminho e minha esperança retornou. Muito obrigado!".
Tomando a palavra, Marilene comparou a lição de Boa Nova com a aquela abordada no sábado anterior, do livro Momentos de Saúde e de Consciência (Joanna de Ângelis - Divaldo Franco), sobre "A tragédia do ressentimento" e disse que "precisamos, antes de cobrar do outro - e não temos competência para isso -, modificar nossas ações"; para ela, sem nos deixarmos ver como oportunidade de mudança não passaremos nada de útil para o outro; a companheira disse também "que tudo passa pelo processo da vontade e da ação que devemos imprimir em nosso cotidiano", sendo que o que construímos intimamente responderá por nós amanhã.
Luiza revelou trabalhar diariamente em seu autoaperfeiçoamento, principalmente no seio da família, onde vê pessoas bastante diferentes umas das outras, tornando tão difícil quanto estimulante o convívio, primeiro com os filhos e, agora, também com os netos; segundo ela, os conflitos que experimenta estão circunscritos ao lar, porquanto do lado de fora respeita as pessoas e tenta se comportar de acordo com as leis de Deus. Valquíria tentou ater-se ao tema dizendo que semelhante atrai semelhante e também referiu-se à situação familiar, comentando o que chamou de perturbação de seu marido, além de outros parentes problemáticos: "Tenho que ter muita paciência para tolerar essas coisas", afirmou, acrescentando que tem se lembrado muito do lema adotado pelo Grupo este ano - Equilíbrio e Superação.
Railza começou dizendo não ter gostado da consigna, "que faz a gente considerar o que é bem e o que é mal", citando em seguida recente conversa com uma vizinha que a fez refletir sobre se é mal ou bem o que faz, geralmente sem querer; ela diz que se dispõe a rezar por todos, no culto do Evangelho  no lar, especialmente por um menino de rua que vive próximo de sua casa: "Faço o que Jesus ensina, esclarecendo os bichos brabos dentro de mim para auxiliar os que estão perto de mim", disse, acrescentando ter ainda o olhar egoísta, "mas estou lutando comigo mesma", frisou, recordando uma das frase de Humberto de Campos em seu texto: "Abraça sempre o teu irmão", salientando que está fazendo isso.
A seu turno, Marlene observou que o relato de Boa Nova fê-la recordar da conto intitulado "O menino, o velho e o burro", aproveitando-o como metáfora para sua mudança comportamental: "Resolvi não agradar mais aos outros; agora questiono as ideias que me incutem na cabeça, procurando identificar quem sou, o que quero e como quero, escapando das influências e encarnados e desencarnados, até que me provem que estou errada", afirmou, acrescentando que tal exercício é parte de seu trabalho que objetiva vencer as próprias imperfeições. Último a falar, Egnaldo salientou que é preciso ter atenção redobrada, "porque o mal age com sutileza".
No fechamento do trabalho, Marilda fez-nos relembrar a questão 629 de O Livro dos Espíritos, informando sobre a moral, a regra de bem proceder que nos recomenda cumprir as leis de Deus, de forma que ela ressaltou outra frase-orientação do Autor Espiritual: "Cuida de ti e ama teu próximo". Depois, Jaciara fez o agradecimento, lendo uma versão do Pai-Nosso.

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Que diabo é isso?

"A luta contra o mal" foi o capítulo-tema escolhido por Marilda, no livro Boa Nova (Humberto de Campos, Espírito e Chico Xavier, médium), para o trabalho a ser apresentado neste sábado, 12 de setembro. Os participantes do Grupo Jesus de Nazaré terão oportunidade de, mais uma vez, reavaliar o próprio comportamento em razão de nossa convivência, muitas vezes inconsciente ou irrefletida, com os Espíritos desencarnados. Como estamos às voltas com espíritos bons e menos bons, e também porque somos influenciados por eles quanto os influenciamos igualmente - aqueles na mesma faixa vibratória que a nossa, ou inferior -, essa autoavaliação é sempre pertinente, para entendermos se estamos mesmo trilhando o caminho do meio na prática do bem, desprezando os convites do mal. Depois, em razão desse tema, haveremos de convir que nem sempre o diabo é tão feio quanto se pinta...

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

E a felicidade?

Deu muito "pano para manga" a abordagem do capítulo de Momentos de Saúde e de Consciência referente à "tragédia do ressentimento", no âmbito do Grupo, no sábado 5 de setembro. A reunião foi marcada pelo retorno de Marilene, recuperada de um infarto. Além dela e deste Coordenador, também estiveram presentes Creuza, Marilda, Luiza, Fernando, Roberto, Cristiano, as duas Reginas, Nilza, Valquíria, Marlene, Waldelice e Lígia. Como era de se esperar, as ponderações judiciosas do Espírito Joanna de Ângelis ("O ressentimento é responsável por muitas tragédias do cotidiano", diz ela) corresponderam magnificamente com o tópico de O Evangelho Segundo o Espiritismo intitulado "A felicidade não é deste mundo" (Cap. V - "Bem-aventurados os aflitos"), levando-nos a considerar que quem se mantém guardando mágoa e ressentimentos adia indefinidamente seu encontro com a pretendida felicidade.
Como sempre, primeiro procedemos à leitura do texto de Joanna e depois ouvimos os comentários que se sucederam à breve explanação do Coordenador, para quem todos nós, Espíritos encarnados, fazemos, na Terra, uma jornada solitária e silenciosa na direção do objetivo - o crescimento espiritual -, de modo que não temos nada com a vida dos outros nem ninguém tem nada com o modo como caminhamos; no entanto, atuamos na coletividade, de forma que devemos colaborar uns com os outros sem perder de vista o objetivo; assim, vamos nos atritar uns com os outros e esse atrito provocará ferimentos e dor, tanto em nós quanto nos outros e por isso devemos perdoar quem nos fira e pedir perdão quando percebermos que ferimos alguém e continuar nossa marcha para frente e para o alto. Guardar ressentimentos, portanto, é paralisar nossa caminhada, mantendo-nos presos à situação dolorosa por tempo demasiado.
Quem primeiro falou foi Regina Gomes, que tinha levado sua netinha, dizendo que temos o hábito de esperar respostas positivas do outro e quando ela não vem criamos o ressentimento; ela considerou que isso se observa principalmente no âmbito da família e citou seus filhos; disse também que o diálogo é sempre possível, embora não seja fácil estabelecê-lo: "Estou buscando isso", salientou, acrescentando que as mães são mais propensas a esse tipo de experiência. Por sua vez, Fernando, referindo sua audição diminuída, argumentou que só ouve o que quer ouvir, salientando, em seguida, que a mensagem da Benfeitora espiritual é clara e lógica, que Joanna diagnostica a enfermidade e depois dá a receita para a cura.
Para Valquíria, essas lições indicam o que é correto fazer, "mas eu me lembro das coisas (que me fizeram) e sinto mágoa; tenho me trabalhado, tentando não ceder à vingança, lutando para não me deixar levar ao ressentimento"; nesses momentos, disse ela, "paro, oro e agradeço a Deus por ter aquelas pessoas em minha vida e busco o perdão para mim". Já Luiza declarou ter passado por muitos ressentimentos, guardou mágoa e talvez por causa disse experimentou por duas vezes o drama da depressão; segundo afirmou, foi lendo as mensagens dos Espíritos que pôde analisar a própria vida e perceber que o ressentimento não leva a nada de proveitoso: "Depois que fiz isso, tenho estado bem melhor, não me deixo mais atingir pelas ações dos outros", ressaltou.
Depois foi a vez de Creuza ponderar que temos muitas expectativas em relação ao outro, assim como fazem as mães com seus filhos, de modo que estes, manifestando-se de um modo que é visto quase sempre como ingratidão, não o fazem para magoar os pais, mas porque precisam crescer, fazendo as próprias escolhas; não gostamos disso - afirmou - porque contrariam nossos valores e assim reagimos mostrando nosso preconceito: "O problema está em nós", salientou a companheira, acrescentando que, porque nos ressentimos dessa dificuldade, guardamos mágoa, nascida do desejo de poder dominar os filhos e os outros: "Mas são dificuldades nossas e somos tão burros que envenenamos a nós mesmos, ao ponto de adoecermos e termos de ser, algumas vezes, submetidos a cirurgias"...
O Coordenador, nesse momento, recordou um axioma que se repete amiúde nas exposições da Doutrina Espírita, dando conta de que se alguém não gosta de nós, o problema é dele; mas se nós não gostamos de alguém, o problema passa a ser nosso; disse ele, também que comumente nos ressentimos justamente daqueles de quem mais gostamos e dizem gostar de nós, de forma que a recomendação final de Joanna de Ângelis deve merecer mais atenção por parte de cada um dos integrantes do "Jesus de Nazaré": "Vive, pois, sem mágoas. Depura-te. Ressentimento, nunca".
"Eu cultivo muito o ressentimento", confessou Marilene, salientando que sua caminhada tem sido difícil, recordando a propósito sua recente enfermidade, que a levou ao hospital: "A vida puxou meu tapete agora e tenho refletido muito sobre isso; preciso internalizar essa mudança, transformando as causas injustas do que acolho", disse ela, referindo sua provação familiar; mas, para ela, nesse sentido, fica uma importante reflexão a considerar: "O que deixei de fazer para ter hoje esse tipo de relação que me desagrada?" Ela sabe, a tal respeito, que as uniões não acontecem por acaso e por essa razão nossa companheira se pergunta: "Estou fazendo o que devo fazer?"
Em defesa de Marilene, Creuza salientou que ninguém muda ninguém, só podemos mudar nossa relação com o outro. E Roberto, por seu turno, declarou que o ressentimento e o perdão são parentes próximos que não se conhecem, sendo dever nosso fazer a apresentação do outro quando o primeiro aparecer. Depois disso, a Coordenação realizou a leitura do item 20 do Cap. V de O Evangelho Segundo o Espiritismo, "A felicidade não é desse mundo", após o que Creuza considerou ser essa mensagem do Espírito Cardeal Morlot a contradita do ressentimento. Assim, Valquíria reparou que "felicidade é estar pleno de tudo, sem aborrecimento; é estar zen", ao passo que Regina Gomes observou que não somos felizes porque "estamos sempre barganhando as coisas espirituais".


quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Sentimentos na marcha à ré

O capítulo 11 do livro Momentos de Saúde e de Consciência (Joanna de Ângelis, por Divaldo Franco) recebeu o título de "A tragédia do ressentimento" e estará sob abordagem neste sábado, 5 de setembro, no âmbito do "Jesus de Nazaré". Certamente encontraremos nessa leitura a ponte para a compreensão do item 20 do Cap. V de O Evangelho Segundo o Espiritismo ("Bem-aventurados os aflitos"), intitulado "A felicidade não é deste mundo". E como poderia ser, se em nosso mundo ainda há espaço para ressentimentos, causa de muitas tragédias na vida de relação, atormentando muita gente? Esse item é mensagem do cardeal Morlot, nominado François-Nicolas-Madeleine, que Allan Kardec aproveitou na terceira obra da Codificação para nos alertar sobre drama íntimos que nós próprios provocamos a assim atrasamos nosso progresso espiritual, além de levarmos prejuízo para outros.
Vamos refletir?