As 18 pessoas que compareceram ao trabalho do sábado, 18 de julho, tiveram a oportunidade de reavaliar o potencial da fé de cada um, especialmente em relação ao Espiritismo, durante o trabalho realizado por Regina Mendes, sobre "O testemunho de Tomé", capítulo do livro Boa Nova (Humberto de Campos/Irmão X, psicografia de Chico Xavier). Além deste escriba, também coordenador do Grupo de Estudo Jesus de Nazaré, e Regina, estavam presentes, Creuza, Railza, Valquíria, Waldelice, Roberto, Cristiano, Fernando, Lígia, Nilza, Egnaldo, Eliene, Magali, Isabel, Marilene, Jaciara e Quito.
Como de hábito, primeiro leu-se o texto, no qual o autor espiritual apresenta o apóstolo que, dentre outros fatos, não acreditou na ressurreição de Jesus e precisou tocar-lhe as chagas para admitir a imortalidade do Espírito. Irmão X também ressalta a dificuldade de Tomé em compreender e aceitar a missão abnegada do Mestre galileu e pretendia buscas o beneplácito dos poderosos do mundo para a disseminação da mensagem evangélica. Ao final de leitura, Regina simplesmente pediu aos participantes que comentassem o argumento de Humberto de Campos ressaltando o que mais chamou a atenção no texto.
Primeira a falar, Valquíria observou a paciência de Jesus para com Tomé. Jaciara, afirmando que se identificou com o apóstolo, disse lembrar-se de seu comportamento anterior ao conhecimento do Espiritismo, quando duvidava de tudo: "Esse texto me tocou demais", revelando que muitas sensações se lhe despertaram, acreditando se um chamamento. Já Egnaldo declarou que o exposto pelo autor espiritual era "a prova da capacidade de alguém": "Tomé tinha razão em ser objetivo com Jesus, que não estava interessado em se exibir fazendo milagres", completou.
Nesse momento Creuza interveio para perguntar: "Todos nós acreditamos no Espiritismo, ao ponto de mantermos a fé nas horas de maior dificuldade?" Em resposta, Isabel argumentou que "o crescimento nos faz crescer" e Railza pontuou que Tomé vinha em seu processo de crescimento, consolidado quanto Jesus o convidou para tocar suas chagas. Voltando a falar, Creuza afirmou que importa nos darmos conta de nossa fé vacilante, salientando que, do ponto de vista da teoria, "temos tudo arrumadinho na mente, mas na hora de exemplificar a Doutrina, de dar o testemunho..."
Segundo Quito, a Doutrina Espírita nos dá um conforto que certamente muitos não têm: "Sabemos que estamos muito bem acompanhados, mas a fé é reduzida", disse. Para Creuza, embora nos digamos espiritualistas, é o materialismo que ainda nos conduz, como dirigiu Tomé, que queria o Evangelho sob os auspícios dos poderosos. Marilene declarou ainda não ter a fé muito sólida: "Estou me trabalhando", disse, relatando um problema de saúde para cuja solução pede a Deus para ter coragem e sabedoria, "para viver qualquer testemunho com fé, com a certeza de que é o melhor para mim". Quanto à semeadura em casa, ela disse não se culpar pela opção das filhas, que não seguem a Doutrina Espírita: "Fiz minha parte", observou.
Railza observou que, se estivesse pronta, "eu não estaria aqui, nessa disciplina", enquanto Eliene considerou que "no momento desesperador nem lembramos de Deus e até blasfemamos", salientando que "isso é da condição humana". Por sua vez, Roberto recordou mensagem mediúnica lida recentemente, reparando que ou estamos equivocados ou a Doutrina está certa, porquanto o autor da referida mensagem, afirmando-se espírita, via-se na retaguarda, ao passo que muitos profitentes de outros credos e até ateus se encontravam bem adiantados no tocante ao progresso espiritual.
Voltando a falar, Quito ressaltou as vezes em que teve de ser submetido a cirurgias, dizendo que em todas elas sabia não estar só, mantendo-se confiante apesar dos comentários "terroristas" de parentes e amigos encarnados. Eliene aproveitou e disse que, em questão de fé, não duvida do Criador, tanto no aspecto de saúde quanto no material: "Pela fé, sei que tudo se resolve". Já Valquíria salientou que "como educadora e espírita, damos coisas desnecessárias às crianças no momento em que elas começam a viver a encarnação, mas devemos oferecer o imprescindível, a orientação religiosa". Magali começou inquisitiva, perguntando "até quando ficaremos lendo o Evangelho sem vivê-lo?", para justificar essa condição tão nossa conhecida: "Nossa caminhada é aos pouquinhos..." Nessa pegada, Cristiano salientou ser um espírita "orelha-seca, aquele que nada sabe".
Chegada a vez de encerrar a atividade, Regina observou que o texto abordado chama-nos a um entendimento maior, sendo envolvente e até emocionante; para ela, o destaque é a sensibilidade de Humberto de Campos, Espírito, que traça o perfil de Tomé sem criticar o comportamento desse apóstolo. Em seguida, ela convidou-nos a conhecer o texto do Espírito Hamed sobre o assunto, no capítulo intitulado "O grão de mostarda", constante do livro Renovando Atitudes, psicografia de Francisco do Espírito Santo Neto: "É um texto técnico", disse ela, "que nos informa sobre o que é a fé que remove montanhas, ao contrário da nossa, ainda muito frágil". Como seu trabalho vai continuar no próximo sábado, dia 25 de julho, Regina solicitou à turma que lesse os primeiros tópicos do Cap. XX de O Evangelho Segundo o Espiritismo e por fim fez a leitura da mensagem do Espírito Irmã Rafaela intitulada "O chamado", constante do livro homônimo do escritor espírita Francisco Muniz:
O chamado
(Irmã Rafaela, Espírito)
Que tenho eu de mim para ofertar, Senhor? Por que recorres a mim? Como Pedro, não tenho ouro nem prata. Ao contrário de Paulo, não tenho o amor que supre a falta de virtudes; como Tomé, minha fé é ainda vacilante; como muitos que passaram pelo sacrifício, ainda temo...
Que tenho, Senhor, para te dar? Por que confias em mim? Eu ando por caminhos escusos, ando mesmo em trevas, mas me acenas com tua luz. Ainda trilho os caminhos da indiferença, alheio aos irmãos caídos, mas me apontas a oportunidade do serviço; ainda me vejo desatento quanto à realidade divina, mas me mostras a razão do compromisso...
Por que a mim, Senhor? Por que eu? Que tenho eu para te dar? Ao contrário de Pedro, não tenho talento para a pesca; oposto de João, a vida mística não me atrai; assim como Judas, eu também te trairia... por que me chamas, Senhor, que tenho eu para te dar?
E no entanto me chamas, Senhor, parece que confias em mim - e isto me confunde. Que vês em mim que não percebo? Será que meus erros, minha imperícia e minha incúria não te incomodam? Meu egoísmo e meu orgulho, tão grandes, não te assustam? Não sou dos teus, Senhor, e me queres mesmo assim? Por que me chamas?
Oh, compreendo! Agora compreendo...
Sim, minhas feridas, minha dor, tu as queres curar! Senhor, isto muito me comove, mas não sou digno de teu apreço... Sim, isto não te importa, pois o médico não quer saber quem é o doente, só quer ajudá-lo. Oh, Senhor, cura-me então! Eu te peço - e te dou minha enfermidade, minha alma enferma para que a cures!...
Como de hábito, primeiro leu-se o texto, no qual o autor espiritual apresenta o apóstolo que, dentre outros fatos, não acreditou na ressurreição de Jesus e precisou tocar-lhe as chagas para admitir a imortalidade do Espírito. Irmão X também ressalta a dificuldade de Tomé em compreender e aceitar a missão abnegada do Mestre galileu e pretendia buscas o beneplácito dos poderosos do mundo para a disseminação da mensagem evangélica. Ao final de leitura, Regina simplesmente pediu aos participantes que comentassem o argumento de Humberto de Campos ressaltando o que mais chamou a atenção no texto.
Primeira a falar, Valquíria observou a paciência de Jesus para com Tomé. Jaciara, afirmando que se identificou com o apóstolo, disse lembrar-se de seu comportamento anterior ao conhecimento do Espiritismo, quando duvidava de tudo: "Esse texto me tocou demais", revelando que muitas sensações se lhe despertaram, acreditando se um chamamento. Já Egnaldo declarou que o exposto pelo autor espiritual era "a prova da capacidade de alguém": "Tomé tinha razão em ser objetivo com Jesus, que não estava interessado em se exibir fazendo milagres", completou.
Nesse momento Creuza interveio para perguntar: "Todos nós acreditamos no Espiritismo, ao ponto de mantermos a fé nas horas de maior dificuldade?" Em resposta, Isabel argumentou que "o crescimento nos faz crescer" e Railza pontuou que Tomé vinha em seu processo de crescimento, consolidado quanto Jesus o convidou para tocar suas chagas. Voltando a falar, Creuza afirmou que importa nos darmos conta de nossa fé vacilante, salientando que, do ponto de vista da teoria, "temos tudo arrumadinho na mente, mas na hora de exemplificar a Doutrina, de dar o testemunho..."
Segundo Quito, a Doutrina Espírita nos dá um conforto que certamente muitos não têm: "Sabemos que estamos muito bem acompanhados, mas a fé é reduzida", disse. Para Creuza, embora nos digamos espiritualistas, é o materialismo que ainda nos conduz, como dirigiu Tomé, que queria o Evangelho sob os auspícios dos poderosos. Marilene declarou ainda não ter a fé muito sólida: "Estou me trabalhando", disse, relatando um problema de saúde para cuja solução pede a Deus para ter coragem e sabedoria, "para viver qualquer testemunho com fé, com a certeza de que é o melhor para mim". Quanto à semeadura em casa, ela disse não se culpar pela opção das filhas, que não seguem a Doutrina Espírita: "Fiz minha parte", observou.
Railza observou que, se estivesse pronta, "eu não estaria aqui, nessa disciplina", enquanto Eliene considerou que "no momento desesperador nem lembramos de Deus e até blasfemamos", salientando que "isso é da condição humana". Por sua vez, Roberto recordou mensagem mediúnica lida recentemente, reparando que ou estamos equivocados ou a Doutrina está certa, porquanto o autor da referida mensagem, afirmando-se espírita, via-se na retaguarda, ao passo que muitos profitentes de outros credos e até ateus se encontravam bem adiantados no tocante ao progresso espiritual.
Voltando a falar, Quito ressaltou as vezes em que teve de ser submetido a cirurgias, dizendo que em todas elas sabia não estar só, mantendo-se confiante apesar dos comentários "terroristas" de parentes e amigos encarnados. Eliene aproveitou e disse que, em questão de fé, não duvida do Criador, tanto no aspecto de saúde quanto no material: "Pela fé, sei que tudo se resolve". Já Valquíria salientou que "como educadora e espírita, damos coisas desnecessárias às crianças no momento em que elas começam a viver a encarnação, mas devemos oferecer o imprescindível, a orientação religiosa". Magali começou inquisitiva, perguntando "até quando ficaremos lendo o Evangelho sem vivê-lo?", para justificar essa condição tão nossa conhecida: "Nossa caminhada é aos pouquinhos..." Nessa pegada, Cristiano salientou ser um espírita "orelha-seca, aquele que nada sabe".
Chegada a vez de encerrar a atividade, Regina observou que o texto abordado chama-nos a um entendimento maior, sendo envolvente e até emocionante; para ela, o destaque é a sensibilidade de Humberto de Campos, Espírito, que traça o perfil de Tomé sem criticar o comportamento desse apóstolo. Em seguida, ela convidou-nos a conhecer o texto do Espírito Hamed sobre o assunto, no capítulo intitulado "O grão de mostarda", constante do livro Renovando Atitudes, psicografia de Francisco do Espírito Santo Neto: "É um texto técnico", disse ela, "que nos informa sobre o que é a fé que remove montanhas, ao contrário da nossa, ainda muito frágil". Como seu trabalho vai continuar no próximo sábado, dia 25 de julho, Regina solicitou à turma que lesse os primeiros tópicos do Cap. XX de O Evangelho Segundo o Espiritismo e por fim fez a leitura da mensagem do Espírito Irmã Rafaela intitulada "O chamado", constante do livro homônimo do escritor espírita Francisco Muniz:
O chamado
(Irmã Rafaela, Espírito)
Que tenho eu de mim para ofertar, Senhor? Por que recorres a mim? Como Pedro, não tenho ouro nem prata. Ao contrário de Paulo, não tenho o amor que supre a falta de virtudes; como Tomé, minha fé é ainda vacilante; como muitos que passaram pelo sacrifício, ainda temo...
Que tenho, Senhor, para te dar? Por que confias em mim? Eu ando por caminhos escusos, ando mesmo em trevas, mas me acenas com tua luz. Ainda trilho os caminhos da indiferença, alheio aos irmãos caídos, mas me apontas a oportunidade do serviço; ainda me vejo desatento quanto à realidade divina, mas me mostras a razão do compromisso...
Por que a mim, Senhor? Por que eu? Que tenho eu para te dar? Ao contrário de Pedro, não tenho talento para a pesca; oposto de João, a vida mística não me atrai; assim como Judas, eu também te trairia... por que me chamas, Senhor, que tenho eu para te dar?
E no entanto me chamas, Senhor, parece que confias em mim - e isto me confunde. Que vês em mim que não percebo? Será que meus erros, minha imperícia e minha incúria não te incomodam? Meu egoísmo e meu orgulho, tão grandes, não te assustam? Não sou dos teus, Senhor, e me queres mesmo assim? Por que me chamas?
Oh, compreendo! Agora compreendo...
Sim, minhas feridas, minha dor, tu as queres curar! Senhor, isto muito me comove, mas não sou digno de teu apreço... Sim, isto não te importa, pois o médico não quer saber quem é o doente, só quer ajudá-lo. Oh, Senhor, cura-me então! Eu te peço - e te dou minha enfermidade, minha alma enferma para que a cures!...
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