A proposta do estudo do sábado, 6 de junho, enfocando o comportamento do apóstolo Judas, segundo o esclarecimento de Carminha, condutora da atividade, era menos julgar e mais fazer-nos compreender as motivações do "discípulo iludido", de conformidade com o texto de Humberto de Campos, autor espiritual da obra Boa Nova, psicografada pelo médium Francisco (Chico) Cândido Xavier. Além da própria Carminha e do coordenador do "Jesus de Nazaré", Francisco, estiveram presentes também Maria Luiza, Valquíria, Marilda, Marlene, Nilza, Magali, Waldelice, Roberto, Regina Mendes, Fernando,Cristiano, Quito e Iva. O trabalho seguiu, após a necessária leitura do texto, com a separação da turma em subgrupos que tiveram por dever a reflexão sobre esta consigna: "Partindo do princípio de que Jesus disse: Quem tem olhos de ver, veja; quem tem ouvidos de ouvir, ouça, como analisar o comportamento ilusório de Judas? - 1 - Pela autoridade que ele tinha por ser tesoureiro do grupo. 2 - Pela ambição de tomar o poder." Depois disso, os participantes passaram a partilhar suas impressões.
Regina Mendes disse que teve de fazer uma projeção do que Judas passou sendo discípulo de Jesus, participando daquele aprendizado e acompanhando o Mestre, mas colocando-se pelo imediatismo, usando seu poder como tesoureiro, que é até hoje um cargo de grande responsabilidade. Judas, continuou a companheira, manifestou egoismo em duas situações: na execução de seus planos, justificados pelo que ele julgava ser um bom propósito, e na traição, cometendo suicídio, ao conscientizar-se de que o resultado foi contrário a suas pretensões. "Jesus pede-nos fidelidade a suas propostas", acrescentou Regina, observando que Judas se desviou das recomendações do Messias ao ter o poder nas mãos... Já Waldelice argumentou que Judas não queria ser maior que Jesus, mas achou que, no poder em Israel, faria o Messias ter maior destaque, principalmente entre os poderosos da época; o apóstolo, em razão dessa ingenuidade, foi traído também, disse ela, de modo que Judas se entristeceu ao ver seus planos serem derrotados daquela forma.
Valquíria destacou o tirocínio de Judas: "O tesoureiro traçou as metas, que só são alcançadas se houver dinheiro em caixa", salientando que o apóstolo financiava os deslocamentos do grupo, administrando valores e estabelecendo a logística das peregrinações de Jesus, cumprindo o programa traçado pelo Mestre. No entanto, disse ela, Judas trabalhava com uma "energia muito pesada", de modo que em Jerusalém, "a cidade do poder", ele viu chance de executar seus planos. Para a companheira, não só a questão moral devemos observar no episódio, porquanto o apóstolo lidava com as circunstâncias do momento, e ainda sofria um drama profundo em sua alma: queria as coisas que sua ambição lhe ditava e amava muito a Jesus. Judas, afirmou Valquíria, era culto, inteligente e pensava articular-se com os poderosos de Israel, mas não esperava ser traído e assim ficou perdido...
Em seguida, Roberto considerou que aparentemente Judas não participava conscientemente das orientações ministradas pelo Cristo, o que explicaria o fato de abrigar esses planos imediatistas, até a decepção no final. Para o companheiro, os ensinos de Jesus preconizavam tanto o progresso horizontal quanto o vertical, mas Judas só via as coisas do mundo. Na opinião de Quito, Judas era "um peixe fora d'água", estava no grupo dos 12 mas não tinha envolvimento nem sentimento de pertencimento. Luiza, porém, argumentou que Judas "já veio com a missão de fazer algo junto a Jesus", mas o fez, segundo ela, de modo diferente da combinação prévia, "e depois ele se arrependeu"...
"Ele não manifestou as qualidades propostas por Jesus", ponderou Marlene, acrescentando que Judas tinha o desejo do poder e queria mobilizar o povo mais esclarecido, vendo que os pobres e doentes não ajudariam seus planos embora Jesus os preferisse ("Eu não vim para os sãos, mas para os doentes..."). Com os poderosos de plantão ele julgava obter esse respaldo, a fim de libertar Israel do domínio de Roma: "Mas teve a petulância de colocar Jesus como seu subalterno, sem perceber que lidava com pessoas que não mereciam confiança. Foi um lunático" - sentenciou. Para Fernando, Judas enxergava, mas não via; escutava, mas não ouvia, e o resultado foi "um tiro no pé".
Cristiano, a seu turno, fez um questionamento: "Como seria essa história sem Judas?"; para ele, o apóstolo equivocado fez algo muito interessante: "Essa mensagem do Cristo não teria como ser difundida sem esse "tiro no pé", salientando discordar desse determinismo "tinha que ser assim". Judas tinha seu próprio jeito de pensar, de enxergar as coisas, mas talvez não tivesse como entender a proposta de Jesus, completou. Já Marilda disse acreditar que a compreensão de Judas acerca dos ensinos do Mestre correspondia a suas pretensões pessoais, de forma que distorcia as lições de Jesus, a quem ele amava, embora se comportasse como um homem do mundo, cego em sua ambição de tomar o poder, "porque o poder cega", afirmou.
No fechamento da atividade, que será retomada no próximo encontro, Carminha citou o texto do EADE que informa sobre Judas, dizendo que a personalidade dele era marcada pela ambição e pela vaidade. Ela salientou também que quando Jesus escolhe seus discípulos mais diretos inclui Judas entre eles; segundo a companheira, o apóstolo trazia com ele essa facilidade de "entregar" o Messias ao chegar o momento do sacrifício de Jesus. A ânsia política de Judas se explicava por seu desejo de libertar seu povo do domínio romano e para tanto, disse ela, ele se valeria da importância que o Mestre detinha perante o povo e somente quando Jesus é condenado e sentenciado à morte na cruz é que Judas se dá conta da profundidade das palavras do Cristo: "Meu reino não é deste mundo...".
Regina Mendes disse que teve de fazer uma projeção do que Judas passou sendo discípulo de Jesus, participando daquele aprendizado e acompanhando o Mestre, mas colocando-se pelo imediatismo, usando seu poder como tesoureiro, que é até hoje um cargo de grande responsabilidade. Judas, continuou a companheira, manifestou egoismo em duas situações: na execução de seus planos, justificados pelo que ele julgava ser um bom propósito, e na traição, cometendo suicídio, ao conscientizar-se de que o resultado foi contrário a suas pretensões. "Jesus pede-nos fidelidade a suas propostas", acrescentou Regina, observando que Judas se desviou das recomendações do Messias ao ter o poder nas mãos... Já Waldelice argumentou que Judas não queria ser maior que Jesus, mas achou que, no poder em Israel, faria o Messias ter maior destaque, principalmente entre os poderosos da época; o apóstolo, em razão dessa ingenuidade, foi traído também, disse ela, de modo que Judas se entristeceu ao ver seus planos serem derrotados daquela forma.
Valquíria destacou o tirocínio de Judas: "O tesoureiro traçou as metas, que só são alcançadas se houver dinheiro em caixa", salientando que o apóstolo financiava os deslocamentos do grupo, administrando valores e estabelecendo a logística das peregrinações de Jesus, cumprindo o programa traçado pelo Mestre. No entanto, disse ela, Judas trabalhava com uma "energia muito pesada", de modo que em Jerusalém, "a cidade do poder", ele viu chance de executar seus planos. Para a companheira, não só a questão moral devemos observar no episódio, porquanto o apóstolo lidava com as circunstâncias do momento, e ainda sofria um drama profundo em sua alma: queria as coisas que sua ambição lhe ditava e amava muito a Jesus. Judas, afirmou Valquíria, era culto, inteligente e pensava articular-se com os poderosos de Israel, mas não esperava ser traído e assim ficou perdido...
Em seguida, Roberto considerou que aparentemente Judas não participava conscientemente das orientações ministradas pelo Cristo, o que explicaria o fato de abrigar esses planos imediatistas, até a decepção no final. Para o companheiro, os ensinos de Jesus preconizavam tanto o progresso horizontal quanto o vertical, mas Judas só via as coisas do mundo. Na opinião de Quito, Judas era "um peixe fora d'água", estava no grupo dos 12 mas não tinha envolvimento nem sentimento de pertencimento. Luiza, porém, argumentou que Judas "já veio com a missão de fazer algo junto a Jesus", mas o fez, segundo ela, de modo diferente da combinação prévia, "e depois ele se arrependeu"...
"Ele não manifestou as qualidades propostas por Jesus", ponderou Marlene, acrescentando que Judas tinha o desejo do poder e queria mobilizar o povo mais esclarecido, vendo que os pobres e doentes não ajudariam seus planos embora Jesus os preferisse ("Eu não vim para os sãos, mas para os doentes..."). Com os poderosos de plantão ele julgava obter esse respaldo, a fim de libertar Israel do domínio de Roma: "Mas teve a petulância de colocar Jesus como seu subalterno, sem perceber que lidava com pessoas que não mereciam confiança. Foi um lunático" - sentenciou. Para Fernando, Judas enxergava, mas não via; escutava, mas não ouvia, e o resultado foi "um tiro no pé".
Cristiano, a seu turno, fez um questionamento: "Como seria essa história sem Judas?"; para ele, o apóstolo equivocado fez algo muito interessante: "Essa mensagem do Cristo não teria como ser difundida sem esse "tiro no pé", salientando discordar desse determinismo "tinha que ser assim". Judas tinha seu próprio jeito de pensar, de enxergar as coisas, mas talvez não tivesse como entender a proposta de Jesus, completou. Já Marilda disse acreditar que a compreensão de Judas acerca dos ensinos do Mestre correspondia a suas pretensões pessoais, de forma que distorcia as lições de Jesus, a quem ele amava, embora se comportasse como um homem do mundo, cego em sua ambição de tomar o poder, "porque o poder cega", afirmou.
No fechamento da atividade, que será retomada no próximo encontro, Carminha citou o texto do EADE que informa sobre Judas, dizendo que a personalidade dele era marcada pela ambição e pela vaidade. Ela salientou também que quando Jesus escolhe seus discípulos mais diretos inclui Judas entre eles; segundo a companheira, o apóstolo trazia com ele essa facilidade de "entregar" o Messias ao chegar o momento do sacrifício de Jesus. A ânsia política de Judas se explicava por seu desejo de libertar seu povo do domínio romano e para tanto, disse ela, ele se valeria da importância que o Mestre detinha perante o povo e somente quando Jesus é condenado e sentenciado à morte na cruz é que Judas se dá conta da profundidade das palavras do Cristo: "Meu reino não é deste mundo...".
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