Neste sábado conseguimos, enfim, concluir o trabalho de fixação dos conhecimentos referentes ao primeiro capítulo de O Evangelho Segundo o Espiritismo - "Não vim destruir a lei" -, através do desenvolvimento da atividade constante de perguntas e respostas (veja abaixo) acerca dos tópicos ali abordados: As Três Revelações (Moisés, Cristo e Espiritismo), Aliança da Ciência e da Religião, e as Instruções dos Espíritos trazendo mensagens sobre A Era Nova. Além dos coordenadores, estavam presentes ao trabalho os companheiros Marlene, Fernanda, Ilca, Nilza, Isabel, Marilene, Roberto, Cristiano, Marilda, Luiza, Fernando, Egnaldo, Valquíria, Regina, Iva, Eliene, Lígia, Jaciara e Waldelice.
Antes de cumprirmos essa atividade propriamente dita, realizamos a leitura seguida de comentários sobre o oitavo capítulo do livro Caminho, Verdade e Vida, no qual o Espírito Emmanuel, através da mediunidade de Chico Xavier, discorre sobre alguns versículos dos textos do Novo Testamento. Desta vez, os comentários desse autor espiritual, sob o título "Jesus veio", versaram sobre a afirmativa do apóstolo Paulo sobre a ação do Cristo enfeixada na epístola aos Filipenses (2:7): "Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens."
A esse respeito, Roberto frisou que "Jesus demonstrou humildade e ser humilde não é se humilhar", salientando que o Filho do Homem soube descer à dimensão dos homens "mesmo sendo um grande Mestre". Para Marlene, nós buscamos desculpas na hora de fazer alguma coisa pelo próximo, enquanto Jesus "colocou-se ao nosso nível para aprendermos com o exemplo dele". Fernando viu no relato de Emmanuel a lição da não arrogância: "Ficamos intranquilos quando alguém não entende o que já sabemos", disse ele, acrescentando que, com seu ato, "Jesus demonstra imenso respeito ao ser humano, ainda bruto em seus costumes e estúpido no entendimento"...
"Jesus atendia a cada um de acordo com as respectivas necessidades", disse Luiza, ponderando que "temos de desenvolver as boas qualidades sem sensacionalismo". Isabel, por sua vez, declarou não ser preciso conhecer o nível evolutivo de ninguém para prestar ajuda: "Nós mesmos não sabemos de nada ainda, estamos engatinhando no conhecimento e precisamos estudar cada vez mais". Segundo Valquíria, "quanto mais a pessoa é espiritualizada, mais simples e humilde ela é; temos que imitar Jesus nisso, porque temos essa capacidade".
A coordenadora Creuza Lage destacou que o propósito de Emmanuel nesse trabalho é mostrar que cada pessoa encontra em Jesus o modelo e o caminho para a conquista do melhor em nós, embora urja perguntarmos: quando é que vamos ao outro? Ela argumentou que, quando nos sentimos superiores a alguém, queremos que os outros venham até nós, criamos condições, expectativas e desculpas. Em razão disso, ela propôs outro questionamento: sou diferente do outro? A reflexão de Marilene seguiu semelhante caminho, fazendo-a perguntar-se: "Jesus veio. E eu?"
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Eis as questões da atividade principal desenvolvida junto aos participantes do Grupo:
Perguntas:
1 – Quais são as três revelações de Deus aos homens, para o Ocidente?
2 – No âmbito das três revelações, onde a lei de Deus aparece mais explicitamente?
3 – Que é o Decálogo?
4 – Qual é a abrangência do Decálogo?
5 – Quem foi Moisés?
6 - Qual o significado dessas palavras de Jesus: “Não vim destruir a lei”?
7 – Quais os mandamentos de Jesus?
8 – Que revelação o Cristo trouxe ao mundo?
9 – O que distingue a segunda da primeira revelação?
10 – Que relação se percebe entre as três revelações?
11 – O que caracteriza o Espiritismo como a terceira revelação?
12 – O que falta para se estabelecer a união entre a Ciência e a Religião?
13 – Qual é a causa do divórcio entre a Ciência e a Religião?
14 – Como o Espírito Israelita conceitua a chegada da Era Nova?
15 – De que modo o Espiritismo responde pela instalação da Era Nova, segundo a opinião de Fénelon?
16 – Por que Santo Agostinho é o maior propagador das ideias espíritas, conforme diz Erasto?
Respostas:
1 – Moisés, o Cristo e o Espiritismo.
2 – No Decálogo recebido por Moisés.
3 – É o conjunto dos dez mandamentos ou leis de Deus aos homens.
4 – “Esta lei é de todos os tempos e de todos os países, e tem, por isso mesmo, um caráter divino.”
5 – Foi o grande profeta do Velho Testamento, o libertador do hebreus do cativeiro no Egito, o médium que recepcionou as leis de Deus e um legislador a cujas leis atribuiu origem divina com o fim de combater os abusos e os preconceitos dos hebreus hauridos na escravidão.
6 – “Ele veio desenvolver a lei de Deus – a Lei de Amor -, dando-lhe seu verdadeiro sentido e apropriando-a ao grau de adiantamento dos homens; por isso se encontra nessa lei o princípio dos deveres para com Deus e para com o próximo, que constituem a base de sua doutrina.”
7 – Principalmente dois: Amar a Deus sobre todas as coisas; e o segundo, semelhante ao anterior: Amar ao próximo como a si mesmo.
8 – “Jesus não foi simplesmente um legislador moralista (...); ele veio cumprir as profecias que haviam anunciado sua vinda; (...) veio ensinar aos homens que a verdadeira vida não está sobre a Terra, mas no reino dos céus; ensinar-lhes o caminho que para lá conduz, os meios de se reconciliar com Deus, e os prevenir sobre a marcha das coisas futuras para o cumprimento dos destinos humanos.”
9 – Enquanto a primeira revelação ficou circunscrita a um povo, a segunda trouxe a abrangência, de acordo com estas palavras de Jesus: “O céu e a terra não passarão antes que tudo seja cumprido até um único jota”, ou seja, “seria preciso que a Lei de Deus recebesse seu cumprimento e fosse praticada sobre toda a Terra, em toda sua pureza, com todos os seus desenvolvimentos e todas as suas consequências; porque de que serviria ter estabelecido essa lei se ela devesse permanecer privilégio de alguns homens ou mesmo de um único povo?”
10 – A primeira revelação traz o conhecimento da Lei de Deus; a segunda vem cumprir essa lei; a terceira vem confirmar esse cumprimento ensinando o que o Cristo ensinou, desenvolvendo, completando e explicando esses ensinamentos em termos claros, quando antes eles foram dados de forma alegórica.
11 – “O Espiritismo é a nova ciência que vem revelar aos homens, por provas irrecusáveis, a existência e a natureza do mundo espiritual, e suas relações com o mundo corporal; ele no-lo mostra, não mais como uma coisa sobrenatural, mas, ao contrário, como uma das forças incessantemente ativas da Natureza (...)”
12 – “Os tempos são chegados em que os ensinamentos do Cristo devem receber seu complemento; em que o véu, lançado propositadamente sobre algumas partes desse ensinamento, deve ser levantado; em que a Ciência, deixando de ser exclusivamente materialista, deve inteirar-se do elemento espiritual, e em que a Religião, cessando de menosprezar as leis orgânicas e imutáveis da matéria, essas duas forças, apoiando-se uma sobre a outra, e andando juntas, se prestarão um mútuo apoio.”
13 – “A incompatibilidade que se acreditava ver entre essas duas ordens de ideias prende-se a um defeito de observação e a muito de exclusivismo de uma parte e da outra; daí um conflito de onde nasceram a incredulidade e a intolerância.”
14 – “São chegados os tempos em que as ideias morais devem se desenvolver para cumprir os progressos que estão nos desígnios de Deus; elas devem seguir o mesmo caminho que as ideias de liberdade percorreram, e que delas eram precursoras. Mas não é preciso crer que esse desenvolvimento se fará sem lutas (...)”
15 – “O Espiritismo é de ordem divina, uma vez que repousa sobre as próprias leis da Natureza, e crede que tudo o que é de ordem divina tem um objetivo grande e útil. Vosso mundo se perdia, a ciência, desenvolvida às expensas do que é de ordem moral, em tudo vos conduzindo ao bem-estar material, revertia em proveito do espírito das trevas. (...) O reino do Cristo, após dezoito (vinte!) séculos, e malgrado o sangue de tantos mártires, ainda não chegou. (...) A revolução que se prepara é antes moral que material (...)”
16 – “Como muitos, foi arrancado ao paganismo, dizemos melhor, à impiedade mais profunda, pelo esplendor da verdade (...). Tornou-se um dos mais firmes sustentáculos do Evangelho. Depois de “perder” sua mãe, Santa Mônica, pronunciou palavras que prenunciavam a futura doutrina. “É por isso que, hoje, vendo chegada a hora para a divulgação da verdade que ele havia pressentido outrora, se fez dela o ardente propagador, e se multiplica, por assim dizer, para responder a todos aqueles que o chamam.
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