"É preciso amar as criaturas mais que a si mesmo, e a Deus mais que às criaturas." Esta frase, atribuída ao Cristo e pronunciada pela Coordenação, iniciou a atividade de sábado, 7 de dezembro. Isabel, Railza, Carminha, Iva, Lígia, Luiza, Egnaldo, Valquíria, Quito, Roberto, Waldelice, Magali, Jaciara, Bonfim, Cristiano, Marilene e Fernando, além do coordenador Francisco estiveram presentes ao trabalho, dedicado todo ele a ouvir Marilda - e claro que ela marcou presença! E para iniciarmos os comentários, relembramos a consigna referente ao entendimento da linguagem do Cristo exatamente em face da "pegadinha" embutida na frase acima, levando-se em consideração que Deus não é um ser à parte de sua Criação, estando presente tanto em cada um de nós quanto em nosso próximo (a redundância é necessária), o que simplifica e ao mesmo tempo complica o entendimento dessa questão.
E foi com essa observação que demos a palavra a Marilda.
Ela começou recordando-nos que toda sua família reside no mesmo prédio de apartamentos mas nem por isso a convivência deixa de apresentar dificuldades. Desde cedo ela teve que se responsabilizar pelas crianças - irmãos menores e sobrinhos -, principalmente depois da desencarnação de sua mãe. Emocionada, Marilda referiu-se aos cuidados, aparentemente inúteis, com um dos sobrinhos que desde a infância manifestava tendência à criminalidade; como ele crescesse sem conserto e, por suas atividades na marginalidade, apresentasse risco à família, ela o convidou, com o coração partido, a deixar a casa. Em pouco o tempo ele sucumbiria, vítima de assassinato. E para aumentar seu drama, nossa companheira comentou que um outro sobrinho demonstra um comportamento semelhante ao do outro, de quem gostava muito e sentia ser correspondida.
Em apoio à companheira, Waldelice propôs incluirmos o nome dos dois sobrinhos de Marilda numa corrente de orações. Marilda declarou sentir-se ainda responsável pelo que aconteceu ao sobrinho, culpando-se por não ter conseguido trazê-lo ao bom caminho e precisou fazer terapia para superar esse trauma, mormente em razão da vergonha perante os vizinhos. A esse respeito, Railza ponderou que nãos e deve ter vergonha pelas escolhas de outrem; no caso que Marilda expôs, disse ela, a família fez tudo o que pôde para orientar o rapaz, de modo que ela não tem culpa alguma pelo desfecho do episódio. Em seguida, essa companheira também relatou um drama parecido com o que Marilda vivenciou com seu sobrinho.
Marilda disse ainda que um dia, quando esse sobrinho frequentava a escola, participou de uma brincadeira com alguns colegas na qual se evocavam espíritos e nessa ocasião saíra correndo, afirmando que havia "muita gente" atrás dele - e passou a ver espíritos quase o tempo todo. Para suavizar a situação, sua tia o levou à Casa de Oração para tomar passes e assistir às reuniões doutrinárias. Tomando a palavra, Valquíria salientou que cada um só dá o que tem: "Somos todos iguais e passamos pelas mesmas fases de aprendizado", explicou, acrescentando que há momentos em que queremos escolher a porta larga e largar tudo: "Mas, e aí? Bezerra de Menezes ainda está por aqui enxugando lágrimas", completou.
Jaciara, por sua vez, questionou sobre o que fazia essa dor fazia no peito de Marilda todo esse tempo (o drama relatado já tem uns dez anos...). Segundo ela, que é jornalista, não imaginamos o que há por trás das tragédias do cotidiano, angustiando famílias inteiras, tanto por parte de vítimas como de algozes. Ela também referiu um episódio semelhante envolvendo um ex-namorado de sua filha, ressaltando que "não temos o poder de mudar o destino dos outros, embora ofereçamos a orientação, a prece e os exemplos". Ao final de suas palavras, salientou que o sentimento de culpa é prejudicial.
Igualmente Isabel apresentou relato de um caso semelhante ocorrido em sua família, como a dizer que nenhum de nós está livre de tais ocorrências, neste mundo de provas e expiações. Falou de uma prima que se envolveu com o mundo das drogas, no Rio de Janeiro, apesar de todas as recomendações familiares, sendo assassinada pelo tráfico, já sendo mãe de duas crianças que tiveram de vir para a Bahia. Uma delas, um rapazinho, também manifestou tendências que o desencaminharam, sem que lhe tivesse faltado a boa condução. "Não é culpa da família quando isso acontece", disse ela, pedindo a Marilda que não se martirize.
Já Marilene afirmou ser digno de louvor o esforço da companheira em querer continuar o padrão familiar estabelecido pela genitora, tentando adequar o sobrinho a essas normas. Segundo ela, "o que Marilda fez de bom ficou com o Espírito", embora "as escolhas do ser são sua prioridade, ele só vê aquilo". Cristiano também teve uma história parecida com a de Marilda para contar e ressaltou que os sentimentos suscitados nele foram semelhantes aos da companheira. Para ele, "a verdade dói, choca, magoa, mas liberta", como ensinou o Cristo.
A seu turno, Roberto considerou se perguntar "o que posso fazer?", recordando que um dia Creuza Lage, antiga coordenadora do Grupo, inquiriu-nos sobre o que fazemos no "Jesus de Nazaré". "Eu respondi para mim mesmo: nada!", disse ele, salientando que, na época, atinha-se a fazer bem sua tarefa profissional; depois é que se vincularia ao trabalho voluntário numa instituição assistencialista, passando a lidar com crianças na segunda infância; esse trabalho, afirmou, despertou sua sensibilidade emotiva ao ler as cartas dos meninos ao "Papai Noel", fazendo-o concluir que jamais seria um assistente social, posto haver muitos dramas a observar e quase nenhum a resolver. No entanto, "cada um faz o que é possível"...
E foi com essa observação que demos a palavra a Marilda.
Ela começou recordando-nos que toda sua família reside no mesmo prédio de apartamentos mas nem por isso a convivência deixa de apresentar dificuldades. Desde cedo ela teve que se responsabilizar pelas crianças - irmãos menores e sobrinhos -, principalmente depois da desencarnação de sua mãe. Emocionada, Marilda referiu-se aos cuidados, aparentemente inúteis, com um dos sobrinhos que desde a infância manifestava tendência à criminalidade; como ele crescesse sem conserto e, por suas atividades na marginalidade, apresentasse risco à família, ela o convidou, com o coração partido, a deixar a casa. Em pouco o tempo ele sucumbiria, vítima de assassinato. E para aumentar seu drama, nossa companheira comentou que um outro sobrinho demonstra um comportamento semelhante ao do outro, de quem gostava muito e sentia ser correspondida.
Em apoio à companheira, Waldelice propôs incluirmos o nome dos dois sobrinhos de Marilda numa corrente de orações. Marilda declarou sentir-se ainda responsável pelo que aconteceu ao sobrinho, culpando-se por não ter conseguido trazê-lo ao bom caminho e precisou fazer terapia para superar esse trauma, mormente em razão da vergonha perante os vizinhos. A esse respeito, Railza ponderou que nãos e deve ter vergonha pelas escolhas de outrem; no caso que Marilda expôs, disse ela, a família fez tudo o que pôde para orientar o rapaz, de modo que ela não tem culpa alguma pelo desfecho do episódio. Em seguida, essa companheira também relatou um drama parecido com o que Marilda vivenciou com seu sobrinho.
Marilda disse ainda que um dia, quando esse sobrinho frequentava a escola, participou de uma brincadeira com alguns colegas na qual se evocavam espíritos e nessa ocasião saíra correndo, afirmando que havia "muita gente" atrás dele - e passou a ver espíritos quase o tempo todo. Para suavizar a situação, sua tia o levou à Casa de Oração para tomar passes e assistir às reuniões doutrinárias. Tomando a palavra, Valquíria salientou que cada um só dá o que tem: "Somos todos iguais e passamos pelas mesmas fases de aprendizado", explicou, acrescentando que há momentos em que queremos escolher a porta larga e largar tudo: "Mas, e aí? Bezerra de Menezes ainda está por aqui enxugando lágrimas", completou.
Jaciara, por sua vez, questionou sobre o que fazia essa dor fazia no peito de Marilda todo esse tempo (o drama relatado já tem uns dez anos...). Segundo ela, que é jornalista, não imaginamos o que há por trás das tragédias do cotidiano, angustiando famílias inteiras, tanto por parte de vítimas como de algozes. Ela também referiu um episódio semelhante envolvendo um ex-namorado de sua filha, ressaltando que "não temos o poder de mudar o destino dos outros, embora ofereçamos a orientação, a prece e os exemplos". Ao final de suas palavras, salientou que o sentimento de culpa é prejudicial.
Igualmente Isabel apresentou relato de um caso semelhante ocorrido em sua família, como a dizer que nenhum de nós está livre de tais ocorrências, neste mundo de provas e expiações. Falou de uma prima que se envolveu com o mundo das drogas, no Rio de Janeiro, apesar de todas as recomendações familiares, sendo assassinada pelo tráfico, já sendo mãe de duas crianças que tiveram de vir para a Bahia. Uma delas, um rapazinho, também manifestou tendências que o desencaminharam, sem que lhe tivesse faltado a boa condução. "Não é culpa da família quando isso acontece", disse ela, pedindo a Marilda que não se martirize.
Já Marilene afirmou ser digno de louvor o esforço da companheira em querer continuar o padrão familiar estabelecido pela genitora, tentando adequar o sobrinho a essas normas. Segundo ela, "o que Marilda fez de bom ficou com o Espírito", embora "as escolhas do ser são sua prioridade, ele só vê aquilo". Cristiano também teve uma história parecida com a de Marilda para contar e ressaltou que os sentimentos suscitados nele foram semelhantes aos da companheira. Para ele, "a verdade dói, choca, magoa, mas liberta", como ensinou o Cristo.
A seu turno, Roberto considerou se perguntar "o que posso fazer?", recordando que um dia Creuza Lage, antiga coordenadora do Grupo, inquiriu-nos sobre o que fazemos no "Jesus de Nazaré". "Eu respondi para mim mesmo: nada!", disse ele, salientando que, na época, atinha-se a fazer bem sua tarefa profissional; depois é que se vincularia ao trabalho voluntário numa instituição assistencialista, passando a lidar com crianças na segunda infância; esse trabalho, afirmou, despertou sua sensibilidade emotiva ao ler as cartas dos meninos ao "Papai Noel", fazendo-o concluir que jamais seria um assistente social, posto haver muitos dramas a observar e quase nenhum a resolver. No entanto, "cada um faz o que é possível"...
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