Intimista, o trabalho desde sábado, 4 de agosto, sobre a negação de Pedro, dispensou a formação de subgrupos, por escolha dos próprios participantes, e assim tivemos uma mais que atraente roda de conversa, com a presença de Bia, Egnaldo, Fernanda, Fernando, Iva, Jaciara, Lígia, Maria da Paixão, Marilda, Marilene, Quito, Railza e Regina, mais os coordenadores Francisco e Maria Luiza (as fotos abaixo, feitas por Bia, correspondem à atividade realizada no último sábado do mês de julho, quando o Grupo promoveu um café da manhã para homenagear os aniversariantes do primeiro semestre, razão pela qual a filha e os netos de Maria Luiza e Fernando - Virgínia, Caio e Júlia Beatriz - compareceram).
Para começo de conversa, a Coordenação promoveu a leitura do tópico referente a Pedro no módulo do EADE, enfatizando o trecho que informa sobre o "grande número de discípulos modernos participam das mesmas negações, em razão de continuarem desatendendo". Chamou-se a atenção também para o número 3, que ganha importância na interpretação a partir da informação acerca do aspecto esotérico, ou simbólico, que ressalta dos ensinos de Jesus. Desse modo, a Coordenação observou a mística que envolve o 3, considerado por Pitágoras como o número perfeito, e questionou o grupo sobre se continuamos a negar o Cristo ou já nos encontramos no tempo espiritual de aprender, servir e sacrificarmo-nos por ele?
Tomando a palavra, Isabel, que se prepara para realizar uma cirurgia importante sobre a qual ainda não avisou sua família, declarou a existência da boa vontade no sentido de fazer as mudanças necessárias e manifestar amor ao próximo, "mas há momentos em que eu chuto o balde e perco o equilíbrio", revelando sua inquietação mental em razão das dificuldades da vida material. Mas, disse ela, "sou espírito em evolução e não posso vivenciar a culpa", embora queira se modificar: "Quero não me culpar por negar Jesus, apesar do esforço para não negá-lo. Quero amá-lo por minhas atitudes, vendo-me melhor. Estou em processo de crescimento e quando a gente cresce está junto a Jesus e não o nega mais"...
Antes de permitir a fala de Regina, a Coordenação pontuou que negar o Cristo é negar a si mesmo, posto que o Cristo, diferentemente da personalidade Jesus, é a dimensão espiritual que vibra em cada um de nós. Frisou também a passagem do Evangelho em que Jesus afirma estas palavras: "Aquele que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai, que está nos Céus" (Mt, 10). Quanto a Regina, ela, que disse ler a Bíblia com alguma frequência, referiu uma passagem em que Salomão toma várias cidades e viu nisso uma metáfora do próprio comportamento, no que tange à relação entre as atividades domésticas e o trabalho no nível espiritual. "Devemos encontrar o Cristo dentro de nós", explicou, acrescentando que a negação está aí, quando se dá mais atenção às dificuldades, o que impede a identificação do ser com a dimensão crística. "Mas um ímã nos atrai, como aconteceu com Pedro, fazendo-nos viver a experiência espiritual." Em seguida ela relatou sua recente viagem a São Paulo para uma atividade da religião Messiânica, em prol da harmonização espiritual do Nordeste brasileiro.
Railza começou sua fala fazendo ilações acerca do número 3, aceitando a "provocação" da Coordenação, e deu vários exemplos em que a trindade se faz presente (Deus, espírito e matéria; Pai, Filho e Espírito Santo; espírito, perispírito e corpo; 33 anos de Jesus etc. - ao que a Coordenação acrescentou o tempo em que Jesus realizou seu trabalho no mundo: três anos!). Segundo ela, ainda que saiba ser um espírito em transformação com a necessidade de cuidar do corpo físico e do psiquismo, são muitas as perturbações enfrentadas na vida material. "Estar encarnado é muito difícil", disse, salientando que viver é tão difícil quanto a arte de administrar a dor, para a qual tem-se que buscar o alívio, o que, em muitos casos, significa lançar um olhar de amor sobre a dor do outro. Em função disso, contou que tem recebido vários retornos positivos da vida, ao ponto de acreditar que já vai desencarnar...
"Tenho todos os defeitos de Pedro", revelou Bia, salientando que é nas pequenas ocupações da vida que se fazem os grandes trabalhos espirituais. Por sua vez, Valquíria ponderou quanto à dicotomia personalidade X Self, concordando com a Coordenação a respeito de ser o ego, isto é, nossa identificação excessiva com a realidade material, ilusória, o principal impeditivo para vivermos a realidade do espírito. Segundo ela, quando a persona e o Self estão equilibrados, tudo flui em harmonia. "Mas se pensarmos só pela personalidade, nada tem valor", disse, lembrando que muitas vezes a personalidade nos faz dar desculpas para faltarmos ao trabalho na casa espírita, por exemplo, como aconteceu com ela mesma recentemente. "Mas uma voz interior comanda as ações em favor do bem agir. O que nos falta é nos entregarmos a Deus", completou.
Já Egnaldo considerou que a proposta de servir ao Cristo se faz incessantemente a cada um de nós, também através da profissão. A dificuldade maior, segundo ele, é aplicar integralmente essa proposta na própria vida. "A valorização da vida não está nas coisas materiais", disse, salientando que "o básico é gostar de si mesmo e fazer o que se gosta, vendo o que é essencial para própria vida". Falando em seguida, Marilda referiu suas dificuldades mais íntimas: "Tenho lutado contra a tristeza em toda minha vida. Essencialmente sou alegre, mas a tristeza é constante, penso que seja coisa do passado, mas estou no presente e devo lutar", disse ela, sabedora de que necessita partilhar suas inquietações e buscar ajuda, pois "sozinha não cresço e por isso venho ao grupo, embora às vezes não tenha vontade de vir". Frisando a necessidade de encetar essa luta dia após dia, ela disse perceber a necessidade de estar na Casa Espírita, embora um dia venha a notar que "tenho de estar bem pelo que faço e não por onde estou". Mas, salientou, "só posso crescer junto com o outro, não posso me isolar. Não posso me permitir ser triste, pois essa energia contagia as pessoas"...
Quem também deu seu depoimento foi Jaciara, dizendo que suas maiores quedas têm sido no âmbito da família de origem - e contou a respeito um episódio marcado pelo convívio com a intolerância. "Nessas horas eu chuto o pau da barraca e nego o Cristo mesmo!", revelou. Iva, por outro lado, considera que "no dia em que me conscientizar esse complexo de negação do Cristo vai desaparecer". Segundo ela, ainda não estamos prontos para entender essa necessidade: "Nossa consciência culpada é que nos faz pensar que negamos o Cristo. Enquanto estivermos na imperfeição não vamos a lugar algum".
No encerramento das atividades, reconhecidamente produtivas, a Coordenação observou que os espíritos (re)encarnados trazem responsabilidades a desempenhar nas tarefas com as quais se comprometeram, mas geralmente deixamos as coisas por fazer, muitas vezes por não nos sentirmos seguros no que toca ao trabalho espiritual. É fato que muitos de nós ainda não empreendemos esforços no sentido de dar pelo menos um terço de nossa capacidade de realização, mormente no que diz respeito ao exercício caritativo pela mediunidade, uma vez que nossas atenções se voltam quase sempre para as atividades de cunho material...
Para começo de conversa, a Coordenação promoveu a leitura do tópico referente a Pedro no módulo do EADE, enfatizando o trecho que informa sobre o "grande número de discípulos modernos participam das mesmas negações, em razão de continuarem desatendendo". Chamou-se a atenção também para o número 3, que ganha importância na interpretação a partir da informação acerca do aspecto esotérico, ou simbólico, que ressalta dos ensinos de Jesus. Desse modo, a Coordenação observou a mística que envolve o 3, considerado por Pitágoras como o número perfeito, e questionou o grupo sobre se continuamos a negar o Cristo ou já nos encontramos no tempo espiritual de aprender, servir e sacrificarmo-nos por ele?
Tomando a palavra, Isabel, que se prepara para realizar uma cirurgia importante sobre a qual ainda não avisou sua família, declarou a existência da boa vontade no sentido de fazer as mudanças necessárias e manifestar amor ao próximo, "mas há momentos em que eu chuto o balde e perco o equilíbrio", revelando sua inquietação mental em razão das dificuldades da vida material. Mas, disse ela, "sou espírito em evolução e não posso vivenciar a culpa", embora queira se modificar: "Quero não me culpar por negar Jesus, apesar do esforço para não negá-lo. Quero amá-lo por minhas atitudes, vendo-me melhor. Estou em processo de crescimento e quando a gente cresce está junto a Jesus e não o nega mais"...
Antes de permitir a fala de Regina, a Coordenação pontuou que negar o Cristo é negar a si mesmo, posto que o Cristo, diferentemente da personalidade Jesus, é a dimensão espiritual que vibra em cada um de nós. Frisou também a passagem do Evangelho em que Jesus afirma estas palavras: "Aquele que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai, que está nos Céus" (Mt, 10). Quanto a Regina, ela, que disse ler a Bíblia com alguma frequência, referiu uma passagem em que Salomão toma várias cidades e viu nisso uma metáfora do próprio comportamento, no que tange à relação entre as atividades domésticas e o trabalho no nível espiritual. "Devemos encontrar o Cristo dentro de nós", explicou, acrescentando que a negação está aí, quando se dá mais atenção às dificuldades, o que impede a identificação do ser com a dimensão crística. "Mas um ímã nos atrai, como aconteceu com Pedro, fazendo-nos viver a experiência espiritual." Em seguida ela relatou sua recente viagem a São Paulo para uma atividade da religião Messiânica, em prol da harmonização espiritual do Nordeste brasileiro.
Railza começou sua fala fazendo ilações acerca do número 3, aceitando a "provocação" da Coordenação, e deu vários exemplos em que a trindade se faz presente (Deus, espírito e matéria; Pai, Filho e Espírito Santo; espírito, perispírito e corpo; 33 anos de Jesus etc. - ao que a Coordenação acrescentou o tempo em que Jesus realizou seu trabalho no mundo: três anos!). Segundo ela, ainda que saiba ser um espírito em transformação com a necessidade de cuidar do corpo físico e do psiquismo, são muitas as perturbações enfrentadas na vida material. "Estar encarnado é muito difícil", disse, salientando que viver é tão difícil quanto a arte de administrar a dor, para a qual tem-se que buscar o alívio, o que, em muitos casos, significa lançar um olhar de amor sobre a dor do outro. Em função disso, contou que tem recebido vários retornos positivos da vida, ao ponto de acreditar que já vai desencarnar...
"Tenho todos os defeitos de Pedro", revelou Bia, salientando que é nas pequenas ocupações da vida que se fazem os grandes trabalhos espirituais. Por sua vez, Valquíria ponderou quanto à dicotomia personalidade X Self, concordando com a Coordenação a respeito de ser o ego, isto é, nossa identificação excessiva com a realidade material, ilusória, o principal impeditivo para vivermos a realidade do espírito. Segundo ela, quando a persona e o Self estão equilibrados, tudo flui em harmonia. "Mas se pensarmos só pela personalidade, nada tem valor", disse, lembrando que muitas vezes a personalidade nos faz dar desculpas para faltarmos ao trabalho na casa espírita, por exemplo, como aconteceu com ela mesma recentemente. "Mas uma voz interior comanda as ações em favor do bem agir. O que nos falta é nos entregarmos a Deus", completou.
Já Egnaldo considerou que a proposta de servir ao Cristo se faz incessantemente a cada um de nós, também através da profissão. A dificuldade maior, segundo ele, é aplicar integralmente essa proposta na própria vida. "A valorização da vida não está nas coisas materiais", disse, salientando que "o básico é gostar de si mesmo e fazer o que se gosta, vendo o que é essencial para própria vida". Falando em seguida, Marilda referiu suas dificuldades mais íntimas: "Tenho lutado contra a tristeza em toda minha vida. Essencialmente sou alegre, mas a tristeza é constante, penso que seja coisa do passado, mas estou no presente e devo lutar", disse ela, sabedora de que necessita partilhar suas inquietações e buscar ajuda, pois "sozinha não cresço e por isso venho ao grupo, embora às vezes não tenha vontade de vir". Frisando a necessidade de encetar essa luta dia após dia, ela disse perceber a necessidade de estar na Casa Espírita, embora um dia venha a notar que "tenho de estar bem pelo que faço e não por onde estou". Mas, salientou, "só posso crescer junto com o outro, não posso me isolar. Não posso me permitir ser triste, pois essa energia contagia as pessoas"...
Quem também deu seu depoimento foi Jaciara, dizendo que suas maiores quedas têm sido no âmbito da família de origem - e contou a respeito um episódio marcado pelo convívio com a intolerância. "Nessas horas eu chuto o pau da barraca e nego o Cristo mesmo!", revelou. Iva, por outro lado, considera que "no dia em que me conscientizar esse complexo de negação do Cristo vai desaparecer". Segundo ela, ainda não estamos prontos para entender essa necessidade: "Nossa consciência culpada é que nos faz pensar que negamos o Cristo. Enquanto estivermos na imperfeição não vamos a lugar algum".
No encerramento das atividades, reconhecidamente produtivas, a Coordenação observou que os espíritos (re)encarnados trazem responsabilidades a desempenhar nas tarefas com as quais se comprometeram, mas geralmente deixamos as coisas por fazer, muitas vezes por não nos sentirmos seguros no que toca ao trabalho espiritual. É fato que muitos de nós ainda não empreendemos esforços no sentido de dar pelo menos um terço de nossa capacidade de realização, mormente no que diz respeito ao exercício caritativo pela mediunidade, uma vez que nossas atenções se voltam quase sempre para as atividades de cunho material...
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