Para o entendimento da noção de autoridade e liderança exercida por Pedro no Colégio Apostolar, parece-nos útil considerar dois aspectos: um deles é a lembrança de que o Cristo outorgou aos 12 a autoridade de atuar no mundo com a finalidade de conquistar novos adeptos à propagação da Boa Nova do Reino dos Céus, através da palavra esclarecedora e das ações tão nobres quão impactantes, quais a cura dos enfermos, a limpeza de leprosos e a expulsão de demônios; o outro aspecto é que para o trabalho nas hostes de Jesus se faz necessária a coragem de afrontar o mundo. E o discípulo consciente e determinado a seguir as pegadas do Mestre é convidado a manifestar essa coragem. Nesse sentido, recordamos de algumas palavras pronunciadas por nossa sempre coordenadora Creuza Lage num seminário realizado para os trabalhadores da Casa de Oração Bezerra de Menezes no mês de fevereiro deste ano. Na ocasião, ela citou ensinamentos de alguns autores cristãos, os quais repetimos aqui, pedindo desculpas pela ocultação de algumas fontes. Assim é que "basta ao discípulo ser como seu mestre e ao servo como seu senhor". Para tanto, é preciso que sejam conhecidas e praticadas as três lições de coragem:
1 - não querer se mais que o mestre;
2 - não temer o que se encontra oculto; e
3 - não temer os que só podem matar o corpo.
A partir de então, é imperioso, também, que o discípulo cumpra as leis do discipulado, as quais são a limitação, a imitação e a participação. A limitação consiste em saber que o mestre é o limite; já a imitação impõe observar que o mestre é o modelo; e a participação, finalmente, mostra que o mestre é a consequência. E se compreendermos que o o Mestre é o Cristo, essas leis farão todo sentido. Por fim, torna-se necessário empreender a ação do discípulo, porque, segundo Hannah Wolf, "a disponibilidade receptiva só tem validade no agir".
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