sábado, 30 de junho de 2012

Eu, libertino

A atividade deste sábado, o último de junho, rendeu bastante conversa em torno da noção de libertinagem moral, para o trabalho vivencial que contou com a participação de Valquíria, Bia, Egnaldo, Fernando, Quito, Fernanda, Railza, Ione, Isabel, Iva, Acely, Carminha, Edward (Jr.), Waldelice, Marilene, Marilda e Lígia, mais os coordenadores - Francisco e Maria Luiza.
Para a realização do trabalho, dividimos a turma em dois grupos, que passaram a comentar o questionamento formulado, inscrito no quadro à vista de todos: "Minha conduta é pautada pelas determinações do Evangelho ou estou deliberadamente me afastando delas? Até que ponto tenho sido libertino?" A princípio, pareceriam duas perguntas diferentes, mas, como vimos depois, o descumprimento das lições propostas pelo Cristo constitui essa libertinagem moral que o apóstolo Judas Tadeu se empenhou em combater em certos "mestres carismáticos", conforme narrado em sua epístola, nos Atos dos Apóstolos do Novo Testamento.
Como provocação para essas conversas, lembramos dos versos da música "Sociedade alternativa", composição de Raul Seixas e Paulo Coelho:

"Viva! Viva!
Viva A Sociedade Alternativa
(Viva! Viva!)
Viva! Viva!
Viva A Sociedade Alternativa
(Viva O Novo Aeon!)
Viva! Viva!
Viva A Sociedade Alternativa
(Viva! Viva! Viva!)
Viva! Viva!
Viva A Sociedade Alternativa...

Se eu quero e você quer
Tomar banho de chapéu
Ou esperar Papai Noel
Ou discutir Carlos Gardel
Então vá!
Faz o que tu queres
Pois é tudo
Da Lei! Da Lei!
Viva! Viva!
Viva A Sociedade Alternativa..."

Naturalmente, no tocante à libertinagem moral em face à observância dos princípios evangélicos, vimos que a ideia dos compositores é equivocada e é nesse equívoco que se funda a ação dos libertinos, porquanto o apóstolo Paulo nos diz, numa de suas epístolas, que "tudo me é lícito, mas nem tudo me convém", de modo que é preciso agirmos com discernimento. O Cristo, a esse respeito, pede-nos - uma vez alistados entre seus seguidores - uma postura coerente com seus ensinamentos: "Seja o teu falar sim, sim; não, não".
Lembramos, também, que em O Evangelho Segundo o Espiritismo Allan Kardec comenta, reproduzindo instrução de um Espírito, que cada geração tem a virtude que a elevará e o vício que a faz perder-se: "A virtude de vossa geração é o progresso intelectual e seu vício é a indiferença moral". Não será por isso que nos é tão difícil, ainda, vencer o egoísmo e o orgulho, ao passo que há dois mil anos ouvimos na acústica da consciência os apelos em prol do amor ao próximo, mesmo aos inimigos? 
Valquíria, assim, falou-nos do uso do livre arbítrio, que isso decorre do nível evolutivo dos indivíduos: quanto mais evolvida a criatura, mais responsável e comprometido com o bem é esse uso. Railza também compreendeu assim e ressaltou que a ação deliberada na posição contrária ao Cristo é assaz comprometedora. Iva considerou que a atividade permitiu-lhe um novo e melhor entendimento sobre si mesma, chegando à conclusão de que se agride muito, apesar de (tentar) viver segundo as determinações do Evangelho; nessa condição, disse, desenvolve o sentimento de culpa e isso é uma autoagressão.
Por sua vez, já no fechamento do trabalho, Edward Jr. revelou ser libertino sempre que dá as costas aos ensinamentos de Jesus, quando é intolerante, quando deixa de ser solidário, quando manifesta o egoísmo etc. Ione, aproveitando a oportunidade, observou que o essencial é sabermos auxiliar os bons espíritos desde já, preparando nosso retorno ao plano espiritual em melhores condições.




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